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Introdução a Nutrição Macro nutrientes Hidratação I Suplementos Nutracêuticos Micronutrientes II may.abel HIDRATAÇÃO Abel Felipe Freitag DOUTORANDO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ME. EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL Nutrição Básica: corpo e movimento abel.freitag afreitag@prof.unipar.br Durante o século XX... Restrição de líquido durante o EF melhor desempenho Muitas vezes, atletas de destaque terminavam a prova com a temperatura corporal acima de 40ºC Ingestão de líquidos poder trazer desconfortos gastrointestinais A partir da década de 40... Ciência a favor da água Profissionais da saúde incentivam seu consumo: antes, durante e após o EF Militares observam a importância: Guerras eram decididas de acordo com sua disponibilidade 1967: a desidratação causou a morte de centenas de soldados (Guerra de Seis Dias: Egito X Israel) HOJE... A hidratação é essencial ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA TROCA DE CALOR E DA DESIDRATAÇÃO EF e estresse orgânico Troca de calor Equilíbrio homeostático Estabilização da temperatura corporal Controle da glicemia Níveis limítrofes = falha orgânica Risco iminente à vida > demanda energética > taxa de calor produzida: é proporcional à taxa de trabalho ou metabólica contrações musculares + oxidação de substratos (GLI, AA e AG) para a obtenção de energia Aumento da temperatura corporal Taxa de produção de calor = 1kcal/min (repouso) e até 20kcal/min (no EF) > utilização de substratos + > temperatura interna fatores determinantes de fadiga (depleção de glicogênio muscular hipoglicemia: mais comum em temperaturas elevadas) Temperatura da pele varia de acordo com o ambiente; Temperatura interna = 37±1°C ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA TROCA DE CALOR E DA DESIDRATAÇÃO EF e estresse orgânico Troca de calor: termo regulação Regulação hipotalâmica Balanço hídrico Composição do suor Taxa de suor Desidratação induzida pelo EF Perda de água corporal durante o EF + relevante em EF de longa duração (aeróbio) Estado Hipo-hidratado Estado Mono-hidratado Estado Hiper-hidratado Quando é agravada? Condições ambientais Tipos de roupas Estado de hidratação anterior à prova Intensidade do EF Durante o EF a taxa de calor pode aumentar em até 100x comparada à de repouso (>TC interna) Para dissipar o calor, o organismo libera água oriunda do plasma (glândulas sudoríparas) Diminuição do volume plasmático em até 18% E se não hidratar? Perda de água = peso Hipertermia, < volume intracelular comprometimento da atividade celular do organismo Desidratação induzida pelo EF Estado Hipo-hidratado: perda > 2% do peso corporal (PC) durante o EF Induzida pela ingestão insuficiente de líquidos, anteriormente ao EF Uso de diuréticos Exposição à sauna Perda do peso em até 2%: limiar de desidratação sede Perda em até 3%, não é observada alteração da capacidade aeróbia máxima (CAM), em temperaturas amenas Perdas hídricas de 5% do PC são associadas com decréscimo da CAM em 30% Aumenta o risco de exaustão e de complicações renais Sintomas mais comuns: cãibras por calor + sudorese profusa 6-7% de perdas hídricas: perda de regulação metabólica e acidose >7%: risco de colapso circulatório hipertermia pode levar ao choque térmico e à morte HIPO-HIDRATAÇÃO E DESEMPENHO FÍSICO Hipo-Hidratação Reduz o tempo de tolerância ao EF em exercícios de intensidade progressiva A capacidade de realizar esforço físico é diminuída por déficits marginais de água corporal (1-2%), sendo que a perda dessa capacidade vai tornando-se mais expressiva à proporção que aumenta o déficit de água Maior prejuízo ao rendimento físico (ambientes quentes) > temperatura corporal + déficit de água = < desempenho físico Outros efeitos: depende do tipo de exercício e do grau de Hipo-Hidratação As bebidas energéticas são repositoras de energia? Não A quantidade de energia fornecida por essas bebidas equivale a um refrigerante comum. Composição: cafeína, aminoácidos e vitaminas do complexo B. A dose de cafeína é de cerca de 80mg por latinha (250ml) e corresponde a uma xícara pequena de café expresso. Provoca aumento da atividade mental, reduzindo o sono e despertando a atenção. Apesar da recomendação dos fabricantes, essas bebidas não devem ser ingeridas com o álcool provoca euforia, ânimo e suposta energia se devem muito mis ao álcool do que ao energético. Agradecimentos 14 Porque hidratar a pele? Vaidade? Reforça a barreira de proteção da pele e evita a sensibilidade O pós-banho, com foco em áreas mais ásperas como joelhos, calcanhares e tornozelos, que possuem mais tendência ao ressecamento. Qual o momento ideal para hidratar o corpo? O que a hidratação promove? Quais os benefícios? Previne possíveis irritações, ameniza o aspecto esbranquiçado, melhora a textura e o mais importante: protege a pele dos agentes externos. Pele ressecada perde sua capacidade de defesa, tornando-se alvo fácil para irritações e infecções, criando fissuras e escamas imperceptíveis. Para prevenir o ressecamento, evite banhos demorados e superquentes (esse hábito pode remover a oleosidade natural da pele) e sabonetes perfumados ou com ação adstringente (busque o produto adequado para o seu tipo de pele). HIPO-HIDRATAÇÃO E DESEMPENHO FÍSICO EF de alta intensidade EF de endurance Hiperidratação Aclimatação Hidratação do atleta EF de alta potência, curta duração ATP + fosfocreatina fontes primárias de energia Literatura: a Hipo-Hidratação influencia negativamente um esforço único de alta intensidade? Movimentos de alta intensidade Desidratados, podem apresentar ausência de efeito sobre a força máxima (FM) A causa pode ser decorrente do fato do músculo não necessitar da oferta de O2 pelo FS para a execução de movimentos de FM EF de curta duração não promove aumento significativo da temperatura, a qual, contribui para a geração da fadiga Treino diário: 2h em estado Hipo-hidratado reduz a capacidade de treino e impede o aumento do desempenho DESIDRATAÇAO E DESEMPENHO FÍSICO EF de alta intensidade (contínuo ou intermitente) EF de endurance Hiperidratação Aclimatação Hidratação do atleta EF de alta potência, curta duração Atividades predominantemente anaeróbias Duração longa o suficiente para prover mais energia a partir da glicólise anaeróbia em relação aos fosfagênios Literatura controversa, porém parece que há menor desempenho em indivíduos desidratados Fluxo sanguíneo e metabolismo aeróbio tornam-se componentes mais relevantes da recuperação (entre os intervalos) DESIDRATAÇAO E DESEMPENHO FÍSICO EF de alta intensidade EF de endurance Hiperidratação Aclimatação Hidratação do atleta EF de alta potência, curta duração Hipo-Hidratação prejudica o desempenho físico, o qual depende do sistema CV e do metabolismo oxidativo Efeitos fisiológicos: redução do FS para o tecido muscular < oferta de O2, AGL e dissipação de calor > Concentração sanguínea de epinefrina; > temperatura muscular redução do tempo de tolerância ao esforço < 35% na capacidade de realizar um exercício de alta intensidade com duração de sete minutos O desempenho é prejudicado nas três provas, principalmente nas mais longas Provas de atletismo: 1.500, 5.000 e 10.000 metros Déficit de água corporal, equivalente a 2,5% do PC HIDRATAÇAO E DESEMPENHO FÍSICO EF de alta intensidade EF de endurance Hiper-hidratação Aclimatação Hidratação do atleta EF de alta potência, curta duração Melhorar a termo regulação: atenuar o aumento da temperatura corporal durante o EF no calor Hiper-hidratação anterior à prova: prevenção da desidratação e de seus efeitos negativos no desempenho físico Expansão do volume plasmático, < osmoralidade do sangue; eliminação (rins) > sudorese; > desconforto 1-1,5 g/kg/PC de glicerol + grande volume de água > retenção hídrica Melhor tempo de tolerância ao esforço Indicações: O ideal é distanciar a ingestão de líquidos, 2-4h antes da competição organismo realizar o ajuste hídrico prévio Normo-Hidratado + acesso a ingestão de líquidosdurante a prova a hiper-hidratação é desnecessária Pós-competição: ingerir + líquidos do que o eliminado por diurese ou sudorese para restabelecer o estado euidratado HIDRATAÇAO E DESEMPENHO FÍSICO EF de alta intensidade EF de endurance Hiperidratação Aclimatação Hidratação do atleta EF de alta potência, curta duração Estratégias que visam reduzir o sofrimento do organismo em condições extremas Definição: conjunto de adaptações fisiológicas que permite ao indivíduo suportar um estresse maior ao calor ambiental Produção de suor hipotônico; maior capacidade de sudorese e de sustenta-la por um tempo prolongado durante o EF Atleta altamente treinado e aclimatado: sudorese mais intensa corre mais risco de se desidratar e sentir câimbras Hidratação desse atleta deve ser reforçada Adaptações significativas ocorrem dentro de sete e 14 dias no ambiente mais quente: Sessões de EF devem ser mais curtas e de menor intensidade Frequência (3 a 5x/semana), intensidade (55-90% FCmáx) e duração (20-60min) devem ser aumentadas gradualmente Para evitar o aumento da temperatura interna, o aquecimento antes da competição/treino deve ser curto e em lugares frescos Evitar o uso de roupas emborrachadas ou pesadas e compridas (essa vestimenta dificulta a troca de calor e evaporação) HIDRATAÇAO E DESEMPENHO FÍSICO EF de alta intensidade EF de endurance Hiperidratação Aclimatação Hidratação do atleta EF de alta potência, curta duração SBME, 2009 Adequado: hidratar-se antes, durante e após o EF Dificuldade: manter um balanço entre a perda e o consumo de líquidos Limitações na frequência da ingestão de líquidos, esvaziamento gástrico e absorção intestinal Influências da ingestão voluntária de líquidos: odor, gosto (leve), temperatura (15-22°C) e cor Temperatura, acidez, sabor e intensidade do gosto na boca influenciam a palatabilidade Aumento da diurese, do volume da bexiga, eliminação aumentada da urina desconforto > excreção do sódio que pode causar a hiponatremia (apatia, náusea, vômito, consciência alterada e convulsões) HIDRATAÇAO E DESEMPENHO FÍSICO EF de alta intensidade EF de endurance Hiperidratação Aclimatação Hidratação do atleta EF de alta potência, curta duração 1) Tentativa de reter a água no plasma 2) Eletrólitos são acrescentados afim de minimizar a diluição plasmática 3) Sódio é o principal eletrólito, mantém a osmolaridade plasmática 4) Sódio atua na prevenção da hiponatremia 5) Bebidas esportivas, melhor palatabilidade 6) Principais constituintes: GLI + Na 7) Isotônico repositor hidroeletrolítico 8) Repositor hidroelétrico (6% CHO + eletrólitos) ≠ bebidas energéticas (10% CHO + estimulantes) ESVAZIAMENTO GÁSTRICO Densidade energética Intensidade do EF Temperatura da bebida Volume ingerido Tipo de EF Osmolaridade Tipo de CHO na solução Após a ingestão de fluidos, o EG é considerado fator limitante para tornar o fluido ingerido disponível na circulação Estômago: função de absorção de líquidos, logo, o fluido será esvaziado para o intestino ESVAZIAMENTO GÁSTRICO Densidade energética Intensidade do EF Temperatura da bebida Volume ingerido Tipo de EF Osmolaridade Tipo de CHO na solução A velocidade do EG das bebidas hidroeletrolíticas depende da concentração de CHO e do conteúdo energético Concentrações altas de CHO retardam o EG, reduzindo a quantidade de fluido disponível para a absorção intestinal e, consequentemente, < velocidade de fornecimento de GLI para o sangue A maior concentração luminal de CHO desloca a água para o intestino, o que contribui para o aumento do risco de desidratação e, além disso, pode causar distúrbios gastrintestinais Em condições ambientais quentes... Bebidas com baixa concentração de CHO (4-6%), não promove o retardo EG A concentração de 6% de CHO é isotônica em condições de repouso Desidratação + hipertermia são potencialmente fatais Sintomas de depleção de CHO: fadiga ESVAZIAMENTO GÁSTRICO Densidade energética Intensidade do EF Temperatura da bebida Volume ingerido Tipo de EF Osmolaridade Tipo de CHO na solução Trato digestório: acarreta pouco ou nenhum efeito EG: reduzido Absorção intestinal: reduzida Impede os benefícios do nutriente ingerido (+ intenso) Grandes ingestas, desconforto intestinal (-intenso) De acordo com a preferência do atleta Bebidas geladas: podem oferecer algum benefício em climas quentes Bebidas menos geladas: podem oferecer algum benefício em climas amenos ESVAZIAMENTO GÁSTRICO Densidade energética Intensidade do EF Temperatura da bebida Volume ingerido Tipo de EF Osmolaridade Tipo de CHO na solução O volume de conteúdo estomacal regula a taxa de EG À medida que o líquido é esvaziado para o intestino e o volume do estômago diminui, a Taxa de EG é reduzida Refluxo gastresofágico: ingestão de grande volume de líquido pouco antes ou durante o EF Quando o volume gástrico é de 600mL, geralmente a capacidade é de esvaziar mais de 1000mL/h (4-8% CHO) Indicado manter o maior volume tolerável, durante o EF, 400-600mL ESVAZIAMENTO GÁSTRICO Densidade energética Intensidade do EF Temperatura da bebida Volume ingerido Tipo de EF Osmolaridade Tipo de CHO na solução Incidência de maiores problemas gastrintestinais em relação à outras atividades Ingestão hídrica em maratonas torna-se insuficiente, 150-600mL Risco de desidratação é aumentado Relação entre o total de partículas livres (ionizáveis por mL de solução), representada pelo Na nas bebidas esportivas Influencia no EG e na absorção intestinal Aumento na osmoralidade do conteúdo gástrico retarda o EG Volume e densidade energética: principais fatores do EG Osmoralidade: maior influência na absorção intestinal ESVAZIAMENTO GÁSTRICO Densidade energética Intensidade do EF Temperatura da bebida Volume ingerido Tipo de EF Osmolaridade Tipo de CHO na solução Maltodextrina ou Sacarose: há pouca diferença no esvaziamento gástrico Frutose: esvaziam mais rapidamente do estômago do que soluções equimolares de GLI; são absorvidas mais lentamente no intestino, podendo causar desconfortos Osmoralidade: importante em soluções de altas concentrações de CHO, nas quais a própria densidade energética aumentada será a responsável por um menor EG Regulação do EG: conteúdo gástrico + densidade energética + osmoralidade da bebida Aumento no consumo CHO: retardo no EG Carbonatação e temperatura do líquido: não parecem influenciar no EG Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev. Bras. Med. Esp. 15:3-12, 2009. Tirapegui, J. Nutrição, Metabolismo e Suplementação na Atividade Física. 2ª Edição: Atheneu. São Paulo-SP, 2012. REFERÊNCIAS Agradecimentos 30
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