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Carla Bertelli – 4° Período – Compreender as síndromes abdominais agudas: hemorrágico, perfurativo, inflamatório/infeccioso, vascular isquêmico, obstrutivo. (traumático e não traumático) – Diferenciar as manifestações clínicas, diagnóstico e semiologia (manobras) das síndromes abdominais agudas. – Analisar as causas abdominais e extra abdominais de abdome agudo. Sua definição é toda condição dolorosa de início súbito ou de evolução progressiva, localizada no abdome, que requer decisão terapêutica rápida, preferencialmente após a definição diagnóstica. A cavidade abdominal comporta vários órgãos de diferentes sistemas, e a sintomatologia do abdome agudo pode decorrer de alguma doença em qualquer víscera. Ao avaliar um paciente é necessário ter em mente as perguntas: Qual é o diagnóstico etiológico? O tratamento será clínico ou cirúrgico? É necessário ter em mente todos os sinais e sintomas que já foram estudados de todas as patologias até agora, saber que algumas doenças aumentam com a idade, outras estão mais relacionadas com determinado sexo, fatores de exposição. Na avaliação clínica, além de uma boa anamnese, é necessário avaliar a fácies do paciente, que pode oferecer informações como individuo com cólica encontra-se agitado, impaciente, contorcendo-se no leito, já portadores de irritação peritoneal apresentam-se imóveis, assumindo posições antálgicas, procurando proteger o abdome. Palidez cutânea e sudorese se relacionam com hemorragia aguda, rubor facial. A é o melhor elemento para caracteriza ou até mesmo para tentar definir qual tipo de abdome agudo, tendo em vista que não existe abdome agudo sem dor. No entanto, a dor é subjetiva. Para facilitar a avaliação da dor, Cope aconselha pensar anatomicamente sempre que o conhecimento das relações estruturais dos órgãos representar vantagem. A dor referida é percebida em local diferente do estímulo que a gerou. Dessa forma, um estímulo gerando em um nociceptor da serosa abdominal pode provocar contratura reflexa da musculatura do dermátomo correspondente, que apresenta inervação comum, ou a mesma origem embrionária. Um exemplo é a dor referida no ombro resultante de processos patológicos que afetam o diafragma ou vesícula. Os quadros de abdome agudo podem ser classificados em cinco síndromes: Inflamatório/infeccioso, perfurativo, obstrutivo, vascular isquêmico e hemorrágico. Cada síndrome relaciona-se a um grupo de sinais e sintomas de causas diferentes, porém desencadeando o mesmo mecanismo fisiopatológico. As patologias mais incidentes em cada umas das síndromes são: Apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite, doença inflamatória pélvica. É o tipo mais comum. O processo se inicia com a obstrução mecânica de vísceras ocais normais, ou anatomicamente alteradas, originando diversos fenômenos inflamatórios na parede da víscera. O início do quadro normalmente é insidioso, com sintomas vagos. A dor abdominal pode levar várias horas para atingir seu pico, com o evoluir da doença e com o acometimento Carla Bertelli – 4° Período do peritônio parietal adjacente ao órgão afetado, a dor torna-se bem localizada e piora progressivamente. Perfurações gastroduodenais (úlceras pépticas, tumores) e intestinais (diverticulite, tumores, sofrimento vascular). Trata-se de uma das causas mais frequentes de cirurgia abdominal de urgência. A dor tem início súbito, geralmente dramático, já começando de forma intensa e rapidamente atingindo seu pico. O problema advém d extravasamento de secreção contida no TGI para a cavidade peritoneal, resultando em peritonite. A dor tipo somática vem da irritação química do peritônio, e quando menor o pH, maior a irritação. São divididas em altas ou baixas. Aderências e bridas, hérnias, neoplasias, volvo, intussuscepções, estenoses inflamatórias, íleo biliar e infestações por vermes O sintoma cardinal do abdome obstrutivo é a cólica intestinal, demonstrando o esforço das alças para vencer o obstáculo. A dor é visceral, localizada em região periumbilical, nas obstruções do delgado, e hipogástrica nas obstruções do cólon. Os episódios de vômitos surgem após a crise de dor, inicialmente reflexos, e são progressivos, na tentativa de aliviar a distensão das alças obstruídas. O peristaltismo está aumentado e é chamado de peristaltismo de luta. Quanto mais alta a obstrução, mais precoces, frequentes e intensos serão os vômitos, já quanto mais baixa maior a distensão abdominal e mais precoce a parada de eliminação de flatos e fezes. Oclusões arteriais (trombose, embolia, vasculites), venosas (trombose) nos vasos do mesentéricos, ruptura de aneurismas, isquemia não oclusiva Constitui doença grave, muitas vezes seu diagnóstico é sempre tardio. Ocorre uma lesão isquêmica inicial, decorrente da redução do fluxo arterial ou venoso, perpetuada pelo vasoespasmo reflexo da circulação mesentérica e completada pela lesão de reperfusão. A dor abdominal é o sintoma inicial, geralmente intensa, sendo importante avaliar sinais inespecíficos. : Ruptura de aneurismas, gravidez ectópica rota, ruptura de folículo ovariano com sangramento, ruptura hepática espontânea. Além da dor súbita, chama atenção o rápido comprometimento hemodinâmico, como palidez intensa e hipovolemia acentuada. Apesar da dor forte, não se encontra contratura muscular no hemoperitôneo, visto que o sangue não é tão irritante para a serosa. A ruptura esponta ̂nea de vísceras parenquimatosas e a rup- tura vascular não são situações comuns, e o abdome agudo hemorrágico é mais frequentemente associado ao trauma, ao pós-operatório e a complicações pós- procedimentos (biopsias hepáticas, por exemplo). Na mulher em idade fértil, sempre ponderar a possibilidade de gravidez ectópica rota. Carla Bertelli – 4° Período • á ô – Principais causas são obstrução dos órgãos de musculatura lisa, irritação intensa dos nervos do peritônio, toxemia. É importante verificar a frequência dos vômitos, sua relação com o início da dor e aspecto do material vomitado. • – Temperatura axilar >37,5 pode estar presente em quase todos os quadros de abdome agudo. Relato de calafrio pode significar batcteremia. • O relato de anorexia precedendo o início da dor é comum em quadros de abdome agudo inflamatório. Pode sugerir doença maligna. • çã – É importante interrogar sobre constipação, diarreia, melena e enterorragia. Assim conseguimos identificar casos de obstrução intestinal (alta ou baixa), diarreia é comum em casos inflamatórios (apendicite, abcessos parececais. Eliminação de sangue, misturado ou não nas fezes pode estar presente em casos de invaginação intestinal e neoplasias de cólon. • – Nas mulheres em fase reprodutiva, especialmente em vida sexual ativa, a dor abdominal deve ser correlacionada com o ciclo menstrual. Irregularidades, data da última menstruação, dispareunia, características do corrimento, contato sexual, sangramentos. • ção – É importante investigar a presença de transtorno de micção, como algúria, disúria, poliaciúria e retenção urinária, bem como alterações no aspecto da urina. Alterações podem estar presente em casos de cólica nefrética, pielonefrite, cistite, retenção urinária aguda, apendicite aguda, diverticulite. O exame físico somado á uma anamnese bem feita são os principais recursos. O exame físico tem 4 importantes objetivos: Identificar sinais clínicos suspeitos que irão demandar diferentes medidas suportivas Identificar alterações objetivas e avaliar sua localização, extensão e correlação comas queixas do paciente, na tentativa de definir um diagnóstico etiológico. Colher subsídios quanto á indicação e a urgência do tratamento cirúrgico. Desvendar doenças não diretamente relacionadas com o abdome agudo,mas podem contraindicar possível tratamento cirúrgico ou exigir precauções adicionais antes e durante a operação. O exame físico se inicia com a inspeção geral e a . Deve-se observar as fáceis, marcha, decúbito preferencial, tipo de respiração e atitudes do paciente. A ectoscopia deve ser feito com o paciente completamente despido. Mucosas hipocoradas podem ser sinais de perda sanguínea, mucosas secas e olhos encovados são indicativos de desidratação, e a icterícia pode denotar colestase. Na pele, devem-se procurar púrpuras, que podem causar abdome agudo e lesões como herpes- zoster e equimioses. • Gray Turner – equimose em flancos • Cullen – equimose periumbilica. Sugerem pancreatite aguda grave – forma necro- hemorrágica. – temperatura, pulso, PA, FR. As variações dos dados vitais são frequentes em casos de abdome agudo, mas sua alteração isolada é pouco específica. Devem ser analisadas em conjunto. Febre – indicativo de fase inicial de abdome inflamatório, hemorrágico e perfurativo. Alteração na PA e pulso – Importante avaliar e perceber se há risco de hipovolemia. O exame físico do abdome precede a inspeção, ausculta, percussão e palpação. Formato do abdome (atípico ou normal, batráquio, globoso, em avental, escavado), abaulamentos, retrações, cicatrizes, assimetria, respiração, hérnias, presença de peristaltismo visível, equimoses, pele e fâneros. Estática e Dinâmica. â – Manobra de Valsalva e Manobra de Smith Bates A principal informação que elas nos oferecem é a característica do peristaltismo, sendo recomendado a ausculta do quadrante por pelo menos 3 min. Peristaltismo Aumentado – Obstrução intestina mecânica, hemorragia digestiva. Carla Bertelli – 4° Período Peristaltismo Diminuído – Hemoperitônio, íleo reflexo, abdome agudo inflamatório. Confirma a presença de dor abdominal, pesquisa e localiza diferentes graus de irritação peritoneal e identifica massas, ar livre e líquido intra-abdominal. – Timpanismo ao nível da linha axilar média sobre a área hepática é sugestivo de pneumoperitônio, – Macicez móvel – Sugere processo infamatório retroperitoneal em punho-percussão lombar. Fornece orientações sobre possível diagnóstico etiológico, fornece elementos objetivos para a indicação cirúrgica e orienta quanto ao menor ou maior grau de urgência. Superficial e Profunda. - avalia a dor, tensão de parede, herniações, massas, visceromegalias de grande monta. - utiliza-se uma das mãos para sentir, enquanto a outra empurra. Delimita-se massas: localização, tamanho, formato, consistência, mobilidade com a respiração. çã çã â : Avalia herniações através do aumento da pressão intra-abdominal durante a inspeção dinâmica. : Paciente contrai a musculatura abdominal através da elevação ativa dos membros inferiores. Caso a massa desapareça significa que ela está abaixo da parede abdominal, caso ela se mantiver visível significa que a massa está presente na parede abdominal ou há um enfraquecimento da parede abdominal. : Dor a compressão com piora a descompressão do quadrante inferior direito do abdome, relacionado com apendicite aguda ã Dor a descompressão brusca do abdome, relacionado com peritonite no local da dor. paciente em decúbito dorsal, eleva o membro inferior direito estendido pressionando -> se doer, responde flexionando a perna para minimizar a dor flete-se a coxa com a rotação interna do quadril, estirando o musculo obturador interno. Dor referida no hipogástrico é sinal de irritação neste musculo -> apêndice mergulha na cavidade pélvica. Dor em quadrante inferior do abdome direito a elevação contra resistência da coxa ipsilateral, relacionado com apendicite, pielonefrite e abceso em quadrante inferior do abdome. Compressão do quadrante inferior esquerdo do abdome com dor no quadrante inferior direito, indicativo de apendicite aguda. çã çõ : Dor a punho percussão lombar à direita ou esquerda, indicativo de processo inflamatório renal. ã pesquisar a presença de líquido livre, o decúbito dorsal faz o líquido escorrer para os flancos e as alças intestinas flutuam. Para avaliar se o líquido é livre: decúbito lateral (área anteriormente timpânica se torna maciça) - > macicez móvel ao decúbito ç quantidade pequena de líquido livre (apenas 150ml) – percussão debaixo para cima em região periumbilical. posiciona-se uma das mãos em um dos flancos, no lado oposto posicionar a ponta do dedo médio, dobrado contra o polegar. O abalo irá produzir uma onda de choque que sera transmitido no líquido ascético, sendo percebido pela palma da mão no flanco oposto í : Decúbito dorsal ou em pé, líquido vai para flancos ou andar inferior -> percussão delimita uma linha semicircular. Carla Bertelli – 4° Período çã í Consiste na dor à palpação do bordo inferior do fígado durante uma inspiração forçada, indicativo de colecistite aguda – Icterícia + vesícula palpável indolor í Timpanismo a percussão em toda região hepática, indicativo de pneumoperitônio. percussão dolorosa em região hepática, relacionado com abscesso hepático Delimita o limite superior e a borda inferior do fígado. çã é : mão esquerda na região dorsal do paciente, com tração anterior e a mão direita aprofunda na região anterior desde a fossa ilíaca até o rebordo costal durante a expiração com o objetivo de palpar a borda hepática com a mão direita na inspiração çã é : palpa-se o fígado com as mãos apoiadas no rebordo costal, com os dedos tentando entrar por debaixo do rebordo costal ç ã ç ç Se maciço remete a esplenomegalia, estômago cheio, fecaloma e ascite volumosa Pode-se palpar em garra (lado esquerdo) semidecúbito lateral direito, com o braço e sobre a cabeça. MID estendido e o MIE com flexão do joelho e quadril. Apoia-se a mão sobre o rebordo costal e a direita é usada para palpar : palpação em garra. ã é Lnfonodo periumbilical, indicativo de metástase de neoplasia intra-abdominal. equimose periumbilical : equimose em flancos equimose na base do pênis Os exames complementares oferecem ajuda, principalmente nos casos de dúvida diagnóstica. São complementares à anamnese e exame físico e devem ser solicitados de maneira criteriosa e individualizada. Os principais exames são os laboratoriais, métodos de imagem e laparoscopia. í – hemograma e urina de rotina. O hemograma pode traduzir um processo inflamatório agudo por meio da leucocitose, desvio para a esquerda e/ou presença de granulações tóxicas neutrófilos. Pode também evidenciar sangramento por avaliação do hematócrito. O exame de urina pode relevar hematúria, piúria e cilindros, sugerindo afecções urogenitais. O hemograma e o exame de urina devem fazer parte da rotina de avaliação do paciente com abdome agudo. A dosagem de eletrólitos, principalmente do potássio, é importante nos casos de diarreia e de abdome agudo obstrutivo, assim como o cálcio em casos de pancreatite aguda. A glicemia pode estar elevada em casos inflamatórios agudos, como na pancreatite, e ser um complicador na presença de dia- betes. A velocidade de hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa (PCR) são marcadores de processo inflamatório, mas não devem ser supervalorizados como dado isolado. í - dosagem da amilase, da lipase e da gonadotrofina coriônica humana beta (β-hCG). As enzimas pancreáticas amilase e lipase contribuem para o diagnóstico de pancreatite aguda em aproxi- madamente 80% dos casos, permanecendo como padrão-ouro na confirmação desta patologia. A alteração da β-hCG nas mu- lheres em idade fértil, com falha ou irregularidade menstrual, praticamente confirma o diagnóstico de gravidez e levanta uma série de hipóteses diagnósticas inerentes a esta condição. Carla Bertelli – 4° PeríodoFornece informações que devem ser interpretadas com base no quadro clínico. As principais alterações encontradas são pneumoperitôneo, elevação da cúpula frênica, pneumonia de base, distensão de alças e presença de níveis hidroaéreos, opacidade, coleções, abcessos e corpos estranhos. Radiografias contrastadas também são utilizadas, como o enema opaco. O trânsito intestinal deve ser realizado com contraste hidrossolúvel, isolado, para evitar complicações. Tem sido muito utilizada na propedêutica do abdome agudo, particularmente nos quadros inflamatórios. É o exame de escolha para diagnóstico de colecistite aguda, auxilia no diagnóstico de apendicite, podendo ser útil também para diagnóstico de calculose das vias urinárias, quadros de diverticulite, abcesso visceral (principalmente do fígado). Na pancreatite aguda é bastante utilizado para determinar a etiologia da pancreatite. USG com ecodopler ajuda em casos de abdome agudo vascular. Tem significativo impacto diagnóstico de abdome agudo. As principais indicações do exame são no diagnóstico e estadiamento da pancreatite aguda e da diverticulite.Além disso, é indispensável no diagnóstico e acompanhamento do abscesso pancreático. Apresenta elevada eficácia no diagnóstico diferencial de apendicite aguda, espe- cialmente nos pacientes obesos e nos quadros inconclusivos, e alta sensibilidade nos casos de trombose venosa mesentérica. A tomografia é um exame muito útil nos casos de abdome agudo atípico, principalmente no idoso e no imunodeprimido. Apesar de sua importância, a indicação desse exame deve ser criteriosa e estar apoiada em parâmetros clínicos, estando contraindicada em pacientes com insuficiência renal e alergia a iodo Carla Bertelli – 4° Período A arteriografia é fundamental para o diagnóstico precoce do abdome agudo vascular, pois permite diferenciar uma isque- mia oclusiva da não oclusiva, além de identificar a natureza e o local da obstrução, possibilitando a infusão de drogas vaso- dilatadoras e trombolíticas A laparoscopia está indicada nos casos de abdome agudo em que não se consegue estabelecer um diagnóstico, mesmo depois de esgotados os recursos propedêuticos não invasivos. Ela é capaz de evitar laparotomia desnecessária, otimizando o tempo do diagnóstico e reduzindo a morbidade, e permite a possibilidade de tratamento sequencial, tornando-se um pro- cedimento terapêutico. Extra abdominais Para o quadro de abdome agudo não se pode descartar as causas extra abdominais tais como: ● Cardíacas: Isquemia e infarto do miocárdio, miocardite, endocardite, insuficiência cardíaca. ● Torácicas: Pneumonia, embolia ou infarto pulmonar, pneumotórax, empiema, esofagite, espasmo esofágico. ● Metabólicas: Uremia, diabetes mellitus, porfiria, insuficiência adrenal aguda, hiperlipidemia, hipertireoidismo. ● Hematológicas: Anemia falciforme, anemia hemolítica, púrpura de Henoch-Schölein, leucemia aguda. ● Tóxicas: Reação de hipersensibilidade a picadas de insetos e venenos peçonhentos, metais pesados, agentes químicos. ● Infecciosas: Herpes Zoster, osteomielite, febre tifóide. Diversas: Contusão muscular, febre do mediterrâneo familiar, doenças psiquiátricas, síndrome de abstinência Dani, Renato e Maria do Carmo Friche Passos. Gastroenterologia Essencial, 4ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2011.
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