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aula_01_parenteral

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TERAPIA DE 
NUTRIÇÃO 
PARENTERAL 
CONCEITOS: 
É o fornecimento de calorias e nutrientes 
diretamente na corrente sanguínea por 
via intravenosa. (CHO, LIP, PTN, 
vitaminas, microminerais, água) 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
• NPT é um método de alimentação através 
de fluidos administrados por via 
parenteral, os quais contém os elementos 
nutricionais requeridos para a manutenção 
do metabolismo corporal normal. 
 
• Formas: 
– Soluções hipertônicas de carboidratos – 
via central. 
 
– Misturas lipídicas – veias periféricas 
INDICAÇÕES 
 Anorexia, disfagias, transtornos da digestão e 
absorção, Fístulas gastrointestinais; 
 
 Pancreatite aguda e doenças inflamatórias intestinais, 
Sínd. Do intestino curto, obstruções digestivas, diarréia 
persistente, 
 
 Pré e pós-operatório, IrpA (Insuficiência Respiratória 
Aguda), Ascite; 
 
 Coma hepático, Ins. Renal; 
 
 Neoplasias, malformações congênitas, transtornos 
vasculares e neurológicos, hipermetabolismo. 
 
 Indicação: 
•Pacientes que necessitam de TN e não 
conseguem alcançar suas necessidades por 
via oral ou enteral. 
 
•Quando o trato digestivo não está 
funcionante. 
 
•Quando o paciente precisa de repouso 
intestinal absoluto. 
 
•Doenças inflamatórias intestinais graves. 
 
•Traumas graves. 
 
 
 
Objetivo: 
Manter ou melhorar o estado 
nutricional dos doentes que 
apresentam impossibilidade 
parcial ou completa de utilização 
do tubo digestivo. 
 
A Infusão tem critério de escolha 
entre acesso Central ou Periférico: 
 NPCentral (NPT ou NPC): a 
ponta do catéter fica numa veia grande 
com fluxo sanguíneo elevado (exemplo: 
veia cava superior) 
 
 NPPeriférica (NPP): a ponta do 
catéter fica em uma veia pequena 
normalmente da veia ou antebraço. 
A localização determina a osmolaridade 
da solução utilizada 
 NPT permite maior osmolaridade 
e a NPP menor, logo nesta via não se 
atinge as necessidades do paciente, mas 
pode complementar as necessidades e 
pode ser a transição para a TNE. 
 
 
Observação 
• Osmolaridade – mOsm/ml 
– É o cálculo usado para as 
soluções parenterais: cálculo dos 
líquidos IV 
– Importantes para assegurar a 
tolerância venosa 
• Osmolalidade – mOsm/Kg 
– Utilizada para líquidos corporais 
NP Central e NPPeriferica 
NPPeriférica: 
 
Administração através de uma veia 
periférica 
Indicada para pacientes que requerem 
alimentação parenteral por no 
máximo 7 a 10 dias, pois não atinge as 
necessidades do paciente. 
 
Indicada a aqueles pacientes nos quais 
o acesso venoso central está contra-
indicado ou é impossível. 
 
Menor concentrações de nutrientes 
Administração na região da mão e do 
antebraço. 
Vantagens: 
 
Mais simples 
Mais barata 
Apresenta menor risco de complicações 
( infecções,tromboses) 
 
Desvantagens: 
 
Não permite a infusão de soluções 
hiperosmolares(geralmente mais 
nutritivas) 
 
 
NPCentral: 
 
Administrada através de grande calibre 
(subclávia,jugular interna ,veia cava 
superior). 
 
 
Indicada em pacientes com nutrição 
parenteral por mais de 7 a 10 dias. 
 
Oferece um aporte nutricional 
adequado para pacientes que não 
toleram a dieta via oral ou enteral. 
Altas concentrações de nutrientes. 
Vantagens: 
 
Permite a adm de 
soluções hiperosmolares 
Pode ser utilizada por 
longos períodos. 
 
Desvantagens: 
 
Apresenta risco 
aumentado de infecções e 
complicações 
Métodos de administração da NP: 
 
Responsabilidade da enfermagem receber e 
verificar o conteúdo das misturas de NP e 
das fórmulas enterais. 
 
Confirmar a identificação do paciente, 
observar a integridade dos frascos. 
 
Verificar se há presença de elementos 
estranhos no produto que vai ser utilizado. 
 
 
ADM contínua de NP: 
 
Consiste na infusão contínua de 
nutrientes, em 12 a 24h com fluxo 
constante, sem interrupção. 
 
Geralmente se inicia com uma infusão 
de 30 a 40ml/hora evoluindo de acordo 
com a tolerância do paciente. 
 
Utiliza-se principalmente em pacientes 
hospitalizados. 
 
Pacientes com difícil controle de 
glicemia. 
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ADM cíclica de NP: 
 
Consiste na infusão da NP em períodos 
de 12 a 18h,geralmente durante a noite. 
 
Método ideal para pacientes 
domiciliares, pois a solução é 
administrada a noite permitindo que o 
paciente realiza as suas atividades 
normais durante o dia. 
 
A infusão começa de forma escalonada 
com o gotejamento lento, aumentando 
a velocidade a cada 20 a 30m. 
IMPORTANTE 
 
 Pacientes 
hemodinamicamente estáveis. 
 
Terapia nutricional de longo 
prazo. 
 
Transição de NP para NE. 
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Técnicas de infusão de NP: 
 
Infusão por bomba: 
 
Para uma administração segura de NP 
recomenda o uso de bomba. 
Dispositivos utilizados devem ser trocados a 
cada 24-48 horas, de acordo com as normas 
da instituição. 
Manter a bolsa de NP afastada da bomba, pois 
o equipamento irradia calor e pode alterar a 
fórmula. 
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Infusão por controle manual de 
gotejamento: 
 
Infusão dos nutrientes no leito venoso 
utilizando a força da gravidade para 
impulsionar a mistura dos nutrientes 
controlando a velocidade. 
 
Muito utilizado em hospital que não 
dispõem de bombas 
 
Ou pacientes domiciliares que não 
podem arcar com os custos de um 
equipamento eletrônico. 
 
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Sistemas Nutrição Parenteral: 
 
Sistema 2 em 1: 
Compostos por aminoácidos, 
glicose e micronutrientes 
 
Sistema 3 em 1: 
Composto por aminoácidos, 
glicose, lipídeos e micronutrientes. 
 
Desvantagens da NP: 
 
• Expõe o paciente a sobrecargas se 
não administrada criteriosamente; 
 
•Propicia atrofia do tubo digestivo, 
aumentando o risco de 
translocação bacteriana; 
 
•Custo elevado; 
 
•Necessita pessoal especializado 
para o preparo e administração. 
 
•Demanda monitorização clínica e 
laboratorial mais freqüente 
Complicações NPT: 
 
1- Relacionadas ao cateter: 
Contaminação 
 
2-Relacionadas às 
soluções: 
Contaminação 
Incompatibilidade 
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• Catéter Venoso Central 
 
 
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• Catéter Periférico 
 
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MANIPULAÇÃO DA 
FÓRMULA 
ACESSÓRIOS 
• Frascos 
– Vidros ou bolsas plásticas 
• Bomba de infusão 
• Curativo e remoção do 
Intracath 
• Equipo 
COMPLICAÇÕES 
• Trombose Venosa 
• Infecção do catéter 
• Contaminação do catéter 
• Pneumotórax ( acúmulo anormal de ar entre o 
pulmão e uma membrana (pleura) 
• Hetotórax (presença de sangue na cavidade 
pleural). 
• Embolia Gasosa 
• Infiltração no subcutâneo 
• Carências de oligoelementos 
• Falta e excesso vitamínicos 
 
COMPLICAÇÕES 
• hiperglicemia 
• hipoglicemia 
• Hiper/hiponatremia 
• Hiper/hipopotassemia 
• Hiper/hipomagnesemia 
• Hipocalcemia 
• Hipofosfatemia 
• Def. de ác. Graxos essenciais 
ETAPAS A SEREM 
SEGUIDAS 
1. CÁLCULO DAS NC 
2. DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO 
CALÓRICA 
3. DEFINIÇÃO DA VIA DE ACESSO 
4. DETERMINAÇÃO DA RELAÇÃO NÃO 
PROTEÍCAS/NITROGÊNIO 
5. DETERMINAÇÃO DA RELAÇÃO 
GLICOSE/GORDURA 
6. DETERMINAÇÃO DE VITAMINAS, 
ELETRÓLITOS E OLIGOELEMENTOS 
7. DETERMINAÇÃO DO VOLUME FINAL 
DA SOLUÇÃO 
CÁLCULO DAS CALORIAS 
TOTAIS 
• HARRIS – BENEDICT (1919) – GEB 
• Calorias Totais – GEB x FA x FI 
 EXEMPLO: 
 Sexo masculino, 60 Kg, 47 anos, 1,68 m de altura em pós-
operatório de colectomia esquerda. 
 
GEB = 1415 calorias 
FA = 1,2 (ACAMADO) 
FI = 1,1 (PO CÂNCER) 
Calorias totais = 1868 cal  1900 calorias / dia 
DETERMINAÇÃO DA 
DISTRIBUIÇÃO CALÓRICA 
• Determinar calorias de proteínas, glicose e gordura 
• 1g Proteína = 4 calorias 
• 1g Glicose = 4 calorias 
• 1g Lipídio = 9 calorias 
 
 
Exemplo: 
15% Proteína -------- 15% de 1900 cal  285 cal  72g Prot 
55% Glicose --------- 55% de 1900 cal  1050 cal  270g CHO 
30% Lipídio -------- 30% de 1900 cal  570 cal  65g LIP 
DEFINIÇÃO DA VIA DE 
ACESSO 
 • Soluções com volume final que 
apresente teor de glicose maior 
que 10% não podem ser 
administrada por via periférica 
• Para veia Periférica: 
– Diluir a solução e aumentar volume 
de água 
– Reduzir oferta de glicose e 
aumentar gordura 
– Usar ambos recursos 
 
 
DETERMINAÇÃO DA RELAÇÃO 
GLICOSE/GORDURA 
• Forma de oferta de calorias não proteícas: 
– Soluções de glicose 
– Emulsões lipídicas 
• Oferta exclusiva de glicose não é ideal: 
– Alterações hepáticas 
– Alterações no metabolismo de glicose 
– Carência de AG Essenciais 
DETERMINAÇÃO DA RELAÇÃO 
GLICOSE/GORDURA 
• Oferta simultânea de glicose e gordura 
– Distribuição padrão 
– 55% glicose 
– 30% lipídios 
• SOLUÇÕES DE GLICOSE: 
– 5%, 10% OU 50% 
DETERMINAÇÃO DA RELAÇÃO 
GLICOSE/GORDURA 
• SOLUÇÕES DE LIPÍDIOS : 
– 10 % OU 20%

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