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SDE 0097 – Fisiologia Humana FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Fisiologia Humana Função do sistema cardiovascular • Transporte de gases dos pulmões aos tecidos e dos tecidos aos pulmões; • Transporte dos nutrientes das vias digestivas aos tecidos; • Distribuição dos hormônios vindos das glândulas; • Distribuição de anticorpos; • Manutenção da temperatura; • Eliminação de resíduos. Fisiologia Humana Componentes principais O sistema cardiovascular ou circulatório é formado por uma rede de tubos de diversos calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração. VeiasArtérias Veias Capilares Artérias Fisiologia Humana Coração O coração é um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um punho fechado e pesa cerca de 400 gramas. Fisiologia Humana Coração O átrio direito comunica‐se com o ventrículo direito pela válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica‐se com o ventrículo esquerdo pela válvula bicúspide. Fisiologia Humana Contração Sístole – Período de contração muscular cardíaca que alterna com período de repouso. A cada batimento cardíaco, os átrios contraem‐ se primeiro – sístole arterial. Os ventrículos contraem‐se posteriormente, bombeando o sangue para fora do coração, para as artérias, o que corresponde à sístole ventricular. Fisiologia Humana Músculo cardíaco O músculo estriado cardíaco possui células longas, cilíndricas e estriadas, porém são ramificadas; Essas ramificações unem uma célula a outra e formam junções “comunicantes” (junções abertas), através do disco intercalar, a qual é permeável ao impulso elétrico, ou seja, possibilitam difusão relativamente livre dos íons; Com essas ramificações, a contração do músculo cardíaco é uniforme, essencial para o bom funcionamento do coração; A contração é rápida, forte, involuntária e contínua. Fisiologia Humana Complexo estimulante do coração Formado por fibras especializadas na condução de impulsos nervosos que percorrerão todo território cardíaco. A frequência cardíaca (FC) é controlada pelos marca‐passos fisiológicos, enquanto o ritmo dos marca‐passos é dado por impulsos vindos dos centros vasomotores do tronco encefálico (bulbo). O sistema de condução de impulsos compreende o nó sinoatrial, o nó atrioventricular e o feixe atrioventricular com seus dois ramos que se ligam as fibras de Punkinje que se unem ao músculo cardíaco. Fisiologia Humana Complexo estimulante do coração Fisiologia Humana Sistema elétrico de estimulação • Nó sinoatrial (nó SA): no átrio direito, junto à entrada da veia cava; é o principal marca‐passo; • Via internodal; • Nó atrioventricular (nó AV): próximo à base do átrio direito; • Feixe de His (feixe atrioventricular): feixe de fibras que sai do nó AV e passa pelo septo entre os dois ventrículos; *Divide‐se em dois ramos: esquerdo e direito; • Fibras de Purkinje: ramificações dos ramos esquerdo e direito do feixe de His = se espalham entre as células contráteis. Fisiologia Humana Vasos sanguíneos Veias – reservatório extra de sangue. Conduzem o sangue sob baixa pressão de volta ao coração. Artérias – recebem o sangue sob alta pressão do coração. Distribuição de sangue para os tecidos e órgãos. Capilares – tocas gasosas e metabólicas. Fisiologia Humana Artérias e arteríolas Artérias: paredes grossas, tecido elástico, volume de sangue pressão altos. Arteríolas: desenvolvimento de músculo liso, resistência, inervado por fibras nervosas simpáticas Fisiologia Humana Artérias AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Fisiologia Humana Veia s AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Fisiologia Humana Capilare s AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Fisiologia Humana Sistema Cardiovascular – introdução Fisiologia Humana Conceitos Sístole e diástole Respectivamente, contração e relaxamento do miocárdio. (atrial ou ventricular) Contratilidade (Inotropismo) Propriedade do coração: uma vez estimulada toda a sua musculatura, este se contrai ativamente como um todo. Débito sistólico (DS) Volume de sangue bombeado pelo coração por batimento. Débito cardíaco Volume de sangue bombeado pelo coração por minuto (FC x DS). Adulto em repouso: cerca de 5 litros/min. Adulto em atividade: mais de 25 litros/min. Fisiologia Humana Conceitos Pré‐carga: Volume de sangue no ventrículo do coração, após seu enchimento e contração atrial. Pós‐carga: Tensão produzida por uma câmara do coração (resistência da circulação) para que esta possa se contrair. Bulhas cardíacas 1ª. Bulha → fechamento das valvas AV (mitral e tricúspide). 2ª. Bulha → fechamento das valvas aórtica e pulmonar. AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco 0 – Despolarização rápida 1 – Recuperação 2 – Platô 3 – Repolarização 4 – Potencial de repouso Fisiologia Humana Potenciais de ação – fase rápida ou do miocárdio AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco Fisiologia Humana Coordenação da atividade elétrica Potencial de fase rápida ou do marca‐passo AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco • Portanto, a força de contração depende, em grande parte, da concentração de íons cálcio no líquido extracelular. • A duração da contração do músculo cardíaco é em função da duração do potencial de ação. • Átrios – bomba de reforço (retardo de 1/10 s da condução elétrica do A para o V). • Ventrículos – principal fonte de força para movimentar o sangue através do sistema vascular. Fisiologia Humana Contração do coração AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco Fisiologia Humana Ciclo cardíaco AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco Ciclo cardíaco – o início de um batimento cardíaco até o início do batimento seguinte. Preenchimento passivo e sístole atrial – (onda P do ECG) – O miocárdio ventricular está em diástole; As válvulas aórtica e pulmonar estão fechadas e as atrioventriculares (AV) estão abertas. A contração atrial finaliza o preenchimento ventricular. Entretanto o papel da sístole atrial é importante durante o aumento da frequência cardíaca, onde há o encurtamento da diástole – Eficiência do preenchimento do ventrículo. Ocorre a primeira bulha cardíaca pelo fechamento das válvulas AV. Contração isovolúmica – (complexo QRS do ECG) – ocorre rápido aumento da pressão ventricular. Provoca pequena protusão do assoalho atrial (válvulas atrioventriculares ‐ AV). Não há alteração de volume, porém, a tensão na parede do ventrículo aumenta progressivamente. Ejeção ventricular – Quando a pressão do ventrículo ultrapassa a pressão aórtica as valvas semilunares se abrem e o sangue flui pelas artérias. A pressão do ventrículo irá diminuir com a saída do sangue. Relaxamento passivo – Valvas AV e semilunares fechadas. Ao se fecharem, as válvulas semilunares produzem a segunda bulha cardíaca. Fisiologia Humana Fases do ciclo cardíaco AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco Fisiologia Humana Bulhas cardíacas AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco • Regulação intrínseca da bomba cardíaca – mecanismo de Frank‐Starling – quanto maior for o estiramento do músculo cardíaco durante o enchimento maior será a força de contração e a quantidade de sangue bombeado para a aorta. • Sistema nervoso autonômico: Nervos simpáticos – aumento da Frequência cardíaca, da força de contração e o aumento do débito cardíaco. Nervos parassimpáticos (vago) – diminuição do número de batimentos cardíacos (Fc) e do débito cardíaco. Fisiologia Humana Regulação do bombeamento cardíaco AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclocardíaco • Estimulação parassimpática (vagal) – libera acetilcolina, aumentando a permeabilidade das membranas das fibras cardíacas ao potássio, diminuindo todo o impulso elétrico. • Estimulação simpática – noradrenalina aumenta a permeabilidade da fibra ao sódio e ao cálcio. Fisiologia Humana Sistema nervoso autônomo AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco Registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade do coração, feitos por eletrodos. Exame de eleição nas emergências cardíacas. O registro forma um gráfico que mostra a variação dos PA no tempo, gerando uma onda linear. Estas ondas seguem um padrão rítmico. Os PA são gerados a partir da despolarização e repolarização das células cardíacas. As ondas e seus intervalos entre elas são analisados quanto a sua configuração, altura e comprimento. Existem valores de normalidade de tempo pré‐definidos. Potenciais elétricos são vistos com auxílio de osciloscópio ou registrados em papel quadriculado (mais comum). Fisiologia Humana Eletrocardiogram a AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco Neste gráfico se distingue uma onda P que corresponde à contração dos átrios, e um consecutivo complexo QRS determinado pela contração dos ventrículos. Conclui o ciclo uma onda T. Fisiologia Humana Eletrocardiogram a AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco É o volume de sangue sendo bombeado pelo coração em um minuto. É igual à frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólico. Fisiologia Humana Débito cardíaco (DC) AULA 9: condução elétrica, contração cardíaca e ciclo cardíaco Fisiologia Humana Pressão arterial AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Força propulsora responsável pelo fluxo sanguíneo, que mantém a perfusão tecidual. • PA = DC x RVP Fluxo = Quantidade de sangue que passa por determinado ponto da circulação em dado período de tempo. Pressão sanguínea (mmHg) = é a força exercida pelo sangue contra a parede vascular. Resistência ao fluxo sanguíneo = impedimento ao fluxo sanguíneo por um vaso. Relação entre pressão, fluxo e resistência: • O fluxo ao longo do vaso é determinado por 2 fatores: diferença de pressão do sangue, entre as 2 extremidades do vaso (gradiente de pressão), impedimento ao fluxo sanguíneo, ao longo do vaso (resistência vascular) . Fisiologia Humana Vasos sanguíneos AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial O sangue circula por diversos tipos de vasos sanguíneos. Hemodinâmica = princípios que norteiam o fluxo de sangue no sistema cardiovascular. Fisiologia Humana Veia s AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Fisiologia Humana Controle da pressão arterial AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Há dois mecanismos básicos de regulação da pressão arterial: • Mecanismos de curto prazo, que regulam o diâmetro dos vasos sanguíneos, e a frequência e contratilidade cardíacas. • Sistema de barorreceptores e quimiorreceptores. • Mecanismos de longo prazo, que regulam o volume sanguíneo. • Sistema hormonal ou humoral. Fisiologia Humana Sistema de barorreceptores AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Barorreceptores ◦ Membrana celular com canais de Na+ iniciando potenciais de ação. ◦ Pressão arterial elevada – aumenta o estiramento da membrana – aumenta potencial de ação. ◦ Pressão arterial reduzida – reduz o estiramento da membrana –reduz potencial de ação. Fisiologia Humana Sistema de barorreceptores AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial ↑ Pressão arterial → ocorre distensão e excitação de barorreceptores nas paredes da aorta e da artéria carótida interna. Barorreceptores enviam sinais para o bulbo Glossofaríngeo→ vago. • Lentificação do coração; • Força de contração cardíaca diminuída; • Dilatação das arteríolas. Efeitos exatamente opostos ocorrem quando a pressão arterial fica demasiadamente baixa e os barorreceptores deixam de ser estimulados. Fisiologia Humana Sistema de barorreceptores – ação parassimpática AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Efeitos da atividade parassimpática aumentada e da diminuição da atividade simpática no coração e na pressão arterial: • Aumento da atividade vagal (parassimpática). • Diminuição da atividade simpática sobre os nervos cardíacos. • Redução da frequência cardíaca. • Diminuição do débito cardíaco. • Diminuição da pressão arterial. Fisiologia Humana Sistema de barorreceptores – ação simpática AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Efeito da diminuição da atividade simpática sobre as artérias e sobre a pressão sanguínea: • Atividade das fibras vasomotoras (simpáticas) diminuídas. • Relaxamento da musculatura lisa vascular. • Aumento do diâmetro arterial. • Diminuição da pressão arterial. Fisiologia Humana Sistema de quimiorreceptores AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Células sensíveis à falta de O2 e ao excesso de CO2 e H + Localização: corpos carotídeos e arco aórtico (posição estratégica). Função: elevação da PA. Fisiologia Humana Mecanismos de longo prazo AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Os rins são responsáveis quase inteiramente pelo controle, em longo prazo, da pressão arterial. Mecanismo hemodinâmico: • ↑ pressão acima do normal: pressão excessiva nas artérias renais faz com que o rim filtre quantidades aumentadas de líquido e, portanto, que também excrete quantidades aumentadas de água e sal. • A perda dessa água e desse sal ↓ o volume sanguíneo, o que faz com que a pressão retorne aos valores normais. • De modo inverso, quando a pressão cai abaixo do valor normal, os rins retêm água e sal até que a pressão retorne ao normal. Fisiologia Humana Sistema Renina‐angiotensina‐aldosterona (SRAA) AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial • Regula a pressão arterial; • Regulação é feita através da regulação do volume sanguíneo; • Tempo de ação: mais lento; • Estímulo: ↓pressão arterial; • Resultado: uma série de respostas fisiológicas que tentam recuperar a pressão arterial de volta ao normal. Fisiologia Humana Sistema Renina‐angiotensina‐aldosterona (SRAA) AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial Fisiologia Humana Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH) AULA 10: Controle neural e humoral da frequência e débito cardíacos e da pressão arterial A desidratação devido a sudorese, diarreia, ou diurese excessiva causa aumento da osmolaridade do sangue, diminui o volume sanguíneo e a pressão arterial. Os osmorreceptores no tronco encefálico detectam a osmolaridade aumentada e induzem a secreção de ADH da neurohipófise. O ADH atua nos rins aumentando a reabsorção de água.
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