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@_melorapha I mãe med : Josué 1:9 Introdução e anatomia É uma inflamação do APÊNCITE CECAL, causada pela OBSTRUÇÃO DO LÚMEN, que acaba resultando em uma isquemia da mucosa. Seu diagnóstico é habitualmente clínico, podendo ocorrer algumas situações atípicas, que estão relacionadas à localização do apêndice – retroecal ou pélvica – tornando o diagnóstico um pouco mais exploratório. É importante levar em conta a diferenciação do paciente em relação ao sexo e idade, em mulheres pode estar associado à doença inflamatória pélvica, endometriose, abcesso ovariano. - Quadro clinico sempre procede com à APENDICECTOMIA Anatomia - O apêndice vermiforme é um protuberância tubular de, aproximadamente, 2 a 20cm de comprimento (tamanho variável na maioria das pessoas), localizando-se no colo direito, na base do ceco – confluência das tênias – próximo à válvula ileocecal. - Parte do intestino grosso rico em tecido linfoide; - Possui celular caliciformes, produzem muco. - Formado por uma camada mucosa, submucosa, muscular e serosa, possuí suprimentos sanguíneo decorrente da artéria apendicular, ramo da artéria ileocólica. - Um pequeno órgão no fundo do ceco, encontrado na FOSSA ÍLIACA DIREITA se insinuando para baixo, podem haver variações anatômicas em relação à localização do apêndice, sendo dividida em RETROCECAL, POS- ILEIAL, PRE-ILEAL, SUBCECAL e CAVIDADE PÉLVICA. Nesses casos, as manifestações e achados clínicos, sobretudo dor e sua localização, podem não ser muito clássicos diante da clínica soberana. A figura 1 e 2 mostra a anatomia do apêndice. FIGURA 1 FIGURA 2 @_melorapha I mãe med : Josué 1:9 Epidemiologia - é a causa mais comum de abdômen agudo, associado a tratamento cirúrgico; - presente na 2 a 3 década de vida; - mais frequente em homens; Fisiopatologia A apendicite aguda se inicia com um processo inflamatório da parede do apêndice, pois em sua mucosa há numerosos folículos linfoides, que é um grande potencial de inflamação. Esse linfoides aumenta de tamanho devido à inflamação causando uma OBSTRUÇÃO DO LÚMEN. Na maioria das vezes isto ocorre devido uma grande quantidade de FECALITOS, fezes rígidas. Outros fatores que desencadeiam a AA: • ÁSCARIS; • HIPERPLASIAS DOS FOLICULOS LINFOIDES; • CORPOS ESTRANHOS e NEOPLASIAS; Uma vez que, a luz presente no lúmen é pequena em relação ao seu comprimento. Quando obstruído favorece o desenvolvimento de bactérias e a secreção presente na sua mucosa favorece o aumento sob a luz. Essa obstrução promove a DOR VISCERAL → DOR PERIUMBILICAL. Quando a inflamação ultrapassa uma de suas camadas, a serosa, ela entra em contato com o peritônio parietal, uma camada externa que adere às paredes do abdômen, ocorrendo uma modificação na DOR, algo característico da AA, para um dor localizada na FOSSA ÍLIACA DIREITA de forte intensidade, a chamada DOR À DESCOMPRESSÃO BRUSCA – sinal de BLUMBERG, localizado no ponto de MCBURNEY. Com a obstrução, ocorre o ↑ da pressão intraluminal decorrente do ↑ da secreção do lúmen, na qual gera uma isquemia, provocando a distensão dos órgãos com uma baixa perfusão do sangue arterial e retorno venoso, resultando em necrose/perfuração. A secreção liberada pelo lúmen favorece à proliferação de bactérias, gram. – negativas como ESCHCRICHIA COLI, e anaeróbicos como BACTERIAS FRAGILIS. A divisão da fisiopatologia do AA inicia com OBSTRUÇÃO, em seguida com DISTENSÃO, ESQUEMIA, NECROSE, ABESSO, PERITONITE DIFUSA. Com a progressão do comprometimento linfático e vascular, a parede do apêndice torna-se isquêmica, chegando a ficar necrótica. Uma vez que inflamação e necrose significativa ocorrem, o apêndice está em risco de perfuração, o que leva à formação de abscessos localizados ou peritonite difusa. 1- OBSTRUÇÃO 2- EDEMA / DISTENSÃO - Aumento da pressão intraluminal por acúmulo de secreção no interior do apêndice com HIPERPROLIFERAÇÃO BACTERIANA. - Mais comum: FECALITOS (presente em apêndices normais) - Hiperplasia linfoides, neoplasias, parasitas estranhos. - Pressão intraluminal aumentada estar presente em 30% das Apendicites Aguda. - Diminui a circulação, comprometimento do retorno venoso e linfático; - Lesão tissular (nociceptores) causar uma dor vaga em região epigástrica/ monogástrica; DIVISÃO FISIOPATOLOGICA @_melorapha I mãe med : Josué 1:9 3- ISQUEMIA 4- NECROSE 5- ABCESSO 6- PERITONITE DIFUSA ● RESUMÃO: LINFOÍDES → Potencial de INFLAMÇÃO – tecido adiposo = OBSTRUÇÃO DO APENDICE ↓ Associada a FECALITOS, TUMOR, CORPOS ESTARNHOS = aumento de tamanho. ↓ + muco = proliferação de bacterianas ↑ da pressão intraluminal= ISQUEMIA LOCAL (perda da capacidade de proteção do epitélio), processo infecioso. Quadro Clínico A característica principal da Apendicite Aguda é a DOR ABDOMINAL, causada de uma forma inespecífica com um nível de dor moderado. Inicialmente a dor tem origem distribuída na região PERIUMBILICAL – dor epigástrica – QID, em alguns casos na medida que o caso evolui a dor piora ao tossis e caminhar. Cerca de 12h após o início dos sintomas a dor sofre migração anatomia – isso corre em 50 – 60% dos pacientes – localizando na FOSSA ÍLIACA DIREITA – F.I.D. -, no ponto de McBURNEY. A migração da dor é um ponto importante para o diagnóstico da Apendicite Aguda. Entre os SINTOMAS clássicos temos: Dor abdominal no Q.I.D; Anorexia; Náuseas; Em alguns casos apresenta SINTOMAS ATÍPICOS – casos + graves, apresenta de forma tardia: Febre > 38 graus; Diarreia; Disúria; Flatulência; Indigestão; Algumas manifestações em casos de perfuração são: BLOQUEADA e LIVRE. BLOQUEADA: formação de um abcesso, que causa um desconforto na F.I.D. e pode haver presença de plastão → ocorre em 2 a 6 % dos casos é massa palpável, e resulta de bloqueio do processo inflamatório pelas defesas peritoneais. É possível verificar atravessar de ultrassonografia (usg) ou tomografia computadorizada (tc) - Os nociceptores parietais já estão estimulados, então, uma dor mais localizada em FID. - dor inicia entre 12/24 horas após o início dos sintomas. - Presente em 90% dos casos após 24h de sintomas, geralmente não evoluem para perfuração. - É uma complicação do deslocamento da bactéria, que é localizado (se for bloqueio por alças intestinais) ou difuso. - Complicação tardia e grave da apendicite, em que, pode estar associada a perfuração e contaminação fecal do abdome. - A maioria dos pacientes evolui para esses quadro com 48h do início dos sintomas. @_melorapha I mãe med : Josué 1:9 LIVRE: dor de grande intensidade com aspecto difuso, abdômen rígido, com temperatura acima de 38 graus. Nestes casos há uma evolução para SEPSE. = evolução após 48h dos sintomas. Ocorrendo a perfuração do apêndice, o líquido em seu interior (pus) é derramado na cavidade abdominal, podendo produzir uma peritonite bacteriana. Liberação de substâncias químicas na corrente sanguínea para combater uma infecção desencadeando uma inflamação em todo o corpo, essas alterações danificam diversos sistema de órgãos. Dessa é uma manifestação grave que aparece em todo o organismo e acaba evoluindo o estado do paciente para um “infecção generalizada”. Outro ponto é a diferenciação de idade e sexo, pois existe critérios atípicos que pode interferir no diagnóstico. → Em IDOSOS, existe baixa respostainflamatória, temperatura menos elevada e a dor no abdômen que aparentemente não apresenta gravidade o que retarda o diagnóstico; Maior incidência de perfuração. → Em CRIANÇAS, paciente apresenta letargia, febre alta, vômitos intensos e diarreia frequente. O diagnóstico é tardio e a progressão da inflamação é mais rápida, o risco de perfuração é maior que no adulto. OBS: o omento não estar completamente formado. Maior incidência de morbimortalidade. → em GESTANTES, é uma emergência extrauterina mais comum em grávidas presente nos dois primeiros trimestre. Apresenta o apêndice deslocado para cima ou para o lado, acarretando em dor no hipocôndrio direito, associado a náuseas, vômitos e leucocitose. – intervenção cirúrgica. → A apendicite provoca os mesmo sintomas em homens e mulheres, o único fator que modifica é a diferença de órgãos femininos que como útero, ovários e trompas. O que acontece é que, nas mulheres, a apendicite pode ser confundida com uma inflamação ginecológicas, o que também provoca dor do lado direito do abdômen. Dentre elas temos: Fases da Apendicite Aguda Importante!!!!!! SEPSE @_melorapha I mãe med : Josué 1:9 Fase não complicada EDEMATOSA e FLEGMONOSA, – uso de CEFOXITINA, fase inicial Fase complicada GRANGRENOSA/ABCESSO e APENDICE PERFURADO Ao iniciar o exame físico, geralmente o paciente apresente uma hipersensibilidade à palpação no ponto de McBurney, com a defesa abdominal. Esse ponto é conhecido como o SINAL DE BLUMBERG, que refere-se a dor à compressão brusca. Irritação peritoneal = sinal de blumberg PONTO DE MCBURNEY ● Obs: Conhecido como ponto apendicular, é uma região do abdômen que auxilia o diagnóstico para apendicite. Quando comprimida profundamente e descomprimida bruscamente, causa dor ao paciente, em que, tem indicativo de peritonite, problema causado por abdômen agudo. SINAL DE ROVSING Se a palpação no QIE, resultar em dor no QID, diz que o paciente é positivo no SINAL DE ROVSING. Essa palpação realiza um falso peristaltismo no intestino grosso, através do sigmoide, passando pelo cólon descendente, cólon transverso e cólon ascendente, em que, há um acúmulo de gases e fezes, gerando dor, pois é onde encontra-se o apêndice. SINAL DE PSOAS Dor após a extensão da articulação do quadril direito, entra em contato com o músculo psoas. – SINAL DE PSOAS. Já o SINAL DO OBTURADOR, faz referência ao musculo obturador. As localizações dos dois músculos abaixo para entender o que acontece quando o apêndice estar inflamando. EXAME FÍSICO Grau 1: apêndice normal; Grau 2: apêndice hiperemiado e edemaciado; Grau 3: apêndice com exsudato fibrinoso; Grau 4: apêndice perfurado podendo evoluir para peritonite generalizada. @_melorapha I mãe med : Josué 1:9 Obs: esses sinais tem maior sensibilidade em apendicites com posição retrocecal. = DORES COM MOVIMENTO. SINAL DE LENANDER: Temperatura retal maior que a temperatura axilar em mais de 1º C. SINAL DE DUNPHY: Dor na FID que piora com a tosse. SINAL DE LAPINSKY: Dor à compressão da FID enquanto se eleva o membro inferior direito esticado. Diagnóstico O diagnóstico da apendicite aguda é clínico! CLÍNICA SOBERANA Os sinais iniciais dos sintomas + uma boa anamnese concluído o diagnóstico da Apendicite Aguda. Pode-se ter auxílio de alguns exames complementares, sendo que estes não devem atrasar à conduta de intervenção cirúrgica. Entre alguns conceitos existe o ESCORE DE ALVARADO, é um sistema de pontuação clínico usado no diagnóstico de apendicite. = auxilia bastante o médico em concluir seu diagnóstico. - Ele é composto por 3 etapas, os sintomas, sinais e laboratório; - De acordo com o Alvarado, um valor <5, é compatível com apendicite e deve ficar em observação; - Quando o valor é <7 indica maior probabilidade de apendicite. - Quando <9 alta probabilidade da doença. Para confirmar a Apendicite atribui-se 3 critérios: Pura clínica: este é primordial; Exames laboratoriais; - HEMOGRAMA: apresenta leucocitose, um desvio de esquerda; - BETA HCG: uma paciente feminina, para eliminar qualquer suspeita de gravidez antes de encaminhar ao centro cirúrgico; - PARCIAL DE URINA: através da inflamação, pode ocorre alteração devido à proximidade do apêndice em relação a bexiga e ureter, o exame apresenta leucocitúria; - PCR: evolução da inflamação; Estudo de imagem: Tomografia computadorizada ou ultrassonografia; - Mulheres, sempre solicitar pois existe diferenciação em relação a outros órgãos. - O apêndice normal mede até 6 mm em seu maior diâmetro, o qual deve ser medido de serosa a serosa, quando o avaliamos em um corte transverso. Já na apendicite este diâmetro ultrapassa os 6 mm; - Líquido peritoneal na região; EXAMES @_melorapha I mãe med : Josué 1:9 Obs: UGS, deve ser realizada de preferência em homens magros, com IMC >30, pois a visualização é melhor. A TC é o padrão ouro para confirmação o A.A. Tratamento Em geral o tratamento para AA, é a APENDICECTOMIA. - A remoção total do apêndice, lavagem da cavidade, drenagem de coleções localizadas – comprometimento do intestino, ressecção parcial do cólon direito. - A cirurgia pode ser aberta ou por Videlaparoscopia; - em alguns casos, após iniciar a cirurgia, ao abrir ou chegar na cavidade o apêndice estar normal, mas há uma inflamação localizada nas paredes, dessa forma realiza a retirada pois em algum momento ele poderá causar danos ao paciente. Esses indivíduos devem ser internados e receber hidratação venosa, antibióticos intravenosos e controle da dor enquanto aguardam a apendicectomia. - cirurgia = dieta zero - soro glicosado 5% 1000ml 12/12h - medicamentos: Ciprofloxacino 400mg 12/12h Metronidazol 500mg 8/8h Dipirona 2g 6/6h – analgésico Tramadol 50mg 8/8h (dor) Metoclopramida 10mg 8/8h @_melorapha I mãe med : Josué 1:9 Dicionário Médico ISQUEMIA: presença inadequada de fluxo de oxigênio e sangue em determinada região do organismo. DISÚRIA: é definida como dor, queimação, ardência ou desconforto durante ou após o ato de urinar. É um sintoma muito freqüente em mulheres adultas e a causa principal é a infecção do trato urinário. OMENTO: este é o nome de um órgão que tem funções imunitárias, mas quase nem falamos dele. E não é porque seja propriamente invisível. O omento é uma cobertura adiposa que está na zona do abdómen, mesmo à frente dos órgãos viscerais
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