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DTB0535 Saude e Seguranca do Trabalho (Homero) - Autor Desconhecido 188

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Turma 188
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO (DTB0535) 
Prof.  Homero Batista Mateus da Silva – 88 VT 
INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO
Bibliografia: 
I. Moodle 
II. Comprar a Portaria 3214/78 (pode comprar em sebo) 
III. Site TRT II tem as NRs (ler no trtsp.jus.br -> bases jurídicas -> CLT dinâmica -> normas 
regulamentadoras) 
IV. Curso do Direito do Trabalho Aplicado – Volume 3 – Homero Batista Mateus da Silva (ler porque é um 
resumo da aula) 
Instituições: 
I. FUNDACENTRO 
II. ABHO (Higienistas) 
III. ACGIH (Meio que a FUNDACENTRO Americana privado. Suas pesquisas influenciam até a OIT) 
IV. NIOSHI (Meio que a FUNDACENTRO Americana pública) 
Terminologia: 
I. NR (Norma Regulamentadora) - São vinculantes (portaria) 
-A portaria 3214/78 é dividida em 28 NRs (exemplo: conduites – NR 10) 
-Era prevista uma atualização bienal, que nunca foi feita nesses 40 anos 
II. NHO (Norma de Higiene Ocupacional) - Não são vinculantes (não são portaria ou decreto ou etc.) 
-Apesar de não ter força jurídica, elas são úteis por preencherem lacunas ou contornarem a falta de 
atualização das NRs 
-Não aparecem em processos trabalhistas, pois não garantem direito nenhum (adicional de 
insalubridade, e etc.) 
III. Abcenteísmo (trabalhador falta) 
IV. Presenteísmo (trabalhador vai trabalhar doente) 
V. Tripartismo: Estado, empregado e empregador 
Sites: 
I. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional 
II. www.ilo.org (OIT) 
III. fundacentro.gov.br 
IV. ABHO
!1
http://trtsp.jus.br
http://www.ilo.org
http://fundacentro.gov.br
Turma 188
PORTARIA 3214/78 - ÍNDICE
Só estudaremos até a NR 28 
NR  1 - Disposições Gerais 
NR  2 - Inspeção Prévia 
NR  3 - Embargo ou Interdição 
NR  4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
NR  5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA 
NR  6 - Equipamento de Proteção Individual 
NR  7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
NR  8 - Edificações 
NR  9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais 
NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 
NR 12 - Máquinas e Equipamentos 
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão 
NR 14 - Fornos 
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres 
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas 
NR 17 - Ergonomia 
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
NR 19 - Explosivos 
NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis 
NR 21 - Trabalho a Céu Aberto 
NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
NR 23 - Proteção Contra Incêndios 
NR  24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 
NR 25 - Resíduos Industriais 
NR 26 - Sinalização de Segurança 
NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB - REVOGADA 
NR 28 - Fiscalização e Penalidades 
NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
NR 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
NR 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura 
NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde 
NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em  Espaços Confinados 
NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e 
Desmonte Naval 
NR 35 - Trabalho em Altura 
NR 36 - Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados
!2
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_1.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_1.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_2.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_2.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_3.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_3.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_4.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_4.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_5.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_5.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_6.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_6.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_7.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_7.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_8.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_8.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_9.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_9.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_10.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_10.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_11.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_11.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_12.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_12.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_13.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_13.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_14.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_14.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_15.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_15.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_16.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_16.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_17.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_17.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_18.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_18.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_19.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_19.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_20.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_20.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_21.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_21.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_22.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_22.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_23.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_23.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_24.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_24.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_25.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_25.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_26.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_26.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_27.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_27.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_28.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_28.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_29.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_29.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_30.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_30.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_31.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_31.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_32.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_32.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_33.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_33.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_34.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_34.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_35.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_35.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_36.htmlhttp://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_36.html
Turma 188
INTRODUÇÃO 
HISTÓRICO 0 REFORMA DA CLT 
-Anos 70: 
-O custo das mortes e acidentes de trabalho superavam o custo da produção, elas tinham 
grande impacto nas contas públicas e particulares 
-Governo, sindicatos patronais e de trabalhadores entraram em um consenso 
-Tripartite: governo, empregador, empregado 
-Reforma da CLT: os arts.. 154 a 200 foram reescritos em 1977 
-“conforme ... do ministério do trabalho” – frase muito repetida nesses artigos 
-Criação da Portaria 3214 em 1978 
-Reforma da CLT: Não foi uma reforma de verdade – professor defendeu isso na RT1000 (revista dos 
tribunais número 1000), a Portaria 3214 de 1978, que é extremamente obsoleta, não foi modificada 
-Portaria 3214 de 1978 
-O risco de colocar a portaria 3214 de 1978 na CLT é o enrijecimento da mesma, porque a 
mudança da lei é mais difícil do que da portaria e isso seria um grande ônus, uma vez que 
novas descobertas científicas e etc. são feitas a cada dia e elas precisam ter respaldo em lei 
-Risco de desvincular a portaria 3214 de 1978 da lei é que ela pode ser modificada de 
qualquer forma 
-Hoje existe uma consulta pública para a mudança de portaria 
ORIGEM DA MATÉRIA 
-Um Italiano chamado Bernardo Ramazzini decidiu estudar as coincidências a 309 anos atrás. Ele 
começou a atender homens que estavam perdendo os dentes e percebeu que todos eles trabalhavam 
com ouro 
-Obras de Bernardo Ramazzini 
-Pelo estudo das coincidências - Bernardo Ramazzini 
-Das doenças dos Trabalhadores - Bernardo Ramazzini 
-Bernardo Ramazzini estudou afinco mais de 20 profissões e suas doenças 
-Os elementos cancerígenos e outras descobertas médicas recentes não estão presentes em 
sua obra 
-Curiosidade: Bernardo Ramazzini considerava o judaísmo como uma profissão, uma vez que muitos 
deles eram comerciantes com muitos filhos que moravam em ambientes pequenos e húmidos, 
geralmente em porões 
-Ele é considerado o fundador da matéria de saúde, higiene e segurança no trabalho 
-Bernardo Ramazzini provou que existe um nexo técnico epidemiológico entre certos trabalhos e 
doenças 
-Isso tem influencia direta na atualidade. Quando se sabe que certa doença é desenvolvida 
em decorrência de um trabalho, e isso está na tabela X, há o nexo técnico epidemiológico 
previdenciário, ou seja, não é preciso provar que a doença de um funcionário foi fruto direto 
do emprego para que ele “receba o benefício?” 
-Alice Hamilton foi pioneira neste mesmo sentido, mas nos EUA e somente no século XIX 
OIT 
-Site da OIT: www.ilo.org 
!3
http://www.ilo.org
Turma 188
-Labour standard, no menu: tem todas as convenções, recomendações, e etc. sobre direito do 
trabalho 
-A OIT é dividida em 20 secretarias 
 
-Em 1998 a OIT se perguntou: se na OMC são fixadas clausulas anti dumplin, por que não pode 
haver uma cláusula trabalhista que impeça que os países diminuam as qualidades do trabalho para 
ganhar concorrência no mercado? A OMC recusou a ideia e disse que não tem nada a ver com a 
matéria trabalhista. 
-Oito convenções principais: 
-N˚ 87: Freedom of Association and Protection of the Right to Organise Convention (1948) 
-Esta é a única convenção que o Brasil não ratificou 
-N˚ 98: Right to Organize and Collective Bargaining Convention (1949) 
-N˚ 29: Force Labour Convention (1930) 
-N˚ 105: Abolition of Forced Labour Convention (1957) 
-N˚ 138: Minimun Age Convention (1973) 
-N˚ 182: Worst Forms of Child Labour Convention (1999) 
-N˚ 100: Equal Remuneration Convention (1951) 
-N˚ 111: Discrimination (Employment and Occupation) Convention (1958) 
!4
Turma 188
NORMAS REGULAMENTADORAS 
NR 1: Disposições Gerais 
Esta é uma NR introdutória 
-De quem é a culpa pelo acidente? 
-1.7, b, I - REVOGADO: “1.7. Cabe ao empregador: b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e 
medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos: (101.002-6 / I1) I - 
prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho” 
-“Ato inseguro” -> Acidentes ocorrem por causa humana, por culpa do funcionário 

 Esta ideia é enganosa -> Acidentes são multifatoriais 
-A expressão “ato inseguro” começou a ser utilizada no sentido de prevenir acidentes que 
ocorram por culpa e descuido do próprio funcionário, por causa humana 
-Um funcionário que saiu correndo pela fábrica, escorregou em uma poça de óleo e 
se machucou não conseguiria nada, uma vez que a culpa seria dele. Isso não faz 
sentido algum. A causa de um acidente é multifatorial. A fábrica poderia ter colocado 
uma placa na mancha de óleo; o funcionário poderia estar correndo por conta de 
uma meta que precisava bater; outros funcionários poderiam já ter escorregado no 
óleo diversas vezes antes do acidente; e etc.. O processo produtivo, portanto, deve ser 
estudado com mais afinco do que o tombo em si, uma vez que, como já foi dito, a 
causa de um acidente é multifatorial 
-Em 2009, então, este item foi revogado. Em seu lugar foi escrito um novo item b 
-Focar na leitura dos 2 primeiros parágrafos: 
“1.1. As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de 
observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração 
direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam 
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 
1.1.1. As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR aplicam-se, no que couber, aos 
trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos 
representativos das respectivas categorias profissionais. 
1.2. A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as empresas do cumprimento 
de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou 
regulamentos sanitários dos estados ou municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos 
coletivos de trabalho.” 
NR 2: Inspeção Prévia 
Esta é uma NR dedicada a vistoria da planta 
Item 2.1. “Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar aprovação de 
suas instalações ao órgão regional do MTb.” 
-Estabelecimento não é só empresa nova, inclui também filiais 
Item 2.3: “A empresa poderá encaminhar ao órgão regional do MTb uma declaração das instalações 
do estabelecimento novo, conforme modelo anexo, que poderá ser aceita pelo referido órgão, para 
fins de fiscalização, quando não for possível realizar a inspeção prévia antes de o estabelecimento 
iniciar suas atividades.” 
-A vistoria, por conta da dificuldade de sua realização, foi substituída por uma autodeclaração que a 
própria empresa faz. A fiscalização, então, passou a ser feita por amostragem, por denúncia, e etc. 
-Belo Monte; Fibria?; e Hyundai de Piracicaba: Estas empresas fizeram a autodeclaração, 
descumpriram autodeclaração e, tardiamente, precisaram demolir certas instalações e 
reconstruí-las. Detalhe, em Belo Monte, os funcionários destruiram instalações em um dia de 
!5
Turma 188
fúria, colocando fogo em um alojamento que não tinha banheiros 
-Hoje o Brasil é marcado por maior punição do que prevenção 
-Existem pouquíssimos auditores fiscais do trabalho (3000 em todo o país; no Mato Grosso? 
existem 2 ou 3 auditores para todo o Estado) e, por outro lado, o número de juízes do 
trabalho cresce mais a cada dia (3500 em todo o país) 
-Vistoria da NR2 foi jogada fora e, ao mesmo tempo, a autodeclaração faz com que diversas 
instalações tenham que ser destruídas e reconstruídas 
-Deve ser encontrado um meio termo, por exemplo, delimitando a vistoria obrigatória para 
empresas que possuem mais de 1000 funcionários 
Item 2.4: “A empresa deverá comunicar e solicitar a aprovação do órgão regional do MTb, quando 
ocorrer modificações substanciais nas instalações e/ou nos equipamentos de seu(s) 
estabelecimento(s).” 
-Devem ser comunicadas as mudanças de risco 
Item 2.5: “É facultado às empresas submeter à apreciaçãoprévia do órgão regional do MTb os 
projetos de construção e respectivas instalações.” 
-O termo “facultativo” era antes “obrigatório” 
-(Hoje muitos órgãos de vistoria prévia fecharam) 
NR 2 original, de 1978 
-Item 1. “Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e 
aprovação das respectivas instalações (…)” 
-Hoje é facultativo 
-Item 1.1. “O Ministério do trabalho, poderá delegar à Fundação Centro Nacional de 
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO, mediante convênio, a 
realização de laudo e perícias com a finalidade de instruir pedidos de aprovação de 
instalações ou de projetos de construção” 
-Hoje isso não existe, a FUNDACENTRO até fechou seu “órgão” que realizava 
vistorias prévias 
NR 3: Embargo ou Interdição 
Esta é uma NR dedicada a vistoria da obra e de equipamentos 
Item 3.2: “A interdição importará na paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de 
serviço, máquina ou equipamento. (103.001-9 / I4)” 
-Vistoria de equipamentos 
-Interdição é, em geral, de máquina ou equipamento 
-Interdição pode ser de equipamento, máquina, setor ou, até da mesmo da fábrica inteira (se 
ela for feita de uma única máquina) 
-Existe uma ação específica de interdição 
Item 3.3: “O embargo importará na paralisação total ou parcial da obra. (103.002-7 / I4)” 
-Vistoria da obra 
-Embargo é, em geral, da obra 
Art. 114, Inciso VII, CF: “Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VII as ações 
relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das 
relações de trabalho”  
-Autuação era da Justiça Federal e passa a ser da Justiça do Trabalho 
NR 4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
!6
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_4.html
Turma 188
Trabalho 
Esta é a NR criadora do SESMT 
A NR 4 (médicos precisam informar sobre as doenças que estão se repetindo no ambiente de 
trabalho, por exemplo) e a NR 5 (tem que informar os técnicos de engenharia dos incidentes, por 
exemplo) devem atuar conjuntamente 
A SESMT é um órgão técnico formado de 1 a 5 profissionais 
-Dimensionamento dos SESMT 
-A tabela da NR 4 cruza o número de empregados com o grau de risco (de 1 a 4) e determina quais 
empresas precisam, obrigatoriamente, ter a presença de um médico, engenheiro, técnico de 
enfermagem, e etc. 
-* = pode contratar por meio período 
-A exigência de 3 ou mais técnicos serve para, principalmente, sempre haver um técnico durante os 
turnos da empresa (principalmente as que funcionam por 24 horas por dia) 
-Só passa a ser exigido um técnico em empresas de 50 funcionários quando há grau máximo de risco 
-Na NR 31 (Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura) todos estão no grau de risco 4 (não há tabela 
comparativa, somente o número de profissionais exigidos) 
Profissionais: (decorar os profissionais!) 
-Engenheiro com especialização em Segurança do Trabalho (nível superior) 
-Técnico de Segurança do Trabalho (técnico - ensino médio) 
-Médico do Trabalho (nível superior) 
-Enfermeiro do Trabalho (nível superior) 
-Técnico em Enfermagem do Trabalho (técnico - ensino médio) 
-Nenhum estabelecimento médico pode ter o auxiliar de enfermagem ser ter o enfermeiro. 
Isso não é verdade para o SESMT, que não é um estabelecimento de saúde, ele não pode 
ministrar remédios, fazer curativos, e etc. 
-Existia mais oferta de Técnico de Enfermagem (do Trabalho?) do que disponibilidade de 
profissionais desta especialidade - Esse cenário mudou hoje, não há uma oferta tão maior do 
que a disponibilidade 
-Técnico de enfermagem do Trabalho: Técnico de enfermagem de 2 anos + especialização 
-Obs.: Quando houver uma atualização da NR4, deverá ser exigido, também, o Psicólogo do 
Trabalho (trabalhadores bancários possuem uma série de problemas psicológicos; muitos chefes 
geram um ambiente de trabalho muito ruim, o que diminui a produtividade; e etc) e o Dentista do 
Trabalho (a inalação do vapor do manganês altera a cor da gengiva, deixando-a verde e, passados os 
anos, é responsável pela queda dos dentes) 
 
-O médico precisa, necessariamente, ser empregado. 
NR  5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA 
Esta é a NR criadora da CIPA 
A NR 4 (médicos precisam informar sobre as doenças que estão se repetindo no ambiente de 
trabalho, por exemplo) e a NR 5 (tem que informar os técnicos de engenharia dos incidentes, por 
exemplo) devem atuar conjuntamente 
-O que é a CIPA: 
“A comissão interna de prevenção de acidentes ou simplesmente CIPA, trata-se de uma comissão 
paritária constituída por representantes dos empregados (eleitos em escrutínio secreto) e dos 
!7
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_4.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_31.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_5.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_5.html
Turma 188
empregadores (designados pelo empregador), que atua na promoção à segurança e saúde dos 
trabalhadores. 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA é regulamentada pela norma regulamentadora 
nº 05, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 e atualizada pela Portaria SIT n.º 
247, de 12 de julho de 2011 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.” - <https://
b e t a e d u c a c a o . c o m . b r / o - q u e - e - c i p a ?
gclid=EAIaIQobChMIwt_15P_G4QIVUICRCh1jJQiUEAAYASAAEgLtdvD_BwE> 
-Mazelas: A CIPA, hoje, tem sido usada segundo interesses pessoais 
-A CIPA é ocupada pelos empregados mais populares e carismáticos (o artilheiro, o piadista e 
o churrasqueiro). Isso ocorre porque, muitas vezes, os empregados elegem o representante da 
CIPA através de um voto de protesto 
-A representação da CIPA é dual, representando os empregados e os empregadores 
-Eleição 
-Representante do empregado: reeleição anual 
-Representante do empregador: não há reeleição anual 
-Nomenclatura: 
-Presidente da CIPA: representante escolhido pelo empregador 
-Vice presidente da CIPA: representante elegido pelos empregados 
-Existem diferentes tipos de representantes: efetivo (ou titular) e suplente 
-CIPA não pode ser sindical e não é sindicalizável 
-Há uma rixa entre a CIPA e os sindicatos 
-A OIT é a favor de um duplo canal de comunicação, um sindical e outro não sindical 
equilíbrio 
-Empresas de 0 a 19 empregados não precisa de representante da CIPA 
-Empresas de 20 a 29 empregados, a depender do grau de risco, precisa de um representante da CIPA 
-Quando a tabela diz que é necessário um único representante da CIPA, ele se refere ao 
representante dos empregados, ou seja, onde a tabela diz que é necessário um único 
representante, são exigidos, na verdade, dois representantes, um dos empregados e outro dos 
empregadores 
NR  6 - Equipamento de Proteção Individual (EPI) 
NR dedicada aos EPIs 
-Equipamentos não são naturais, o uso dos EPIs é, muitas vezes, incômodo 
-Muitos EPIs são fabricados na Malásia (antes eram produzidos pela China) 
-EPIs possuem eficácia parcial, ela nunca é absoluta 
-EPIs são feitos por humanos e, portanto, nunca serão perfeitos e completamente eficazes 
-Os EPIs fornecem um limite de proteção voltado para uma maioria (os hipersensíveis 
precisariam de mais proteção) e com base nos conhecimentos atuais (pode-se descobrir, por 
exemplo, que o limite de ruído para a surdez é de 82 decibéis e não de 85, como se acredita 
hoje) 
-Os EPIs são ultima ratio. A eliminação da fonte lesiva deve ser prioridade. Infelizmente, no Brasil 
isso não ocorre 
-Exemplo: a redução dos ruídos produzidos por máquinas deve ter prioridade. O uso dos 
EPIs, de tampões de ouvido, deve ser uma opção apenas quando o controle da fonte lesiva 
não for possível 
-O item 6.3 determina quando podem ser fornecidos os EPIs: “A empresa é obrigada a fornecer aos 
empregados, gratuitamente, EPI adequadoao risco, em perfeito estado de conservação e 
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https://betaeducacao.com.br/o-que-e-cipa?gclid=EAIaIQobChMIwt_15P_G4QIVUICRCh1jJQiUEAAYASAAEgLtdvD_BwE
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_6.html
Turma 188
funcionamento, nas seguintes circunstâncias:” 
-a.: “sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os 
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; (206.002-7/I4)” 
-Insuficiência das medidas gerais 
-b.: “enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, 
(206.003-5 /I4)” 
-Período de transição 
-c.: “para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)” 
-Período de emergência 
-A NR 6 é fruto do art. 166, da CLT: “A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de 
conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa 
proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.” - Apenas quando as 
medidas gerais não bastarem, devem ser utilizadas as medidas individuais (EPIs) 
-Convenção 173 da OIT: específica de elementos químicos 
-Só devem ser fornecidos os EPIs se a empresa provar que não conseguiu trabalhar com o 
elemento químico “X” de outra maneira 
-Existe uma diversidade enorme de medidas gerais, por exemplo: Controle de ruído, alteração dos 
turnos, mudança de matéria prima, mudança da linha de produção, mudança de layout da fábrica, e 
etc. 
-Para alguns serviços nem as medidas gerais e nem as individuais bastam 
-Uma médica, falando sobre os cortadores de cana de açúcar, disse: “isso não é serviço de 
gente”. Em Ribeirão Preto o corte de cana por humanos foi proibida, não tanto por conta da 
saúde dos trabalhadores (que apresentam tendinites, morrem por exaustão, e etc), mas por 
conta de problemas ambientais de contaminação dos solos e dos ventos que estavam 
adoecendo a população em um raio de 500 km. Muitos dos ex cortadores de cana foram 
encaminhados a cursos profissionais, tornando-se cabeleireiros, marceneiros e etc., ou 
ingressaram em cursos de grau superior, ou regressaram a seus estados de origem 
-Em algumas profissões a medida geral da redução da jornada de trabalho, em si, já melhora as 
condições do trabalhador. Exemplos disso foram a limitação, a seis horas, da jornada de trabalho dos 
bancários, antigas telefonistas, aeroviários, trabalhadores do telemarketing, dos trabalhadores que são 
submetidos ao turno ininterrupto de revezamento e etc. 
-Obs.: a redução da jornada de trabalho dos trabalhadores do telemarketing deve muito ao 
Direito do Consumidor e não tanto ao Direito Trabalhista. Foi o Direito do Consumidor que 
exigiu, por exemplo, que o público não fosse incomodado pelo telemarketing aos domingos 
-Obs.: O turno ininterrupto de revezamento funciona da seguinte forma: na segunda feira o 
trabalho é realizado das 6:00 as 14:00; na terça feira das 14:00 as 18:00; na quarta das 18:00 
a 00:00; na quinta das 00:00 as 06:00, e etc 
-Trabalhos realizados com este tipo de turno são considerados, em escala mundial, 
penosos 
-A maioria desses trabalhos são braçais 
-O art. 333, do Novo CPC foi vetado, mas ele seria essencial na matéria de Direito do Trabalho, 
principalmente em questões de saúde do trabalhador, por esse ramo do Direito ser extremamente 
coletivo. Muitos trabalhadores não tem condição, coragem, ou instrução o suficiente para ingressar 
no Judiciário. No caso de um único empregado que entra na justiça por conta do atraso do 
pagamento de um benefício, o juiz poderia alcançar, com sua sentença, os demais empregados 
prejudicados 
-Constitui justa causa a recusa do funcionário de utilizar o EPI necessário 
-Lista de equipamentos da NR6: 
-Cabeça: capacete, capuz 
-Olhos e face: óculos, protetor facial 
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Turma 188
-Ouvido: protetor auditivo 
-Respiração: respirador purificador de ar não motorizado, e etc 
-Tronco: aventais, colete a prova de balas 
-Membros superiores: luvas, creme protetor para as mãos , manga, dedeira, braçadeira 
-Membros inferiores: Calçados, botas e meias 
-Corpo inteiro: macacão 
-contra queda: cinturão de segurança 
-Todo elemento que entra na lista de equipamentos da NR6 passa a ser obrigatório, por isso, existe 
um lobby extenso de produtores e exportadores de EPI na busca por ampliar essa lista. (Aprovação 
de novos equipamentos: a comissão é tripartite e é necessária a aprovação unanime) 
-Em se tratando dos eletricitários diversos itens foram acrescentados, recentemente, para que 
fossem evitadas as mortes por eletrocução 
-Colete a prova de balas: também foi aprovado a pouco tempo (isso é fruto da crescente 
violência do país) 
-Meia de compressão para trabalhadores que ficam de pé: recusa veemente da comissão. 
Existe uma regra que obriga os funcionários a se revezarem, podendo os trabalhadores sentar 
por algum tempo 
-Talas para que os funcionários digitem mais: recusa veemente da comissão. Mesmo caso da 
meia de compressão 
-Alguns queriam acrescentar a toca de higiene para proteger a comida. Houve recusa 
veemente da comissão, uma vez que esta NR é destinada a proteção dos trabalhadores e não 
da comida 
NR  7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) 
NR dedicada ao PCMSO 
-Esta NR exige uma bateria de exames periódicos, realizados bienalmente, a cada dois anos 
-Problema: no Brasil 60% dos empregados não experimentam contratos de trabalho que durem mais 
de 8 meses, ou seja, há uma rotatividade absurda que acaba com o PCMSO 
-Ônus da prova: um indivíduo pode processar uma empresa por ter adquirido uma surdez 
ocupacional. A empresa, entretanto, pode exigir que o indivíduo explicite seus empregos 
antigos. Como a rotatividade é alta, é difícil alegar que a surdez decorreu do emprego “X” ou 
“Y”. Um indivíduo pode, por exemplo, ter trabalhado em uma empresa com ruídos 
extremamente altos mas, anteriormente, ter sido trombonista em uma orquestra 
-Problema: as consultas são realizadas em pé e em menos de 15 min. - isso contraria as regras da 
OMS 
-Esta NR permite que se identifiquem os hipersensíveis 
-Exemplo: um exame de sangue, em alguns casos, permite saber se um empregado é mais 
sensível a um elemento químico cancerígeno “X” 
-Todos os exames precisarão (algumas empresas já precisam fazer isso hoje) ser digitalizados e ficar 
na plataforma E-social 
-Preocupação: privacidade do empregado, mau uso dos exames em processos de seleção, e 
etc. 
-Item 7.4.1.: “O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: a) 
admissional; b) periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional.” 
-c. quando volta de férias, de licença a maternidade - ninguém nunca faz 
-d. ninguém nunca faz 
-Item 7.4.2.1.: “Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros 
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http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_7.html
Turma 188
I e II desta NR, os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base 
nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos 
indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério 
do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante 
negociação coletiva de trabalho.” 
 -Sindicatos podem buscar diminuir o prazo, mas eles não exercem esse direito 
-7.4.3.2.: “no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo 
discriminados:
a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o 
desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam 
portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos:
a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo 
médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, comoresultado de negociação coletiva de 
trabalho; 
a.2) de acordo com à periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores 
expostos a condições hiperbáricas; 
b) para os demais trabalhadores:
b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade; 
b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de 
idade” 
-b.2.: Sindicatos podem buscar diminuir o prazo, mas eles não exercem esse direito 
-ASO: “ASO é uma sigla que corresponde a Atestado de Saúde Ocupacional. Esse atestado jurídico é 
obrigatório para empresas e para os colaboradores contratados por ela. Seu principal objetivo é 
atestar as condições físicas e mentais de cada funcionário.” - <https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/
voce-sabe-o-que-e-aso/> 
-Quadro 1: Materiais que exigem os exames mais frequentes 
NR  9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 
NR dedicada ao PPRA 
-Item 9.1.1.: “Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e 
implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como 
empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da 
saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e 
conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no 
ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
(109.001-1 / I2)” - Conceito de higiene ocupacional 
-Antecipação, reconhecimento, avaliação e controle 
-Alguns autores gostariam de acrescentar o termo “eliminação”. O art. 7, XXII, CF teve 
o mesmo debate e optou-se pelo termo “redução” e não “eliminação”) 
-O PPRA não possui estrutura física, não possui eleição e etc. Ele é um programa de engajamento, 
trabalha com cronogramas, também chamados de metas - professor não gosta desse termo - 
(exemplo: plaquinha de “estamos a 300 dias sem acidentes”) 
-O PPRA não pertence a CIPA 
-Problema: 90% das empresas compra um PPRA genérico pronto, por 200 reais, para ser utilizado 
em eventuais fiscalizações 
-Alento: muitas empresas fazem, voluntariamente, um PPRA bem elaborado porque, sem isso, 
elas não conseguem colocar seus produtos no mercado internacional 
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https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-aso/
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_9.html
Turma 188
-O PPRA é necessário mesmo em empresas onde não há riscos. Por exemplo: uma empresa que não 
possui ruídos deveria se comprometer a não adquirir produtos barulhentos 
-Item 9.3.5.1: “9.3.5.1. Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a 
minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das 
seguintes situações:
a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; (109.028-3 / I3)
b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde; (109.029-1 /I1)
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os 
valores dos limites previstos na NR 15 ou, na ausência destes, os valores limites de exposição 
ocupacional adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists-ACGIH, ou 
aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais 
rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos; (109.030-5 / I1)
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos 
observados na saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. 
(109.031-3 / I1).” 
-c.: aplicação subsidiária da ACGIH (A ABHO traduz as brochuras da ACGIH) 
-Termo “ausência”: o professor também defende a aplicação da ACGIH na 
obsolescência, inaplicação (da NR15?) 
-Não foi popularizado, pois daria muito poder aos juízes 
-Item 9.3.6.: “9.3.6. Do nível de ação.” (Nível de ação: funciona como um sinal amarelo) 
-Item 9.3.6.1: “9.3.6.1. Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do 
qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as 
exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir 
o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle 
médico.” 
NR 15 
A NR 15, que possui 14 anexos, é conhecida como a norma da insalubridade pelos trabalhadores. 
Ela é extremamente importante devido a recorrência de atividades insalubres (Caderno da Ka) 
Considerações iniciais 
Anexos: 
I. Ruído Contínuo 
I. Ruído de Impacto 
II. Calor 
III. Iluminação (anexo revogado) – do ponto de vista do conforto, então foi recolocada na NR 17. 
IV. Radiação Ionizante (cancerígenas de imediato) 
V. Pressão Subaquática (mergulhos em geral) 
VI. Radiação Não Ionizante (pode levar ao aparecimento de celular cancerígenas. Aquecem o local 
demasiadamente (micro-ondas) 
VII. Vibração (trabalhar com britadeira, por exemplo) 
VIII. Frio 
IX. Umidade (pessoas que têm contato com água contaminada – não é simplesmente se molhar) 
X. Elementos Químicos por Quantidade 
XI. Poeiras Tóxicas (manganês, amianto e sílica) 
XII. Elementos Químicos por Qualidade XIII.A. - Benzeno 
XIII. Biológicos (centro cirúrgico, necrotérios, bueiros, cemitério, estábulo...) 
Limite de tolerância: 
-Item 15.1.5: “Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou 
intensidade  máxima  ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, 
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Turma 188
que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.” - O conceito de limite de 
tolerância é ultrapassado (é extremista demais – “não causará danos à saúde”). 
-Limite de tolerância: presunção relativa, que vale para a maioria (só protege o homem médio), a luz 
dos conhecimentos presentes 
-Desconstrução do conceito de limite de tolerância: Limite de tolerância – o termo é incontroverso. 
Ex: radiação. Na prática não existe limite de tolerância, mas é a expressão usada pela norma.

-Solução encontrada pelos EUA: O limite correto é para a maioria é não para a totalidade das 
pessoas, pois algumas pessoas são predispostas a adquirirem tolerância por uma exposição a menos 
tempo que as demais, por exemplo. Uso dos termos “Acredita-se que” ou “presume-se” que o limite 
de intolerância oferece uma presunção relativa de estar sob controle quando estiver no limite de 
tolerância. 
-Como proteger a minoria? – NR 7 - O hipertensivo deve ser capturado a priori, por um exame de 
sangue, por exemplo. 
Grau mínimo, médio e máximo: 
-Quase todos os adicionais de insalubridade são por grau médio - ruído, calor, umidade e etc. (só há 
grau máximo nos ambientes com elementos químicos e biológicos?) 
-Diferença entre o grau mínimo, médio e máximo – o ideal é que não existisse essa diferença. 
Deveria ter o meio insalubre e salubre, apenas. 

-A lei do salário mínimo inventou esse critério de grau mínimo, médio e máximo. 
Bifurcação: 
-Quantitativo -> O que der para mensurar 
-Mensuráveis: Ruídos contínuos; Calor (por grau C); Radiação ionizante; Pressão; Vibração; 
Químicos quantitativos 
-Qualitativo -> O que não for possível mensurar, vai ter um parecer médico – (corre o risco de ter 
subjetivismo dos laudos e o custo que muitas empresas não vão pagar, devido esse risco) 
-Não mensuráveis: Ruído de impacto; Frio (o perito visita o local de trabalho e fala se é frio 
o bastante para o desconforto e a insalubridade dos trabalhadores ou não); Radiação não 
ionizável; Umidade; Químicos qualitativos (fósforo, chumbo…); Biológicos (contato com 
bactérias) 
Adicional de insalubridade: 
-As empresas, por usos e costumes, estabeleceram o adicional de insalubridade – o que é um 
absurdo -. Vale ressaltar que nenhum dos anexos tem determinação de quantidade de adicional de 
insalubridade que as empresas devem pagar, com exceçãoao último anexo (biológicos), que tem a 
quantia regulada 

-E se houver dois tipos de insalubridade no local de trabalho? Não há cumulação de adicionais de 
insalubridade no Brasil. A CLT impede a cumulação de adicional de insalubridade com o adicional 
de periculosidade - a decisão da aplicação não é científica -. Geralmente, os trabalhadores optam 
pela periculosidade, porque o adicional é maior. 
Nanotecnologia 
-Problema – anexo XI – fragmentação dos elementos químicos - nano tecnologia (um milhão de 
frações) e pico (um trilhão de frações) – o anexo é antigo, então não tem controle sob o 
comportamento dos agentes químicos na sua forma fragmentada. 
Anexo 1: Ruído contínuo 
-PAIRO: Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional (vulgo surdez ocupacional) 
-Patamar aceitável: 85 decibéis (a maioria da população não desenvolverá PAIRO se for submetida a 
ruídos de até 85 decibéis) - este patamar está de acordo com o patamar científico internacional 
(ACGIH e ABHO preveem esse patamar) 
-Abaixo de 85 decibéis não há direito a nenhum adicional 
-Desprezível para fins de surdez: abaixo de 80 decibéis 
-110 decibéis: estoura os tímpanos 
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Turma 188
-O Brasil considera que cada 5 decibéis a mais a pressão dobra sobre a têmpora - este patamar não 
está de acordo com o patamar científico internacional, que considera uma taxa de incremento da 
dose de 3 decibéis 
-Quando máquinas produzem um ruído de 90 decibéis, apesar de todas as medidas de ordem geral, 
de proteção coletiva e uso de EPIs, há uma consequente diminuição da jornada de trabalho - como a 
cada 5 decibéis a pressão sobre a têmpora dobra, há uma redução logarítmica da jornada de 
trabalho com o aumento do ruído. Portanto, com o aumento de 5 decibéis a jornada de trabalho 
diminui pela metade 
-85 decibéis: jornada de 8 horas 
-90 decibéis: jornada de 4 horas 
-Nas demais 4 horas o funcionário não é dispensado, mas deve trabalhar em outro 
ambiente 
-95 decibéis: jornada de 2 horas 
-100 decibéis: jornada de 1 hora 
-Outros países utilizam uma taxa de incremento da dose de 3 decibéis 
-85 decibéis: jornada de 8 horas 
-88 decibéis: jornada de 4 horas 
-91 decibéis: jornada de 2 horas 
-94 decibéis: jornada de 1 hora 
-97 decibéis: jornada de 30 minutos 
-100 decibéis: jornada de 15 minutos 
-A taxa de incremento da dose de 3 decibéis, com boa vontade, poderia ser aplicada no Brasil, por 
exemplo, por conta da previsão na NR9 de que é possível haver aplicação da ACGIH. Por que, então, 
isso não ocorre? Porque entende-se que as NRs, apesar de serem obsoletas, não são omissas 
-Formas de distribuição de jornada: 
(obs.: o exemplo da tabela pressupõe que as máquinas estejam em ambientes separados ou que, 
enquanto uma estiver ligada, as outras estejam desligadas) 
(obs.: não só máquinas, mas obras, ferramentas e pessoas também são consideradas fontes de ruído) 
-A surdez ocupacional está entre os três maiores agravos … , causas de afastamento de trabalhadores, 
e etc. 
-Um protetor de ouvido barato reduz 1 decibel, enquanto os caros reduzem até 3 decibéis 
-Aeroviários (quem trabalha em pistas de aviões, por exemplo), necessariamente, terão PAIRO após 
os 50 anos de idade. Nem o uso dos melhores EPIs, jornada de 6 horas (limitada desde 1962), 
Uma máquina de 85 decibéis Uma máquina de 90 decibéis e 
outra máquina de 95 decibéis
Uma máquina de 85 decibéis, 
uma máquina de 90 decibéis, 
uma máquina de 95 decibéis e 
outra máquina de 100 decibéis
Jornada cumprida (numerador): 
8h 
Jornada prescrita (denominador): 
8h 
__________________________ 
8/8 = 1 (apenas valores maiores 
do que 1 garantiriam o adicional 
de insalubridade, mas se a conta 
der 0,5 já é preciso que a 
empresa tome medidas para 
impedir que o ruído aumente)
Jornada cumprida (numeradores) 
Jornadas prescritas 
(denominadores): 4h para a 
máquina de 90 decibéis e 2h para 
a máquina de 95 decibéis 
__________________________ 
2/4 + 1/2 = 1 
ou 
3/4 + 0,5/2 = 1 
ou 
…
Jornada cumprida (numeradores) 
Jornadas prescritas 
(denominadores): 8h para a 
máquina de 85 decibéis; 4h para 
a máquina de 90 decibéis; 2h 
para a máquina de 95 decibéis; e 
1 hora para a máquina de 100 
decibéis 
__________________________ 
2/8 + 1/4 + 0,5/2 + 0,25/1 = 1 
ou 
…
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Turma 188
aposentadoria especial (se a aposentadoria for recolhida e a empresa não falir), e revezamento entre 
funcionários impedem isso 
-Aeroviários (trabalham no solo) V. Aeronauta (trabalham no céu) 
-Quota de pessoas com deficiência 
-Muitas empresas completam a quota de pessoas com deficiência apenas contratando pessoas 
com surdez, pois assim elas não precisam, por exemplo, alterar banheiros e realizar rampas 
de acesso para cadeirantes 
-Existem casos de algumas empresas que, por possuírem máquinas que produzem ruídos de 
mais de 85 decibéis, contratam apenas pessoas com surdez (dessa forma elas já preenchem a 
quota de deficientes e, ao mesmo tempo, não submetem pessoas com a audição normal a um 
ruído desse porte) 
-Algumas empresas questionam se elas não teriam o direito de preencher a quota de 
deficientes contratando pessoas que adquiriram a surdez por terem trabalhado nesta 
mesma empresa no passado 
-Art. 60, CLT: “Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros 
mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser 
incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão 
ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do 
trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos 
métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias 
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. 
Parágrafo único.  Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho 
por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.” 
-Não pode haver hora extra em ambiente insalubre 
-Não existem normas vinculantes no Brasil que tratem sobre a surdez decorrente de outros elementos 
que não o ruído, por exemplo, o mercúrio leva a surdez (previsão na NHO) 
-Dosimetro: mede o ruído 
-Trabalhadores que têm dois empregos: não há solução 
Anexo 2: Ruído de impacto 
-Exemplo de causa de ruído de impacto: bate estaca 
-Para que haja ruído de impacto é necessário que: 
-A pancada tenha duração menor do que de 1 segundo e, além disso, o tempo entre uma 
pancada e outra seja maior do que 1 segundo, se não é ruído contínuo 
-Quantas pancadas são necessárias? Fica a mercê da perícia, não há limitação pela NR 
-A pancada deve afetar um entorno de “X” metros? Fica a mercê da perícia, não há limitação 
pela NR 
-Entre uma ligação e outra algumas empresas de telemarketing implantam uma buzina, para que o 
trabalhador se mantenha acordado - isso se enquadra, para muitos peritos, como ruído de impacto 
Anexo 8: Vibrações 
-Há dois anos atrás houve uma reformulação da NR8, que determinou como deve ser feita a 
mensuração das vibrações 
-Motoristas de ônibus: Em São Paulo, na década de 80, o motor de ônibus ficava na dianteira e o 
banco do motorista ficava exatamente em cima do motor. Após passar 8 horas por dia sofrendo as 
vibrações do motor, os motoristas de ônibus, nas melhores das hipóteses, desenvolviam hérnias de 
disco - obs.: nas cidades do interior isso ainda acontece 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art1
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Anexo 3: Calor 
-Quadro N˚ 3: TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE 
-A temperatura é um fato relativo e, por conta disso, medir a temperatura não é suficiente. A 
penosidade do trabalho influencia o impacto do calor, por exemplo, um indivíduo que carrega sacas 
sob uma temperatura de 30C, sofre muito mais do que indivíduo que trabalha sentado sob a mesma 
temperatura. Por conta disso, a NR 15, anexo 3, divide os trabalhos entre leves,moderados e 
pesados 
-Quadro N˚ 1 
-Aqui, além da divisão entre trabalho leve, moderado e pesado, também divide-se o trabalho entre 
contínuo e descontínuo 
-“Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de 
descanso em outro local (local de descanso). 
1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, 
com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.” 
-Obs.: descanso, referido no quadro N˚ 1, equivale a(crase) repouso térmico, ou seja, o 
trabalhador deve ser tirar daquela fonte ou alterar o grupo muscular 
-O ideal seria que o trabalhador, além disso, tivesse alternância do ambiente e função 
Trabalho leve Trabalho moderado Trabalho pesado 
Sentado, movimentos moderados 
com braços e tronco (ex.: 
datilografia). - 125 Kcal/h
Sentado, movimentos vigorosos 
com braços e pernas. - 180 Kcal/h
Trabalho intermitente de levantar, 
empurrar ou arrastar pesos (ex.: 
remoção com pá). - 440 Kcal/h
Sentado, movimentos moderados 
com braços e pernas (ex.: dirigir). 
- 150 Kcal/h
De pé, trabalho leve em máquina 
ou bancada, com alguma 
movimentação. - 175 Kcal/h
Trabalho fatigante - 550 Kcal/h
De pé, trabalho leve, em máquina 
ou bancada, principalmente com 
os braços. - 150 Kcal/h
De pé, trabalho moderado em 
máquina ou bancada, com 
alguma movimentação. - 220 
Kcal/h
Em movimento, trabalho 
moderado de levantar ou 
empurrar. - 300 Kcal/h
Regime de Trabalho 
Intermitente com 
Descanso no Próprio 
Local 
de Trabalho (por hora)
Atividade leve Atividade moderada Atividade pesada 
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho 
15 minutos descanso
30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
30 minutos trabalho 
30 minutos descanso
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
15 minutos trabalho 
45 minutos descanso
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
Não é permitido o 
trabalho sem a adoção 
de medidas adequadas 
de controle
acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
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Turma 188
-“1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do ‘Índice de Bulbo Úmido Termômetro de 
Globo’ - IBUTG 
2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, 
termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum.(115.007-3/ I4) 
3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do 
corpo mais atingida. (115.008-1/I4)” 
-Havia um grande estigma em se medir a temperatura fruto do sol, pois acreditava-se que, por 
conta de o Brasil se tratar de um país tropical, todo o ambiente seria considerado insalubre. 
Isso acabou levando a uma falta de proteção do trabalhador que trabalha em ambiente 
aberto, havia proteção apenas a trabalhadores que trabalham em grandes fornalhas, por 
exemplo. Hoje, felizmente, houve uma mudança e, portanto, o sol passou a ser um fator 
considerável. Tal mudança foi decorrente da palestra de um físico, feita em Campinas 
-O termômetro de bulbo úmido natural é usado para a mensuração da temperatura externa 
-A mensuração deve ser feita pela parte do corpo que é primeiramente afetada pelo calor 
-Outros anexos e NRs também abordam, em certa medida, problemas sobre o calor, sendo elas: 
anexos 5 (radiação ionizante) e 7 (radiação não ionizante) da NR 15; e NR 21, conhecida como “céu 
aberto”. 
-NR 21, 21.2: “Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a 
insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes.” 
-Quando um trabalhador for reivindicar seus direitos, ele deve utilizar-se do sol como fonte de 
desconforto. Ainda há uma discussão acerca do potencial cancerígeno do sol. Como não há um 
consenso, esse fator ainda não implica em proteção legal - verificar esse item 
-Carteiros, jardineiros e cortadores de cana 
-Cortadores de cana: 
-Foram registradas 10 mortes por exaustão no corte da cana no ano X 
-Os trabalhadores conseguiam adicional de insalubridade por conta da umidade e 
não do calor, pois o sol não era um fator considerável. O fator da umidade se dava 
porque a cana exige irrigação intensa, feita várias vezes ao dia, por um caminhão 
pipa, que acabava por molhar os trabalhadores 
-Essa profissão foi extinta, não diretamente por conta da penalidade do trabalho, mas 
principalmente por problemas de meio ambiente e aumento dos gastos do SUS 
-Carteiros 
-O protetor solar pode ser considerado um EPI? Não, o protetor solar está para o 
carteiro assim como a meia de compressão está para o trabalhador que trabalha em 
pé. Um carteiro não deve trabalhar ao meio dia, deve haver revezamento entre os 
trabalhadores, e etc.. O protetor solar somente perpetuaria a exposição do carteiro ao 
sol, sendo que existem medidas administrativas e trabalhistas que são eficientes 
-Houve uma ação civil pública nos EUA para a proibição da distribuição do protetor 
solar pelos correios. Desejava-se que fossem tomadas medidas trabalhistas e 
administrativas 
-O protetor solar é responsável por dificultar a absorção do cálcio e das proteínas do 
sol e facilitar a entrada de bactérias 
-Curiosidade: o correio brasileiro fornece protetor solar 
-O anexo 3 está prestes a ser alterado pela FUNDACENTRO, que pretende colocar em vigência 
integralmente a NHO que trata sobre o calor 
Anexo 9: Frio 
-Anos 70: falta de pesquisa sobre os impactos do frio na saúde do trabalhador 
-Item 1: “As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que 
apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, 
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Turma 188
serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.” 
-Problema: Não há limitação da temperatura mínima para que se considere um ambiente frio 
-Existem juízes que já determinaram que um ambiente de 20C era considerado frio para fins 
legais 
-Entre os trabalhos semelhantes aos de frigorífero, podemos citar: Supermercado, açougue, padaria, 
repositores e abastecedores de câmaras 
-Art. 253, caput, CLT: “Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para 
os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 
(uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) 
minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.” 
-Trabalhadores de carga e descarga de congelados tem direito a 20 min de descanso a cada 
100 min de trabalho 
-A mudança brusca de temperatura é fator de insalubridade 
-Quem estoca remédios ou chocolates, trabalha em tesouraria de bancos e hemocentros, e 
etc. são submetidos a mudança brusca de temperatura 
-Não há limitação da temperatura 
-Proteção adequada: jaqueta 
Anexos 5 (radiação ionizante) e 7 (radiação não ionizante) 
-O assunto desses anexos não são muito estudados, pois são poucas as empresas que trabalham com 
elementos radioativos e, as que utilizam-se de tais fontes, são fiscalizadas internacionalmente 
-Deve-se seguir o que a CNEN propuser 
-Depois de 40 anos sem processos de radiação, diversos advogados, especialmente em Belo 
Horizonte, passaram a reivindicar o adicional de insalubridade para os trabalhadores de aeroportos 
que trabalhavam com equipamento de raio X. Foi, então, feita uma grande investigação e descobriu-
se que 2/3 dos equipamentos de raio X dos aeroportos são falsos e que o 1/3 que funcionava não 
possuía radiação o suficiente para se enquadrar na norma. Todos os trabalhadores perderam suas 
causas 
Anexos 11, 12, 13 e 13-A: Elementos químicos 
Temas de cada anexo 
-Anexo 11: elementos químicos quantitativos 
-Anexo 13: elementos químicos qualitativos 
-Devia ser provisório, conforme a evolução dos conhecimentos, os elementos deveriam ser 
elevados ao anexo 11 
-Anexo 12: poeira de sílica, manganês e amianto 
-Anexo 13-A: benzeno 
-Nanotecnologia: Há, hoje, uma nova química, que permite que o comportamento dos elementosquímicos seja alterado através da fragmentação. A nanotecnologia é a responsável por que essa 
fragmentação, quebra ocorra de forma proposital. Tal fragmentação é feita na bilionesimal e tem 
comportamento quântico, imprevisível. Deve, portanto, haver um estudo sobre o impacto do fruto 
dessa quebra no organismo humano 
-Nanotecnologia no passado 
-As catedrais antigas ainda possuem os vitrais limpos pois, naquela época, descobriu-
se que o ouro, quando moído diversas e diversas e diversas vezes, serve para a 
manutenção da limpeza e refrigeração de ambientes 
-Curiosidade 
-Ouro fragmentado fica azul 
Anexo 11 
-Item 3: “Todos os valores fixados no Quadro no 1 como "Asfixiantes Simples" determinam que nos 
ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá 
ser 18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver 
abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.” 
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Turma 188
-Asfixiante simples 
-Não mata se inalado 
-18% de oxigênio 
Anexo 11 
-O “+” ao lado dos elementos químicos, indica que há duplo risco, seja por inalação ou contato com 
a pele 
Anexo 13 
-Lição de casa: ler, pelo menos, 5 dos elementos do nosso dia a dia (acetona, mercúrio, etanol, e etc) 
-Leitura da aula: 
-Fósforo 
-Não fala quantidade mínima (1% de fósforo em um produto já é cancerígeno) 
-Alcança os trabalhadores rurais que jogam agrotóxicos nas plantas 
-Casos similares (alcança mais trabalhadores, o rol é exemplificativo) 
Anexo 13 
-A fabricação de cartas de baralho, véu e tafetá, bagaço de cana, cimento e óleo mineral é 
prejudicial a(crase) saúde - há insalubridade 
-Óleo mineral: 
-“Insalubridade de grau máximo: (…) Manipulação de alcatrão, breu, betume, 
antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias 
cancerígenas afins.” 
-É utilizado em solventes 
-É o mais letal 
-É cancerígeno quando entra em contato com a pele (deve ser utilizado um creme 
protetor ou luvas) 
-Cimento 
 -“Insalubridade de grau mínimo: Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases 
de grande exposição a poeiras. 
Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de enxofre ou sulfitos em 
geral, em sacos ou a granel.” 
-Muito agressivo (não é possível verificar a diferença entre a pele de alguém que 
trabalha com cimento e a pele de um jacaré) 
-Como a norma falou em fabricação e transporte, os pedreiros foram excluídos 
-Seria ideal estar presente o termo “e trabalhos similares” 
-Anexo 12 
-As poeiras de sílica e manganês entram diretamente no alvéolo, por isso a extração deve ser feita 
com muita águe e etc.. 
-Existem algumas ONGs que buscam o banimento de certas pedras ornamentais no ambiente 
residencial, por conta da saúde dos trabalhadores que as extraem e dos impactos ambientais 
-Amianto 
-Não há limite de segurança 
-No interior de São Paulo houveram decisões que “interditaram ou proibiram?” o minha casa 
minha vida até que houvesse a substituição do uso de telhas de amianto (eles previam o uso 
de tais telhas para a redução dos custos dos materiais) 
-Interior de Goiás: a economia depende do amianto 
Anexo 13-A 
-“O presente Anexo tem como objetivo regulamentar ações, atribuições e procedimentos de 
prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, visando à proteção da saúde do trabalhador, visto 
tratar-se de um produto comprovadamente cancerígeno.” 
-Colocar o item que fala do potencial cancerígeno 
-Existe um PPRA exclusivo do benzeno (EOB) 
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Turma 188
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas (Periculosidade) 
-O trabalho com atividades e operações perigosas implica na necessidade do empregador assegurar 
os limites de segurança (alterar ou restringir os agentes periculosos) e, não sendo isso possível, pagar 
o adicional de periculosidade 
-O perigo, nessa NR, deve ser de um risco exacerbado que gere morte instantânea ou graves 
acidentes 
-A palavra perigo é muito genérica e, por conta disso, a NR16 foi ampliada, deturpada, alterada sem 
seguir um padrão certo. Inicialmente, em 1978, a NR contava apenas com os explosivos e os 
inflamáveis, mas com o passar do tempo foram incluídos: o eletricitário (1985); radiação (1987); o 
vigilante (2012); e o motociclista (2014) 
-Alguns juristas propõe que a palavra “periculosidade” seja substituída por “agente periculoso”, pois 
a lista de trabalhos perigosos é imensa. A inclusão do eletricitário, do vigilante, e etc., não seguiram 
um critério técnico, o vigilante entra na NR16 e o trabalhador de um zoológico não, apenas porque o 
primeiro fez lobbying no momento certo e o segundo não - isso implica que o eletricitário pode 
receber o adicional de periculosidade e o trabalhador do zoológico não 
Eletricitário (1985) 
-Em 1985 os eletricitários se uniram e foram para Brasília para protestar contra suas péssimas 
condições de trabalho e alta taxa de mortalidade. Foi então que passou a ser aplicado o adicional de 
periculosidade aos eletricitários 
-A base de cálculo do adicional do eletricitário era diferente da utilizada pela CLT. A base da CLT era 
menor, o adicional incidia sobre o salário, descontados os prêmios, a participação nos lucros e 
resultados e as gratificações, enquanto a base de cálculo do eletricitário recaia sobre globalidade 
salarial (só não entravam vale transporte e indenizações). Assim, mesmo a previsão de ambos os 
adicionais sendo de 30%, o adicional do eletricitário era maior 
-O adicional passou a ser pago apenas a eletricitários que trabalhassem em sistemas elétricos de 
potência. Tais sistemas incluíam apenas os trabalhadores que exercessem função na geração, 
transmissão e distribuição de energia 
-Surgiu então a discussão acerca do grande consumidor de energia, que compra energia do mercado 
em estado puro, em alta voltagem, e a distribui no seu próprio estabelecimento através de uma 
cabine primária. Em tais empresas os trabalhadores que trabalhem com a energia passaram a ser 
considerados eletricitários 
-O adicional continuou a ser pago apenas a eletricitários que trabalhassem em sistemas elétricos de 
potência. Tais sistemas, no entanto, passaram a incluir também o consumidor de alta voltagem, 
aquele que faz sua própria distribuição 
-Em 2012, então, a lei dos eletricistas foi revogada, com a desculpa de que seria feita uma nova lei 
mais benéfica. No entanto, durante um ano e meio não houve lei nenhuma e, portanto, não havia o 
benefício. Nesse período de um ano e meio, no entanto, continuou valendo o adicional de 
periculosidade por direito adquirido 
-A nova lei, entretanto, não foi mais benéfica como prometido. A base de cálculo do adicional 
passou a ser a mesma que a utilizada pela CLT 
Radiologistas (1987) 
-A radiação ionizante está prevista na NR15, que dispõe acerca da insalubridade. Por que, então a 
radiação entrou na NR 16? Um dos fatores foi o acidente com césio, que foi descartado 
incorretamente em um estado brasileiro. O então presidente Sarney, frente a isso, decidiu que 
aqueles que trabalhassem com radiação ganhariam mais e, por isso, eles foram deslocados da NR15 
para a NR16, para receberem o adicional de periculosidade (a portaria que fez essa alteração já foi 
alterada diversas vezes, ora a radiação é periculosidade e ora insalubridade) 
-Radiologistas, trabalhadores de Angra, e etc. entram na NR16 
Vigilante (2012) 
-Lei 7102/83: lei do vigilante 
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http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_16.html
Turma 188
-Só é vigilante o indivíduo que preenche os seguintes requisitos: 
-21 anos, alfabetizado 
-Porte de arma branca ou de fogo 
-Curso preparatório de 90 dias 
-Cadastro na polícia federal (obs.: 8000 agência de vigilância são registradas e 16000 são 
clandestinas) 
-Art. 193, § 3º, CLT: “São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da 
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou 
métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposiçãopermanente do 
trabalhador a: § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza 
eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.” 
-O vigilante, antigamente, recebia o adicional de risco de vida, que hoje foi substituído pelo 
adicional de periculosidade 
-Hoje em dia muitos porteiros (controladores de acesso) conseguem provar que realizavam o serviço 
de vigilância ostensiva e, portanto, enquadram-se no art. 193, da CLT e na NR16 
-Crítica: não há medidas preventivas para a periculosidade 
Motociclista (2014) 
-Como reduzir a periculosidade do trabalho de um motoboy? Reduzindo a jornada; alterando a 
forma de pagamento - não adoção do critério de produtividade (esse é o ponto mais importante) -; e 
etc.. Essa mesma lógica funciona para outros trabalhos perigosos. Vale ressaltar que o adicional não 
reduz a periculosidade 
-Só é moto, para fins de periculosidade, o veículo motorizado, que exige CNH e é utilizado para o 
trabalho 
-Art. 193, § 4o, CLT: “São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da 
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou 
métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do 
trabalhador a: § 4o   São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em 
motocicleta.” -  o trabalho do motociclista é perigoso 
-Crítica: não há medidas preventivas para a periculosidade 
Explosivos e Inflamáveis 
-Exemplos: 
-Explosivos: pólvora - menos comum no nosso dia a dia 
-Inflamáveis: álcool, tíner, querosene - mais comum no nosso dia a dia 
-Considera-se risco controlado: 
-Líquidos: Até 200 L (saber esse número) 
-Gases e sólidos: 135 kg (saber esse número) 
-Na conta do peso da substância ignora-se o peso de sua embalagem, também não é considerado o 
volume de combustível, o tanque (saber), utilizado no veículo que transporta os explosivos ou 
inflamáveis (o perigo de acidentes ocorre no período do abastecimento, os veículos têm mecanismos 
que impedem explosões) e, além disso, não se computam as embalagens lacradas (saber), desde que 
a ABNT assegure que a embalagem X não tenha risco de vazamentos (há um limite da quantidade de 
embalagens lacradas, mas ele é bem generoso) 
Posto de gasolina 
-Segue normas próprias 
-Tem PPRA próprio 
-Deve haver uma distância de 7,5m (saber esse número) entre a bomba e a mangueira de 
abastecimento esticada ao máximo. Essa distância consiste no ponto mais perigoso do posto 
NR 17 - Ergonomia 
Relevância 
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Turma 188
-Telemarketing e supermercados: campeões de acidentes de trabalho (tendinite e coisas do gênero 
são acidentes!) 
Histórico 
-A ergonomia, em um primeiro momento, era relacionada ao conforto do mobiliário (cadeiras e etc.). 
Ocorre que, na França, foi desenvolvido um estudo que propunha que a ergonomia se preocupasse 
não só com o mobiliário, mas também com a harmonia do ambiente de trabalho como um todo. De 
nada adianta um mobiliário confortável se o superior hierárquico é despreparado (não é qualificado 
ou assedia e mal trata os trabalhadores); se o trabalho prescrito (o trabalho, a função acordada no 
contrato) e o trabalho real (o trabalho na prática) são completamente distintos; se o ambiente de 
trabalho é extremamente estressante e competitivo; e etc. 
-Por conta desse histórico, é bom em dissertações esclarecer que se refere a(crase) 
“concepção francesa de ergonomia”, caso contrário o leitor pode entender que se escreve 
apenas em relação ao conforto mobiliário 
-A terminologia “trabalho prescrito” e “trabalho real” é importante 
Descanso e sociabilidade no período de trabalho 
-O “cafezinho” é importante, até mesmo, para a troca de ideias importantes entre os funcionários 
-O tempo que um trabalhador gasta para descansar no período de trabalho aumenta a produtividade 
e não a diminui 
-Trabalho desrealizador, desefetivador: com a desefetivação da humanidade a dignidade humana, a 
sociabilidade, a criatividade, e etc. são reduzidas. A falta de contato com outros humanos e a falta de 
descanso são extremamente custosos para o trabalhador 
Trabalho descente 
-O trabalho descente consiste em um trabalho realizador e efetivador do trabalhador, um trabalho 
não degradante. É preciso que seja garantido um mínimo de seguridade social; de diálogo social 
(liberdade sindical, negociação coletiva, e etc.); e de respeito as(crase) convenções fundamentais 
(oito convenções que envolvem a não discriminação de gênero, etnia e origem; salário mínimo; e 
jornada de trabalho) 
-É melhor que não se crie uma vaga de emprego que não garanta um trabalho descente 
Matérias conexas 
-Ruído 
-Certos trabalhos não suportam um ruído alto, mesmo que ele esteja dentro do padrão 
previsto na NR 15. Dentre esses trabalhos, podemos citar o trabalho intelectual; de manuseio 
de material perfuro cortante; e de alta precisão 
-Ruído na NR 17: Conforto do ambiente para a boa produtividade - não dá direito ao 
adicional de insalubridade 
-Iluminação 
-Iluminação na NR 17: Conforto do ambiente para a boa produtividade - não dá direito ao 
adicional de insalubridade 
-Ventania 
-Ventania na NR 17: Conforto do ambiente para a boa produtividade - não dá direito ao 
adicional de insalubridade 
Texto da NR 17 
-O texto da NR 17 é curto, contando apenas com alguns parágrafos. Os anexos, no entanto, são 
volumosos 
Digitador 
-Nos anos 90 foi acrescentado um parágrafo para o digitador na NR 17. Por isso não se fala em anexo 
do digitador, pois esse tema está englobado no texto da NR 17 em si 
-Hoje em o emprego do digitador é obsoleto, já existem scanners e etc., que realizam sua função 
-Para um indivíduo ser considerado como um digitador, ele deve exercer a função de lançamento 
ininterrupto de dados 
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Turma 188
-Não é permitido o contrato por toque. O contrato deve ser feito por trabalho hora ou mensalmente 
-Não é permitido exigir do trabalhador mais do que 2 toques por segundo, ou seja, 120 toques por 
minuto, ou seja, 8000 toques por hora (toque não se confunde com número de caracteres na tela!) 
-Intervalo do digitador pelo período de uma hora: 10 min de intervalo para 50 min de lançamento de 
dados 
-Distinção - Art 72, CLT: “Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, 
escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo 
corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de 
trabalho.” - Serviços repetitivos (é genérico - abarca vários trabalhadores - e o tempo de 
intervalo é menor que o do digitador) 
-Intervalo: 10 min de intervalo para 90 min de trabalho 
-Trabalho repetitivo: trabalho cujo ciclo se repete a cada 30 segundos ou trabalho que 
use o mesmo grupo de músculos 
-O limite para o lançamento ininterrupto de dados é de 5 horas (nas demais 3 horas o trabalhador 
deve exercer outra função) 
Anexo 1: telemarketing 
-Além de todas as mazelas dos digitadores (problemas de punho, mãos e costas; e etc.), os 
trabalhadores de telemarketing ainda são acometidos por infecções urinárias (bebem mais água por 
muito falar e não podem usar o banheiro); problemas psiquiátricos (xingamentos dos consumidores; 
pressão dos chefes; metas inacessíveis; desefetivação da humanidade; e etc.); e etc. 
-Os problemas de saúde dos trabalhadores de telemarketing aumentam muito o custo privado; da 
seguridade; hospitalar; e o custo humano 
-Curiosidade: A catarata, um transtorno ocular típico da terceira idade, hoje já começou a acometer 
indivíduos de 40 anos. Esse cenário é comum no contexto dos trabalhadores que lidavam com o PJE 
(Processo Judicial Eletrônico) 
-Redução de jornada de 8 horas para 6 horas 
-Essa foi a primeira redução feita por portaria 
-Existe um intervalo próprio dos trabalhadores de telemarketing, que afastou a regra geral da CLT 
-Não há intervalo na primeira e na última hora da jornada, pois isso seria uma desculpa para 
o trabalhador chegar mais tarde ou irembora mais cedo 
-São previstas 3 pausas: de 10 min, 20 min e 10 min, durante as 4 horas que se aplicam os 
intervalos 
-Pausa 10: o empregado escolhe o horário 
-Pausa 20: geralmente é o empregador que escolhe o horário 
-Não se pode falar em intervalo de 40 minutos! Deve ser seguida a ordem posta acima 
-Antes de começar a hora extra o homem e a mulher devem realizar um intervalo de 15 min 
-Antiga problemática da CLT: Somente mulheres tinham uma pausa obrigatória de 15 
min antes de fazer horas extras (art. 384, CLT) 
-Art. revogado com a Reforma trabalhista 
-Empresas que tinham muitas horas extras acabavam não contratando 
mulheres 
-Mulheres que faziam horas extras iam embora mais tarde que os homens que 
também faziam horas extras 
-Pausa extraordinária pós xingamento, feita fora do ambiente de trabalho, em uma sala de 
descompressão 
-O telemarketing é um trabalho perverso 
-“Trabalho perverso” = Trabalho penoso realizado em ambiente insalubre e perigoso (origem 
no termo “Hazardous labor”) 
-Telemarketing ativo (quem vende produtos) e receptivo (quem faz cadastros e responde dúvidas) 
-Proibição do uso do banheiro: reclamação recordista no telemarketing 
-Os funcionários, por falarem o dia inteiro, ingerem mais água 
-Os empregadores alegam que os intervalos já deveriam ser suficientes para o uso do 
banheiro e, portanto, os empregados não poderiam utilizar o banheiro fora dos períodos de 
pausa 
-Diversas empresas foram condenadas, devendo indenizar os empregados por danos morais 
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Turma 188
-O empregado deve apenas comunicar que está no banheiro, ele não deve ter que pedir 
licença ou permissão para ir ao banheiro, ou ir ao banheiro apenas nos intervalos e período 
de almoço 
-Existe um botão que o empregado aperta para comunicar que está no banheiro ou 
em um intervalo 
-Mobiliário: 
-Mesas devem ter 3 níveis de regulação de altura. As cadeiras também devem ter 3 níveis de 
regulação para as costas e braços e, por fim, também deve haver regulação em três níveis da 
tela 
-Cadeira com rodas 
-Fone de ouvido “headset” (permite que o empregado alterne o ouvido que utiliza para 
escutar), com espuma e regulagem de som 
Anexo 2: operador de supermercado 
-Os supermercados, nos anos 90, eram recordistas de afastamento - isso porque nessa época não 
havia tanta oferta de vagas para o telemarketing 
-Motivos do adoecimento: não existência esteira rolante e códigos de barras. Antigamente um fator 
de adoecimento era o uso da bobina da máquina de imprimir, utilizada para a impressão de notas 
fiscais (esse equipamento já foi extinto) 
-Se o supermercado tiver condições, deve utilizar os códigos de barra, se isso não for possível deve 
adotar as esteiras e, caso isso também não for possível, deve contratar empacotadores ou induzir os 
consumidores a empacotar suas próprias mercadorias 
-Um mercado novo que não preencha esses requisitos não pode sequer ser aberto 
-Não houve redução de jornada e nem criação de intervalos 
-Mobiliário: 
-As cadeiras também devem ter 3 níveis de regulação para as costas, braços e altura e 
também deve haver regulação em três níveis da tela 
-Cadeira com rodas 
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Turma 188
PROVAS 
-Sem consulta a legislação seca e a quaisquer anotações 
-As questões não foram copiadas na íntegra, mas escritas a partir do que nos recordávamos após o 
término da prova 
PROVA PARCIAL 
1) Por que Bernardo Ramazzini pode ser considerado como fundador da matéria de saúde e 
segurança do trabalho? 
2) Qual a natureza normativa das Normas Reguladoras (NRs)? 
3) Discorra sobre o termo “atos inseguros”. 
4) Por que a NR2 tornou-se obsoleta? 
5) Qual a diferença entre embargo e interdição? 
6) Quais profissionais podem ser exigidos pelo SESMT? 
7) Quais as diferenças entre SESMT e CIPA? 
8) Por que não foi aprovado a inclusão da meia de compressão como EPI? 
9) Quando é admitido o uso dos EPIs? 
10) Qual a natureza do PCMSO? 
PROVA FINAL 
1) Escreva sobre pelo menos duas medidas tomadas pelo legislador para reduzir a penalidade do 
trabalho dos operadores de telemarketing e de caixas de supermercado. 
2) Qual é o objeto da ergonomia? 
3) Qual foi o tema do dia do trabalho da OIT? 
4) Escreva sobre como a luminosidade foi tratada pela legislação ao longo dos anos. 
5) Explique o que é o nível de ação no PPRA. 
6) Explique por que o calor é considerado um fator quantitativo e o frio um fator qualitativo. 
7) Elementos químicos são tratados como qualitativos ou quantitativos pelas normas 
regulamentadoras? Dê exemplos. 
8) Explique o que diferencia o ruído de impacto do ruído contínuo. 
9) Disserte criticamente sobre o limite de tolerância. 

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Turma 188
10) Quais são as fontes de periculosidade? 
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