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TUBERCULOSE A FISIOPATOLOGIA E REABILITAÇÃO PULMONAR DISCENTE : Ivone, Francyleide, Jaine, Elizângela. FISIOPATOLOGIA De acordo com Brooks et al., as manifestações clínicas decorrem das respostas imunológicas do hospedeiro `a infecção primária com ativação dos neutrófilos, que são atraídos e substituídos por macrófagos no prazo de uma semana. Esses macrófagos fagocitam e buscam eliminar os microrganismos, os quais permanecem ilesos e variáveis devido ao seu revestimento seroso. As células T, através de liberação das linfocinas atraem e mantém a população de macrófagos em torno do foco de infecção ( GREENE & HARRIS, 2012 apud SILVA ET Al., 2018 A resposta imune desencadeada é hipersensibilidade do tipo tardia, mediada por células. A relação entre a infecção e a resposta imune pode ser estudada através da combinação de proteínas de baixo peso molecular produzido pelo M. Tuberculosis, conhecido como tuberculina e, quando purificada, recebe a designação de PPD ( purified proteín derivative ). É utilizada em testes dermatológicos de reatividade para diagnosticar a exposição a bacilo e infecção latente, sendo de grande importância no monitoramento epidemiológico (BROOKS ET Al., 2014 apud SILVA ET Al., 2018. Reabilitação Fisioterapêutica na Tuberculose Fisioterapia respiratória Utilizada para aplicar ao paciente uma reeducação respiratória, bem como as manobras de higiene brônquica evitando assim as crises. O fisioterapeuta é guiado por protocolos com aspectos específicos para auxiliar os pacientes em seus objetivos e suas necessidades, visando sempre a melhora da qualidade de vida. As manobras de expansão pulmonar, inalação, tapotagem, vibração, drenagem postural, indução de tosse e os exercícios respiratórios propriamente ditos são realizados nas diversas posturas: decúbito ventral, decúbito lateral, decúbito dorsal, sentado, e de acordo com a fase em que o paciente se encontra. Drenagem Postural Mobilização e deslocamento de secreções por meio do uso da gravidade, utilizando a mudança de decúbito (posicionamento) como tratamento. Tem como objetivo direcionar as secreções das regiões mais periféricas dos pulmões para as vias aéreas centrais, facilitando sua remoção pela tosse ou aspiração. Baseado na anatomia, ausculta pulmonar e radiografia de tórax (quando possível) identificam-se da às áreas de acúmulo de secreção; posteriormente, será definida a posição na qual a região afetada do pulmão esteja na posição vertical em relação à gravidade. Percussão Torácica (Tapotagem) Realizada com auxílio das mãos, em forma de concha ou com os dedos (em bebês), a percussão é realizada de forma rítmica dando origem a ondas mecânicas que se propagam do tórax para o tecido pulmonar. A finalidade da tapotagem é tornar as secreções pulmonares mais fluidas, facilitando sua mobilização e eliminação através da tosse ou aspiração. (Globoplay.com) Vibração (centraldafisioterapia.com) Tosse Assistida Objetiva aumentar a eficácia do mecanismo de tosse. O paciente deve realizar lentamente a inspiração antes do ato tossígeo, a seguir, expirar o ar suavemente, em um período breve, efetuar uma brusca e curta expiração (tosse). Estimulação da Tosse Estimular o reflexo da tosse quando a tosse voluntária estiver diminuída ou em pacientes não colaborativos. Estímulo mecânico (utilizando os dedos) nos pontos anatômicos específicos (estímulo de fúrcula esternal – depressão localizada na região anterior do pescoço). Aceleração do Fluxo Expiratório Retirada passiva das secreções através da aceleração de fluxo expiratório quando o fisioterapeuta realiza uma compressão abdominal. Há um aumento da pressão intrabrônquica, que leva à turbulência do fluxo aéreo, mobilizando as secreções para regiões centrais dos pulmões e posterior eliminação com tosse ou aspiração traqueal. Flutter e Shaker (http://fisiocardiopulmonar.com.br/) Equipamentos desenvolvidos para mobilizar as secreções e facilitar a expectoração, proporcionando a desobstrução dos pulmões sem o uso de medicamentos. Paciente acopla o aparelho na boca, com os lábios cerrados de forma que não haja vazamento do ar durante a realização do exercício. Posteriormente, realiza expirações que causaram a vibração da esfera de metal contida na região interna do equipamento. Essas vibrações serão transmitidas para os brônquios facilitando a remoção das secreções pulmonares. Expiração com pressão positiva nas vias aéreas – EPAP (http://fisiocardiopulmonar.com.br/) Este método consiste da auto aplicação de uma pressão positiva na expiração através de uma máscara onde é acoplada uma válvula. Devido a pressão http://fisiocardiopulmonar.com.br/ http://fisiocardiopulmonar.com.br/ positiva expiratória, um maior volume de ar chega as vias aéreas periféricas durante a inspiração, evitando o colapso e permitindo a movimentação do ar por de trás dos tampões mucoso, pelo aumento da ventilação colateral. O aumento da pressão desloca o muco em direção as vias aéreas centrais, onde pode ser eliminado. Aspiração Procedimento invasivo, visando a remoção de secreção pulmonar acumulada nas vias aéreas. Realizada de 3 formas, dependendo do nível em que a secreção se encontra, como também da via de acesso favorável para o procedimento, podendo ser orotraqueal, nasotraqueal ou via cânula de traqueostomia. Esta indicada para os pacientes que não conseguem eliminar as secreções pulmonares por meio da tosse. O procedimento, contrário ao que algumas pessoas imaginam, é indolor, respeitando os critérios necessários. O que ocorre normalmente é a sensação de engasgo durante o procedimento, comum, devido ao estimulo da sonda de aspiração, mas perfeitamente tolerável. Trata-se de um procedimento seguro e eficiente, proporcionando alivio e bem estar ao paciente secretivo. (http://fisiocardiopulmonar.com.br/) Treinamento dos Músculos Respiratórios http://fisiocardiopulmonar.com.br/ (http://fisiocardiopulmonar.com.br/) Em algumas doenças, os pacientes muito debilitados, perdem não só a força muscular para a movimentação, mas também perdem a força muscular para a respiração. Uma vez identificado que o paciente apresenta fraqueza da musculatura respiratória, são iniciados exercícios com um equipamento que oferece uma resistência durante a respiração (Threshold). Esses exercícios serão realizados diariamente e ajustados periodicamente conforme a evolução do paciente, afim aumentar a força dos músculos respiratórios e reduzir o desconforto respiratório. Técnicas de Reexpansão Pulmonar São técnicas fisioterapêuticas compostas de exercícios ou manobras que atuam em áreas pulmonares que não estão expandindo adequadamente. Os volumes e as capacidades pulmonares podem estar afetados, em diversas doenças ou condições que alteram a complacência pulmonar, como: procedimentos cirúrgicos, disfunções neuromusculares, processos infecciosos ou traumáticos. Estas situações, de alguma maneira, isoladas ou associadas, podem levar à ocorrência de hipoventilação pulmonar, atelectasia (regiões pulmonares colabadas) e ainda aumentar o trabalho dos músculos respiratórios. Assim, as técnicas de reexpansão pulmonar têm por finalidade aumentar e/ou manter um volume pulmonar adequado. Incentivadores Inspiratórios http://fisiocardiopulmonar.com.br/ (http://fisiocardiopulmonar.com.br/) Quando falamos em incentivadores inspiratórios, estamos nos referindo aos aparelhos utilizados pelo fisioterapeuta durante os exercícios respiratórios, visando otimizar o trabalho de insuflação pulmonar e conseqüentemente, a melhora da ventilação. Estes aparelhos são geralmente feitos de plástico, leves, portáteis e de uso individual.Os incentivadores mais usados podem ser a fluxo ou volume. Cabe ao profissional avaliar o paciente e eleger o aparelho necessário para o tratamento. O trabalho consiste em treinar o paciente a realizar várias vezes ao dia, repetições pré-determinadas de inspirações profundas, através de um bucal que se conecta ao aparelho. Ventilação Não Invasiva (VNI) (http://fisiocardiopulmonar.com.br/) A ventilação não-invasiva (VNI) é definida como uma técnica de ventilação mecânica na qual não é empregado qualquer tipo de prótese traqueal (tubo http://fisiocardiopulmonar.com.br/ https://iptv.usp.br/portal/transmission/video.action;jsessionid=561B406A6C954BE653513FC999FC0C70?idItem=25927 https://iptv.usp.br/portal/transmission/video.action;jsessionid=561B406A6C954BE653513FC999FC0C70?idItem=25927 http://fisiocardiopulmonar.com.br/ orotraqueal, nasotraqueal, ou cânula de traqueostomia), sendo a conexão entre o ventilador e o paciente feita através do uso de uma máscara. Realizada pelos aparelhos popularmente conhecidos por CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) e BIPAP (Bilevel Positive Airway Pressure), tem indicações precisas para sua prescrição e utilização, com acompanhamento de um médico pneumologista, em associação com a equipe de assistência domiciliar, incluindo o fisioterapeuta, o qual tem o papel de ajustar e facilitar a adaptação do paciente a esse método de tratamento. A VNI pode ser empregada com a finalidade de manter ou melhorar a ventilação pulmonar em pacientes que apresentam uma respiração insuficiente para as necessidades do organismo, como os indivíduos com doenças neuromusculares. Este método de tratamento também é freqüentemente utilizado no tratamento da apneia obstrutiva do sono, sendo aplicada apenas quando os pacientes estão dormindo. Além dessas indicações os equipamentos de VNI podem ser utilizados de forma intermitente, realizando exercícios diários a fim de remover secreções e expandir os pulmões, condições encontradas comumente em pacientes com pneumonias, doença pulmonar obstrutiva crônica e outras afecções respiratórias. Técnicas de relaxamento Permitem reduzir a ansiedade provocada pela sensação de dispneia e pelo custo energético da respiração e conduzem a um aumento do bem estar. A espirometria de incentivo e o flutter expiratório são equipamentos pequenos, portáteis, de fácil utilização e transporte que permitem ao doente durante o treino aumentar o débito inspiratório ou o débito expiratório, consoante o equipamento utilizado. A repetição destes exercícios pode melhorar as pressões respiratórias e no caso do flutter expiratório facilitar a eliminação da expectoração. (https://br.pinterest.com/) https://br.pinterest.com/ Referências: BROOKS, GF ET Al. Microbiologia médica de Jawetz. Melnick e Adelberg. 26ª edição. Porto Alegre, AMGH, 2014 GREENE, RJ, HARRIS, ND Patologia e Terapêuticas para Farmacêuticos.. Bases para a Prática da Farmácia Clínica. 3ª . Edição. Porto Alegre .. Artmed, 2012. SILVA et al. Aspectos gerais da tuberculose.. uma atualização sobre o agente etiológico e o tratamento. Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza – Ceará. Revista RBAC, 2018. Disponível em rbac.org.br. Acesso em .. 18 out.2021.
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