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RESENHA CRÍTICA DO FILME A FAMILIA BELIER

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RESENHA CRÍTICA DO FILME “A FAMÍLIA BÉLIER” 
 
 O filme “A Família Bélier” com direção de Eric Lartigau e lançamento em 25 de 
dezembro de 2014, conta a vida de uma garota francesa chamada Paula e como ela convive com 
seus pais e irmão portadores de deficiência auditiva. Paula enfrenta questões da adolescência 
como o primeiro amor, socializar na escola e ela ainda é a intérprete e tradutora de sua família, 
para venda de queijo na feira e ajuda na fazenda, tendo assim que estar sempre por perto, para 
que consiga ajudá-los nos negócios da família. Dessa forma, ela não consegue ver outras 
possibilidades em seu futuro a não ser estar sempre pronta para ajudar a família na comunicação 
com ouvintes. Porém, um dom é descoberto na garota, o canto, a música, e com isso vem a 
proposta de um professor para que Paula vá estudar em uma renomada escola de Paris, fazendo 
então, com que a menina precise sair da casa dos pais. 
 É possível perceber que, a família se sente totalmente dependente de Paula para a 
comunicação, e isso faz com que a família fique insegura e amedrontada quando descobrem o 
interesse de Paula por estudar música em Paris. Então a jovem acaba pensando em desistir da 
oportunidade para não deixar sua família na mão, pois entende a dificuldade de comunicação 
para eles. Mas, seu professor que acredita fortemente em seu potencial não desiste da garota. 
Porém, a maioria das pessoas se mostram surpresas ao perceberem que a família de Paula são 
deficientes auditivos, pois não sabem se comunicar pela língua de sinais muito menos como 
agir. 
No filme é bem demonstrado a realidade quanto a questão da língua de sinais, pois nem 
todos tem o conhecimento ou fazem o uso dela para se comunicar. Daí vemos, o quanto seria 
fundamental que as escolas trabalhassem no currículo escolar do aluno a língua de sinais, o que 
melhoraria a inclusão social de pessoas surdas. Isto é notado em uma cena em que os pais de 
Paula se colocam para verem televisão e precisam da garota para traduzir tudo o que dito, nesse 
momento vemos a necessidade e o quanto seria importante que a rede de comunicação contasse 
com um intérprete para atender demais públicos. São pouquíssimos canais de televisão na 
realidade que contam com intérpretes para o público com deficiência auditiva. 
Existem muitos obstáculos para que os surdos consigam participar e interagir na 
sociedade, no filme isso fica bem retratado quando o pai da menina decide se candidatar a 
prefeito. É nesse momento que fica bem evidente, pois seus únicos intérpretes são sua filha 
Paula e um conhecido, já se as pessoas tivessem um mínimo de conhecimento da linguagem de 
sinais não aconteceria o caso da exclusão, que vem a distanciar a família da sociedade em que 
vive. Na feira, durante a venda de queijos da mãe da jovem garota vemos a cena durante a visita 
do prefeito a feira e a maneira que ele fala para Paula que o pai dela não pode ganhar a eleição 
por ser surdo. Nesse momento o Pai pergunta o que ele disse e Paula nega, é então que notamos 
que se ela falasse a verdade para ele, talvez ele se sentisse magoado, chateado e até repensasse 
se aquilo era verdade e ele não ganharia as eleições por ser deficiente auditivo. 
Durante o filme, quando a família compreende que precisam perder o medo e enfrentar 
a sociedade eles decidem apoiar Paula para seguir em frente na música em Paris. O pai da jovem 
fica curioso, com o talento da filha e decide levá-la para a audição em Paris, e então acontece a 
cena mais linda de todo o filme, a cena que faz as lagrimas rolarem. É o momento que Paula ao 
cantar para os jurados ouvintes, ela também gesticula, traduzindo para a família toda a letra da 
música.

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