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Artigo de REVISÃO - USO TERAPEUTICO DA CANNABIS

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Artigo de REVISÃO						Braz J Health, 2014; x: x-y
USO TERAPÊUTICO DA Cannabis sativa.
THERAPEUTIC USE OF Cannabis sativa.
Resumo
Este trabalho revisa as principais aplicações terapêuticas da Cannabis sativa e os tratamentos disponíveis, análogos de seus principais princípios ativos, sejam o Delta-9-Tetrahidrocanabinol (Δ9–THC) e o Canabidiol (CBD). Realizou-se uma revisão de literatura recorrendo-se às bases de dados da SciELO, revistas eletrônicas de universidades, monografias, dissertações e teses. A Cannabis tem sido utilizada na medicina há milhares de anos, porém o interesse pelo estudo de suas propriedades terapêuticas iniciou-se recentemente com a descoberta do sistema endocabinóide (EC). Este sistema compreende os compostos endógenos (endocanabinóides), similares ao principal principio ativo da Cannabis, o Δ9–THC, os receptores canabinóides (CB1 e CB2) e as enzimas envolvidas no seu metabolismo. Com a descoberta do EC, a comunidade científica iniciou uma investigação quanto ao seu potencial clínico chegando a resultados alentadores. Os principais efeitos farmacológicos observados estão relacionados ao Sistema Nervoso Central (SNC). Os derivados da Cannabis podem ser utilizados como opção farmacológica na estimulação do apetite, em pacientes sob tratamento quimioterápico por seus efeitos antinauseantes, por pessoas com glaucoma devido à propriedade de reduzir a pressão intraocular, possuindo ainda efeitos anticonvulsivos, analgésicos e antiespasmódicos. O estudo da Cannabis sativa para uso terapêutico, ainda tem um largo caminho a percorrer, dado as dificuldades na pesquisa por se tratar de uma substância proscrita não só no Brasil, mas também em grandes centros de pesquisa espalhados pelo mundo.
PALAVRAS CHAVES: Cannabis sativa; Delta-9-Tetrahidrocanabinol; Canabidiol; Canabinóides sintéticos; “Uso Terapêutico da Cannabis sativa”.
Abstract
This paper reviews the main therapeutic applications of cannabis sativa and treatments available, similar to its main active ingredients are the Delta-9 - Tetrahydrocannabinol (Δ9-THC) and Cannabidiol (CBD). We conducted a literature review by appeal to the SciELO databases, electronic journals of universities, monographs, dissertations and theses. Cannabis has been used medicinally for thousands of years, but the interest in the study of its therapeutic properties began recently with the discovery of the endocannabinoid system (EC). This system comprises endogenous compounds (endocannabinoids ) , similar to the main active principle of cannabis , Δ9–THC, the cannabinoid receptors ( CB1 and CB2 ) and the enzymes involved in its metabolism. With the discovery of the EC, the scientific community began an investigation regarding its clinical potential reaching satisfactory results. The primary pharmacological effects observed are related to the central nervous system (CNS). Cannabis derivatives can be used as pharmacological option in the appetite stimulation in patients undergoing chemotherapy for their effects antinauseants, for people with glaucoma due to the property of reducing intraocular pressure, also having anticonvulsant, analgesic and antispasmodic. The study of Cannabis sativa for therapeutic use, still has a long way to go, given the difficulties in research because it is a substance banned not only in Brazil but also in major research centers around the world.
KEY-WORKS: Cannabis sativa; Delta- 9-tetrahydrocannabinol; Canabidiol; Synthetic cannabinoids; "Therapeutic Use of Cannabis sativa"
	Fernanda Terra Coelho	2014
	Brazilian Journal of Health 
v. , n. , p. , set/dez 2014
INTRODUÇÃO
A Cannabis possui uma longa história na Medicina, sendo conhecida desde a Antiguidade em várias partes do mundo. Há relatos que na China, em 2737 a.C. o imperador Shen-Nung a prescrevia para tratamento de beribéri, malária, gota, reumatismo, constipação e fadiga (BONFÁ et al., 2008).
Na Índia, há descrições de seu uso há mais de 1000 anos antes de Cristo, como hipnótico e tranquilizante no tratamento de ansiedade, mania e histeria. Também os assírios inalavam a Cannabis para melhorar os sintomas de depressão (CRIPPA, ZUARDI & HALLAK, 2010).
A Cannabis é um arbusto originário da Ásia, pertencente à família das cannabaceae, cujas espécies mais conhecidas são C. sativa e C. indica. A espécie predominante no Brasil é a Cannabis sativa L., que melhor se adapta ao clima tropical. É uma planta dióica, pois tem espécimes masculinos e femininos. A planta masculina geralmente morre após polinizar a planta feminina (RAYMUNDO, SOUZA, 2007; HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006).
Suas folhas são cortadas em segmentos lineares e possui flores unissexuais e inconspícuas com pêlos granulosos que, nas fêmeas, produzem uma resina. Seu caule possui fibras industrialmente importantes, conhecidas como cânhamo; e a resina tem propriedades estupefacientes, semelhantes às produzidas pelo ópio (RAYMUNDO, SOUZA, 2007).
Além de Cannabis sativa, outros nomes atribuídos aos produtos da Cannabis são marijuana, hashish, charas, bhang, ganja e sinsemila. Hashish (haxixe) e charas são os nomes dados à resina seca extraída das flores de plantas fêmeas, que apresenta a maior porcentagem de compostos psicoativos (de 10 a 20%). Os termos ganja e sinsemila são utilizados para definir o material seco encontrado no topo das plantas fêmeas, contendo cerca de 5 a 8% de compostos psicoativos. Bhang e marijuana são preparações com menor conteúdo (2 a 5%) de substâncias psicoativas extraídas do restante da planta. O termo maconha é utilizado no Brasil para os preparados da Cannabis sativa (HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006).
A pesquisa sobre a Cannabis e seus efeitos começou a ganhar legitimidade com a identificação da sua estrutura química, da possibilidade da obtenção de seus componentes isolados e de como poderiam agir no organismo. Hoje é conhecida como uma planta que contem mais de 60 compostos, a que se dá o nome de Canabinóides. Nos últimos 40 anos foram identificados e caracterizados como constituintes principais da Cannabis, o Delta-9-Tetrahidrocanabinol (Δ9–THC) e o Canabidiol (CBD) (BONFÁ et al., 2008; MOURINHO, 2013). 
O Δ9–THC conhecido pelas suas propriedades psicoativas pode induzir sintomas psicóticos e de ansiedade e também prejudicar a memória, em compensação demonstra ser eficiente no controle psicomotor (relaxamento) e como analgésico leve. O CBD, identificado como componente principal da Cannabis medicinal é conhecido pelo seu efeito positivo no alivio da náusea e dor e no aumento do apetite, detém um efeito ansiolítico e propriedades anti-psíquicas. O Δ9–THC e CBD são os únicos Canabinóides ainda testados em seres humanos para a esclerose múltipla, dor neuropática, esquizofrenia, mania bipolar, distúrbio de ansiedade social, insónia, doença de Huntington e epilepsia. O seu efeito é produzido pela interação através de receptores Canabinóides (CB): CB1 e CB2 (MOURINHO, 2013).
A aplicação terapêutica dos canabinóides é um tema muito controverso, pois, apesar das propriedades terapêuticas, estes compostos apresentam também efeitos psicotrópicos, considerados os principais vilões no uso medicinal desta classe de compostos. Embora os canabinóides exerçam efeitos diretos sobre um determinado número de órgãos, incluindo os sistemas imunológico e reprodutivo, os principais efeitos farmacológicos observados estão relacionados ao sistema nervoso central (HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006).
OBJETIVO
O presente trabalho tem por objetivo mostrar as principais aplicações terapêuticas da Cannabis sativa e os atuais tratamentos disponíveis, análogos de seus principais princípios ativos, sejam o Delta-9-Tetrahidrocanabinol (Δ9–THC) e o Canabidiol (CBD), através de pesquisa bibliográfica, com artigos de revista, livros, internet.
METODOLOGIA
O trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica com busca em artigos científicos sobre o tema, publicados nos últimos 11 anos (2003 à 2014). Foram acessados nas bases de dados da Scielo, em publicações de revistas científicas de renome e de UniversidadesBrasileiras e Internacionais. Foram utilizados 19 artigos nacionais e dois internacionais disponíveis online em texto completo. 
Foram utilizadas uma monografia, seis dissertações e três teses disponíveis em texto completo nas bibliotecas online das seguintes universidades: Centro Universitário de Brasília, Universidade de Aveiro, Universidade da Beira Interior, Universidade de São Paulo, Universidade do Porto, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal Sergipe, Universidade de Coimbra, publicadas no período de 1999 a 2013.
Foram utilizados dois livros, sendo um técnico que aborda o tema e outro sobre farmacologia como literatura complementar.
As seguintes palavras foram aplicadas para a busca: Cannabis sativa; Canabinóides; Delta-9-Tetrahidrocanabinol; Canabidiol; Sistema Endocanabinóide; Canabinoides sintéticos; “Uso terapêutico da Cannabis”.
DESENVOLVIMENTO
ASPECTOS HISTÓRICOS
A Cannabis vem sendo utilizada, há séculos, pela humanidade para diversos fins, tais como, alimentação, rituais religiosos e práticas medicinais. O primeiro relato medicinal da planta Cannabis foi atribuído aos chineses, que descreveram os potenciais terapêuticos desta planta no Pen-Ts’ao Ching (considerada a primeira farmacopéia conhecida do mundo) há 2000 anos. Sua descoberta foi atribuída ao imperador e farmacêutico chinês Shen Nieng, cujo trabalho em farmacologia advogava o uso da planta, no tratamento do reumatismo e apatia, e como sedativo (GONTIÈS & ARAÚJO, 2003; HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006).
Há outra hipótese acerca da origem da maconha que advoga sobre a existência em populações indígenas na Amazônia, e que estes já utilizavam na forma medicinal, no preparo de chás e pós pelos pajés, como também nas cerimônias religiosas com o intuito de manter contatos com as divindades (GONTIÈS & ARAÚJO, 2003).
Com o passar dos anos o uso não médico da planta se disseminou entre os negros escravos, atingindo também os índios brasileiros, que passaram inclusive a cultivá-la para uso próprio. (CARLINI, 2006).
CARACTERISTICAS BOTÂNICAS DA Cannabis sativa L.
O nome científico da maconha é Cannabis sativa L. e pertence à família botânica Cannabaceae. É uma planta originária da Ásia Central, com extrema adaptação no que se refere ao clima, altitude, solo, apesar de haver uma variação quanto à conservação das suas propriedades psicoativas, podendo variar de 1 a 15% dependendo da região à qual foi produzida a erva e a forma como foi ingerida, pois esta requer clima quente e seco, e umidade adequada do solo (GONTIÈS & ARAÚJO, 2003; SANTOS, 2009).
É uma planta anual e dioica, pois tem espécimes masculinos e femininos, arbustiva, com folhas em forma serrilhada, finamente recortadas em segmentos lineares e verdes. Suas flores inconspícuas têm pelos granulosos que, nas femininas, segregam uma resina, seu caule possui fibras conhecidas como cânhamo (RAYMUNDO, SOUZA, 2007; SANTOS, SANTOS & CARVALHO, 2010).
As plantas masculinas possuem um porte maior, ramos mais finos e folhas mais longamente lanceoladas. Sua altura pode variar de um a cinco metros, quando cultivada em condições favoráveis, geralmente morre após polinizar a planta feminina (RAYMUNDO, SOUZA, 2007 HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006).
As plantas fêmeas são menores e suas flores aparecem resumidas em espigas de glomérulos contraídas, porém nelas encontra-se a maior porcentagem de compostos psicoativos (entre 10 a 20%) (RAYMUNDO, SOUZA, 2007). 
CANABINÓIDES
A Cannabis sativa L. contém aproximadamente 400 substâncias químicas, entre as quais se destacam pelo menos 60 alcalóides conhecidos como canabinoides. O termo canabinóides foi atribuído ao grupo de compostos com 21 átomos de carbono presentes na Cannabis sativa, além dos respectivos ácidos carboxílicos, análogos e possíveis produtos de transformação (HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006; RIBEIRO, 2005).
Eles são os responsáveis pelos seus efeitos psíquicos e classificados em dois grupos: os canabinóides psicoativos (por exemplo, Delta-8-THC, Delta-9-THC e o seu metabólico ativo, conhecidos como 11-hidróxi-Delta-9-THC) e os não psicoativos (por exemplo, canabidiol e canabinol). Sendo que o Delta-9-THC (Figura 5) é o mais abundante e potente destes compostos (RIBEIRO, 2005).
O Δ9–THC é um composto não cristalino, muito lipofílico, facilmente degradável em presença de calor, luz, ácidos e do oxigênio atmosférico (as preparações perdem eficácia com o tempo) (BAPTISTA, 2005).
O canabidiol (CBD) é outro composto abundante na Cannabis sativa L., constituindo cerca de 40% das substâncias ativas da planta. Os efeitos farmacológicos do CBD são diferentes e muitas vezes opostos aos do Δ9-THC. Sustenta-se a ideia de que o CBD possui uma gama de possíveis efeitos terapêuticos entre essas possibilidades, destacam-se as propriedades ansiolíticas e antipsicóticas enquanto o canabigerol (CBG) possui atividade antibiótica contra bactérias Gram-positiva (SCHIER, et.al. 2012; RAYMUNDO, SOUZA, 2007).
FARMACOCINÉTICA
A farmacocinética de um composto pode ser descrita como o estudo da sua absorção, distribuição, metabolismo e eliminação do organismo, bem como o comportamento destes processos ao longo do tempo. Em relação aos compostos da Cannabis, o Δ9–THC é aquele cuja farmacocinética se encontra melhor descrita, talvez devido ao fato de este ser o principal componente psicoativo da planta (FERNANDES, 2013).
O fumo é o método mais conhecido e a melhor forma de administração para a Cannabis. Normalmente, um cigarro contém entre 0,5 g e 1 g da erva que veicula cerca de 20 mg de Δ9–THC. A maioria do THC presente na planta encontra-se sob a forma de dois ácidos carboxílicos, sendo que apenas 5% se encontram na sua forma livre. A conversão destes a THC livre e volátil ocorre através de aquecimento. Sendo inalado com a fumaça o THC alcança os pulmões e a alta solubilidade lipídica, favorece sua passagem rápida através da membrana capilar alveolar e alcança a circulação pulmonar, a sistêmica e, finalmente, chega ao Sistema Nervoso Central, onde exerce os seus efeitos principais (BONFÁ et al., 2008; CARRANZA, 2012; FERNANDES, 2013).
Ao nível da distribuição, o THC possui um elevado volume de distribuição (10 L/Kg), sendo que 97% a 98% se encontra ligado a proteínas plasmáticas, principalmente lipoproteínas. Órgãos altamente irrigados, como é o caso do cérebro são rapidamente expostos ao composto. É extensivamente metabolizado, principalmente no fígado (Sistema CYP450 microssomal), onde a principal via é a sua hidroxilação a THC-OC, um metabólito ativo. Posteriormente, o THC-OH sofre oxidação com subsequente formação do 11-nor-9-carboxidelta-9-tetrahidrocanabinol (THC-COOH), um metabolito desprovido de qualquer atividade psicotrópica. O THC-COOH sofre posterior conjugação com ácido glucurónico, sendo este o principal produto da biotransformação do THC no Homem. Outros órgãos que também contribuem para a metabolização do THC são o cérebro, intestino e pulmões, onde vias de hidroxilação alternativas podem ser mais proeminentes. (FERNANDES, 2013; TAMOSIUNAS, PAGANO & ARTAGAVEYTIA, 2013).
Após a fase de distribuição inicial, o passo limitante da taxa de eliminação do THC é a sua redistribuição a partir dos tecidos onde se encontra acumulado para o sangue. Embora a eliminação dos canabinóides ocorra essencialmente através da bílis e das fezes, a urina, o suor, o leite materno e o cabelo são igualmente meios importantes de excreção dos compostos (FERNANDES, 2013).
Sua meia-vida é altamente variável e é estimada em 24-72 horas. Depois de fumar um cigarro seus metabólitos ainda podem ser detectados no plasma e na urina uma semana depois, e na crônica permanece positivo mesmo depois de um mês de ter parado de usar. (BONFÁ et al., 2008; CARRANZA, 2012; TAMOSIUNAS, PAGANO & ARTAGAVEYTIA, 2013).
Um total de 80% a 90% do composto é excretado dentro de 5 dias, a maior parte como metabolitos hidroxilados e carboxilados. Muitos destes metabolitos são conjugados com ácido glucurónico, aumentando a solubilidade dos compostos em água.O metabolito principal a nível urinário é o THC-COOH, enquanto o THC-OH predomina nas fezes (FERNANDES, 2013).
FARMACODINÂMICA
A melhor definição de farmacodinâmica seria “o que a substância faz no corpo”. Os efeitos variam em função da quantidade consumida, qualidade do produto, tolerância, personalidade e estado de espirito do sujeito no momento do consumo, o contexto do consumo, e a forma de consumo (isoladamente ou em associação com outras drogas - álcool, medicamentos) (RANG, et.al, 2003; BAPTISTA, 2005).
O principal efeito psicoativo da Cannabis é a ampliação da capacidade mental, tornando a mente consciente de aspectos normalmente inacessíveis a ela. Acredita-se que isso se deva à desabilitação de filtros que bloqueiam sinais relacionados com variadas funções do sistema nervoso central, incluindo os sentidos, as emoções, a memória, além de funções do subconsciente que alcançam o consciente (BONFÁ et al., 2008).
A Cannabis fumada é considerada uma droga psicótica leve. Consumido em doses baixas, pode induzir ao nível do SNC vários efeitos tais como: euforia (numa fase inicial), relaxamento (numa fase mais tardia), passividade, alteração das funções motoras complexas (alteração na percepção das distancias e um aumento do tempo de reação, o que implica riscos na condução de veículos ou na manipulação de máquinas), aumento das sensações auditivas, visuais e gustativas. Em doses moderadas assistimos a uma intensificação destes efeitos, podendo surgir falta de memória, lapsos de atenção e decréscimo de capacidade de aprendizagem. Altas doses produzem alterações cognitivas (memória e atenção), disforia, podendo gerar ansiedade a crises de pânico e sensação de perda de controle (“medo de enlouquecer”), especialmente em usuários recentes (BAPTISTA, 2005; BONFÁ et al., 2008)
 Os efeitos físicos são muitos: taquicardia, hiperemia conjuntival, xerostomia, redução da acuidade auditiva, aumento da acuidade visual, midríase, broncodilatação, diminuição da percepção dolorosa, hipotermia, tonturas, incoordenação motora e hipotensão ortostática. Esses efeitos estão na dependência de fatores geográficos e climáticos que vão interferir na qualidade da planta, na experiência prévia e sensibilidade do usuário e ambiente do consumo. Normalmente os efeitos da Cannabis permanecem de duas a três horas, mas podem se prolongar pelo elevado acúmulo no tecido adiposo. (BONFÁ et al., 2008).
SISTEMA ENDOCANABINÓIDE
O sistema endocanabinóide foi descoberto apenas no fim dos anos 80, início dos anos 90, enquanto os sistemas de neurotransmissores, colinérgico, adrenérgico e dopaminérgico, foram descobertos na década de 30. O sistema compreende os receptores, os agonistas endógenos e o aparato bioquímico relacionado, responsável por sintetizar essas substâncias e finalizar suas ações (SAITO, WOTJAK & MOREIRA, 2010).
Este sistema foi encontrado numa enorme diversidade de animais, verificando-se que nas diferentes espécies os receptores e agonistas são semelhantes. O fato de o sistema endocanabinóide ter sido preservado ao longo da evolução demonstra o seu papel fundamental na fisiologia animal (RIBEIRO, 2010).
RECEPTORES CANABINÓIDES
Em 1988, o primeiro receptor canabinóide foi identificado. Em 1993, esse receptor foi cognominado CB1, pois, nesse mesmo ano, um segundo receptor foi caracterizado e designado CB2. Os receptores foram nomeados pela União Internacional de Farmacologia Básica e Clínica (International Union of Basic and Clinical Pharmacology - IUPHAR) (SAITO, WOTJAK & MOREIRA, 2010; FRANCISCHETTI & ABREU, 2006).
Ambos são receptores acoplados à proteína G. Dentro dos sistemas nervosos centrais, o CB1 está primariamente localizado nos terminais nervosos pré-sinápticos e é responsável pela maioria dos efeitos neurocomportamentais dos canabinóides. O CB2, ao contrário, é o principal receptor de canabinóide no sistema imune, mas também pode expressar-se nos neurônios. Os principais agonistas endógenos de CB1 e CB2 são os derivados do ácido araquidônico (SAITO, WOTJAK & MOREIRA, 2010).
Apesar de as diferenças funcionais entre os dois receptores serem desconhecidas, as diferenças estruturais dão indícios de que elas existam e indicam que algumas substâncias devem atuar especificamente sobre algum deles, levando à sua ativação (agonistas) ou ao bloqueio de ação (antagonistas). Por isso, vários estudos são realizados com o objetivo de identificar um composto que se ligue especificamente a um receptor, gerando efeitos específicos (RAYMUNDO, SOUZA, 2007).
Os receptores que são ativados por ligantes, como a anandamida ou Δ9–THC, são levados a uma série de reações, cujo resultado final depende do tipo de célula e de outras moléculas. Além destes, existem outros tipos de agonistas para os receptores canabinóides, classificados por sua potência de interação e pela eficácia do sinal transmitido às células. Por exemplo, os compostos sintéticos são mais potentes e eficazes que os agonistas endógenos (SAITO, WOTJAK & MOREIRA, 2010).
A ativação desses receptores, tipicamente, inibe a adenilatociclase com consequente fechamento dos canais de cálcio, abertura dos canais de potássio e estimulação de proteínas quinases (GODOY-MATOS, et.al, 2006)
ENDOCANABINÓIDES
A descoberta dos receptores canabinóides desencadeou uma intensa busca pelos ligantes endógenos. Assim como os compostos presentes na Cannabis, os canabinóides de mamíferos são compostos de natureza lipídica. Alguns compostos endógenos que se ligam seletivamente aos receptores canabinóides têm sido estudados e os que chamam mais atenção, apesar de suas propriedades fisiológicas não serem bem entendidas, são a anandamida (AEA) e o 2-araquidonilglicerol (2-AG) (HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006; PEDRAZZI, et.al, 2014).
O primeiro canabinóide endógeno descoberto foi o N-araquidonil-etanolamina, conhecido como anandamida, palavra derivada do sânscrito ananda, que significa “felicidade”. Na religião Veda, a Cannabis era chamada de ananda. Quando comparada com Δ9–THC, a anandamida apresenta afinidade moderada pelo receptor CB1, sendo rapidamente metabolizada pelas amidases (enzimas que removem grupos amida) (HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006; RAYMUNDO, SOUZA, 2007; BONFÁ et al., 2008).
 Ainda não se sabe em qual região cerebral ela é produzida, porém é possível encontrá-la em diversas regiões do cérebro humano, principalmente onde os receptores CB1 são abundantes, como hipocampo e cerebelo, o que fornece indícios de um papel fisiológico dos canabinóides endógenos nas funções cerebrais. Além disso, ela também pode ser encontrada no tálamo, onde existem poucos receptores CB1, bem como no restante do corpo, em locais como baço, onde há elevado numero de receptores CB2, e no coração, em pequenas concentrações. Em geral, a afinidade da anandamida por receptores canabinóides é somente ¼ a ½ da afinidade apresentada pelo Δ9–THC (HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006; RAYMUNDO, SOUZA, 2007).
Um dos primeiros compostos endocanabinóides descobertos após a anandamida foi o 2-araquidonilglicerol (2-AG), um éster de araquidonato com glicerol que ativa ambos receptores CB1 e CB2, cuja estrutura química está demonstrada na Figura 14. Embora tenha menor afinidade para os receptores canabinóides, dada à concentração elevada de 2-AG (concentrações 200x superiores a anandamida), este parece ser o principal endocanabinóide (PAMPLONA, 2006; COSTA, et. al, 2011).
CANABINÓIDES SINTÉTICOS
A obtenção sintética de compostos canabinóides é uma área de grande interesse. O uso dos canabinóides ativos puros, com composição, estabilidade e dose precisamente conhecidas, foi proporcionado pelos avanços nas pesquisas química e farmacológica. Algumas indústrias e laboratórios acadêmicos desenvolveram fármacos baseados nas estruturas de compostos canabinóides, mas uma das dificuldades encontradas foi o isolamento dos efeitos psicotrópicos, o que impossibilitou o uso medicinal destes compostos. (HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006; BONFÁ et al., 2008).
Os compostos canabinóides que apresentam atividade biológica reconhecida são: o Δ9–THC, utilizadocomo antiemético e como estimulante do apetite; o Δ8-THC, considerado menos caro que o Δ9–THC para obtenção e, segundo estudos de propriedades antieméticas, tão ativo quanto o Δ9–THC, mas não é comercializado por razões puramente comerciais. Apesar das aplicações citadas acima, os canabinóides apresentam um largo espectro de aplicação medicinal (HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006).
Além do THC, a cannabis tem elevados teores de outros canabinóides, entre eles, o CBD. Este canabinóide parece possuir propriedades agonistas dos receptores da serotonina e também é desprovido de atividade psicomimética, atenuando inclusive os efeitos psicomiméticos e ansiogênicos associados às doses elevadas de THC (FONSECA et.al., 2013).
USO TERAPÊUTICO DA Cannabis sativa
Os canabinóides têm sido utilizados no tratamento da dor por muitos séculos. E, apesar de estudos pré-clínicos revelarem que bloqueiam a resposta da dor nos modelos testados, sua utilização não é propagada, por motivos legais e farmacológicos, como o efeito psicotrópico, a instabilidade dos extratos de Cannabis, sua absorção imprevisível e insolubilidade na água. Essas investigações permitiram conhecer melhor os mecanismos básicos e desenvolver alternativas farmacológicas com efeitos mais específicos. (BONFÁ et al., 2008).
APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
GLAUCOMA
O descobrimento de que a maconha reduz a pressão intraocular, se deu acidentalmente em experimento na Universidade da Califórnia. Os sujeitos da experiência eram totalmente voluntários que fumavam maconha cultivada pelo governo. A maconha reduziu a pressão intraocular por uma média de 4 a 5 horas (HORNE, 2006).
A Cannabis possui capacidade de secar os olhos, eliminando o excesso de humor aquoso sem que haja a necessidade de desobstruir os canais, diminuindo a pressão, e sem efeitos colaterais tóxicos, mudança na coloração do olho ou danos no fígado e rins, observados com o uso de outras drogas convencionais usadas hoje para o tratamento. Os investigadores concluíram que a maconha pode ser mais útil do que os medicamentos convencionais e provavelmente atua por um mecanismo diferente, essa conclusão foi confirmada em experiências adicionais com seres humanos e estudos com animais (CONRAD, 2001; HORNE, 2006).
DOR
Dentre os efeitos da Cannabis, o analgésico é sem dúvida o mais apreciado por pessoas que sofrem com os efeitos pós-quimioterapia em tratamentos de AIDS ou câncer. A partir dos resultados de investigações experimentais e estudos clínicos é consenso que a Cannabis e os canabinóides oferecem benefícios a estes pacientes. A erva resinosa, fumada ou digerida verdadeiramente produz uma leve anestesia corporal, amenizando a dor, ainda abrandando os efeitos colaterais do AZT (BARRETO, 2002; HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006; BONFÁ et al., 2008).
A maconha é promissora no tratamento de dores difíceis de controlar de outra forma, como a das cólicas menstruais ou a da enxaqueca. O THC tem a desvantagem do efeito psicoativo; todavia, é bem menos tóxico que outras substâncias analgésicas, as quais geralmente são tidas como inofensivas (NETO, 2005).
CÂNCER E AIDS
Muitos oncologistas e pacientes defendem o uso da Cannabis, ou do Δ9–THC (seu principal componente psicoativo), como agente antiemético, mas, quando comparada com outros agentes terapêuticos, a Cannabis tem um efeito menor do que os fármacos já existentes. Contudo, seus efeitos podem ser aumentados quando associados com outros antieméticos. Desta maneira, o uso da Cannabis na quimioterapia pode ser eficiente em pacientes apresentando náuseas e vômitos, sintomas que não são controlados com outros medicamentos (HONÓRIO, ARROIO & SILVA, 2006).
Outras vantagens como o “abrir o apetite” causado pela Cannabis, vem ajudando no tratamento de doentes de câncer e AIDS. Ela estimula o apetite, aumentando o prazer que se tem ao comer, e devido à secura que provoca na boca, acarreta em maior ingestão de líquidos (BARRETO, 2002; SANTOS, 2009).
ESCLEROSE MÚLTIPLA
Trata-se de uma doença degenerativa que ataca terrivelmente o sistema nervoso; provocam dores insuportáveis, fortes espasmos musculares, além da perda do controle da bexiga e do intestino. A má função do sistema imunológico faz com que as células de defesa destruam a mielina que é a camada gordurosa que envolve os tecidos nervosos. Há evidencias de que a maconha melhora os espasmos provocados pela esclerose múltipla, porém não há publicações de que a Cannabis seja superior ou equivalente à terapia existente (NETO, 2005).
EPILEPSIA
A Epilepsia afeta cerca de 1% da população mundial. O Canabidiol parece ser o canabinóide mais promissor nos estudos em animais. Estudos esporádicos sugerem que a Cannabis tem propriedades anticonvulsivantes e é efetiva no tratamento de epilepsias parciais e convulsões tônico-clônicas generalizadas. (OLIVEIRA, 2009).
Estes estudos estão baseados, entre outros, no fato de que em indivíduos que fumam maconha para tratar a sua epilepsia, a suspensão do consumo da Cannabis antecipa a reaparição das convulsões, enquanto que o retorno ao uso desta droga psicotrópica controlará de novo a epilepsia; estes resultados foram reprodutíveis. Existem apenas estudos clínicos controlados em pequena escala, que demonstraram esta aplicação terapêutica. Em resumo, o uso de canabinóides para o tratamento da epilepsia é ainda controverso e necessitam de mais investigação (OLIVEIRA, 2009).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os dados bibliográficos, obtidos e analisados, pode-se dizer que o estudo da Cannabis sativa para uso terapêutico, ainda tem um longo caminho a percorrer, dado as dificuldades na pesquisa por se tratar de uma substância proscrita não só no Brasil, mas também em grandes centros de pesquisa espalhados pelo mundo.
Atualmente encotra-se disponível no mercado quatro medicamentos que são análogos dos principios ativos da Cannabis sativa: Marinol®, Cesamet® e Acomplia®, apresentados em cápsulas e o Sativex® apresentado em spray oral. São destinados ao tratamento paliativo de algumas enfermidades, como por exemplo, epilepsia, esclerose múltipla, dor, entre outras. Além destes medicamentos, outra forma de administração da Cannabis sativa como terapia medicamentosa é o fumo, sendo este o método mais conhecido, conseguindo também alcançar resultados efetivos na amenização de sintomas segundo estudos.
Em alguns países como Canadá, Estados Unidos, Israel, Reino Unido entre outros, o uso dos medicamentos derivados dos compostos da Cannabis sativa e também a prescrição da planta somente para uso terapêutico já foram autorizados. Nos demais países, não há autorização para o uso, mesmo que para fins terapêuticos, devido a planta em si e seus compostos isolados serem considerados droga ilícita.
Isto se deve ao fato das muitas controvérsias existentes em torno do principal principio ativo com potencial terapêutico da planta, o Delta-9-tetrahidrocanabinol, pois além de mostrar significativos beneficios terapêuticos apresenta também efeitos psicotrópicos podendo restringir sua utilização como medicamento.
A discussão sobre o potencial terapêutico da Cannabis sativa, ainda está longe de terminar, pois existe uma grande resistência tanto social quanto da comunidade médica em torno da planta, sendo ressaltada pela grande maioria somente como sua principal aplicação, o uso recreativo. 
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