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HK B Traum� Cranioencefálic� Prof. Armand� “As lesões cranioencefálicas encontram-se entre os tipos de trauma mais frequentemente vistos nos Serviços de Emergência. Muitos doentes com lesões cerebrais graves morrem antes de chegar ao hospital, e quase 90% das mortes pré -hospitalares relacionadas ao trauma envolvem lesão cerebral.” ➺ TCE grave = indicação princípio de intubação Anatomi�: lesõe� associada� ❤ Couro cabeludo Estrutura completamente irrigada, que quando lesada leva a perdas sanguíneas significativas, choque hemorrágico e mesmo morte. ❤ Crânio O crânio é uma estrutura rígida não expansível, de forma que, em caso de edema, há compressão cerebral. • Fratura de base de crânio (linha do seio etmoidal) - sinais: sinal de guaxinim, sinal da batalha, anisocoria e hemotímpano (sangue dentro do ouvido interno). ❤ Meninges O cérebro é revestido pelas meninges: dura máter, aracnóide e pia máter ➺ Dura máter: resistente e fibrosa, e divide-se em duas para envolver os seios venosos. HK B ➺ Aracnóide: fina e transparente, e não aderida à dura mater, sendo o espaço entre elas (epidural) propício à armazenamento de hemorragia. ➺ Pia máter: aderida ao cérebro e não aderida a aracnoide, formando o espaco subaracnoide, no qual passa o líquido cefalorraquidiano. • Hematoma extradural: entre a dura máter e a tábua óssea interna - pequeno e redondo • Hematoma subdural: entre camada média e externa das meninges - fino e longo • Hematoma galal (galo): hematoma entre o crânio e a pele. • Herniação de uncus: situação clínica grave quando uma grande quantidade de sangue empurra o tronco cerebral pelo forame magno. ❤ Encéfalo Cérebro + Cerebelo + Tronco cerebral ➺ Cérebro: • Lobo frontal: controla as funções de execução, as emoções, as funções motoras e, no lado dominante, a expressão da fala (área motora da fala). • Lobo parietal: dirige a função sensorial e a orientação espacial. • Lobo temporal: regula certas funções da memória. • Lobo occipital: é responsável pela visão ➺ Tronco cerebral: • Mesencéfalo e a parte superior da ponte: sistema ativador da formação reticular responsável pelo estado de alerta. • Bulbo: formar a medula espinhal, onde alojam-se centros cardiorrespiratórios vitais. • Cerebelo: responsável principalmente pela coordenação e pelo equilíbrio ❤ Sistema ventricular Os ventrículos são compartimentos responsáveis por produzir e armazenar LCR HK B ❤ Compartimentos intracranianos O tentório do cerebelo divide o cérebro em: supratentorial e infratentorial. Obs: “O nervo óculomotor (III nervo craniano) passa ao longo da margem da tenda do cerebelo, podendo ser comprimido contra ela durante uma herniação do lobo temporal = dilatação pupilar devida à atividade simpática sem oposição” �siologi�: lesõe� associada� ❤ Pressão intracraniana PIC = 10 mm Hg = Normal PIC = 20 mm Hg = Anormal PIC > 40 mm Hg = Grave • A PIC persistentemente elevada leva a piora da função cerebral e do prognóstico • A hipotensão arterial e a baixa saturação de oxigênio também pioram o prognóstico ❤ Doutrina de monro- kellie Sistema compensatório formado por volume venoso, arterial, cérebro e líquor para proteger o cérebro. → Mecanismo de auto regulação: “O volume do conteúdo intracraniano permanece constante. Se a adição de uma massa tal como um hematoma resultar na saída forçada de um volume igual de LCR e sangue venoso para fora do crânio, a PIC permanece normal. Entretanto, quando esses mecanismos de compensação são esgotados, ocorre um aumento exponencial da PIC mesmo para um pequeno aumento no volume do hematoma” HK B❤ Fluxo sanguíneo cerebral ➺ Quando a autorregulação está intacta, o FSC mantém-se constante para valores de PAM entre 50 e 150 mm Hg ➺ Na lesão cerebral moderada a grave, a autorregulação fica comprometida, de modo que o FSC varia com a PAM ➺ O cérebro lesado é mais vulnerável a episódios de hipotensão, que causam lesão cerebral secundária ➺ A redução do fluxo sanguíneo cerebral após o trauma é um grande risco para isquemia cerebral. Então, deve-se fazer tudo que estiver ao alcance para aumentar perfusão e fluxo sanguíneo cerebrais: • redução da pressão intracraniana elevada • manter o volume intravascular normal • manter a PAM normal • restaurar a oxigenação normal e a normocapnia. • evacuar lesões e hematomas HK B Classificaçã� da� lesõe�: Gravidad� ❤ Leve • Glasgow: 13 – 15 • História • Excluir lesões sistêmicas • Exame neurológico • Investigação radiológica conforme o caso • Investigação de álcool / drogas, se indicado • Conduta: observar ou dispensar, conforme os achados ❤ Moderada • Glasgow: 9 – 12 • Avaliação inicial como na lesão leve • Tomografia para todos os doentes • Internação e observação • Exame neurológico frequente • Repetir a tomografia • Piora: Tratar como lesão cerebral grave ❤ Grave • Glasgow: 3 – 8 • Avaliação e reanimação • Intubação para proteção da via aérea • Exame neurológico antes da intubação • Exame neurológico dirigido HK B • Reavaliação frequente • Identificação de lesões associadas Classificaçã� da� lesõe�: morfologi� ❤ Fraturas do Crânio ➺ Local: • Calota: - Com ou sem afundamento - Exposta / fechada • Base - Com ou sem fístula liquórica - Com ou sem paralisia de nervo craniano ❤ Lesões intracraniana ➺ Lesões cerebrais difusas: variam de concussões leves, nas quais a TC da cabeça é habitualmente normal, até lesões hipóxicas isquêmicas graves. ➺ Lesões cerebrais focais: • Hematoma epidural - Associado a fratura de crânio - Clássico: lesão da artéria meníngea média - Forma de lente biconvexa - Intervalo lúcido: perda da consciência, seguida de melhora e posteriormente piora neurológica súbita - Pode ser rapidamente fatal - O esvaziamento precoce é essencial HK B • Hematoma subdural - Ruptura de veias / laceração do cérebro - Espalha-se pela superfície cerebral - Morbidade / mortalidade pela lesão cerebral subjacente - Recomendado o esvaziamento cirúrgico rápido, especialmente se houver desvio > 5 mm das estruturas da linha média • Hematoma intracerebral - Lesão de golpe / contragolpe - Mais comum: lobos frontal / temporal - Alterações tomográficas geralmente progressivas - Maioria dos doentes conscientes: não é necessário operar Abordage� ❤ Indicações de tomografia ➺ Glasgow ainda < 15, duas horas após o trauma ➺ Déficit neurológico ➺ Fratura exposta de crânio ➺ Sinais de fratura de base de crânio ➺ Vômitos (> 2 episódios) ➺ Extremos de idade ➺ Amnésia retrógrada ➺ Cefaleia intensa Obs: cuidado com crianças! Alto nível de radiação! ❤ Sinais de fratura da base de crânio ➺ Sinal do Alvo: para identificar o extravasamento de liquor pelo nariz ou orelha, coleta o líquido em um papel absorvente e espera decantar. De forma que o sangue se centraliza, e o líquido se espalha ao redor. HK B Tratament� ❤ Base ➺ ABCDE ➺ Minimizar a lesão cerebral secundária ➺ Administrar oxigênio ➺ Ventilação adequada ➺ Manter a pressão arterial (sistólica > 90mmHg) ➺ Exame neurológica: Glasgow, pupilas e sinais de lateralização Anisocoria → a lesão é do lado que a pupila está dilatada Paralisia → a lesão é do lado contrário ao lado que encontra- se paralisado ❤ Leve HK B ❤ Moderado ❤ Grave HK B❤ Específicos➺ Clínico• Ventilação controlada• Objetivo: PaCO2 - 35 mmHg • Soluções intravenosas • euvolemia • Isotônicas • Consultar o neurocirurgião • Manitol - usar apenas se houver sinais de herniação tentorial evitar nos pacientes com hipovolemia - Dose: 1,0 g / kg, IV, em bolus • Anticonvulsivantes • Sedação prolongada • Curarização ➺ Cirúrgico: Ferimentos de couro cabeludo • Localizar possível fonte de grande sangramento • Compressão direta para parar o sangramento • Eventualmente, fechamento temporário ➺ Cirúrgico: Ferimentos penetrantes • ABCDE • Radiografia/tomografia HK B • consultar precocemente o neurocirurgião • Não remover objetos encravados nem explorar o ferimento HK B Mort�Cerebra� ❤ Diagnóstico ➺ Para que seja diagnosticada a morte encefálica, • Escore na Escala de Coma de Glasgow = 3 • Pupilas não reativas • Reflexos de tronco cerebral ausentes (por exemplo, óculo-cefálico, corneal, olhos de boneca e ausência de reflexo faríngeo) • Ausência de esforço ventilatório espontâneo no teste formal de apnéia ➺ Estudos complementares, que podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico de morte cerebral, são: • Eletroencefalografia: Ausência de atividade em EEG com ondas de grande amplitude • Estudos de FSC: Ausência de FSC (por exemplo, estudos com isótopos, estudos com Doppler, estudos de FSC com xenônio) • Angiografia cerebral Referênci� bibliográfic� ➺ ATLS - 9ª Ed.
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