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PPB - Aula 4 - Memória

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10/09/2014 
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PROCESSOS 
PSICOLÓGICOS 
BÁSICOS 
Aula 4 – Memória 
 
 
 
 
 
O que é mais importante: 
 
nossas experiências 
ou 
nossas memórias a respeito delas 
? 
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MEMÓRIA 
 
• É a nossa capacidade de armazenar e recuperar informações. 
 
• É qualquer indicação de que houve aprendizagem e que esta persistiu 
através do tempo. 
 
• É composta por construções pessoais. 
PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO 
 
Codificação: conduzir a informação até o cérebro 
 
Armazenamento: reter a informação 
 
Recuperação: resgatar a informação 
• Espaço 
• Tempo 
• Frequência 
 
 Difícil de ser desligado 
 
 Com a prática: 
 
ocitamotua ranrot es edop oçrofse moc otnemassecorp 
CODIFICAÇÃO 
A entrada da informação 
CODIFICAÇÃO 
COM 
ESFORÇO 
SEM 
ESFORÇO 
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Processamento com esforço 
 
• O montante recordado depende do tempo dedicado à sua aprendizagem 
(ensaio/repetição) 
 
Alguns fatores influenciam o processamento com esforço 
 
• Efeito de proximidade na fila 
 
• A informação apresentada nos segundos que antecedem o sono 
raramente são lembradas, mas aquelas apresentadas na hora anterior ao 
sono é bem lembrada; a informação gravada em fita e tocada durante o 
sono é registrada pelos ouvidos, mas não é lembrada 
 
• Efeito de espaçamento - Aprendemos melhor quando o ensaio é espaçado 
no tempo 
 
• Efeito de posição serial – o primeiro e o último item de uma lista são 
lembrados mais facilmente 
CABIDE 
 
LIVRO 
 
CADEIRA 
 
PIPOCA 
 
FLOR 
 
TAPETE 
 
QUADRO 
 
BANDEJA 
 
FOTO 
 
CADERNO 
 
CELULAR 
 
LEÃO 
Após apresentar às pessoas uma lista de palavras, estas 
imediatamente recordam bem os últimos itens. 
Posteriormente, recordam melhor os primeiros itens. 
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O que codificamos? 
 
Não lembramos das coisas exatamente como elas aconteceram, mas como as 
codificamos (como fizeram sentido para nós ) 
 
 
O sentido das informações 
 
A visualização das informações (imagens mentais) 
 
A maneira como foram organizadas 
 
 
O procedimento é realmente bem simples. Primeiro você arruma 
o material em grupos diferentes. Com certeza, uma pilha pode 
ser suficiente dependendo da quantidade que há para fazer... 
Após o procedimento estar completo, alguém organiza o 
material em grupos diferentes de novo. O material então poderá 
ser colocado em lugar apropriado. Eventualmente, poderá ser 
usado mais uma vez e o ciclo inteiro terá que ser repetido. 
Porém, isso faz parte da vida. 
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(Craik & Tulving, 1975) 
Modelo de questões para iniciar o 
processamento 
 
Palavra mostrada Sim Não 
A palavra está em maiúsculas? cadeira 
A palavra rima com train? BRAIN 
A palavra poderia completar a frase: 
A garota colocou a ____ na mesa? 
arma 
 Nos lembramos melhor de palavras que conduzem à elaboração de imagens 
mentais do que de palavras abstratas 
 
Ex: digitador, vazio, cigarro, inerente, fogo, processo... 
 
 
 Técnicas mnemônicas envolvem processamento acústico e visual – imaginação 
 
• Método dos lugares 
• Associação de palavras conexas 
(associações e rimas para guardar a ordem dos itens) 
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 Recordamos com mais facilidade aquilo que é organizado em 
unidades significativas 
 
 
• Fragmentação e Agrupamento 
 
 
 
 
 
• Hierarquia Por exemplo: 
 
 
 
 
1-9-4-2-1-7-7-6-1-8-1-2-1-9-4-1 
1942 - 1776 - 1812 - 1941 
ARMAZENAMENTO 
A retenção da informação 
Memória Sensorial 
Por um instante, nós podemos nos lembrar, em detalhes, de qualquer 
parte da cena que acabou de acontecer 
Icônica 
Imediatamente 
(vigésimos de segundo) 
Ecóica 
3 a 4 segundos 
“O que eu acabei de falar?” 
(Sperling, 1960) 
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Memória de curto prazo – capacidade limitada 
 
• Sem ensaio, dura apenas alguns segundos 
 
• É melhor para números aleatórios do que para letras aleatórias 
 
• É melhor para a informação que ouvimos do que para as imagens que vemos 
 
• Lembramos a curto prazo a mesma quantidade de palavras que conseguimos 
falar em dois segundos 
 
• Prejudicar o ensaio reduz a capacidade da memória de curto prazo 
 
• Podemos processar de forma consciente apenas uma quantidade limitada 
de informação 
Memória de longo prazo – capacidade ilimitada 
 
• Onde, no cérebro, a memória é armazenada? 
POTENCIAÇÃO DE LONGO PRAZO (LTP ou PLP) 
 
• As memórias não residem em pontos específicos do cérebro, mas sim nas 
SINAPSES (onde os neurônios se comunicam uns com os outros). 
 
• A estimulação repetida sensibiliza a célula fazendo com esta precise de 
menos estímulo para liberar seus neurotransmissores e amplie seus sítios 
receptores. 
• A passagem de corrente elétrica 
(eletroconvulsoterapia ou uma 
pancada na cabeça) apaga 
experiências recentes, sem alterar 
lembranças antigas 
A informação na memória de curto 
prazo não teve tempo de se consolidar 
em memória de longo prazo 
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HORMÔNIOS DO ESTRESSE E MEMÓRIA 
 
• Emoções mais fracas significam memórias mais fracas 
 
• Experiências emocionais fortes criam memórias fortes e confiáveis, pois 
a excitação facilita a entrada de informações no cérebro 
 
• Drogas que bloqueiam os efeitos dos hormônios do estresse prejudica a 
lembrança de detalhes sobre histórias desagradáveis 
 
• Entretanto, a recuperação de lembranças pode ser prejudicada pelo 
estresse excessivo e/ou prolongado. 
Ex: quando “dá branco” ao falar em público ou ao fazer uma prova 
Hipocampo 
Amígdala e 
cerebelo 
Temos dois sistemas de memória operando em paralelo 
As lembranças conscientes podem ser destruídas, 
sem alterar a capacidade inconsciente de aprender 
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RECUPERAÇÃO 
O acesso à informação 
• Se você aprendeu alguma coisa e esqueceu, provavelmente a reaprenderá 
mais rapidamente do que antes 
 
• A memória de reconhecimento é rápida e vasta. 
Ex: questões de múltipla escolha 
 
• Pistas de recuperação ativam nossas memórias para experiências anteriores. 
 
• As melhores pistas são associações formadas no momento em que 
codificamos uma memória: 
Palavras, sabores, odores, paisagens, eventos e principalmente 
 
Contextos e Emoções!!! 
Efeitos do Contexto 
 
• Colocar-se de volta no lugar onde aconteceu alguma coisa ajuda a recordar o 
que aconteceu e eventos relacionados 
 
Déjà vu (já visto) “Eu já estive nessa situação antes”: a situação corrente 
pode ser ligada de forma inconsciente com pistas que resgatam experiências 
prévias 
 
Efeitos das emoções 
 
• Eventos do passado podem ter despertado uma emoção específica que 
posteriormente pode ativar a recordação de eventos associados. 
 
Memória dependente do estado ou Memória estado dependente 
Nossas memórias são congruentes com o humor 
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ESQUECIMENTO 
 
• Acontece devido a falhas na codificação, no armazenamento 
e/ou na recuperação 
 
• Podem ser resumidas como “Os sete pecados da memória” 
Três pecados do esquecimento 
 
• Falta/distração 
• Transitoriedade (uso/desuso) 
• Bloqueio (inacessibilidade) 
Três pecados da distorção 
 
• Atribuição errônea (engano) 
• Sugestibilidade (lembranças “coloridas” pela sugestão) 
• Tendenciosidade (lembranças “coloridas” pela crença) 
Um pecado da intromissão 
 
• Persistência (memórias não desejadas) 
• Interferência proativa – algo que você aprendeu antes altera sua memória 
de algo que aprendeu depois. 
Ex.: Estacionar o carro no estacionamento do shopping 
 
• Interferência retroativa – novas informações tornam mais difícil lembrar 
algo aprendido antes. 
Ex.: Aprender o nome de novos alunos 
 
• Transferência positiva – informações antigas facilitam o aprendizado de 
novasinformações. 
Ex.: Conhecer latim antes de aprender francês 
 
 
Esquecimento Motivado 
 
Recalque – nossa memória faz uma autocensura de eventos dolorosos 
 
Ou até mesmo se transforma, se recria... 
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CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA 
 
• Construímos nossas recordações à medida que as codificamos, e podemos 
também alterá-las à medida que as retiramos de nosso banco de memória. 
 
• Atribuição errônea da fonte – entre as partes mais frágeis da memória está 
sua fonte (contexto, quem contou um fato ou se algo foi sonho ou realmente 
aconteceu). 
 
• Após uma pergunta tendenciosa ou exposição à informação confusa, 
muitas pessoas têm lembranças errôneas. 
 
• Quando recontamos uma experiência preenchemos os vazios com fatos 
plausíveis. 
 
• A repetição de eventos imaginários pode criar falsas lembranças. 
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Próxima aula 
 
ESTADOS DE CONSCIÊNCIA 
 
Leitura: 
MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2006

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