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Audiência de Custódia

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AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA 
Garantia de toda pessoa presa
Exerce um juízo retrospectivo- O juiz deve analisar se a prisão é legal 
Exerce um juízo prospectivo- A prisão deve ser legal e necessária
Evitar, prevenir e na medida do possível com os procedimentos adequados reprimir a violência policial 
Em casos muito excepcionais deverá acontecer no prazo máximo de 72 horas. 
O juiz diante de um APF, constatando de que não será possível a audiência de custodia no prazo de 24 horas, ele deverá se pronunciar no prazo de 24 horas sobre o APF para homologá-lo e convertê-lo em preventiva ou para relaxar o flagrante, no caso de ilegalidade. Tem utilidade da audiência de custódia após a conversão em preventiva. No caso de relaxamento não deverá realizar audiência de custódia posteriormente.
A audiência de custódia não se aplica somente nos casos de prisão em flagrante (Resolução nº 213/2015 do CNJ- Deve ser realizada em qualquer modalidade prisional, inclusive no cumprimento de mandado de execução definitiva da pena).
A audiência de custódia começa com a escolta da pessoa presa para a realização do ato, quando da realização a pessoa presa deve estar tranquila para poder relatar uma hipótese de violência policial, por isso não se admite que os policiais responsáveis pela investigação/ cumprimento do mandado/ cumprimento da prisão em flagrante participem da realização do ato (um funcionário cedido pode participar). 
O ato se inicia com o juiz explicando a sua finalidade.
O ato se encerra com o estabelecimento de um contraditório sobre a prisão em si. (primeiro o MP se manifesta, após a defesa e o juiz ao final). Defesa pode se manifestar antes do MP e caso houver necessidade pedir a palavra “pela ordem”
O juiz não pode converter a prisão em flagrante em preventiva de ofício
Deve ser um ato presencial. Do contrário o caráter humanizatório estará anulado. Em casos muito excepcionais poderá ser por videoconferência, buscando se assegurar razoáveis espaços de liberdade comunicativa para pessoa presa. 
O policial deve estar em um raio de visão entre pessoa presa e seu defensor, jamais em um raio de audição.
A consequência da não realização do ato é a ilegalidade da prisão, levando ao seu relaxamento, uma vez que compõe o procedimento da prisão em flagrante e o da prisão preventiva.
STJ- Está suprido o vício
STF- Não determina a imediata colocação da liberdade, mas determina que o ato seja realizado imediatamente
Características da prisão
Jurisdicionalidade- Reserva de Jurisdição. Contraditório (art 282, §3º, CPP). Motivação (art. 93, X, CF). Exceção: art. 322 (fiança arbitrada pela autoridade policial).
Provisionalidade- Cessada a causa, cessa o efeito. Necessidade (art. 282, I)
Provisoriedade- Relacionada com a característica anterior, vincula- se ao tempo. Falta de prazo. “Proporcionalidade” Revogabilidade- Consequencia natural da provisoriedade
Excepcionalidade- periculum libertatis
Substitutividade- Juiz pode substituir medida cautelar imposta, em caso de descumprimento. Art. 282, §4º, 2ª parte.
Cumulatividade- Podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente. Art. 282, § 1º
Princípios norteadores das prisões cautelares
Princípio da legalidade- Respeito à lei
Princípio da proporcionalidade- Caso a caso
Princípio da precariedade (provisoriedade)- Presunção de não- culpabilidade
Princípio da subsidiariedade- Em relação a outras medidas cautelares diferentes da prisão. 
Princípios informadores
Necessidade- Art. 282, I
Adequação- Art. 282, II
Proporcionalidade em sentido estrito- Ponderação entre a gravidade da restrição e o possível desfecho do processo.
OBS: A prisão em flagrante não possui natureza cautelar, já que não possui legitimidade para manter o indivíduo segregado, exigindo, para tanto, conversão em prisão preventiva (art. 310, II)
No período compreendido entre a voz de prisão e as providências do art. 310, do CPP, em que permanece preso o agente, o flagrante possui natureza precautelar.
Espécies de flagrante atípico
Esperado
Prolongado/Diferido/ De ação controlada
Preparado
Forjado
Procedimento do flagrante
Apresentação do preso
Oitiva do condutor (recibo do preso), testemunhas e interrogatório (art. 304)
Comunicação ao Juiz, MP, família do preso (art.306)
Nota de culpa (art 306, §2º)
Em 24h remessa ao juiz (art. 306,§1º)
Papel do Juiz no flagrante 
1º momento- Controle de legalidade
- Homologar o APF
- Não homologar o APF; RELAXAMENTO DA PRISÃO (art. 5º, LXV, CF e art. 310, I, CPP)
2º momento- Controle de necessidade
- Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança
- Decretar prisão preventiva
* O flagrante não tem força de manter alguém preso
*Prisão domiciliar não é espécie de prisão cautelar. É uma forma de cumprir a prisão preventiva.
Fiança
Natureza Jurídica- Garantia
Pode ser paga em valores ou em bens (pedras preciosas, títulos, imóveis)
Não é um valor perdido! O preso que não a quebra, recebe o valor corrigido de volta.
Crimes inafiançáveis (art. 323, do CPP)
Não caberá fiança (regra processual) (art.324, do CPP)
Valor da fiança
1 a 100 salários- mínimos em cuja pena máxima não excede 4 anos
10 a 200 salários- mínimos em cuja pena máxima supera 4 anos
Pode, entretanto, ser dispensada, reduzida de até 2/3, ou aumentada em até 1000x, se as condições recomendarem
Delegado pode arbitrar nos crimes com pena máxima até 4 anos. Nos demais casos, somente o juiz. 
Quebramento da fiança- (art. 341, do CPP) 
Consequências- Perda de metade do valor; medidas cautelares e, talvez, prisão. Se não se apresentar para o cumprimento da pena, perde o resto (arts 343 e 344, ambos do CPP)
Reforço de fiança
Quando o fato em questão caracterizar outro crime mais grave, pode solicitar o reforo da fiança
Não pagamento- Prisão
Destino da Fiança
- Se absolvido o réu, o valor é integralmente devolvido, com correção monetária
- Se condenado o réu, desconta- se o valor das custas, indenização, prestação pecuniária e multa. O restante será devolvido.

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