Buscar

Molécula em foco - Kaempferol - Laís Ricette

Prévia do material em texto

Kaempferol 
 
DOCENTE DE FARMACOGNOSIA DOUGLAS S. DE A. CHAVES, DISCENTE DE 
FARMÁCIA LAÍS R. DA SILVA, UFRRJ. 
 
ACS Document 1996 
 
 
Substância ativa isolada a partir do extrato das raízes do C. regium (CASTRO et al., 1994). A 
Cochlospermum regium é uma espécie nativa medicinal endêmica do Cerrado Brasileiro (INÁCIO, 
2010), integrando a família Cochlospermaceae Engler que está distribuída pelas regiões tropicais do 
mundo, principalmente, das Américas e da África (JOLY, 2002; LIMA, 2002). A análise fitoquímica 
e farmacológica do extrato das raízes do C. regium revelaram flavonóide Kaempferol (KPF, 3,5,7-
trihydroxy-2-(4-hydroxyphenyl)-4H-1- benzopyran-4-one), que possui ação anti-inflamatória, antibacteriana, 
antiviral, antifúngica, antiprotozoária e neuroprotetora. KPF induz morte celular em diferentes tecidos 
neoplásicos (pulmão, mama, cólon, próstata, fígado, pâncreas, pele, esôfago, cérebro e ovário) principalmente 
por apoptose, e os mecanismos envolvidos neste processo ainda estão sendo elucidados (CALDERON-
MONTANO et al., 2011; CHEN e CHEN, 2013; DEVI et al., 2015). Em gliomas, além de inibir a invasividade 
e migração das células, KPF induz apoptose celular através da geração de ROS e é capaz de sensibilizar células 
cancerígenas aos efeitos citotóxicos de fármacos como doxorrubicina (SHARMA et al., 2007; SIEGELIN et 
al., 2008; JEONG et al., 2009; NAKATSUMA et al., 2010; SEIBERT et al., 2011). Apesar das diversas 
atividades farmacológicas já citadas, KPF possui baixa biodisponibilidade oral, atribuída principalmente a sua 
baixa hidrossolubilidade, o que limita sua aplicação terapêutica por esta via de administração tão consagrada 
(ROTHWELL et al., 2005; CALDERON-MONTANO et al., 2011; CHEN e CHEN, 2013; DEVI et al., 2015). 
KPF é classificado como classe II no Sistema de Classificação Biofarmacêutica, tendo sua absorção oral 
controlada pela etapa de dissolução (XIE et al., 2014). Portanto, aumentar a solubilidade do KPF no trato 
gastrointestinal é uma etapa crucial para aumentar sua absorção oral, aumentando sua biodisponibilidade e, 
consequentemente, seus efeitos farmacológicos. Com o chá obtido das raízes de C. regium podem-se 
tratar infecções intestinais, uterinas, ovarianas, gastrites, úlceras, artrites e dermatites. Da casca se faz 
compressas contra abscessos e reumatismos (CASTRO et al., 2004; ANDRADE et al., 2008). Esta 
molécula mostrou ter muitas atividades biológicas, porém nenhum estudo foi realizado para 
investigar a toxicidade dessa substância.Sugestões para leitura, BIOENSAIO CITOGENÉTICO 
PARA A CARACTERIZAÇÃO DA MUTAGENICIDADE E CITOTOXICIDADE DA ESPÉCIE 
CHOCLHOSPERMUM REGIUM. 1,2 Igor Godinho Portis*; 3Flávia Rodrigues Gomes 
Figueiredo*; 1Rafael Veloso Pena; 1Alex Lucas Hanusch; 3Lidiene Penha de Sousa; Rafael Cosme 
Machado; 2Cláudio Carlos de Silva; 2Aparecido Divino da Cruz ; Abordagem Fitoquímica 
Preliminar e Avaliação da Atividade Antimicrobiana de Cochlospermum regium em Diferentes 
Metodologias (Bioautografia, Disco-Difusão e Microdiluição). Kelly Thaynan Juvenal dos Santosa ; 
Wanessa Costa Silvaa ; Heron Fernandes Vieira Torquatoa ; Angela Márcia Selhorst e Silva Beserraa 
; Rogério Alexandre Nunes dos Santosb ; Iberê Ferreira da Silva Juniorc * Universidade de Cuiabá, 
Curso de Farmácia, MT, Brasil b Universidade de Cuiabá ̧Laboratório de Farmacognosia, MT, Brasil 
c Universidade de Cuiabá, Laboratório de Microbiologia, MT, Brasil *E-mail: iberejr@hotmail.com. 
 
https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/dcfar

Continue navegando