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Distúrbios circulatórios Hiperemia e edema Curso de Medicina Veterinária Disciplina: Patologia Geral Veterinária Profa. Thais N A O Cruz Hiperemia • Etimologia: gr. “Hyper”= aumento + “haima”=sangue • Conceito Aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos em um determinado órgão ou tecido com consequente dilatação vascular. Hiperemia • Classificação –Hiperemia ativa (arterial) Hiperemia ativa fisiológica Hiperemia ativa patológica –Hiperemia passiva ou venosa (congestão) Hiperemia ativa • Mecanismos: - Vasodilatação arteriolar. - Diminuição da resistência pré-capilar. - Expansão do leito vascular (os vasos de reserva se tornam funcionais). O sangue em maior quantidade fica contido especialmente na microcirculação, por ser este o maior compartimento do sistema circulatório. Hiperemia ativa • Hiperemia ativa fisiológica - Aumento da demanda (Ex: exercícios físicos, digestão, outros). - Estimulação psíquica (rubor facial). • Hiperemia ativa patológica - Liberação local de mediadores bioquímicos (inflamação). Ex: inflamações agudas, traumatismos, injúrias térmicas, outros. Hiperemia ativa • Macroscopia – Aumento de volume. – Aumento da temperatura local (superfícies). – Avermelhamento (vermelho vivo). • Microscopia – Ingurgitamento vascular. Hiperemia passiva • Mecanismo: – Redução da drenagem venosa por aumento da resistência pós-capilar. • Classificação: – Hiperemia passiva localizada. – Hiperemia passiva sistêmica. – Aguda ou crônica. • Hiperemia passiva localizada: – Obstruções vasculares (Ex: trombos, êmbolos). – Compressões vasculares (neoplasias, abcessos, granulomas, fibroses, outros). – Torções de vísceras. – Outros. Hiperemia passiva Fonte: http://w3.vet.cornell.edu/nst • Hiperemia passiva sistêmica: – Insuficiência cardíaca congestiva do lado direito Hiperemia passiva • Macroscopia –Aumento de volume. –Cianose (vermelho-escuro). • Microscopia – Ingurgitamento vascular. Hiperemia passiva Congestão pulmonar. • Consequências – Hemorragias (diapedese, rupturas). – Degeneração, necrose, hipotrofias e fibrose ( O2 e nutrientes). – Trombose e flebectasias (fluxo sanguíneo lento). – Edema. Hiperemia Congestão passiva crônica – fígado – Fígado de noz moscada Hiperemia passiva - pulmão Hiperemia passiva - pulmão Células da insuficiência cardíaca Edema • Etimologia: gr. “oidema”= inchação • Conceito: Acúmulo anormal de líquido no interstício ou cavidades pré-formadas do corpo. • Nomenclatura: – Prefixo Hidro + Cavidade afetada – Hidrotórax, hidroperitôneo, hidrocefalia. – Edema de + órgão afetado – edema pulmonar. – Anasarca = Edema generalizado. – Ascite = hidroperitônio. Edema • Transudato: – Aspecto límpido – Baixo teor de proteínas – Baixa densidade – Não contém fibrinogênio (não coagula) • Exsudato: – Aspecto turvo – Alto teor de proteínas – Alta densidade – Contém fibrinogênio (coagula) – Muitos leucócitos Edema • Fisiopatogenia: – Perda da integridade vascular – Desequilíbrio das forças de Starling • Pressão hidrostática • Pressão osmótica • Pressão oncótica Edema Pressão coloidosmótica Em condições normais... Hidrodinâmica entre os compartimentos intersticial e intravascular. Na porção arteriolar, a pressão hidrostática é maior do que na porção venular, o que permite a saída de líquido pela arteríola e a entrada deste pela vênula. O líquido restante é drenado pela via linfática. • Etiopatogênese dos edemas: – Saída (filtração) excessiva de líquidos • Aumento da permeabilidade vascular. – Retorno deficiente de líquidos filtrados • Aumento da pressão hidrostática (lado venoso). • Diminuição da pressão coloidosmótica intravascular. • Diminuição da drenagem linfática. • Alterações intersticiais com aumento da hidrofilia intersticial.* Edema • Etiopatogênese dos edemas: – Saída (filtração) excessiva de líquidos • Aumento da permeabilidade vascular – Tendência de formação de exsudato. – Causas: inflamações, intoxicações, toxemias, hipoxia, outros. Edema • Etiopatogênese dos edemas: – Retorno deficiente de líquidos filtrados • Aumento da pressão hidrostática (lado venoso) – Tendência de formação de transudato. – Causas: obstáculos ao fluxo venoso (trombose, embolia, compressões externas, cirrose hepática, insuficiência cardíaca congestiva, outros). Edema Quando há aumento da pressão hidrostática no lado venoso... • Etiopatogênese dos edemas: – Retorno deficiente de líquidos filtrados • Diminuição da pressão coloidosmótica intravascular – Tendência de formação de transudato. – Causas: hipoproteinemias (por perda e/ou deficiência na síntese). Edema Quando há diminuição da pressão coloidosmótica... • Etiopatogênese dos edemas: – Retorno deficiente de líquidos filtrados • Diminuição da drenagem linfática (linfedema) – Tendência de formação de transudato. – Causas: obstruções, linfangites, compressões de vasos linfáticos, esvaziamento ganglionar. Edema Quando há diminuição da drenagem linfática... • Etiopatogênese dos edemas: – Retorno deficiente de líquidos filtrados • Alterações intersticiais com aumento da hidrofilia – Tendência de formação de transudato. – Causas: Aumento de Mucopolissacárides Mixedema (Hipo e Hipertireoidismo). Edema – Localizado • Resulta de causas locais que alteram as forças de Starling ou interferem com a drenagem linfática (ex: inflamações agudas). – Generalizado • Insuficiência cardíaca, hipoproteinemias. • Generalização do edema – ativação do sistema renina-angioteonsina-aldosterona (retroalimentação). Edema • Macroscopia – Aumento de volume e peso – Diminuição da consistência – Aspecto liso, brilhante (ex: pulmões) – Palidez – Sinal de cacifo (pele) • Microscopia – Dissociação de fibras, células – Distensão de vasos linfáticos Edema Fonte: http://w3.vet.cornell.edu/nst Fonte: http://w3.vet.cornell.edu/nst Edema subcutâneo – sinal de cacifo
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