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Turma 188 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO (DTB0535) Prof. Homero Batista Mateus da Silva – 88 VT INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO Bibliografia: I. Moodle II. Comprar a Portaria 3214/78 (pode comprar em sebo) III. Site TRT II tem as NRs (ler no trtsp.jus.br -> bases jurídicas -> CLT dinâmica -> normas regulamentadoras) IV. Curso do Direito do Trabalho Aplicado – Volume 3 – Homero Batista Mateus da Silva (ler porque é um resumo da aula) Instituições: I. FUNDACENTRO II. ABHO (Higienistas) III. ACGIH (Meio que a FUNDACENTRO Americana privado. Suas pesquisas influenciam até a OIT) IV. NIOSHI (Meio que a FUNDACENTRO Americana pública) Terminologia: I. NR (Norma Regulamentadora) - São vinculantes (portaria) -A portaria 3214/78 é dividida em 28 NRs (exemplo: conduites – NR 10) -Era prevista uma atualização bienal, que nunca foi feita nesses 40 anos II. NHO (Norma de Higiene Ocupacional) - Não são vinculantes (não são portaria ou decreto ou etc.) -Apesar de não ter força jurídica, elas são úteis por preencherem lacunas ou contornarem a falta de atualização das NRs -Não aparecem em processos trabalhistas, pois não garantem direito nenhum (adicional de insalubridade, e etc.) III. Abcenteísmo (trabalhador falta) IV. Presenteísmo (trabalhador vai trabalhar doente) V. Tripartismo: Estado, empregado e empregador Sites: I. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional II. www.ilo.org (OIT) III. fundacentro.gov.br IV. ABHO !1 http://trtsp.jus.br http://www.ilo.org http://fundacentro.gov.br Turma 188 PORTARIA 3214/78 - ÍNDICE Só estudaremos até a NR 28 NR 1 - Disposições Gerais NR 2 - Inspeção Prévia NR 3 - Embargo ou Interdição NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA NR 6 - Equipamento de Proteção Individual NR 7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional NR 8 - Edificações NR 9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR 12 - Máquinas e Equipamentos NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão NR 14 - Fornos NR 15 - Atividades e Operações Insalubres NR 16 - Atividades e Operações Perigosas NR 17 - Ergonomia NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR 19 - Explosivos NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis NR 21 - Trabalho a Céu Aberto NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração NR 23 - Proteção Contra Incêndios NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR 25 - Resíduos Industriais NR 26 - Sinalização de Segurança NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB - REVOGADA NR 28 - Fiscalização e Penalidades NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e Desmonte Naval NR 35 - Trabalho em Altura NR 36 - Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados !2 http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_1.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_1.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_2.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_2.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_3.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_3.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_4.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_4.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_5.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_5.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_6.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_6.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_7.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_7.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_8.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_8.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_9.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_9.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_10.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_10.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_11.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_11.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_12.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_12.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_13.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_13.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_14.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_14.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_15.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_15.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_16.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_16.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_17.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_17.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_18.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_18.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_19.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_19.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_20.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_20.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_21.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_21.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_22.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_22.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_23.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_23.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_24.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_24.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_25.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_25.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_26.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_26.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_27.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_27.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_28.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_28.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_29.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_29.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_30.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_30.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_31.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_31.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_32.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_32.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_33.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_33.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_34.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_34.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_35.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_35.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_36.htmlhttp://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_36.html Turma 188 INTRODUÇÃO HISTÓRICO 0 REFORMA DA CLT -Anos 70: -O custo das mortes e acidentes de trabalho superavam o custo da produção, elas tinham grande impacto nas contas públicas e particulares -Governo, sindicatos patronais e de trabalhadores entraram em um consenso -Tripartite: governo, empregador, empregado -Reforma da CLT: os arts.. 154 a 200 foram reescritos em 1977 -“conforme ... do ministério do trabalho” – frase muito repetida nesses artigos -Criação da Portaria 3214 em 1978 -Reforma da CLT: Não foi uma reforma de verdade – professor defendeu isso na RT1000 (revista dos tribunais número 1000), a Portaria 3214 de 1978, que é extremamente obsoleta, não foi modificada -Portaria 3214 de 1978 -O risco de colocar a portaria 3214 de 1978 na CLT é o enrijecimento da mesma, porque a mudança da lei é mais difícil do que da portaria e isso seria um grande ônus, uma vez que novas descobertas científicas e etc. são feitas a cada dia e elas precisam ter respaldo em lei -Risco de desvincular a portaria 3214 de 1978 da lei é que ela pode ser modificada de qualquer forma -Hoje existe uma consulta pública para a mudança de portaria ORIGEM DA MATÉRIA -Um Italiano chamado Bernardo Ramazzini decidiu estudar as coincidências a 309 anos atrás. Ele começou a atender homens que estavam perdendo os dentes e percebeu que todos eles trabalhavam com ouro -Obras de Bernardo Ramazzini -Pelo estudo das coincidências - Bernardo Ramazzini -Das doenças dos Trabalhadores - Bernardo Ramazzini -Bernardo Ramazzini estudou afinco mais de 20 profissões e suas doenças -Os elementos cancerígenos e outras descobertas médicas recentes não estão presentes em sua obra -Curiosidade: Bernardo Ramazzini considerava o judaísmo como uma profissão, uma vez que muitos deles eram comerciantes com muitos filhos que moravam em ambientes pequenos e húmidos, geralmente em porões -Ele é considerado o fundador da matéria de saúde, higiene e segurança no trabalho -Bernardo Ramazzini provou que existe um nexo técnico epidemiológico entre certos trabalhos e doenças -Isso tem influencia direta na atualidade. Quando se sabe que certa doença é desenvolvida em decorrência de um trabalho, e isso está na tabela X, há o nexo técnico epidemiológico previdenciário, ou seja, não é preciso provar que a doença de um funcionário foi fruto direto do emprego para que ele “receba o benefício?” -Alice Hamilton foi pioneira neste mesmo sentido, mas nos EUA e somente no século XIX OIT -Site da OIT: www.ilo.org !3 http://www.ilo.org Turma 188 -Labour standard, no menu: tem todas as convenções, recomendações, e etc. sobre direito do trabalho -A OIT é dividida em 20 secretarias -Em 1998 a OIT se perguntou: se na OMC são fixadas clausulas anti dumplin, por que não pode haver uma cláusula trabalhista que impeça que os países diminuam as qualidades do trabalho para ganhar concorrência no mercado? A OMC recusou a ideia e disse que não tem nada a ver com a matéria trabalhista. -Oito convenções principais: -N˚ 87: Freedom of Association and Protection of the Right to Organise Convention (1948) -Esta é a única convenção que o Brasil não ratificou -N˚ 98: Right to Organize and Collective Bargaining Convention (1949) -N˚ 29: Force Labour Convention (1930) -N˚ 105: Abolition of Forced Labour Convention (1957) -N˚ 138: Minimun Age Convention (1973) -N˚ 182: Worst Forms of Child Labour Convention (1999) -N˚ 100: Equal Remuneration Convention (1951) -N˚ 111: Discrimination (Employment and Occupation) Convention (1958) !4 Turma 188 NORMAS REGULAMENTADORAS NR 1: Disposições Gerais Esta é uma NR introdutória -De quem é a culpa pelo acidente? -1.7, b, I - REVOGADO: “1.7. Cabe ao empregador: b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos: (101.002-6 / I1) I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho” -“Ato inseguro” -> Acidentes ocorrem por causa humana, por culpa do funcionário Esta ideia é enganosa -> Acidentes são multifatoriais -A expressão “ato inseguro” começou a ser utilizada no sentido de prevenir acidentes que ocorram por culpa e descuido do próprio funcionário, por causa humana -Um funcionário que saiu correndo pela fábrica, escorregou em uma poça de óleo e se machucou não conseguiria nada, uma vez que a culpa seria dele. Isso não faz sentido algum. A causa de um acidente é multifatorial. A fábrica poderia ter colocado uma placa na mancha de óleo; o funcionário poderia estar correndo por conta de uma meta que precisava bater; outros funcionários poderiam já ter escorregado no óleo diversas vezes antes do acidente; e etc.. O processo produtivo, portanto, deve ser estudado com mais afinco do que o tombo em si, uma vez que, como já foi dito, a causa de um acidente é multifatorial -Em 2009, então, este item foi revogado. Em seu lugar foi escrito um novo item b -Focar na leitura dos 2 primeiros parágrafos: “1.1. As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 1.1.1. As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais. 1.2. A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho.” NR 2: Inspeção Prévia Esta é uma NR dedicada a vistoria da planta Item 2.1. “Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do MTb.” -Estabelecimento não é só empresa nova, inclui também filiais Item 2.3: “A empresa poderá encaminhar ao órgão regional do MTb uma declaração das instalações do estabelecimento novo, conforme modelo anexo, que poderá ser aceita pelo referido órgão, para fins de fiscalização, quando não for possível realizar a inspeção prévia antes de o estabelecimento iniciar suas atividades.” -A vistoria, por conta da dificuldade de sua realização, foi substituída por uma autodeclaração que a própria empresa faz. A fiscalização, então, passou a ser feita por amostragem, por denúncia, e etc. -Belo Monte; Fibria?; e Hyundai de Piracicaba: Estas empresas fizeram a autodeclaração, descumpriram autodeclaração e, tardiamente, precisaram demolir certas instalações e reconstruí-las. Detalhe, em Belo Monte, os funcionários destruiram instalações em um dia de !5 Turma 188 fúria, colocando fogo em um alojamento que não tinha banheiros -Hoje o Brasil é marcado por maior punição do que prevenção -Existem pouquíssimos auditores fiscais do trabalho (3000 em todo o país; no Mato Grosso? existem 2 ou 3 auditores para todo o Estado) e, por outro lado, o número de juízes do trabalho cresce mais a cada dia (3500 em todo o país) -Vistoria da NR2 foi jogada fora e, ao mesmo tempo, a autodeclaração faz com que diversas instalações tenham que ser destruídas e reconstruídas -Deve ser encontrado um meio termo, por exemplo, delimitando a vistoria obrigatória para empresas que possuem mais de 1000 funcionários Item 2.4: “A empresa deverá comunicar e solicitar a aprovação do órgão regional do MTb, quando ocorrer modificações substanciais nas instalações e/ou nos equipamentos de seu(s) estabelecimento(s).” -Devem ser comunicadas as mudanças de risco Item 2.5: “É facultado às empresas submeter à apreciaçãoprévia do órgão regional do MTb os projetos de construção e respectivas instalações.” -O termo “facultativo” era antes “obrigatório” -(Hoje muitos órgãos de vistoria prévia fecharam) NR 2 original, de 1978 -Item 1. “Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das respectivas instalações (…)” -Hoje é facultativo -Item 1.1. “O Ministério do trabalho, poderá delegar à Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO, mediante convênio, a realização de laudo e perícias com a finalidade de instruir pedidos de aprovação de instalações ou de projetos de construção” -Hoje isso não existe, a FUNDACENTRO até fechou seu “órgão” que realizava vistorias prévias NR 3: Embargo ou Interdição Esta é uma NR dedicada a vistoria da obra e de equipamentos Item 3.2: “A interdição importará na paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento. (103.001-9 / I4)” -Vistoria de equipamentos -Interdição é, em geral, de máquina ou equipamento -Interdição pode ser de equipamento, máquina, setor ou, até da mesmo da fábrica inteira (se ela for feita de uma única máquina) -Existe uma ação específica de interdição Item 3.3: “O embargo importará na paralisação total ou parcial da obra. (103.002-7 / I4)” -Vistoria da obra -Embargo é, em geral, da obra Art. 114, Inciso VII, CF: “Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho” -Autuação era da Justiça Federal e passa a ser da Justiça do Trabalho NR 4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do !6 http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_4.html Turma 188 Trabalho Esta é a NR criadora do SESMT A NR 4 (médicos precisam informar sobre as doenças que estão se repetindo no ambiente de trabalho, por exemplo) e a NR 5 (tem que informar os técnicos de engenharia dos incidentes, por exemplo) devem atuar conjuntamente A SESMT é um órgão técnico formado de 1 a 5 profissionais -Dimensionamento dos SESMT -A tabela da NR 4 cruza o número de empregados com o grau de risco (de 1 a 4) e determina quais empresas precisam, obrigatoriamente, ter a presença de um médico, engenheiro, técnico de enfermagem, e etc. -* = pode contratar por meio período -A exigência de 3 ou mais técnicos serve para, principalmente, sempre haver um técnico durante os turnos da empresa (principalmente as que funcionam por 24 horas por dia) -Só passa a ser exigido um técnico em empresas de 50 funcionários quando há grau máximo de risco -Na NR 31 (Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura) todos estão no grau de risco 4 (não há tabela comparativa, somente o número de profissionais exigidos) Profissionais: (decorar os profissionais!) -Engenheiro com especialização em Segurança do Trabalho (nível superior) -Técnico de Segurança do Trabalho (técnico - ensino médio) -Médico do Trabalho (nível superior) -Enfermeiro do Trabalho (nível superior) -Técnico em Enfermagem do Trabalho (técnico - ensino médio) -Nenhum estabelecimento médico pode ter o auxiliar de enfermagem ser ter o enfermeiro. Isso não é verdade para o SESMT, que não é um estabelecimento de saúde, ele não pode ministrar remédios, fazer curativos, e etc. -Existia mais oferta de Técnico de Enfermagem (do Trabalho?) do que disponibilidade de profissionais desta especialidade - Esse cenário mudou hoje, não há uma oferta tão maior do que a disponibilidade -Técnico de enfermagem do Trabalho: Técnico de enfermagem de 2 anos + especialização -Obs.: Quando houver uma atualização da NR4, deverá ser exigido, também, o Psicólogo do Trabalho (trabalhadores bancários possuem uma série de problemas psicológicos; muitos chefes geram um ambiente de trabalho muito ruim, o que diminui a produtividade; e etc) e o Dentista do Trabalho (a inalação do vapor do manganês altera a cor da gengiva, deixando-a verde e, passados os anos, é responsável pela queda dos dentes) -O médico precisa, necessariamente, ser empregado. NR 5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA Esta é a NR criadora da CIPA A NR 4 (médicos precisam informar sobre as doenças que estão se repetindo no ambiente de trabalho, por exemplo) e a NR 5 (tem que informar os técnicos de engenharia dos incidentes, por exemplo) devem atuar conjuntamente -O que é a CIPA: “A comissão interna de prevenção de acidentes ou simplesmente CIPA, trata-se de uma comissão paritária constituída por representantes dos empregados (eleitos em escrutínio secreto) e dos !7 http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_4.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_31.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_5.html http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_5.html Turma 188 empregadores (designados pelo empregador), que atua na promoção à segurança e saúde dos trabalhadores. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA é regulamentada pela norma regulamentadora nº 05, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 e atualizada pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.” - <https:// b e t a e d u c a c a o . c o m . b r / o - q u e - e - c i p a ? gclid=EAIaIQobChMIwt_15P_G4QIVUICRCh1jJQiUEAAYASAAEgLtdvD_BwE> -Mazelas: A CIPA, hoje, tem sido usada segundo interesses pessoais -A CIPA é ocupada pelos empregados mais populares e carismáticos (o artilheiro, o piadista e o churrasqueiro). Isso ocorre porque, muitas vezes, os empregados elegem o representante da CIPA através de um voto de protesto -A representação da CIPA é dual, representando os empregados e os empregadores -Eleição -Representante do empregado: reeleição anual -Representante do empregador: não há reeleição anual -Nomenclatura: -Presidente da CIPA: representante escolhido pelo empregador -Vice presidente da CIPA: representante elegido pelos empregados -Existem diferentes tipos de representantes: efetivo (ou titular) e suplente -CIPA não pode ser sindical e não é sindicalizável -Há uma rixa entre a CIPA e os sindicatos -A OIT é a favor de um duplo canal de comunicação, um sindical e outro não sindical equilíbrio -Empresas de 0 a 19 empregados não precisa de representante da CIPA -Empresas de 20 a 29 empregados, a depender do grau de risco, precisa de um representante da CIPA -Quando a tabela diz que é necessário um único representante da CIPA, ele se refere ao representante dos empregados, ou seja, onde a tabela diz que é necessário um único representante, são exigidos, na verdade, dois representantes, um dos empregados e outro dos empregadores NR 6 - Equipamento de Proteção Individual (EPI) NR dedicada aos EPIs -Equipamentos não são naturais, o uso dos EPIs é, muitas vezes, incômodo -Muitos EPIs são fabricados na Malásia (antes eram produzidos pela China) -EPIs possuem eficácia parcial, ela nunca é absoluta -EPIs são feitos por humanos e, portanto, nunca serão perfeitos e completamente eficazes -Os EPIs fornecem um limite de proteção voltado para uma maioria (os hipersensíveis precisariam de mais proteção) e com base nos conhecimentos atuais (pode-se descobrir, por exemplo, que o limite de ruído para a surdez é de 82 decibéis e não de 85, como se acredita hoje) -Os EPIs são ultima ratio. A eliminação da fonte lesiva deve ser prioridade. Infelizmente, no Brasil isso não ocorre -Exemplo: a redução dos ruídos produzidos por máquinas deve ter prioridade. O uso dos EPIs, de tampões de ouvido, deve ser uma opção apenas quando o controle da fonte lesiva não for possível -O item 6.3 determina quando podem ser fornecidos os EPIs: “A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequadoao risco, em perfeito estado de conservação e !8 https://betaeducacao.com.br/o-que-e-cipa?gclid=EAIaIQobChMIwt_15P_G4QIVUICRCh1jJQiUEAAYASAAEgLtdvD_BwE http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_6.html Turma 188 funcionamento, nas seguintes circunstâncias:” -a.: “sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; (206.002-7/I4)” -Insuficiência das medidas gerais -b.: “enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, (206.003-5 /I4)” -Período de transição -c.: “para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)” -Período de emergência -A NR 6 é fruto do art. 166, da CLT: “A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.” - Apenas quando as medidas gerais não bastarem, devem ser utilizadas as medidas individuais (EPIs) -Convenção 173 da OIT: específica de elementos químicos -Só devem ser fornecidos os EPIs se a empresa provar que não conseguiu trabalhar com o elemento químico “X” de outra maneira -Existe uma diversidade enorme de medidas gerais, por exemplo: Controle de ruído, alteração dos turnos, mudança de matéria prima, mudança da linha de produção, mudança de layout da fábrica, e etc. -Para alguns serviços nem as medidas gerais e nem as individuais bastam -Uma médica, falando sobre os cortadores de cana de açúcar, disse: “isso não é serviço de gente”. Em Ribeirão Preto o corte de cana por humanos foi proibida, não tanto por conta da saúde dos trabalhadores (que apresentam tendinites, morrem por exaustão, e etc), mas por conta de problemas ambientais de contaminação dos solos e dos ventos que estavam adoecendo a população em um raio de 500 km. Muitos dos ex cortadores de cana foram encaminhados a cursos profissionais, tornando-se cabeleireiros, marceneiros e etc., ou ingressaram em cursos de grau superior, ou regressaram a seus estados de origem -Em algumas profissões a medida geral da redução da jornada de trabalho, em si, já melhora as condições do trabalhador. Exemplos disso foram a limitação, a seis horas, da jornada de trabalho dos bancários, antigas telefonistas, aeroviários, trabalhadores do telemarketing, dos trabalhadores que são submetidos ao turno ininterrupto de revezamento e etc. -Obs.: a redução da jornada de trabalho dos trabalhadores do telemarketing deve muito ao Direito do Consumidor e não tanto ao Direito Trabalhista. Foi o Direito do Consumidor que exigiu, por exemplo, que o público não fosse incomodado pelo telemarketing aos domingos -Obs.: O turno ininterrupto de revezamento funciona da seguinte forma: na segunda feira o trabalho é realizado das 6:00 as 14:00; na terça feira das 14:00 as 18:00; na quarta das 18:00 a 00:00; na quinta das 00:00 as 06:00, e etc -Trabalhos realizados com este tipo de turno são considerados, em escala mundial, penosos -A maioria desses trabalhos são braçais -O art. 333, do Novo CPC foi vetado, mas ele seria essencial na matéria de Direito do Trabalho, principalmente em questões de saúde do trabalhador, por esse ramo do Direito ser extremamente coletivo. Muitos trabalhadores não tem condição, coragem, ou instrução o suficiente para ingressar no Judiciário. No caso de um único empregado que entra na justiça por conta do atraso do pagamento de um benefício, o juiz poderia alcançar, com sua sentença, os demais empregados prejudicados -Constitui justa causa a recusa do funcionário de utilizar o EPI necessário -Lista de equipamentos da NR6: -Cabeça: capacete, capuz -Olhos e face: óculos, protetor facial !9 Turma 188 -Ouvido: protetor auditivo -Respiração: respirador purificador de ar não motorizado, e etc -Tronco: aventais, colete a prova de balas -Membros superiores: luvas, creme protetor para as mãos , manga, dedeira, braçadeira -Membros inferiores: Calçados, botas e meias -Corpo inteiro: macacão -contra queda: cinturão de segurança -Todo elemento que entra na lista de equipamentos da NR6 passa a ser obrigatório, por isso, existe um lobby extenso de produtores e exportadores de EPI na busca por ampliar essa lista. (Aprovação de novos equipamentos: a comissão é tripartite e é necessária a aprovação unanime) -Em se tratando dos eletricitários diversos itens foram acrescentados, recentemente, para que fossem evitadas as mortes por eletrocução -Colete a prova de balas: também foi aprovado a pouco tempo (isso é fruto da crescente violência do país) -Meia de compressão para trabalhadores que ficam de pé: recusa veemente da comissão. Existe uma regra que obriga os funcionários a se revezarem, podendo os trabalhadores sentar por algum tempo -Talas para que os funcionários digitem mais: recusa veemente da comissão. Mesmo caso da meia de compressão -Alguns queriam acrescentar a toca de higiene para proteger a comida. Houve recusa veemente da comissão, uma vez que esta NR é destinada a proteção dos trabalhadores e não da comida NR 7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) NR dedicada ao PCMSO -Esta NR exige uma bateria de exames periódicos, realizados bienalmente, a cada dois anos -Problema: no Brasil 60% dos empregados não experimentam contratos de trabalho que durem mais de 8 meses, ou seja, há uma rotatividade absurda que acaba com o PCMSO -Ônus da prova: um indivíduo pode processar uma empresa por ter adquirido uma surdez ocupacional. A empresa, entretanto, pode exigir que o indivíduo explicite seus empregos antigos. Como a rotatividade é alta, é difícil alegar que a surdez decorreu do emprego “X” ou “Y”. Um indivíduo pode, por exemplo, ter trabalhado em uma empresa com ruídos extremamente altos mas, anteriormente, ter sido trombonista em uma orquestra -Problema: as consultas são realizadas em pé e em menos de 15 min. - isso contraria as regras da OMS -Esta NR permite que se identifiquem os hipersensíveis -Exemplo: um exame de sangue, em alguns casos, permite saber se um empregado é mais sensível a um elemento químico cancerígeno “X” -Todos os exames precisarão (algumas empresas já precisam fazer isso hoje) ser digitalizados e ficar na plataforma E-social -Preocupação: privacidade do empregado, mau uso dos exames em processos de seleção, e etc. -Item 7.4.1.: “O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: a) admissional; b) periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional.” -c. quando volta de férias, de licença a maternidade - ninguém nunca faz -d. ninguém nunca faz -Item 7.4.2.1.: “Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros !10 http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_7.html Turma 188 I e II desta NR, os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho.” -Sindicatos podem buscar diminuir o prazo, mas eles não exercem esse direito -7.4.3.2.: “no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados: a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, comoresultado de negociação coletiva de trabalho; a.2) de acordo com à periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas; b) para os demais trabalhadores: b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade; b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade” -b.2.: Sindicatos podem buscar diminuir o prazo, mas eles não exercem esse direito -ASO: “ASO é uma sigla que corresponde a Atestado de Saúde Ocupacional. Esse atestado jurídico é obrigatório para empresas e para os colaboradores contratados por ela. Seu principal objetivo é atestar as condições físicas e mentais de cada funcionário.” - <https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/ voce-sabe-o-que-e-aso/> -Quadro 1: Materiais que exigem os exames mais frequentes NR 9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) NR dedicada ao PPRA -Item 9.1.1.: “Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. (109.001-1 / I2)” - Conceito de higiene ocupacional -Antecipação, reconhecimento, avaliação e controle -Alguns autores gostariam de acrescentar o termo “eliminação”. O art. 7, XXII, CF teve o mesmo debate e optou-se pelo termo “redução” e não “eliminação”) -O PPRA não possui estrutura física, não possui eleição e etc. Ele é um programa de engajamento, trabalha com cronogramas, também chamados de metas - professor não gosta desse termo - (exemplo: plaquinha de “estamos a 300 dias sem acidentes”) -O PPRA não pertence a CIPA -Problema: 90% das empresas compra um PPRA genérico pronto, por 200 reais, para ser utilizado em eventuais fiscalizações -Alento: muitas empresas fazem, voluntariamente, um PPRA bem elaborado porque, sem isso, elas não conseguem colocar seus produtos no mercado internacional !11 https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-aso/ http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_9.html Turma 188 -O PPRA é necessário mesmo em empresas onde não há riscos. Por exemplo: uma empresa que não possui ruídos deveria se comprometer a não adquirir produtos barulhentos -Item 9.3.5.1: “9.3.5.1. Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações: a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; (109.028-3 / I3) b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde; (109.029-1 /I1) c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR 15 ou, na ausência destes, os valores limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists-ACGIH, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos; (109.030-5 / I1) d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. (109.031-3 / I1).” -c.: aplicação subsidiária da ACGIH (A ABHO traduz as brochuras da ACGIH) -Termo “ausência”: o professor também defende a aplicação da ACGIH na obsolescência, inaplicação (da NR15?) -Não foi popularizado, pois daria muito poder aos juízes -Item 9.3.6.: “9.3.6. Do nível de ação.” (Nível de ação: funciona como um sinal amarelo) -Item 9.3.6.1: “9.3.6.1. Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico.” NR 15 A NR 15, que possui 14 anexos, é conhecida como a norma da insalubridade pelos trabalhadores. Ela é extremamente importante devido a recorrência de atividades insalubres (Caderno da Ka) Considerações iniciais Anexos: I. Ruído Contínuo I. Ruído de Impacto II. Calor III. Iluminação (anexo revogado) – do ponto de vista do conforto, então foi recolocada na NR 17. IV. Radiação Ionizante (cancerígenas de imediato) V. Pressão Subaquática (mergulhos em geral) VI. Radiação Não Ionizante (pode levar ao aparecimento de celular cancerígenas. Aquecem o local demasiadamente (micro-ondas) VII. Vibração (trabalhar com britadeira, por exemplo) VIII. Frio IX. Umidade (pessoas que têm contato com água contaminada – não é simplesmente se molhar) X. Elementos Químicos por Quantidade XI. Poeiras Tóxicas (manganês, amianto e sílica) XII. Elementos Químicos por Qualidade XIII.A. - Benzeno XIII. Biológicos (centro cirúrgico, necrotérios, bueiros, cemitério, estábulo...) Limite de tolerância: -Item 15.1.5: “Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, !12 Turma 188 que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.” - O conceito de limite de tolerância é ultrapassado (é extremista demais – “não causará danos à saúde”). -Limite de tolerância: presunção relativa, que vale para a maioria (só protege o homem médio), a luz dos conhecimentos presentes -Desconstrução do conceito de limite de tolerância: Limite de tolerância – o termo é incontroverso. Ex: radiação. Na prática não existe limite de tolerância, mas é a expressão usada pela norma. -Solução encontrada pelos EUA: O limite correto é para a maioria é não para a totalidade das pessoas, pois algumas pessoas são predispostas a adquirirem tolerância por uma exposição a menos tempo que as demais, por exemplo. Uso dos termos “Acredita-se que” ou “presume-se” que o limite de intolerância oferece uma presunção relativa de estar sob controle quando estiver no limite de tolerância. -Como proteger a minoria? – NR 7 - O hipertensivo deve ser capturado a priori, por um exame de sangue, por exemplo. Grau mínimo, médio e máximo: -Quase todos os adicionais de insalubridade são por grau médio - ruído, calor, umidade e etc. (só há grau máximo nos ambientes com elementos químicos e biológicos?) -Diferença entre o grau mínimo, médio e máximo – o ideal é que não existisse essa diferença. Deveria ter o meio insalubre e salubre, apenas. -A lei do salário mínimo inventou esse critério de grau mínimo, médio e máximo. Bifurcação: -Quantitativo -> O que der para mensurar -Mensuráveis: Ruídos contínuos; Calor (por grau C); Radiação ionizante; Pressão; Vibração; Químicos quantitativos -Qualitativo -> O que não for possível mensurar, vai ter um parecer médico – (corre o risco de ter subjetivismo dos laudos e o custo que muitas empresas não vão pagar, devido esse risco) -Não mensuráveis: Ruído de impacto; Frio (o perito visita o local de trabalho e fala se é frio o bastante para o desconforto e a insalubridade dos trabalhadores ou não); Radiação não ionizável; Umidade; Químicos qualitativos (fósforo, chumbo…); Biológicos (contato com bactérias) Adicional de insalubridade: -As empresas, por usos e costumes, estabeleceram o adicional de insalubridade – o que é um absurdo -. Vale ressaltar que nenhum dos anexos tem determinação de quantidade de adicional de insalubridade que as empresas devem pagar, com exceçãoao último anexo (biológicos), que tem a quantia regulada -E se houver dois tipos de insalubridade no local de trabalho? Não há cumulação de adicionais de insalubridade no Brasil. A CLT impede a cumulação de adicional de insalubridade com o adicional de periculosidade - a decisão da aplicação não é científica -. Geralmente, os trabalhadores optam pela periculosidade, porque o adicional é maior. Nanotecnologia -Problema – anexo XI – fragmentação dos elementos químicos - nano tecnologia (um milhão de frações) e pico (um trilhão de frações) – o anexo é antigo, então não tem controle sob o comportamento dos agentes químicos na sua forma fragmentada. Anexo 1: Ruído contínuo -PAIRO: Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional (vulgo surdez ocupacional) -Patamar aceitável: 85 decibéis (a maioria da população não desenvolverá PAIRO se for submetida a ruídos de até 85 decibéis) - este patamar está de acordo com o patamar científico internacional (ACGIH e ABHO preveem esse patamar) -Abaixo de 85 decibéis não há direito a nenhum adicional -Desprezível para fins de surdez: abaixo de 80 decibéis -110 decibéis: estoura os tímpanos !13 Turma 188 -O Brasil considera que cada 5 decibéis a mais a pressão dobra sobre a têmpora - este patamar não está de acordo com o patamar científico internacional, que considera uma taxa de incremento da dose de 3 decibéis -Quando máquinas produzem um ruído de 90 decibéis, apesar de todas as medidas de ordem geral, de proteção coletiva e uso de EPIs, há uma consequente diminuição da jornada de trabalho - como a cada 5 decibéis a pressão sobre a têmpora dobra, há uma redução logarítmica da jornada de trabalho com o aumento do ruído. Portanto, com o aumento de 5 decibéis a jornada de trabalho diminui pela metade -85 decibéis: jornada de 8 horas -90 decibéis: jornada de 4 horas -Nas demais 4 horas o funcionário não é dispensado, mas deve trabalhar em outro ambiente -95 decibéis: jornada de 2 horas -100 decibéis: jornada de 1 hora -Outros países utilizam uma taxa de incremento da dose de 3 decibéis -85 decibéis: jornada de 8 horas -88 decibéis: jornada de 4 horas -91 decibéis: jornada de 2 horas -94 decibéis: jornada de 1 hora -97 decibéis: jornada de 30 minutos -100 decibéis: jornada de 15 minutos -A taxa de incremento da dose de 3 decibéis, com boa vontade, poderia ser aplicada no Brasil, por exemplo, por conta da previsão na NR9 de que é possível haver aplicação da ACGIH. Por que, então, isso não ocorre? Porque entende-se que as NRs, apesar de serem obsoletas, não são omissas -Formas de distribuição de jornada: (obs.: o exemplo da tabela pressupõe que as máquinas estejam em ambientes separados ou que, enquanto uma estiver ligada, as outras estejam desligadas) (obs.: não só máquinas, mas obras, ferramentas e pessoas também são consideradas fontes de ruído) -A surdez ocupacional está entre os três maiores agravos … , causas de afastamento de trabalhadores, e etc. -Um protetor de ouvido barato reduz 1 decibel, enquanto os caros reduzem até 3 decibéis -Aeroviários (quem trabalha em pistas de aviões, por exemplo), necessariamente, terão PAIRO após os 50 anos de idade. Nem o uso dos melhores EPIs, jornada de 6 horas (limitada desde 1962), Uma máquina de 85 decibéis Uma máquina de 90 decibéis e outra máquina de 95 decibéis Uma máquina de 85 decibéis, uma máquina de 90 decibéis, uma máquina de 95 decibéis e outra máquina de 100 decibéis Jornada cumprida (numerador): 8h Jornada prescrita (denominador): 8h __________________________ 8/8 = 1 (apenas valores maiores do que 1 garantiriam o adicional de insalubridade, mas se a conta der 0,5 já é preciso que a empresa tome medidas para impedir que o ruído aumente) Jornada cumprida (numeradores) Jornadas prescritas (denominadores): 4h para a máquina de 90 decibéis e 2h para a máquina de 95 decibéis __________________________ 2/4 + 1/2 = 1 ou 3/4 + 0,5/2 = 1 ou … Jornada cumprida (numeradores) Jornadas prescritas (denominadores): 8h para a máquina de 85 decibéis; 4h para a máquina de 90 decibéis; 2h para a máquina de 95 decibéis; e 1 hora para a máquina de 100 decibéis __________________________ 2/8 + 1/4 + 0,5/2 + 0,25/1 = 1 ou … !14 Turma 188 aposentadoria especial (se a aposentadoria for recolhida e a empresa não falir), e revezamento entre funcionários impedem isso -Aeroviários (trabalham no solo) V. Aeronauta (trabalham no céu) -Quota de pessoas com deficiência -Muitas empresas completam a quota de pessoas com deficiência apenas contratando pessoas com surdez, pois assim elas não precisam, por exemplo, alterar banheiros e realizar rampas de acesso para cadeirantes -Existem casos de algumas empresas que, por possuírem máquinas que produzem ruídos de mais de 85 decibéis, contratam apenas pessoas com surdez (dessa forma elas já preenchem a quota de deficientes e, ao mesmo tempo, não submetem pessoas com a audição normal a um ruído desse porte) -Algumas empresas questionam se elas não teriam o direito de preencher a quota de deficientes contratando pessoas que adquiriram a surdez por terem trabalhado nesta mesma empresa no passado -Art. 60, CLT: “Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.” -Não pode haver hora extra em ambiente insalubre -Não existem normas vinculantes no Brasil que tratem sobre a surdez decorrente de outros elementos que não o ruído, por exemplo, o mercúrio leva a surdez (previsão na NHO) -Dosimetro: mede o ruído -Trabalhadores que têm dois empregos: não há solução Anexo 2: Ruído de impacto -Exemplo de causa de ruído de impacto: bate estaca -Para que haja ruído de impacto é necessário que: -A pancada tenha duração menor do que de 1 segundo e, além disso, o tempo entre uma pancada e outra seja maior do que 1 segundo, se não é ruído contínuo -Quantas pancadas são necessárias? Fica a mercê da perícia, não há limitação pela NR -A pancada deve afetar um entorno de “X” metros? Fica a mercê da perícia, não há limitação pela NR -Entre uma ligação e outra algumas empresas de telemarketing implantam uma buzina, para que o trabalhador se mantenha acordado - isso se enquadra, para muitos peritos, como ruído de impacto Anexo 8: Vibrações -Há dois anos atrás houve uma reformulação da NR8, que determinou como deve ser feita a mensuração das vibrações -Motoristas de ônibus: Em São Paulo, na década de 80, o motor de ônibus ficava na dianteira e o banco do motorista ficava exatamente em cima do motor. Após passar 8 horas por dia sofrendo as vibrações do motor, os motoristas de ônibus, nas melhores das hipóteses, desenvolviam hérnias de disco - obs.: nas cidades do interior isso ainda acontece !15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art1 Turma 188 Anexo 3: Calor -Quadro N˚ 3: TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE -A temperatura é um fato relativo e, por conta disso, medir a temperatura não é suficiente. A penosidade do trabalho influencia o impacto do calor, por exemplo, um indivíduo que carrega sacas sob uma temperatura de 30C, sofre muito mais do que indivíduo que trabalha sentado sob a mesma temperatura. Por conta disso, a NR 15, anexo 3, divide os trabalhos entre leves,moderados e pesados -Quadro N˚ 1 -Aqui, além da divisão entre trabalho leve, moderado e pesado, também divide-se o trabalho entre contínuo e descontínuo -“Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso). 1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.” -Obs.: descanso, referido no quadro N˚ 1, equivale a(crase) repouso térmico, ou seja, o trabalhador deve ser tirar daquela fonte ou alterar o grupo muscular -O ideal seria que o trabalhador, além disso, tivesse alternância do ambiente e função Trabalho leve Trabalho moderado Trabalho pesado Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia). - 125 Kcal/h Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. - 180 Kcal/h Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá). - 440 Kcal/h Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir). - 150 Kcal/h De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. - 175 Kcal/h Trabalho fatigante - 550 Kcal/h De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços. - 150 Kcal/h De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação. - 220 Kcal/h Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. - 300 Kcal/h Regime de Trabalho Intermitente com Descanso no Próprio Local de Trabalho (por hora) Atividade leve Atividade moderada Atividade pesada Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0 45 minutos trabalho 15 minutos descanso 30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9 30 minutos trabalho 30 minutos descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9 15 minutos trabalho 45 minutos descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0 Não é permitido o trabalho sem a adoção de medidas adequadas de controle acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0 !16 Turma 188 -“1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do ‘Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo’ - IBUTG 2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum.(115.007-3/ I4) 3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida. (115.008-1/I4)” -Havia um grande estigma em se medir a temperatura fruto do sol, pois acreditava-se que, por conta de o Brasil se tratar de um país tropical, todo o ambiente seria considerado insalubre. Isso acabou levando a uma falta de proteção do trabalhador que trabalha em ambiente aberto, havia proteção apenas a trabalhadores que trabalham em grandes fornalhas, por exemplo. Hoje, felizmente, houve uma mudança e, portanto, o sol passou a ser um fator considerável. Tal mudança foi decorrente da palestra de um físico, feita em Campinas -O termômetro de bulbo úmido natural é usado para a mensuração da temperatura externa -A mensuração deve ser feita pela parte do corpo que é primeiramente afetada pelo calor -Outros anexos e NRs também abordam, em certa medida, problemas sobre o calor, sendo elas: anexos 5 (radiação ionizante) e 7 (radiação não ionizante) da NR 15; e NR 21, conhecida como “céu aberto”. -NR 21, 21.2: “Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes.” -Quando um trabalhador for reivindicar seus direitos, ele deve utilizar-se do sol como fonte de desconforto. Ainda há uma discussão acerca do potencial cancerígeno do sol. Como não há um consenso, esse fator ainda não implica em proteção legal - verificar esse item -Carteiros, jardineiros e cortadores de cana -Cortadores de cana: -Foram registradas 10 mortes por exaustão no corte da cana no ano X -Os trabalhadores conseguiam adicional de insalubridade por conta da umidade e não do calor, pois o sol não era um fator considerável. O fator da umidade se dava porque a cana exige irrigação intensa, feita várias vezes ao dia, por um caminhão pipa, que acabava por molhar os trabalhadores -Essa profissão foi extinta, não diretamente por conta da penalidade do trabalho, mas principalmente por problemas de meio ambiente e aumento dos gastos do SUS -Carteiros -O protetor solar pode ser considerado um EPI? Não, o protetor solar está para o carteiro assim como a meia de compressão está para o trabalhador que trabalha em pé. Um carteiro não deve trabalhar ao meio dia, deve haver revezamento entre os trabalhadores, e etc.. O protetor solar somente perpetuaria a exposição do carteiro ao sol, sendo que existem medidas administrativas e trabalhistas que são eficientes -Houve uma ação civil pública nos EUA para a proibição da distribuição do protetor solar pelos correios. Desejava-se que fossem tomadas medidas trabalhistas e administrativas -O protetor solar é responsável por dificultar a absorção do cálcio e das proteínas do sol e facilitar a entrada de bactérias -Curiosidade: o correio brasileiro fornece protetor solar -O anexo 3 está prestes a ser alterado pela FUNDACENTRO, que pretende colocar em vigência integralmente a NHO que trata sobre o calor Anexo 9: Frio -Anos 70: falta de pesquisa sobre os impactos do frio na saúde do trabalhador -Item 1: “As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, !17 Turma 188 serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.” -Problema: Não há limitação da temperatura mínima para que se considere um ambiente frio -Existem juízes que já determinaram que um ambiente de 20C era considerado frio para fins legais -Entre os trabalhos semelhantes aos de frigorífero, podemos citar: Supermercado, açougue, padaria, repositores e abastecedores de câmaras -Art. 253, caput, CLT: “Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.” -Trabalhadores de carga e descarga de congelados tem direito a 20 min de descanso a cada 100 min de trabalho -A mudança brusca de temperatura é fator de insalubridade -Quem estoca remédios ou chocolates, trabalha em tesouraria de bancos e hemocentros, e etc. são submetidos a mudança brusca de temperatura -Não há limitação da temperatura -Proteção adequada: jaqueta Anexos 5 (radiação ionizante) e 7 (radiação não ionizante) -O assunto desses anexos não são muito estudados, pois são poucas as empresas que trabalham com elementos radioativos e, as que utilizam-se de tais fontes, são fiscalizadas internacionalmente -Deve-se seguir o que a CNEN propuser -Depois de 40 anos sem processos de radiação, diversos advogados, especialmente em Belo Horizonte, passaram a reivindicar o adicional de insalubridade para os trabalhadores de aeroportos que trabalhavam com equipamento de raio X. Foi, então, feita uma grande investigação e descobriu- se que 2/3 dos equipamentos de raio X dos aeroportos são falsos e que o 1/3 que funcionava não possuía radiação o suficiente para se enquadrar na norma. Todos os trabalhadores perderam suas causas Anexos 11, 12, 13 e 13-A: Elementos químicos Temas de cada anexo -Anexo 11: elementos químicos quantitativos -Anexo 13: elementos químicos qualitativos -Devia ser provisório, conforme a evolução dos conhecimentos, os elementos deveriam ser elevados ao anexo 11 -Anexo 12: poeira de sílica, manganês e amianto -Anexo 13-A: benzeno -Nanotecnologia: Há, hoje, uma nova química, que permite que o comportamento dos elementosquímicos seja alterado através da fragmentação. A nanotecnologia é a responsável por que essa fragmentação, quebra ocorra de forma proposital. Tal fragmentação é feita na bilionesimal e tem comportamento quântico, imprevisível. Deve, portanto, haver um estudo sobre o impacto do fruto dessa quebra no organismo humano -Nanotecnologia no passado -As catedrais antigas ainda possuem os vitrais limpos pois, naquela época, descobriu- se que o ouro, quando moído diversas e diversas e diversas vezes, serve para a manutenção da limpeza e refrigeração de ambientes -Curiosidade -Ouro fragmentado fica azul Anexo 11 -Item 3: “Todos os valores fixados no Quadro no 1 como "Asfixiantes Simples" determinam que nos ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.” !18 Turma 188 -Asfixiante simples -Não mata se inalado -18% de oxigênio Anexo 11 -O “+” ao lado dos elementos químicos, indica que há duplo risco, seja por inalação ou contato com a pele Anexo 13 -Lição de casa: ler, pelo menos, 5 dos elementos do nosso dia a dia (acetona, mercúrio, etanol, e etc) -Leitura da aula: -Fósforo -Não fala quantidade mínima (1% de fósforo em um produto já é cancerígeno) -Alcança os trabalhadores rurais que jogam agrotóxicos nas plantas -Casos similares (alcança mais trabalhadores, o rol é exemplificativo) Anexo 13 -A fabricação de cartas de baralho, véu e tafetá, bagaço de cana, cimento e óleo mineral é prejudicial a(crase) saúde - há insalubridade -Óleo mineral: -“Insalubridade de grau máximo: (…) Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins.” -É utilizado em solventes -É o mais letal -É cancerígeno quando entra em contato com a pele (deve ser utilizado um creme protetor ou luvas) -Cimento -“Insalubridade de grau mínimo: Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande exposição a poeiras. Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de enxofre ou sulfitos em geral, em sacos ou a granel.” -Muito agressivo (não é possível verificar a diferença entre a pele de alguém que trabalha com cimento e a pele de um jacaré) -Como a norma falou em fabricação e transporte, os pedreiros foram excluídos -Seria ideal estar presente o termo “e trabalhos similares” -Anexo 12 -As poeiras de sílica e manganês entram diretamente no alvéolo, por isso a extração deve ser feita com muita águe e etc.. -Existem algumas ONGs que buscam o banimento de certas pedras ornamentais no ambiente residencial, por conta da saúde dos trabalhadores que as extraem e dos impactos ambientais -Amianto -Não há limite de segurança -No interior de São Paulo houveram decisões que “interditaram ou proibiram?” o minha casa minha vida até que houvesse a substituição do uso de telhas de amianto (eles previam o uso de tais telhas para a redução dos custos dos materiais) -Interior de Goiás: a economia depende do amianto Anexo 13-A -“O presente Anexo tem como objetivo regulamentar ações, atribuições e procedimentos de prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, visando à proteção da saúde do trabalhador, visto tratar-se de um produto comprovadamente cancerígeno.” -Colocar o item que fala do potencial cancerígeno -Existe um PPRA exclusivo do benzeno (EOB) !19 Turma 188 NR 16 - Atividades e Operações Perigosas (Periculosidade) -O trabalho com atividades e operações perigosas implica na necessidade do empregador assegurar os limites de segurança (alterar ou restringir os agentes periculosos) e, não sendo isso possível, pagar o adicional de periculosidade -O perigo, nessa NR, deve ser de um risco exacerbado que gere morte instantânea ou graves acidentes -A palavra perigo é muito genérica e, por conta disso, a NR16 foi ampliada, deturpada, alterada sem seguir um padrão certo. Inicialmente, em 1978, a NR contava apenas com os explosivos e os inflamáveis, mas com o passar do tempo foram incluídos: o eletricitário (1985); radiação (1987); o vigilante (2012); e o motociclista (2014) -Alguns juristas propõe que a palavra “periculosidade” seja substituída por “agente periculoso”, pois a lista de trabalhos perigosos é imensa. A inclusão do eletricitário, do vigilante, e etc., não seguiram um critério técnico, o vigilante entra na NR16 e o trabalhador de um zoológico não, apenas porque o primeiro fez lobbying no momento certo e o segundo não - isso implica que o eletricitário pode receber o adicional de periculosidade e o trabalhador do zoológico não Eletricitário (1985) -Em 1985 os eletricitários se uniram e foram para Brasília para protestar contra suas péssimas condições de trabalho e alta taxa de mortalidade. Foi então que passou a ser aplicado o adicional de periculosidade aos eletricitários -A base de cálculo do adicional do eletricitário era diferente da utilizada pela CLT. A base da CLT era menor, o adicional incidia sobre o salário, descontados os prêmios, a participação nos lucros e resultados e as gratificações, enquanto a base de cálculo do eletricitário recaia sobre globalidade salarial (só não entravam vale transporte e indenizações). Assim, mesmo a previsão de ambos os adicionais sendo de 30%, o adicional do eletricitário era maior -O adicional passou a ser pago apenas a eletricitários que trabalhassem em sistemas elétricos de potência. Tais sistemas incluíam apenas os trabalhadores que exercessem função na geração, transmissão e distribuição de energia -Surgiu então a discussão acerca do grande consumidor de energia, que compra energia do mercado em estado puro, em alta voltagem, e a distribui no seu próprio estabelecimento através de uma cabine primária. Em tais empresas os trabalhadores que trabalhem com a energia passaram a ser considerados eletricitários -O adicional continuou a ser pago apenas a eletricitários que trabalhassem em sistemas elétricos de potência. Tais sistemas, no entanto, passaram a incluir também o consumidor de alta voltagem, aquele que faz sua própria distribuição -Em 2012, então, a lei dos eletricistas foi revogada, com a desculpa de que seria feita uma nova lei mais benéfica. No entanto, durante um ano e meio não houve lei nenhuma e, portanto, não havia o benefício. Nesse período de um ano e meio, no entanto, continuou valendo o adicional de periculosidade por direito adquirido -A nova lei, entretanto, não foi mais benéfica como prometido. A base de cálculo do adicional passou a ser a mesma que a utilizada pela CLT Radiologistas (1987) -A radiação ionizante está prevista na NR15, que dispõe acerca da insalubridade. Por que, então a radiação entrou na NR 16? Um dos fatores foi o acidente com césio, que foi descartado incorretamente em um estado brasileiro. O então presidente Sarney, frente a isso, decidiu que aqueles que trabalhassem com radiação ganhariam mais e, por isso, eles foram deslocados da NR15 para a NR16, para receberem o adicional de periculosidade (a portaria que fez essa alteração já foi alterada diversas vezes, ora a radiação é periculosidade e ora insalubridade) -Radiologistas, trabalhadores de Angra, e etc. entram na NR16 Vigilante (2012) -Lei 7102/83: lei do vigilante !20 http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CLT/NRs/NR_16.html Turma 188 -Só é vigilante o indivíduo que preenche os seguintes requisitos: -21 anos, alfabetizado -Porte de arma branca ou de fogo -Curso preparatório de 90 dias -Cadastro na polícia federal (obs.: 8000 agência de vigilância são registradas e 16000 são clandestinas) -Art. 193, § 3º, CLT: “São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposiçãopermanente do trabalhador a: § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.” -O vigilante, antigamente, recebia o adicional de risco de vida, que hoje foi substituído pelo adicional de periculosidade -Hoje em dia muitos porteiros (controladores de acesso) conseguem provar que realizavam o serviço de vigilância ostensiva e, portanto, enquadram-se no art. 193, da CLT e na NR16 -Crítica: não há medidas preventivas para a periculosidade Motociclista (2014) -Como reduzir a periculosidade do trabalho de um motoboy? Reduzindo a jornada; alterando a forma de pagamento - não adoção do critério de produtividade (esse é o ponto mais importante) -; e etc.. Essa mesma lógica funciona para outros trabalhos perigosos. Vale ressaltar que o adicional não reduz a periculosidade -Só é moto, para fins de periculosidade, o veículo motorizado, que exige CNH e é utilizado para o trabalho -Art. 193, § 4o, CLT: “São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: § 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.” - o trabalho do motociclista é perigoso -Crítica: não há medidas preventivas para a periculosidade Explosivos e Inflamáveis -Exemplos: -Explosivos: pólvora - menos comum no nosso dia a dia -Inflamáveis: álcool, tíner, querosene - mais comum no nosso dia a dia -Considera-se risco controlado: -Líquidos: Até 200 L (saber esse número) -Gases e sólidos: 135 kg (saber esse número) -Na conta do peso da substância ignora-se o peso de sua embalagem, também não é considerado o volume de combustível, o tanque (saber), utilizado no veículo que transporta os explosivos ou inflamáveis (o perigo de acidentes ocorre no período do abastecimento, os veículos têm mecanismos que impedem explosões) e, além disso, não se computam as embalagens lacradas (saber), desde que a ABNT assegure que a embalagem X não tenha risco de vazamentos (há um limite da quantidade de embalagens lacradas, mas ele é bem generoso) Posto de gasolina -Segue normas próprias -Tem PPRA próprio -Deve haver uma distância de 7,5m (saber esse número) entre a bomba e a mangueira de abastecimento esticada ao máximo. Essa distância consiste no ponto mais perigoso do posto NR 17 - Ergonomia Relevância !21 Turma 188 -Telemarketing e supermercados: campeões de acidentes de trabalho (tendinite e coisas do gênero são acidentes!) Histórico -A ergonomia, em um primeiro momento, era relacionada ao conforto do mobiliário (cadeiras e etc.). Ocorre que, na França, foi desenvolvido um estudo que propunha que a ergonomia se preocupasse não só com o mobiliário, mas também com a harmonia do ambiente de trabalho como um todo. De nada adianta um mobiliário confortável se o superior hierárquico é despreparado (não é qualificado ou assedia e mal trata os trabalhadores); se o trabalho prescrito (o trabalho, a função acordada no contrato) e o trabalho real (o trabalho na prática) são completamente distintos; se o ambiente de trabalho é extremamente estressante e competitivo; e etc. -Por conta desse histórico, é bom em dissertações esclarecer que se refere a(crase) “concepção francesa de ergonomia”, caso contrário o leitor pode entender que se escreve apenas em relação ao conforto mobiliário -A terminologia “trabalho prescrito” e “trabalho real” é importante Descanso e sociabilidade no período de trabalho -O “cafezinho” é importante, até mesmo, para a troca de ideias importantes entre os funcionários -O tempo que um trabalhador gasta para descansar no período de trabalho aumenta a produtividade e não a diminui -Trabalho desrealizador, desefetivador: com a desefetivação da humanidade a dignidade humana, a sociabilidade, a criatividade, e etc. são reduzidas. A falta de contato com outros humanos e a falta de descanso são extremamente custosos para o trabalhador Trabalho descente -O trabalho descente consiste em um trabalho realizador e efetivador do trabalhador, um trabalho não degradante. É preciso que seja garantido um mínimo de seguridade social; de diálogo social (liberdade sindical, negociação coletiva, e etc.); e de respeito as(crase) convenções fundamentais (oito convenções que envolvem a não discriminação de gênero, etnia e origem; salário mínimo; e jornada de trabalho) -É melhor que não se crie uma vaga de emprego que não garanta um trabalho descente Matérias conexas -Ruído -Certos trabalhos não suportam um ruído alto, mesmo que ele esteja dentro do padrão previsto na NR 15. Dentre esses trabalhos, podemos citar o trabalho intelectual; de manuseio de material perfuro cortante; e de alta precisão -Ruído na NR 17: Conforto do ambiente para a boa produtividade - não dá direito ao adicional de insalubridade -Iluminação -Iluminação na NR 17: Conforto do ambiente para a boa produtividade - não dá direito ao adicional de insalubridade -Ventania -Ventania na NR 17: Conforto do ambiente para a boa produtividade - não dá direito ao adicional de insalubridade Texto da NR 17 -O texto da NR 17 é curto, contando apenas com alguns parágrafos. Os anexos, no entanto, são volumosos Digitador -Nos anos 90 foi acrescentado um parágrafo para o digitador na NR 17. Por isso não se fala em anexo do digitador, pois esse tema está englobado no texto da NR 17 em si -Hoje em o emprego do digitador é obsoleto, já existem scanners e etc., que realizam sua função -Para um indivíduo ser considerado como um digitador, ele deve exercer a função de lançamento ininterrupto de dados !22 Turma 188 -Não é permitido o contrato por toque. O contrato deve ser feito por trabalho hora ou mensalmente -Não é permitido exigir do trabalhador mais do que 2 toques por segundo, ou seja, 120 toques por minuto, ou seja, 8000 toques por hora (toque não se confunde com número de caracteres na tela!) -Intervalo do digitador pelo período de uma hora: 10 min de intervalo para 50 min de lançamento de dados -Distinção - Art 72, CLT: “Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho.” - Serviços repetitivos (é genérico - abarca vários trabalhadores - e o tempo de intervalo é menor que o do digitador) -Intervalo: 10 min de intervalo para 90 min de trabalho -Trabalho repetitivo: trabalho cujo ciclo se repete a cada 30 segundos ou trabalho que use o mesmo grupo de músculos -O limite para o lançamento ininterrupto de dados é de 5 horas (nas demais 3 horas o trabalhador deve exercer outra função) Anexo 1: telemarketing -Além de todas as mazelas dos digitadores (problemas de punho, mãos e costas; e etc.), os trabalhadores de telemarketing ainda são acometidos por infecções urinárias (bebem mais água por muito falar e não podem usar o banheiro); problemas psiquiátricos (xingamentos dos consumidores; pressão dos chefes; metas inacessíveis; desefetivação da humanidade; e etc.); e etc. -Os problemas de saúde dos trabalhadores de telemarketing aumentam muito o custo privado; da seguridade; hospitalar; e o custo humano -Curiosidade: A catarata, um transtorno ocular típico da terceira idade, hoje já começou a acometer indivíduos de 40 anos. Esse cenário é comum no contexto dos trabalhadores que lidavam com o PJE (Processo Judicial Eletrônico) -Redução de jornada de 8 horas para 6 horas -Essa foi a primeira redução feita por portaria -Existe um intervalo próprio dos trabalhadores de telemarketing, que afastou a regra geral da CLT -Não há intervalo na primeira e na última hora da jornada, pois isso seria uma desculpa para o trabalhador chegar mais tarde ou irembora mais cedo -São previstas 3 pausas: de 10 min, 20 min e 10 min, durante as 4 horas que se aplicam os intervalos -Pausa 10: o empregado escolhe o horário -Pausa 20: geralmente é o empregador que escolhe o horário -Não se pode falar em intervalo de 40 minutos! Deve ser seguida a ordem posta acima -Antes de começar a hora extra o homem e a mulher devem realizar um intervalo de 15 min -Antiga problemática da CLT: Somente mulheres tinham uma pausa obrigatória de 15 min antes de fazer horas extras (art. 384, CLT) -Art. revogado com a Reforma trabalhista -Empresas que tinham muitas horas extras acabavam não contratando mulheres -Mulheres que faziam horas extras iam embora mais tarde que os homens que também faziam horas extras -Pausa extraordinária pós xingamento, feita fora do ambiente de trabalho, em uma sala de descompressão -O telemarketing é um trabalho perverso -“Trabalho perverso” = Trabalho penoso realizado em ambiente insalubre e perigoso (origem no termo “Hazardous labor”) -Telemarketing ativo (quem vende produtos) e receptivo (quem faz cadastros e responde dúvidas) -Proibição do uso do banheiro: reclamação recordista no telemarketing -Os funcionários, por falarem o dia inteiro, ingerem mais água -Os empregadores alegam que os intervalos já deveriam ser suficientes para o uso do banheiro e, portanto, os empregados não poderiam utilizar o banheiro fora dos períodos de pausa -Diversas empresas foram condenadas, devendo indenizar os empregados por danos morais !23 Turma 188 -O empregado deve apenas comunicar que está no banheiro, ele não deve ter que pedir licença ou permissão para ir ao banheiro, ou ir ao banheiro apenas nos intervalos e período de almoço -Existe um botão que o empregado aperta para comunicar que está no banheiro ou em um intervalo -Mobiliário: -Mesas devem ter 3 níveis de regulação de altura. As cadeiras também devem ter 3 níveis de regulação para as costas e braços e, por fim, também deve haver regulação em três níveis da tela -Cadeira com rodas -Fone de ouvido “headset” (permite que o empregado alterne o ouvido que utiliza para escutar), com espuma e regulagem de som Anexo 2: operador de supermercado -Os supermercados, nos anos 90, eram recordistas de afastamento - isso porque nessa época não havia tanta oferta de vagas para o telemarketing -Motivos do adoecimento: não existência esteira rolante e códigos de barras. Antigamente um fator de adoecimento era o uso da bobina da máquina de imprimir, utilizada para a impressão de notas fiscais (esse equipamento já foi extinto) -Se o supermercado tiver condições, deve utilizar os códigos de barra, se isso não for possível deve adotar as esteiras e, caso isso também não for possível, deve contratar empacotadores ou induzir os consumidores a empacotar suas próprias mercadorias -Um mercado novo que não preencha esses requisitos não pode sequer ser aberto -Não houve redução de jornada e nem criação de intervalos -Mobiliário: -As cadeiras também devem ter 3 níveis de regulação para as costas, braços e altura e também deve haver regulação em três níveis da tela -Cadeira com rodas !24 Turma 188 PROVAS -Sem consulta a legislação seca e a quaisquer anotações -As questões não foram copiadas na íntegra, mas escritas a partir do que nos recordávamos após o término da prova PROVA PARCIAL 1) Por que Bernardo Ramazzini pode ser considerado como fundador da matéria de saúde e segurança do trabalho? 2) Qual a natureza normativa das Normas Reguladoras (NRs)? 3) Discorra sobre o termo “atos inseguros”. 4) Por que a NR2 tornou-se obsoleta? 5) Qual a diferença entre embargo e interdição? 6) Quais profissionais podem ser exigidos pelo SESMT? 7) Quais as diferenças entre SESMT e CIPA? 8) Por que não foi aprovado a inclusão da meia de compressão como EPI? 9) Quando é admitido o uso dos EPIs? 10) Qual a natureza do PCMSO? PROVA FINAL 1) Escreva sobre pelo menos duas medidas tomadas pelo legislador para reduzir a penalidade do trabalho dos operadores de telemarketing e de caixas de supermercado. 2) Qual é o objeto da ergonomia? 3) Qual foi o tema do dia do trabalho da OIT? 4) Escreva sobre como a luminosidade foi tratada pela legislação ao longo dos anos. 5) Explique o que é o nível de ação no PPRA. 6) Explique por que o calor é considerado um fator quantitativo e o frio um fator qualitativo. 7) Elementos químicos são tratados como qualitativos ou quantitativos pelas normas regulamentadoras? Dê exemplos. 8) Explique o que diferencia o ruído de impacto do ruído contínuo. 9) Disserte criticamente sobre o limite de tolerância. !25 Turma 188 10) Quais são as fontes de periculosidade? !26
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