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Doença� degenerativa� � cerebrovasculare� - SNC SP4 - HISTOLOGIA ● Doenças geralmente graves ● Características únicas que refletem a função altamente especializada do SNC ● Sinais e sintomas vão depender da região cerebral afetada e do tipo de insulto. NEURÔNIO Unidade funcional do SNC → podem apresentar vulnerabilidade seletiva (devido a propriedades distintas entre grupos de neurônios) Não fazem divisão celular quando maduros (lesão pequena em área muito específica pode causar déficit neurológico) CÉLULAS DA GLIA: Astrócitos, Oligodendrócitos, Microglia, Células Ependimárias ● Astrócitos: estabelecem a ligação entre os neurônios e os capilares sanguíneos ● Oligodendrócito: Síntese de bainha de mielina ● Micróglia: Célula de Defesa ● Célula ependimária: Reveste o ventrículo e o canal da medula contém cílios que auxiliam na movimentação do líquor A lesão neuronal gera uma reação do tecido → As características gerais vistas a seguir podem ocorrer secundariamente a qualquer tipo de injúria cerebral (infecções, AVC ou periferia de tumores) Características gerais Essas características podem ser vistas tanto em lesões isquêmicas, infecciosas, tumor, entre outros. Na qual pode-se observar alterações do SNC. Neurônio vermelho: - encolhimento do corpo celular - picnose do núcleo - desaparecimento do nucléolo - perda dos corpúsculos de Nissl - eosinofilia intensa do citoplasma 1 Gliose: Processo de reparo e cicatrização do cérebro. Astrócitos gemistocíticos: Presentes em uma lesão mais recente. Astrócitos hipertróficos e hiperplásicos, núcleo aumentado e vesicular, nucléolo proeminente, citoplasma eosinofílico e brilhante. DISTÚRBIOS CEREBRAIS CAUSADOS POR VASOS SANGUÍNEOS Importante causa de óbito e sequelas neurológicas 3 principais mecanismos: 1. Oclusão trombótica - trombo é preso na parede 2. Oclusão embólica - êmbolo se desprende 3. Ruptura vascular AVC AVC = ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL → Designação aplicada às formas agudas. Trombose ou embolia → perda de oxigênio e substratos metabólicos → infarto/lesão isquêmica Hemorragia → dano tecidual direto → lesão isquêmica secundária 2 HIPÓXIA, ISQUEMIA E INFARTO Cérebro é altamente dependente de oxigênio e glicose Recebe cerca de 15% do débito cardíaco e 20% do consumo de O2 Auto-regulação da resistência vascular → fluxo sanguíneo estável Também chamada de lesão hipóxico isquêmica difusa → Vai acometer todo o cérebro, por isso é denominada de global. Pode ocorrer na hipotensão sistêmica grave (p ex paradas cardíacas e choques) ● Quadros leves → Pode recuperar; apresenta apenas quadros confusos transitórios; pode ser revertido. ● Quadros graves → Pode evoluir para o coma, estado vegetativo e morte encefálica MORFOLOGIA Cérebro pode apresentar: - Edema cerebral - Perda de demarcação de substância B-C. Histologia: semelhante à isquemia focal. Geralmente ocorre por oclusão arterial, que leva a uma interrupção do sangue, que leva a isquemia com necrose e infarto. Infartos embólicos (+ comuns) - Ex: êmbolos oriundos de trombos cardíacos, doença valvar, placas carotídeas. - Território da Artéria cerebral média é o mais frequentemente afetado por infarto embólico Oclusões trombóticas: placa de aterose - comum na bifurcação carotídea 2 grandes grupos: Eventos hemorrágicos e Não hemorrágicos. INFARTOS HEMORRÁGICOS Os infartos hemorrágicos podem ser grandes ou pequenos. ● Hemorragias petequiais múltiplas, às vezes confluentes ● Pode ter formação de hematomas extensos Microscopia; Parecido ao do infarto isquêmico + extravasamento de hemácias e reabsorção 3 INFARTOS NÃO HEMORRÁGICOS MACROSCOPIA: ● Até 6h - normal ● > 48h: tecido macio, pálido e edemaciado ● 2-10dias: tecido gelatinoso e friável ● 10d-3s: liquefação - depois tecido morto será reabsorvido MICROSCOPIA: Neurônios vermelhos (12h) e edema → proliferação endotelial → desintegração das células → dias: infiltração neutrofílica → 2 a 3 semanas: macrófagos → fagocitose e liquefação 4 ● Hemorragia intraparenquimatosa Cerebral Primária (não traumática) → Mais comuns em adultos/idosos → Principal causa é Hipertensão arterial → Pode ter consequência devastadora ou assintomática Micro: Sangue coagulado circundado por tecido edematoso 5 ● Hemorragia Subaracnóide: A causa + comum de HSA não traumática é a ruptura de um aneurisma sacular (formação de uma evaginação de parede fina de uma artéria - saco é revestido apenas por 1 camada da íntima hialinizada) Outras causas: MAV, coagulopatias, hemorragia intracerebral Clínica: cefaleia intensa, perda de consciência 4 TIPOS ● Malformações arteriovenosas (MAVs) ● telangiectasias capilares ● malformações cavernosas ● angiomas venosos MAVs: > Homens, 10-30 anos; evolui com casos de hemorragia e convulsões - Macroscopicamente: rede emaranhada de vasos - Microscopicamente: Vasos aumentados, paredes anormais (espessamento, duplicação), sinais de hemorragia antiga 6 Por serem mal formados, os vasos podem ser mais frágeis, alguns se fundem, formam um emaranhado de vasos, etc. Infarto recente Malformação arteriovenosa Paredes afetadas ficam enfraquecidas, mais vulneráveis à ruptura Podem haver microaneurismas Podem ocorrer infartos lacunares (pequenos, milímetros, + na substância cinzenta profunda) Encefalopatia Hipertensiva Aguda → (devido a aumentos súbitos e prolongados da PA) → ↑ da P. intracraniana → disfunção cerebral global → cefaleia, vômitos, confusão até coma. 7 Infartos lacunares - núcleo caudado e putamen SEQUÊNCIA CORRETA: 1. 2. 3. ● Perda progressiva de neurônios ● Afetam tipicamente grupos de neurônios com interconexões funcionais Processo patológico compartilhado pela maioria das doenças neurodegenerativas - marco histológico: ACÚMULOS PROTEICOS: ● Podem ser secundários à mutações ● Produção excessiva de proteínas ou produção errônea ● Acumulam-se dentro das células - podem ser tóxicos aos neurônios → gerando uma resposta inflamatória 8 ● Causa + comum de demência em idosos (19% dos 75-84 anos, 47% > 84 anos) ● 5-10% familiares, demais esporádicos. ● Início insidioso perda de memória, humor, comportamento alterado - gradual Acúmulo de 2 proteínas: Aβ (beta-amiloide) e Tau ● Aβ → evento inicial crucial (produto de clivagem de proteína precursora de amiloide) - mutações nessa proteína parecem levar à geração de Aβ → acúmulo em forma de PLACAS → provavelmente diminui o número de sinapses ● Tau → acúmulo em forma de EMARANHADOS → proteína presente em microtúbulos dos axônios Outros fatores envolvidos: Inflamação: Sistema imune inato responde aos acúmulos de Aβ e Tau - Resposta inflamatória em microglia e astrócitos Os depósitos começam a aparecer no cérebro bem antes do comprometimento cognitivo Morfologia - Atrofia cortical, alargamento dos sulcos - Aumento ventricular compensatório (tende a ocorrer no final da doença) 9 Há deposição no tecido nervoso central de material amilóide em três localizações diferentes: - no citoplasma de neurônios, constituindo as alterações neurofibrilares (Tau); - no tecido entre os corpos celulares dos neurônios (neurópilo) formando as placas senis (ABeta); - vasos da leptomeninge ou do parênquima cerebral (angiopatia amilóide). 10 Engloba vários distúrbios que afetam preferencialmente os lobos frontal e/ou temporal deterioração progressiva da linguagem e mudanças na personalidade (demências frontotemporais) Idades + jovens que DA Pode haver depósitos de emaranhados Tau Morfologia A atrofia dos lobos frontal e temporal tem extensão e severidade variáveis, acompanhada de perda neuronal e gliose Micro: Inclusões citoplasmáticas ou intranucleares - Pode evoluir para um quadro de demência. - Distúrbio de movimento - Perda de neurônios dopaminérgicos da substância negra - Outras situações podem causar “parkinsonismo” (tremor, rigidez, bradicinesia) (ex uso de antagonistas dopaminérgicos) 11 Patogenia e morfologia Acúmulo e agregação de proteínas, anormalidades mitocondriais e perda neuronalna substância negra e em outras partes do cérebro - Fator genético (maioria esporádica) Corpo de Lewy - característico, inclusão contendo alfa-sinucleína, uma proteína envolvida na transmissão sináptica (Inclusões citoplasmática eosinofílicas, redondas ou alongadas, únicas ou múltiplas) Constituídas de filamentos finos de alfa-sinucleína Também: Perda de neurônios pigmentados: (dopaminérgicos e catecolaminérgicos) Demência após sintomas motores - demência com corpos de Lewy (DCL). Também denominada de Coreia de Huntington ● É um distúrbio autossômico dominante Clinicamente é caracterizada por: movimentos espasmódicos involuntários de todas as partes do corpo; movimentos de contorção das extremidades 12 ● Pode haver sintomas cognitivos iniciais, até demência grave Patogenia Degeneração do corpo estriado (caudado e putâmen) Alterações em um gene localizado em 4p16.3 que codifica a proteína huntingtina → esta proteína anômala está sujeita a ubiquitinação (degradação celular proteica) e proteólise → formando agregados intracelulares → caráter tóxico → A proteína huntingtina é a que vai estar acumulada nessa doença. Macroscopia: Cérebro pequeno, atrofia de núcleo caudado e por vezes de putâmen, ventrículos dilatados, atrofia cortical (frontal; parietal) Microscopia: perda severa de neurônios nas regiões afetadas do corpo estriado, além de gliose Nos neurônios remanescentes do corpo estriado e no córtex, existem inclusões intranucleares que contêm agregados de proteína huntingtina ubiquitinada Também denominada de doença de Lou Gehrig Caracterizada por morte de neurônios motores inferiores na medula espinhal e tronco encefálico, além de perda de neurônios motores superiores no córtex cerebral. Sintomas: Sensibilidade inalterada Desnervação de músculos, atrofia muscular (amiotrófica), fraqueza e fasciculações (NMI), paresia, hiper-reflexia, espasticidade, além de degeneração dos tratos corticoespinhais na porção lateral da medula espinal (“esclerose lateral”) (NMS). ● + Homens ● 50-60 anos ● Geralmente: Cognitivo preservado ● Final: envolvimento de músculos respiratórios ● Pneumonias frequentes Patogenia Maioria esporádica (10% familiar, herança autossômica dominante - início + precoce) Alguns genes e mutações envolvidas. Morfologia Macroscopia: - raízes anteriores da medula, finas e cinzas - Pode haver atrofia de giro pré central 13 Microscopia: - redução do número de neurônios no corno anterior - gliose reativa - perda de fibras mielinizadas - Atrofia muscular Perda de fibras mielinizadas associada a gliose A mielina é produzida no SNC pelos oligodendrócitos e no SNP pelas células de Schwann. Função da mielina - : É um isolante elétrico permitindo que a propagação do impulso nervoso seja rápida e eficaz. Portanto, nas doenças que comprometem a mielina, os impulsos nervosos não conseguem ser conduzidos ou vão ser conduzidos de forma lenta Principalmente substância branca afetada (onde estão os axônios que contém mielina) Dois grande grupos: ● Doenças desmielinizantes do SNC: condições adquiridas - EM ● Leucodistrofias: - Hereditárias - mielina produzida inadequadamente com renovação anormal (maioria causada por mutações que impedem a formação de proteínas necessárias para a formação das bainhas de mielina normais) 14 Distúrbio desmielinizante auto imune caracterizado por episódios intermitentes de doença ativa, que produzem lesões intra espaçadas na substância branca → Mais comum em mulheres, jovens Patogenia Resposta auto imune dirigida contra componentes da bainha de mielina ● suscetibilidade genética e desencadeantes ambientais, em grande parte indefinidos ● Pacientes tendem a ter surtos e remissões de déficits neurológicos Morfologia ● Lesões em Placas ● Cor cinza-acastanhada comuns perto dos ventrículos ● Quiasma e N.O ● Placas ativas contêm macrófagos abundantes, preenchidos com debris de mielina Correlacionar 1. Parkinson C 2. Alzheimer A 3. Infarto/AVC B 15 16
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