Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Indaial – 2021 Fisioterapia respiratória e intensivismo Prof.ª Anacléia Fernanda Moretto 1a Edição Copyright © UNIASSELVI 2021 Elaboração: Prof.ª Anacléia Fernanda Moretto Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: M845f Moretto, Anacléia Fernanda Fisioterapia respiratória e intensivismo. / Anacléia Fernanda Moretto – Indaial: UNIASSELVI, 2021. 288 p.; il. ISBN 978-65-5663-869-0 ISBN Digital 978-65-5663-866-9 1. Fisioterapia. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci. CDD 610 apresentação Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Fisioterapia Res- piratória e Intensivismo. A Fisioterapia Respiratória é uma especialidade da área da Fisioterapia, baseada em exercícios respiratórios e posturais específi- cos, que auxiliam a prevenir alterações que atingem os órgãos responsáveis pela respiração e a manutenção do trato respiratório. Trata-se de exercícios e técnicas manuais realizados diretamente no tórax do paciente. Dependendo do quadro clínico, há também a alternativa de usar acessórios respiratórios com a intenção de restaurar o funcionamen- to natural dos pulmões e melhorar a respiração. Na Unidade 1, veremos que, em uma avaliação fisioterapêutica, métodos e técnicas devem ter como propósito identificar o real estado do paciente, para poder traçar os objetivos a serem alcançados. Uma avaliação eficiente é essencial para a reabilitação, devendo ser individualizada e deta- lhada, extremamente necessária para a melhor intervenção do fisioterapeuta. Assim, veremos que a reabilitação necessita de uma avaliação eficien- te, que identifique os déficits e proporcione o melhor tratamento possível para o indivíduo, impedindo que técnicas desnecessárias sejam utilizadas e interfiram na efetividade do tratamento. Também conheceremos os tipos de manobras e as técnicas de expansão pulmonar, considerados indispensáveis para a prevenção de complicações pulmonares. Abordaremos, ainda, algumas manobras e técnicas de higiene brôn- quica não invasivas/desobstrutivas que melhoram o bem-estar do paciente e reduzem o trabalho respiratório. A importância do conhecimento profundo e seguro dessas manobras é essencial para a aplicação da técnica e a avalia- ção adequada para cada situação e a obtenção de um ótimo resultado. Além disso, também são usados aparelhos específicos para retirar as secreções das vias respiratórias. São equipamentos portáteis utilizados de forma ativa, sen- do fundamentais a compreensão e o entendimento do paciente para que se alcance o sucesso e a eficácia no tratamento. Por fim, outro tema relevante será a oxigenoterapia, para que serve e como é administrada. Na Unidade 2, serão abordadas as doenças pulmonares obstrutivas, caracterizadas por uma diminuição da taxa de fluxo expiratório, consequen- te do aumento da resistência das vias aéreas, classificadas em agudas ou crônicas. Estudaremos o que são doenças pulmonares restritivas, relaciona- das a qualquer processo que altere a ação de fole dos pulmões ou da parede torácica, além das doenças pulmonares mistas. Identificaremos as doenças complicações pulmonares secundárias e veremos que elas ocorrem com frequência nos pacientes hospitalizados, com maior incidência em cirurgias torácicas e abdominais, aumentando as com- plicações e o tempo de permanência nos hospitais. Outro tema importante serão as cirurgias abdominais e cardiotorácicas, que acarretam alterações na mecânica respiratória, nos volumes e nas capacidades pulmonares, acome- tendo complicações pulmonares. Veremos a importância de a fisioterapia iniciar no pré-operatório e continuar no pós-operatório, podendo ser esten- dida ao longo do acompanhamento após a internação. A Fisioterapia Respiratória tem sido realizada em pacientes que se submetem a cirurgias cardíacas, com o objetivo de diminuir o risco de compli- cações pulmonares, como o acúmulo de secreções, atelectasias e pneumonias. Por fim, na Unidade 3, veremos que a unidade de terapia intensiva (UTI) foi criada com o objetivo de proporcionar uma atenção contínua e o su- porte avançado aos pacientes que estão em estado crítico e com risco de morte, sendo necessário estudarmos a avaliação fisioterapêutica do paciente em UTI. Veremos que o profissional da fisioterapia possui total autonomia para aplicar as técnicas e as manobras fisioterapêuticas nas UTIs, que são funda- mentais nesse ambiente, auxiliando na preservação das funções vitais, na pre- venção e no tratamento de patologias que comprometam as funções pulmonar e musculoesqueléticas. A rotina de atendimento nas UTIs é bastante rigorosa. A humanização nesses ambientes oferece maiores condições para a recupera- ção do paciente, para que ele se sinta confiante e tranquilo. O papel do fisiote- rapeuta é prevenir e tratar lesões respiratórias e osteomioarticulares. Veremos alguns casos clínicos e os principais objetivos do fisiotera- peuta na UTI, como também as técnicas de fisioterapia respiratória utiliza- das. Além disso, será abordado o tema que está atingindo o mundo todo, a Covid-19, que é uma doença que ataca principalmente os pulmões e tem a falta de ar como um dos principais sintomas. Por esse motivo, as pessoas com suspeita da doença podem necessitar de suplementação de oxigênio para manter a saturação arterial de oxigênio. Ao término dos estudos deste livro, esperamos que você, acadêmi- co, seja capaz de compreender a importância da Fisioterapia Respiratória, a grande reponsabilidade que você tem como futuro profissional e que as informações apresentadas sejam de grande valia na sua vida profissional. Bons estudos e sucesso! Prof.ª Anacléia Fernanda Moretto Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi- dades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra- mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida- de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun- to em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela um novo conhecimento. Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen- tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento. Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo. Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada! LEMBRETE sumário UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA ............................................................................... 1TÓPICO 1 — MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR........................................................... 3 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3 2 MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR ................................................................................. 7 3 COMPRESSÃO-DESCOMPRESSÃO ............................................................................................. 8 4 MANOBRA DE DIRECIONAMENTO DO FLUXO/RESPIRAÇÃO CONTRARIADA ............... 9 5 EXERCÍCIOS DE PADRÕES VENTILATÓRIOS ........................................................................ 10 5.1 PADRÃO VENTILATÓRIO FRENOLABIAL ........................................................................... 10 5.2 PADRÃO VENTILATÓRIO DESDE VOLUME RESIDUAL .................................................. 11 5.3 PADRÃO VENTILATÓRIO DESDE CRF (DIAFRAGMA) ..................................................... 11 5.4 PADRÃO VENTILATÓRIO SOLUÇOS INSPIRATÓRIOS/INSPIRAÇÃO EM TEMPOS (SNIFF INSPIRATION) ................................................................................................................. 12 5.5 PADRÃO VENTILATÓRIO COM EXPIRAÇÃO ABREVIADA ............................................ 12 5.6 PADRÃO VENTILATÓRIO DE INSPIRAÇÃO PROFUNDA (DEEP INSPIRATION) ....... 13 5.7 PADRÃO VENTILATÓRIO INSPIRAÇÃO MÁXIMA SUSTENTADA (SMI)..................... 14 5.8 PADRÃO VENTILATÓRIO DIAFRAGMÁTICO .................................................................... 14 RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 16 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 17 TÓPICO 2 — MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA/DESOBSTRUTIVAS ..................... 19 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 19 2 VIBRAÇÃO ......................................................................................................................................... 19 3 VIBROCOMPRESSÃO ..................................................................................................................... 20 4 PERCUSSÃO OU TAPOTAGEM ................................................................................................... 21 5 HUFFING/HUFF OU TERAPIA EXPIRATÓRIA FORÇADA (TEF) ........................................ 22 6 CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO ................................................................................................. 23 7 ACELERAÇÃO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (AFE) ..................................................................... 23 8 TÉCNICA EXPIRATÓRIA MANUAL PASSIVA (TEMP) OU PRESSÃO MANUAL TORÁCICA E ABDOMINAL (PMTA) – REMOÇÃO DE SECREÇÕES BRÔNQUICAS ............. 25 9 EXPIRAÇÃO LENTA TOTAL COM A GLOTE ABERTA E DECÚBITO LATERAL (ELTGOL) ............................................................................................................................................. 26 10 TOSSE DIRIGIDA, TOSSE ASSISTIDA E TOSSE PROVOCADA ...................................... 26 11 DRENAGEM POSTURAL ............................................................................................................. 28 12 DRENAGEM AUTÓGENA ........................................................................................................... 29 RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 31 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 32 TÓPICO 3 — EQUIPAMENTOS MECÂNICOS UTILIZADOS NOS TRATAMENTOS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ..................................................................... 35 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 35 2 EQUIPAMENTOS MECÂNICOS ................................................................................................... 35 2.1 RESPIRON® .................................................................................................................................... 35 2.1.1 Indicações de Respiron® .................................................................................................... 38 2.1.2 Contraindicações relativas do Respiron® ......................................................................... 38 2.2 VOLDYNE® .................................................................................................................................... 38 2.2.1 Indicações de Voldyne® ...................................................................................................... 40 2.2.2 Contraindicações relativas do Voldyne® .......................................................................... 40 2.3 FLUTTER® E SHAKER® ............................................................................................................... 40 2.3.1 Indicações de Flutter® e Shaker® ........................................................................................ 42 2.3.2 Contraindicações de Flutter® e Shaker® ............................................................................ 42 2.4 THRESHOLD®/TN ........................................................................................................................ 42 2.4.1 Indicações de Thershold® .................................................................................................. 43 2.4.2 Contraindicações de Thershold® ..................................................................................... 43 2.5 ACAPELLA® .................................................................................................................................. 44 2.5.1 Indicações de Acapella® ...................................................................................................... 45 2.5.2 Contraindicações de Acapella® .......................................................................................... 45 RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 46 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 47 TÓPICO 4 — PRESSÃO POSITIVA NÃO INVASIVA ................................................................. 49 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 49 2 PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIA NAS VIAS AÉREAS (EPAP) OU PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIA (PEP) ................................................................................................... 50 3 ZEEP RETARD/PEEP SUBAQUÁTICA/SISTEMA DE PEEP EM SELO D'ÁGUA/EPAP SUBAQUÁTICA ................................................................................................................................ 50 3.1 INDICAÇÕES DE ZEEP RETARD ............................................................................................. 52 3.2 CONTRAINDICAÇÕES DE ZEEP RETARD ............................................................................ 52 4 VÁLVULA DE PEEP .......................................................................................................................... 53 5 SISTEMA EPAP .................................................................................................................................. 53 5.1 INDICAÇÕES DO SISTEMA EPAP ........................................................................................... 54 5.2 CONTRAINDICAÇÕES DO SISTEMA EPAP ..........................................................................54 6 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA ................................................................................................... 54 6.1 INDICAÇÕES DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA .............................................................. 56 6.2 CONTRAINDICAÇÕES DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA ............................................ 57 6.3 FALÊNCIA NA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA .................................................................. 57 7 CPAP ..................................................................................................................................................... 58 7.1 INDICAÇÕES ................................................................................................................................ 59 7.2 CONTRAINDICAÇÕES .............................................................................................................. 59 8 BIPAP .................................................................................................................................................... 60 8.1 INDICAÇÕES ................................................................................................................................ 61 8.2 CONTRAINDICAÇÕES DO USO DO BIPAP .......................................................................... 61 9 INTERFACE (TIPOS DE MÁSCARAS) ........................................................................................ 61 RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 66 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 68 TÓPICO 5 — OXIGENOTERAPIA ................................................................................................... 71 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 71 2 CÂNULA NASAL (ÓCULOS PARA OXIGÊNIO) ...................................................................... 72 2.1 VANTAGENS DO USO DE CÂNULA NASAL ....................................................................... 72 2.2 DESVANTAGENS DO USO DE CÂNULA NASAL ............................................................... 72 3 CATETER NASAL ............................................................................................................................ 73 3.1 VANTAGENS DO USO DE CATETER NASAL ....................................................................... 73 3.2 DESVANTAGENS DO USO DE CATETER NASAL ............................................................... 73 4 MÁSCARA FACIAL SIMPLES ...................................................................................................... 74 4.1 VANTAGENS DO USO DA MÁSCARA FACIAL SIMPLES ................................................. 74 4.2 DESVANTAGENS DO USO DA MÁSCARA FACIAL SIMPLES .......................................... 74 5 MÁSCARA FACIAL COM RESERVATÓRIO .............................................................................. 75 5.1 VANTAGENS DO USO DA MÁSCARA FACIAL COM RESERVATÓRIO ......................... 76 5.2 DESVANTAGENS DO USO DA MÁSCARA FACIAL COM RESERVATÓRIO ................. 76 6 MÁSCARA DE VENTURI .............................................................................................................. 76 6.1 VANTAGENS DO USO DA MÁSCARA DE VENTURI ......................................................... 77 6.2 DESVANTAGENS DO USO DA MÁSCARA DE VENTURI ................................................. 77 7 INCUBADORA .................................................................................................................................. 78 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 80 RESUMO DO TÓPICO 5..................................................................................................................... 84 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 85 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 87 UNIDADE 2 — PATOLOGIAS RESPIRATÓRIAS E TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ....... 95 TÓPICO 1 — DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ....................................................... 97 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 97 2 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) ................................................... 98 2.1 FISIOPATOLOGIA ........................................................................................................................ 99 2.2 DIAGNÓSTICO DO DPOC ....................................................................................................... 101 2.2.1 Sinais clínicos...................................................................................................................... 102 2.2.2 Ausculta pulmonar ............................................................................................................ 102 2.3 EXAME DE IMAGEM ................................................................................................................ 102 2.4 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 102 2.5 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 103 2.5.1 Fisioterapia para dispneia ................................................................................................ 103 2.5.2 Fisioterapia para tolerância ao exercício ........................................................................ 103 2.5.3 Fisioterapia para higiene brônquica ................................................................................ 103 2.5.4 Fisioterapia para prevenir e tratar exacerbações ........................................................... 104 3 ENFISEMA PULMONAR .............................................................................................................. 104 3.1 DIAGNÓSTICO DO ENFISEMA PULMONAR ................................................................... 105 3.1.1 Sinais clínicos...................................................................................................................... 105 3.1.2 Ausculta pulmonar ............................................................................................................ 106 3.2 EXAME POR IMAGEM ............................................................................................................. 106 3.3 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 107 3.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 108 3.4.1 Fisioterapia para dispneia ................................................................................................ 108 3.4.2 Fisioterapia para tolerância ao exercício ........................................................................ 108 3.4.3 Fisioterapia para higiene brônquica ................................................................................ 108 4 BRONQUITE CRÔNICA ............................................................................................................... 108 4.1 DIAGNÓSTICO NA BRONQUITE CRÔNICA ...................................................................... 109 4.1.1 Sinais clínicos...................................................................................................................... 109 4.1.2 Ausculta pulmonar ............................................................................................................ 110 4.2 EXAME POR IMAGEM............................................................................................................. 110 4.3 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 111 4.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 111 4.4.1 Fisioterapia para dispneia ................................................................................................ 111 4.4.2 Fisioterapia para tolerância ao exercício ........................................................................ 111 4.4.3 Fisioterapia para higiene brônquica ................................................................................ 111 5 ASMA BRÔNQUICA ...................................................................................................................... 112 5.1 DIAGNÓSTICO NA ASMA BRÔNQUICA ........................................................................... 113 5.1.1 Sinais clínicos...................................................................................................................... 113 5.1.2 Ausculta pulmonar ............................................................................................................ 113 5.2 EXAME POR IMAGEM ............................................................................................................. 113 5.3 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 114 5.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 114 5.4.1 Fisioterapia para broncoespasmo e dispneia ................................................................. 114 5.4.2 Fisioterapia para higiene brônquica ................................................................................ 115 5.4.3 Fisioterapia para tolerância ao exercício ........................................................................ 115 5.4.4 Fisioterapia para prevenir e tratar exacerbações ........................................................... 115 6 BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA .............................................................................................. 116 6.1 DIAGNÓSTICO DE BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA ...................................................... 117 6.1.1 Sinais clínicos de bronquiolite viral aguda .................................................................... 117 6.1.2 Ausculta pulmonar na bronquiolite viral aguda ........................................................... 117 6.2 EXAME POR IMAGEM NA BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA ........................................ 118 6.3 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA .......................................................................................................................... 118 6.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA .............. 118 RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 120 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 121 TÓPICO 2 — DOENÇAS PULMONARES RESTRITIVAS ........................................................ 123 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 123 2 PNEUMONIA ................................................................................................................................... 124 2.1 DIAGNÓSTICO DE PNEUMONIA ......................................................................................... 126 2.1.1 Sinais clínicos...................................................................................................................... 127 2.1.2 Ausculta pulmonar ............................................................................................................ 127 2.2 EXAME POR IMAGEM ............................................................................................................. 127 2.3 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 128 2.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 128 2.4.1 Fisioterapia para dispneia ................................................................................................ 128 2.4.2 Fisioterapia para tolerância ao exercício ........................................................................ 129 2.4.3 Fisioterapia para higiene brônquica ................................................................................ 129 2.4.4 Fisioterapia para expansão pulmonar ............................................................................ 130 2.4.5 Tratar exacerbações ........................................................................................................... 130 3 SARCOIDOSE .................................................................................................................................. 131 3.1 DIAGNÓSTICO DA SARCOIDOSE ........................................................................................ 132 3.1.1 Sinais clínicos...................................................................................................................... 132 3.1.2 Ausculta pulmonar ............................................................................................................ 132 3.2 EXAME POR IMAGEM ............................................................................................................. 133 3.3 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 133 3.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 133 4 OBESIDADE ..................................................................................................................................... 134 4.1 DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE ........................................................................................... 135 4.2 EXAME POR IMAGEM ............................................................................................................. 135 4.3 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 135 4.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 136 RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 138 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 139 TÓPICO 3 — DOENÇAS PULMONARES MISTAS ................................................................... 141 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 141 2 TUBERCULOSE PULMONAR ...................................................................................................... 141 2.1 DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR ........................................................... 142 2.1.1 Sinais clínicos...................................................................................................................... 142 2.1.2 Ausculta pulmonar ........................................................................................................... 143 2.2 EXAME POR IMAGEM DA TUBERCULOSE PULMONAR ............................................... 143 2.3 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 145 2.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 145 2.4.1 Fisioterapia para dispneia ................................................................................................145 2.4.2 Fisioterapia para tolerância ao exercício ........................................................................ 145 2.4.3 Fisioterapia para higiene brônquica ................................................................................ 146 2.4.4 Fisioterapia para expansão pulmonar ............................................................................ 146 3 FIBROSE CÍSTICA .......................................................................................................................... 146 3.1 DIAGNÓSTICO DA FIBROSE CÍSTICA ................................................................................ 148 3.1.1 Sinais clínicos...................................................................................................................... 148 3.1.2 Ausculta pulmonar ............................................................................................................ 148 3.2 EXAME POR IMAGEM DA FIBROSE CÍSTICA .................................................................... 148 3.3 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 149 3.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 150 RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 152 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 153 TÓPICO 4 — COMPLICAÇÕES PULMONARES SECUNDÁRIAS........................................ 155 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 155 2 ATELECTASIA ................................................................................................................................. 155 2.1 AUSCULTA PULMONAR ......................................................................................................... 156 2.1.1 Exame por imagem (raio X) ............................................................................................. 156 2.2 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 157 2.3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 157 2.3.1 Fisioterapia para higiene brônquica ................................................................................ 157 2.3.2 Fisioterapia para expansão pulmonar ............................................................................ 158 3 DERRAME PLEURAL ..................................................................................................................... 158 3.1 AUSCULTA PULMONAR ......................................................................................................... 160 3.1.1 Exame por imagem (raio X) ............................................................................................. 160 3.2 OBJETIVO DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ........................................................ 160 3.3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 161 4 PNEUMOTÓRAX ............................................................................................................................ 161 4.1 AUSCULTA PULMONAR ......................................................................................................... 162 4.1.1 Exame por imagem (raio X) ............................................................................................. 162 4.2 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 164 4.3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 164 5 BRONQUIECTASIA ....................................................................................................................... 164 5.1 AUSCULTA PULMONAR ......................................................................................................... 165 5.1.1 Exame por imagem (raio X) ............................................................................................. 165 5.2 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 166 5.3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 166 5.3.1 Fisioterapia para higiene brônquica ................................................................................ 166 5.3.2 Fisioterapia para expansão pulmonar ............................................................................ 166 6 FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA ........................................................................................ 166 6.1 AUSCULTA PULMONAR ......................................................................................................... 168 6.1.1 Exame por imagem (raio X) ............................................................................................. 168 6.2 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 169 6.3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................................................... 169 6.3.1 Fisioterapia para tolerância ao exercício ........................................................................ 169 6.3.2 Fisioterapia para expansão pulmonar ............................................................................ 169 RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 170 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 171 TÓPICO 5 — PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS TORÁCICAS E ABDOMINAIS ....... 173 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 173 2 CIRURGIA ABDOMINAL ............................................................................................................. 174 2.1 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 174 2.2 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NO PRÉ-OPERATÓRIO ........................................ 175 2.3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NO PÓS-OPERATÓRIO ........................................ 175 3 CIRURGIA TORÁCICA ................................................................................................................. 175 3.1 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................... 175 3.2 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NO PRÉ-OPERATÓRIO ........................................ 176 3.3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NO PÓS-OPERATÓRIO ........................................ 176 RESUMO DO TÓPICO 5................................................................................................................... 177 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 178 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 180 UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NO AMBIENTE HOSPITALAR E NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ....................................................................... 187 TÓPICO 1 — FISIOTERAPIA E A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ................ 189 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 189 2 A IMPORTÂNCIA DO FISIOTERAPEUTA DENTRO DA UTI ............................................ 190 3 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA HUMANIZADA NA UTI...................................... 191 4 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA UTI............................................................................ 191 4.1 ESCALA DE CONSCIÊNCIA ................................................................................................... 194 4.2 ESCALA DE RAMSAY ............................................................................................................... 194 4.3 PUPILAS ...................................................................................................................................... 195 4.4 ESCALA DE COMA DE GLASGOW....................................................................................... 196 4.5 GASOMETRIA ............................................................................................................................ 197 4.5.1 Elementos da gasometria .................................................................................................. 198 4.5.2 Interpretação da gasometria............................................................................................. 199 4.5.3 Passo a passo para a interpretação da gasometria ........................................................ 202 RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 206 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 207 TÓPICO 2 — FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ..................................................................................................... 209 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 209 2 OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NA UTI ................................................. 209 3 TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA UTILIZADAS NA UTI......................... 210 3.1 MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA ............................................................................. 210 3.2 MANOBRAS DE REEXPANSÃO PULMONAR .................................................................... 211 3.3 BAG SQUEEZING ....................................................................................................................... 213 3.4 ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS .............................................................................................. 214 3.4.1 Objetivos da aspiração ...................................................................................................... 214 3.4.2 Materiais necessários para a aspiração ........................................................................... 215 3.4.3 Quando realizar a aspiração ............................................................................................ 215 3.4.4 Tipos de aspiração ............................................................................................................. 215 3.4.5 Técnica de aspiração sistema aberto ............................................................................... 216 3.4.6 Técnica de aspiração sistema fechado ............................................................................ 217 3.4.7 Monitoração durante a aspiração .................................................................................... 217 RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 219 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 220 TÓPICO 3 — VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA ............................................................. 223 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 223 2 CICLO VENTILATÓRIO NA VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA ............................ 224 3 PARÂMETROS VENTILATÓRIOS ............................................................................................ 225 4 MODOS VENTILATÓRIOS .......................................................................................................... 227 4.1 MODO PRESSÃO CONTROLADA ........................................................................................ 227 4.2 MODO VOLUME CONTROLADO ........................................................................................ 227 4.3 MODO ASSISTO-CONTROLADO ......................................................................................... 228 4.4 MODO MANDATÓRIO INTERMITENTE ............................................................................ 228 4.5 PRESSÃO DE SUPORTE ........................................................................................................... 229 5 VENTILAÇÃO MECÂNICA NO NEONATO E NA CRIANÇA ............................................ 229 6 DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA .......................................................................... 233 6.1 TESTE DE RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA E TUBO T ......................................................... 234 6.2 EXTUBAÇÃO ............................................................................................................................. 235 RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 237 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 238 TÓPICO 4 — SUPORTE VENTILATÓRIO NÃO INVASIVO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) .................................................................................. 241 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 241 2 INDICAÇÕES E EVIDÊNCIAS DA VNI EM PACIENTES CRÍTICOS ............................... 242 3 INTERFACES .................................................................................................................................... 243 4 CONTRAINDICAÇÕES PARA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA ....................................... 244 RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 246 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 247 TÓPICO 5 — PRINCIPAIS PATOLOGIAS RELACIONADAS COM A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ........................................................................... 249 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 249 2 SARA ................................................................................................................................................. 250 2.1 FISIOPATOLOGIA ..................................................................................................................... 250 2.2 DIAGNÓSTICO DA SARA ...................................................................................................... 251 2.3 SINAIS CLÍNICOS ..................................................................................................................... 251 2.4 AUSCULTA PULMONAR ........................................................................................................ 252 2.5 EXAME POR IMAGEM ............................................................................................................ 252 2.6 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ..................................................... 252 2.7 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ...................................................................................253 2.7.1 Posicionamento prona ...................................................................................................... 253 2.7.2 Compressão/descompressão ........................................................................................... 254 2.7.3 Tratamento na ventilação mecânica ............................................................................... 254 2.7.4 Suspiros .............................................................................................................................. 255 2.7.5 Aspiração ............................................................................................................................ 256 3 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) ................................................. 257 3.1 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ..................................................... 257 3.2 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO .................................................................................. 257 3.2.1 Tratamento na ventilação mecânica ............................................................................... 258 4 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAVM) ............................... 258 4.1 FISIOPATOLOGIA ..................................................................................................................... 259 4.2 DIAGNÓSTICO DE PAVM ...................................................................................................... 260 4.3 SINAIS CLÍNICOS ..................................................................................................................... 260 4.4 AUSCULTA PULMONAR ........................................................................................................ 260 4.5 EXAME POR IMAGEM ............................................................................................................ 260 4.6 OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ..................................................... 261 4.7 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO .................................................................................. 261 RESUMO DO TÓPICO 5................................................................................................................... 262 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 263 TÓPICO 6 — COVID-19 .................................................................................................................... 265 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 265 2 FISIOPATOLOGIA .......................................................................................................................... 266 3 DIAGNÓSTICO .............................................................................................................................. 267 4 SINAIS CLÍNICOS ......................................................................................................................... 268 4.1 AUSCULTA PULMONAR ........................................................................................................ 269 4.2 EXAME POR IMAGEM ............................................................................................................. 269 4.3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO .................................................................................. 270 4.3.1 Posicionamento .................................................................................................................. 272 4.4 VACINAÇÃO ............................................................................................................................. 274 LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 277 RESUMO DO TÓPICO 6................................................................................................................... 279 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 280 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 282 1 UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • entender como realizar a avaliação respiratória fisioterapêutica; • conhecer e aprender as manobras de expansão pulmonar e higiene brônquica; • compreender os efeitos fisiológicos das manobras de expansão pulmonar e higiene brônquica; • saber quais são os padrões ventilatórios que devem ser aplicados, de acordo com a patologia existente; • compreender a importância do profissional fisioterapeuta no atendimento de doenças pulmonares; • conhecer os princípios fisiológicos da pressão positiva expiratória final (PEEP) na ventilação não invasiva; • saber selecionar a melhor interface da ventilação não invasiva, conforme a necessidade de cada paciente; • aprender as contraindicações para o uso de ventilação não invasiva; • diferenciar os tipos de materiais utilizados para administrar a oxigenoterapia. 2 PLANO DE ESTUDOS Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. TÓPICO 1 – MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR TÓPICO 2 – MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA/DESOBSTRUTIVAS TÓPICO 3 – EQUIPAMENTOS MECÂNICOS UTILIZADOS NOS TRATAMENTOS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA TÓPICO 4 – PRESSÃO POSITIVA NÃO INVASIVA TÓPICO 5 – OXIGENOTERAPIA Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações. CHAMADA 3 TÓPICO 1 — UNIDADE 1 MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR 1 INTRODUÇÃO Na avaliação fisioterapêutica, os métodos e técnicas utilizados têm como propósito identificar o real estado do paciente, para, dessa forma, poder traçar os objetivos a serem alcançados. Uma avaliação eficiente é essencial para a reabili- tação do paciente e deve ser individualizada e detalhada, sendo extremamente necessária para a melhor intervenção do fisioterapeuta. A avaliação respiratória deve ser completa, tendo como principal objetivo constatar os distúrbios pulmonares e correlacioná-los aos processos patológicos do paciente. Essa avaliação, tem a finalidade de planejar uma conduta para que ocorra a recuperação e a prevenção das disfunções relacionadas com o processo respiratório. Toda a reabilitação depende de uma avaliação eficaz, que identifique os déficits e proporcione o melhor tratamento possível para o indivíduo, evitando que técnicas desnecessárias sejam utilizadas, diminuindo a efetividade do tratamento. Para relembrar a avaliação respiratória, que já foi estudada em disciplinas anteriores, a seguir, temos um exemplo de ficha de avaliação. FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Identificação: Nome: _____________________________________ Data:_____________________________ Idade: ________________ DN: ____/_____/_____ Sexo:_____________________________________ Endereço:______________________________________________________________________ Cidade: ________________________________________________________________________ Tel.: __________________________________________________________________________ Profissão: ______________________________________________________________________ Nome do Responsável: ___________________________________________________________ Médico: _______________________________________________________________________ Diagnóstico médico: ______________________________________________________________ Queixa Principal: _______________________________________________________________ História da Doença Atual: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ IMPORTANT E UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA 4 História Familiar: (hipertensão arterial sistêmica [HAS], tuberculose [TB], doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC], asma). ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Histórico Social e Fatores de Risco: Tabagismo: ( ) Sim ( ) Não Tempo: ________________________ Etilismo: ( ) Sim ( ) Não Estresse: ( ) Sim ( ) Não Diabetes: ( ) Sim ( ) Não Hipertensão: ( ) Sim ( ) Não Obesidade: ( ) Sim ( ) Não Controle alimentar: ( ) Sim ( ) Não Capacidade física: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Atividade de Vida Diária (AVD): ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Exames Complementares: (eletrocardiograma [ECG], RX, tomografia computadorizada [TC]...). ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Medicamentos: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Exame Físico Inspeção Física: (postura, pele e anexos, hidratação, mucosa, nutrição...) ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Tipos de Marcha: ( ) Anserina ( ) Atáxica ( ) Claudicante ( ) Parkinsoniana ( ) Tesoura ( ) Escavante ( ) Ceifante Inspeção Específica: Tipo de Tórax: ( ) Chato ( ) Tonel/Barril ( ) Pectus scavatum ( ) Pectus carinatum ( ) Escoliótico ( ) Paralítico ( ) Sino ( ) Cifótico ( ) Cifoescoliótico Biotipo: ( ) Normolíneo ( ) Brevelíneo ( ) Longilíneo Respiração: ( ) Costal ( ) Diafragmática ( ) Mista ( ) Paradoxal ( ) Apical Ritmo: ( ) Normal ( ) Anormal _________________________________________________________ TÓPICO 1 — MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR 5 Palpação: (mobilidade, nódulos, gânglios, fraturas, aderências, enfisema subcutâneo, pontos de dor, frêmito...) ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Baqueteamento digital: ( ) Presente ( ) Ausente Cianose: ( ) Presente ( ) Ausente ( ) Central ( ) Periférica Percussão: Som normal: ( ) Sons anormais: ( ) Hipersoridade ( ) Timpânico ( ) Submacicez ( ) Macicez Ausculta: Som normal: ( ) Murmúrio Vesicular (MV) ( ) Sons anormais: ( ) Estertores secos ( ) Roncos ( ) Sibilos ( ) Estertores úmidos ( ) Bolhosos ( ) Crepitantes Localização: ____________________________________________________________________ Avaliação da Tosse e Expectoração: (eficácia, período, quantidade, cor, odor, consistência) Tosse úmida ( ) Tosse seca ( ) Tosse eficaz ( ) Tosse ineficaz ( ) Descrição do escarro: ____________________________________________________________ Dispneia: Grau I ( ) Grau II ( ) Grau III ( ) Grau IV ( ) Nível de consciência: ( ) Ansioso, agitado ou inquieto. ( ) Tranquilo, cooperativo e/ou orientado. ( ) Sedado, sonolento, porém, responsivo a comandos. ( ) Sedado, dormindo, responde lentamente a estímulo auditivo alto. ( ) Sedado, dormindo, não responsivo. FONTE: <https://ar.pinterest.com/pin/303711568625398480/>. Acesso em: 30 jul. 2021. UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA 6 Escala de Glasgow: _____________ Diagnóstico Fisioterápico: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ____________________________________ Objetivos de Tratamento: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ____________________________________ Conduta: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Testes Específicos 1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação Valores Normais PA FC SatO 2 Espirometria VEPI CVF VEF 1 /CVF Peak flow Manovacuometria PI Máx. PE Máx. Força muscular 0 – II Diafragma Intercostais Abdominais Cirtometria Estática Axilar Processo xifoide Basal Cirtometria Dinâmica axilar Inspiratória Expiratória Diferença TÓPICO 1 — MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR 7 Cirtometria Dinâmica xifoide Inspiratória Expiratória Diferença Cirtometria Dinâmica basal Inspiratória Expiratória Diferença SatO 2 : Saturação de oxigênio; PI Máx.: pressão inspiratória máxima; PE Máx.: pressão expiratória máxima; CVF: capacidade vital forçada. FONTE: A autora Cada ficha de avaliação deve ser adaptada para cada situação e local de traba- lho (clínica, hospital, domicílio, entre outros) em que você está atuando. IMPORTANT E 2 MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR Os recursos terapêuticos manuais para expansão ou reexpansão pulmo- nar surgem com a necessidade de prevenir ou tratar a diminuição do volume pulmonar. O colapso alveolar gera uma perda de volume, com consequente di- minuição na capacidade residual funcional (CRF), podendo ocorrer hipoxemia, aumento no risco de infecções e lesões pulmonares, caso não seja revertido (MO- DESTO; RODRIGUES; SANTANA, 2015). Manobras de expansão pulmonar são consideradas indispensáveis na prevenção de complicações pulmonares, diminuindo em até 50% esses riscos (MODESTO; RODRIGUES; SANTANA, 2015). São realizadas pelo fisioterapeuta, com técnicas que incentivam a inspiração profunda tendo como objetivos: • aumentar o volume pulmonar; • melhorar o padrão ventilatório; • diminuir o esforço respiratório; • melhorar as trocas gasosas (LUSTOSA; OLIVEIRA, 2013). UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA 8 3 COMPRESSÃO-DESCOMPRESSÃO Na prática clínica, o principal efeito fisiológico da manobra compressão- -descompressão é o recrutamento dos alvéolos colapsados, que se dá com o au- mento da CRF e a melhora na distribuição de oxigênio (DELLA VIA, 2017). Por conta desse efeito, os principais objetivos da manobra são: • corrigir atelectasias; • diminuir hipoxemia; • melhorar a ventilação pulmonar; • melhorar difusão pulmonar; • melhorar volume corrente. A técnica de compressão-descompressão fundamenta-se na colocação das mãos do fisioterapeuta na região inferior das últimas costelas, onde na expiração do paciente o fisioterapeuta realiza uma compressão torácica paradentro e para baixo. Em seguida, uma descompressão súbita quando o paciente inicia uma inspiração. Isso gera um aumento no fluxo expiratório e uma alteração súbita de fluxo durante a inspiração. Com isso, favorece a expansão pulmonar do paciente (PAES et al., 2015). FIGURA 1 – MANOBRA DE COMPRESSÃO-DESCOMPRESSÃO FONTE: <https://bit.ly/3jgUHff>. Acesso em: 10 nov. 2020. TÓPICO 1 — MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR 9 FIGURA 2 – MANOBRA DE COMPRESSÃO-DESCOMPRESSÃO FIGURA 3 – MANOBRA DE DIRECIONAMENTO DO FLUXO FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=GwsYHEtnazY>. Acesso em: 10 nov. 2020. FONTE: <https://bit.ly/3jjftuF>. Acesso em: 14 nov. 2020. 4 MANOBRA DE DIRECIONAMENTO DO FLUXO/RESPIRAÇÃO CONTRARIADA A manobra de direcionamento do fluxo tem como objetivo a reexpansão pulmonar, aumentando o fluxo de ar e, consequentemente, a ventilação pulmonar. Consiste na compressão manual torácica unilateral, realizada pelo fisioterapeuta, para promover uma expansão do hemitórax contralateral (SIXEL et al., 2007). UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA 10 FIGURA 4 – MANOBRA DE DIRECIONAMENTO DO FLUXO FONTE: <https://bit.ly/2Z5Kqv6>. Acesso em: 14 nov. 2020. 5 EXERCÍCIOS DE PADRÕES VENTILATÓRIOS Os exercícios de padrões ventilatórios são baseados em técnicas que dependem do tempo inspiratório e expiratório, sendo que cada uma possui um objetivo diferente. O fisioterapeuta avalia e orienta o paciente para realizar os diferentes tipos de padrões ventilatórios (MIRANDA et al., 2011). Esses exercícios podem ser feitos com ou sem patologias existentes, tendo como objetivos: • ganho na capacidade pulmonar; • melhora na relação ventilação/perfusão; • melhora da resistência à fadiga; • corrigir padrões ventilatórios incorretos; • evitar possíveis complicações pulmonares; • melhora da capacidade funcional (BORGES et al., 2016). 5.1 PADRÃO VENTILATÓRIO FRENOLABIAL A respiração frenolabial tem como objetivo prevenir o colapso das vias aéreas, reduzir a frequência respiratória, a dispneia, aumentar o volume corrente (VC) e a saturação periférica de oxigênio (PINTO, 2011). Consiste em uma manobra em que o paciente realiza uma inspiração nasal profunda e, posteriormente, uma expiração oral resistida com os lábios franzidos (ROSSI et al., 2012). TÓPICO 1 — MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR 11 FIGURA 5 – PADRÃO VENTILATÓRIO FRENOLABIAL FIGURA 6 – GRÁFICO PADRÃO VENTILATÓRIO DESDE VOLUME RESIDUAL FONTE: <https://bit.ly/2Z5Kqv6>. Acesso em: 14 nov. 2020. FONTE: <https://www.slideshare.net/nathafisioterapia/padroes-respiratorios>. Acesso em: 11 nov. 2020. 5.2 PADRÃO VENTILATÓRIO DESDE VOLUME RESIDUAL O padrão ventilatório desde volume residual proporciona aumento da venti- lação em ápices pulmonares. Baseia-se na expiração oral forçada até o volume residual (VR), seguida de uma inspiração até a capacidade inspiratória (MERINO et al., 2008). 5.3 PADRÃO VENTILATÓRIO DESDE CRF (DIAFRAGMA) No padrão ventilatório desde CRF, o paciente realiza uma expiração tranquila até o volume residual expiratório (VRE), seguido de uma inspiração profunda ativando o músculo diafragmático (CELESTINO, 2015). Com esse tipo de padrão ventilatório, o diafragma tem seu trabalho intensificado a partir da CRF, ocorrendo a expansão das bases pulmonares. UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA 12 FIGURA 7 – GRÁFICO PADRÃO VENTILATÓRIO DESDE CRF FIGURA 8 – GRÁFICO SOLUÇOS INSPIRATÓRIOS FONTE: <https://www.slideshare.net/nathafisioterapia/padroes-respiratorios>. Acesso em: 11 nov. 2020. FONTE: <https://www.slideshare.net/nathafisioterapia/padroes-respiratorios>. Acesso em: 11 nov. 2020. 5.4 PADRÃO VENTILATÓRIO SOLUÇOS INSPIRATÓRIOS/ INSPIRAÇÃO EM TEMPOS (SNIFF INSPIRATION) O padrão ventilatório soluços inspiratórios tem como objetivo a reexpansão pulmonar das zonas basais do pulmão e fortalecimento do músculo diafragma (BARBIERO, 2008). Nessa técnica, o fisioterapeuta deve pedir para que o paciente realize inspirações curtas e contínuas, repetindo várias vezes até atingir a capacidade pulmonar total (CPT), seguida de uma expiração completa e profunda (CUNHA; TOLEDO, 2007). 5.5 PADRÃO VENTILATÓRIO COM EXPIRAÇÃO ABREVIADA O padrão ventilatório com expiração abreviada possui como objetivos princi- pais aumentar o volume inspiratório, melhorar a relação da ventilação/perfusão e me- lhorar a hipoxemia. A técnica consiste na realização de uma inspiração nasal de menor volume de ar e, posteriormente, de uma expiração breve com freno labial (sem soltar todo o volume de ar inspirado). Em seguida, realizar outra inspiração de médio volu- TÓPICO 1 — MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR 13 FIGURA 9 – GRÁFICO PADRÃO VENTILATÓRIO COM EXPIRAÇÃO ABREVIADA FIGURA 10 – GRÁFICO INSPIRAÇÃO PROFUNDA FONTE: <https://www.slideshare.net/nathafisioterapia/padroes-respiratorios>. Acesso em: 11 nov. 2020. FONTE: <https://www.slideshare.net/nathafisioterapia/padroes-respiratorios>. Acesso em: 11 nov. 2020. me pulmonar, com uma expiração breve em freno labial (sem soltar todo o volume de ar inspirado). Por fim, realiza-se uma inspiração até a capacidade pulmonar total (CPT) e uma expiração longa e suave com freno labial (SLONGO; MORSCH, 2015). 5.6 PADRÃO VENTILATÓRIO DE INSPIRAÇÃO PROFUNDA (DEEP INSPIRATION) O padrão ventilatório de inspiração profundo tem como objetivo princi- pal melhorar a amplitude ventilatória. Inicia com uma inspiração profunda até o volume residual inspiratório (VRI), lento e contínuo por via nasal, e, posterior- mente, por uma expiração oral lenta e uniforme até o volume residual expiratório (VRE) (BRANCO et al., 2012). UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA 14 5.7 PADRÃO VENTILATÓRIO INSPIRAÇÃO MÁXIMA SUSTENTADA (SMI) O padrão ventilatório inspiração máxima tem como objetivo o incremento da CPT e, consequentemente, o ganho de volume. Consiste em uma inspiração ativa forçada partindo da CRF, que deve ser sustentada por determinado tempo (BRUNETTO; HOSHINO; PAULIN, 1999). FIGURA 11 – GRÁFICO INSPIRAÇÃO MÁXIMA SUSTENTADA FIGURA 12 – PADRÃO VENTILATÓRIO DIAFRAGMÁTICO FONTE: <https://www.slideshare.net/nathafisioterapia/padroes-respiratorios>. Acesso em: 11 nov. 2020. FONTE: <https://bit.ly/3m30XJn>. Acesso em: 13 nov. 2020. 5.8 PADRÃO VENTILATÓRIO DIAFRAGMÁTICO O padrão ventilatório diafragmático tem como objetivo melhorar a ven- tilação pulmonar, principalmente, nas regiões basais do pulmão. Na técnica, de- ve-se solicitar ao paciente uma inspiração nasal suave e profunda, levando o ab- dome para fora, seguida de uma expiração suave e profunda, levando o abdome para dentro (VIEIRA et al., 2014). TÓPICO 1 — MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR 15 No cenário atual, é importante vermos também as informações mais recentes do Ministério da Saúde sobre Covid-19 e exercícios para fortalecer os pulmões. Por isso, sugerimos os seguintes vídeos: https://bit.ly/3BYTzE6. IMPORTANT E 16 Neste tópico, você aprendeu que: RESUMO DO TÓPICO 1 • A reabilitação necessita de uma avaliação eficiente que identifique os déficits e proporcione o melhor tratamento possível para o indivíduo, impedindo que téc- nicas desnecessárias sejam utilizadas diminuindo a efetividade do tratamento. • A compressão-descompressão tem como principal efeito fisiológico o recruta- mento dos alvéolos colapsados. • A manobra de direcionamento do fluxo tem como resultado aumento da ven- tilação pulmonar. • Os exercícios de padrões ventilatórios são baseados em técnicas que depen- dem do tempo inspiratório e expiratório, em que cada técnica possui um ob- jetivo diferente. O fisioterapeuta deve avaliar e orientar o paciente a realizar os diferentes tipos de padrões ventilatórios de forma adequada. 17 1 Leia o texto a seguir: “É necessária a realização da reeducação funcional respiratória nos indivíduos obe- sos, para isso, é importante realizar uma avaliação adequada das possíveis mu- danças que essa técnica de exercícios respiratórios pode causar nesses indivíduos, torna-se necessária a exploração de técnicas de mensuraçãofísica, especialmente as medidas de elementos da mecânica respiratória, tais como: a avaliação da força muscular respiratória e as alterações das amplitudes torácicas e abdominais”. FONTE: COSTA, D. et al. Avaliação da força muscular respiratória e a amplitudes torácicas e abdo- minais após a RFR em indivíduos obesos. Revista Latino Americana de Enfermagem, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 156-160, 2003. Disponível em: https://bit.ly/3DMMLKq. Acesso em: 14 nov. 2020. Descreva a importância da avalição respiratória. 2 “A ventilação é o processo que constantemente mantém os níveis adequados de oxigênio e dióxido de carbono nos alvéolos e no sangue arterial através da inspiração e expiração, e, para que este processo ocorra de maneira eficaz, faz-se necessária plena condição da musculatura acessória, incluindo os músculos abdominais” (BORGES et al., 2016, p. 47). Sobre o padrão ventilatório soluços inspiratórios, assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) O padrão ventilatório soluços inspiratórios consiste na realização de uma inspiração nasal de menor volume de ar e, posteriormente, uma expiração breve com freno labial. Realizar outra inspiração de médio volume pulmonar, com uma expiração breve em freno labial. Por fim, realiza-se uma inspiração até a capacidade pulmonar total (CPT) e uma expiração longa e suave com freno labial. b) ( ) No padrão ventilatório soluços inspiratórios, o fisioterapeuta deve pedir para que o paciente realize inspirações curtas e contínuas. c) ( ) O padrão ventilatório soluços inspiratórios consiste em uma inspiração ativa forçada, partindo da capacidade residual funcional (CRF). d) ( ) O padrão ventilatório soluços inspiratórios inicia com uma inspiração profunda até o volume residual inspiratório (VRI), lenta e contínua por via nasal, com posterior expiração oral lenta e uniforme até o volume residual expiratório (VRE). 3 “As manobras de expansão pulmonar são consideradas fundamentais na prevenção de complicações, tais como atelectasias e pneumonias, em pacientes de alto risco. O emprego dessas manobras reduz em até 50% o risco de complicações pulmonares” (MODESTO; RODRIGUES; SANTANA, 2015, p. 8). Nesse sentido, assinale V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: AUTOATIVIDADE 18 ( ) A manobra de direcionamento do fluxo consiste na realização da com- pressão manual torácica bilateral realizada pelo fisioterapeuta, promo- vendo uma expansão do hemitórax homolateral. ( ) O principal efeito fisiológico da manobra compressão-descompressão é o recrutamento dos alvéolos colapsados, que se dá com o aumento da CRF e a melhora na distribuição de oxigênio. ( ) Os principais objetivos da manobra de compressão-descompressão são: corrigir atelectasias, aumentar hipoxemia, melhorar a ventilação pulmo- nar, melhorar difusão pulmonar e melhorar volume corrente. ( ) Os recursos terapêuticos manuais para expansão ou reexpansão pulmonar surgem com a necessidade de prevenir ou tratar a diminuição de volume pulmonar. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) ( ) F – F – V – V. b) ( ) V – F – F – F. c) ( ) F – V – F – V. d) ( ) V – F – V – F. 19 TÓPICO 2 — UNIDADE 1 MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA/ DESOBSTRUTIVAS 1 INTRODUÇÃO As manobras de higiene brônquica consistem em técnicas não invasivas que objetivam auxiliar a mobilização e a remoção das secreções, melhorando, as- sim, as trocas gasosas e reduzindo o trabalho respiratório (SERAFIM, 2006). A intervenção do fisioterapeuta, por meio de manobras de higiene brônqui- ca, altera a viscosidade da secreção, facilitando a expectoração. A escolha da melhor manobra depende de uma boa avaliação e o conhecimento das técnicas (MATILDE et al., 2018). Lembrando que a importância da aplicação segura de cada técnica, a avaliação clínica e as características da doença são essenciais, para que seja planeja- da uma conduta eficaz e adequada para cada paciente (BASTOS et al., 2013). 2 VIBRAÇÃO A vibração é uma manobra utilizada pelo fisioterapeuta com o objetivo de desprender e movimentar as secreções, gerando um aumento do nível expiratório, causado pelas vibrações. A vibração consiste em movimentos oscilatórios sobre a parede do tórax durante a expiração, com uma frequência em torno de 12 a 16 Hz. Essa técnica pode ser realizada tanto manualmente, pelas mãos do fisioterapeuta, como mecanicamente, por aparelhos específicos (BERTOLETTI, 2007). FIGURA 13 – VIBRAÇÕES MANUAIS NA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA FONTE: <https://bit.ly/3n645Dy>. Acesso em: 12 nov. 2020. 20 UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA 3 VIBROCOMPRESSÃO A manobra de vibrocompressão é uma técnica que tem como objetivo modificar as propriedades físicas do muco, diminuindo sua viscosidade devido ao tixotropismo – quando a viscosidade diminui por causa da vibração (CASTRO et al., 2010). Essa técnica se baseia na utilização de vibrações com as mãos do fisioterapeuta, associada à técnica de compressão-descompressão na fase expiratória de cada ciclo ventilatório (CERQUEIRA NETO, 2012). Tixotropismo é a capacidade que o muco, que foi submetido a uma agitação constante e sofreu tendência à progressiva fluidificação, tem de retornar a suas caracterís- ticas iniciais após um período de repouso. A tixotropia é um elemento primordial na reali- zação da fisioterapia respiratória, pois tem o intuito de desobstruir as vias aéreas mediante as manobras de higiene brônquica (CASTRO et al., 2010). NOTA FIGURA 14 – FISIOTERAPEUTA REALIZANDO VIBROCOMPRESSÃO FONTE: <https://bit.ly/30In7Iv>. Acesso em: 18 nov. 2020. TÓPICO 2 — MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA/DESOBSTRUTIVAS 21 FIGURA 15 – FISIOTERAPEUTA REALIZANDO VIBROCOMPRESSÃO FIGURA 16 – PERCUSSÃO OU TAPOTAGEM FONTE: <https://bit.ly/2ISqhjL>. Acesso em: 18 nov. 2020. FONTE: <https://saude.culturamix.com/tratamento/tapotagem>. Acesso em: 12 nov. 2020. 4 PERCUSSÃO OU TAPOTAGEM É uma técnica que tem como objetivo mover as secreções das vias aéreas para que, em seguida, seja expectorada. Consiste na realização da percussão pelas mãos do fisioterapeuta em forma de concha, na parte ventral, lateral e dorsal do tórax, em uma frequência próxima de 3-6 Hz. A técnica faz com que as secreções se mobilizem e pode ser realizada com o paciente em diferentes decúbitos (MARTINS; CANTO; AMORIM, 2011). 22 UNIDADE 1 — AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA FIGURA 17 – PERCUSSÃO OU TAPOTAGEM FIGURA 18 – TÉCNICA DE HUFFING FONTE: <https://bit.ly/35GAXem>. Acesso em: 12 nov. 2020. FONTE: <https://bit.ly/3nBVerQ>. Acesso em: 14 nov. 2020. 5 HUFFING/HUFF OU TERAPIA EXPIRATÓRIA FORÇADA (TEF) Essa técnica auxilia na remoção de secreções, ao realizar uma expiração forçada semelhante a uma tosse sem que ocorra o fechamento da glote (MANARTE, 2014). Consiste em o paciente realizar o “huffing” partindo de uma pequena inspiração, em que mobiliza secreções mais periféricas. Em seguida, um “huffing” partindo de uma inspiração profunda, para mobilizar secreções em vias aéreas mais proximais (HARDEN et al., 2010). TÓPICO 2 — MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA/DESOBSTRUTIVAS 23 FIGURA 19 – ASPECTOS DA TÉCNICA DO CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO FONTE: Ramos et al. (2016, p. 107) 6 CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO O Ciclo Ativo da Respiração é uma técnica combinada com a TEF e os exercícios de expansão torácica. A técnica tem como objetivo a remoção de secreções e, quando associada à expansão, otimiza a ventilação, impede a diminuição da saturação de oxigênio e garante o volume de ar necessário para que a TEF isolada possa ocorrer com a menor obstrução de fluxo possível (RAMOS et al., 2016). Segundo Ramos et al. (2016, p. 107), a sequência da combinação compreende: • Relaxamento e controle da respiração. • Repetição de três a quatro exercícios de expansão torácica. • Relaxamento e controle respiratório. • Repetição de três a quatro exercícios de expansão torácica. • Repetição do controle da respiração e do relaxamento. • Execução de uma ou duas técnicas de expiração
Compartilhar