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P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 1 ✴ P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE TERMOS DESCONHECIDOS: ablação: OBJETIVOS Compreender o Carcinoma Papilífero de Tireoide (Diagnóstico, Tratamento, Sintomatologia, Estadiamento, Epidemiologia) origem epitelial (BRAAF) É o câncer tireoidiano mais comum e possuem o melhor prognóstico dentre todos, mas são infelizmente os mais propensos à invasão local. A invasão pode ocorrer por extensão direta ou por invasão extra-capsular de linfonodo paratraqueal envolvido. 💡 80% dos cânceres de tireoide são carcinomas papilíferos, também conhecidos por adenocarcinomas papilíferos. Normalmente crescem muito lentamente e geralmente se desenvolvem em apenas um lobo da glândula tireoide. Mesmo que seu desenvolvimento seja lento, muitas vezes os carcinomas papilares se disseminam para os linfonodos do pescoço. A proporção mulher : homem é 3:1. Pode ser familiar em até 5% dos pacientes. A maioria dos pacientes tem de 30 a 60 anos. Em geral, o tumor é mais agressivo em pacientes mais velhos. Muitos carcinomas papilíferos contêm elementos foliculares. A incidência de carcinoma papilífero da tireoide aumentou nas últimas décadas, principalmente devido à descoberta incidental de pequenos cânceres em pacientes submetidos a ultrassonografia do pescoço, ressonância magnética ou tomografia computadorizada que incluíam o pescoço no campo da imagem e PET scans. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/c%C3%A2nceres-da-tireoide#v27306808_pt P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 2 O tumor se dissemina por via linfática em um terço dos pacientes e podem ocorrer metástases pulmonares. Os pacientes com < 55 anos com tumores pequenos confinados à tireoide têm excelente prognóstico. - diagnóstico começa com a história clínica e o exame físico. Uma das queixas é a presença de uma massa na região anterior do pescoço, móvel à deglutição, indolor. O paciente pode referir dificuldade ou desconforto à deglutição e, em casos mais raros, disfonia e falta de ar (geralmente em casos mais avançados). Quando tumores pequenos, pacientes podem ser assintomáticos e o diagnóstico vai ocorrer quando o médico está examinando outra queixa do paciente O diagnóstico é feito após realização de ultrassonografia do pescoço, por meio da qual é encontrado um nódulo na tireoide. Dependendo de suas características, é feita a punção aspirativa do nódulo e o consequente diagnóstico do tumor. classificação de BETHESDA. Diante dessa classificação, e em associação a outros fatores, é ou não indicado o tratamento. 💡 Em última análise, a avaliação morfológica de um nódulo tireoidiano por aspiração com agulha fina, combinada com o estudo histológico do tecido tireoidiano após ressecção cirúrgica, fornece a informação mais segura sobre a natureza do nódulo. - tratamento radioiodoterapia A glândula tireoide absorve praticamente todo o iodo presente no sangue. Quando uma dose de iodo radioativo, conhecida como I-131, é administrada, pode destruir a glândula tireoide e quaisquer outras células cancerígenas da tireoide, com pouco ou nenhum efeito colateral para o corpo. Esse tratamento pode ser utilizado para destruir qualquer tecido de tireoide remanescente da cirurgia ou para tratar o câncer de tireoide que se disseminou P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 3 para os linfonodos ou outros órgãos. 💡 A iodoterapia é mais eficaz em pacientes com níveis altos de hormônio tireoestimulante (TSH) no sangue. Essa substância estimula o tecido da tireoide (e às células cancerosas) a absorver o iodo radioativo. Se a tireoide foi removida, uma maneira de elevar os níveis de TSH é não administrar hormônios em comprimidos durante algumas semanas. reposição hormonal Após a tireoidectomia, o organismo deixa de produzir os hormônios da tireoide que necessita. Com isso, os pacientes devem tomar hormônio tireoidiano (levotiroxina) em forma de comprimidos para substituir a perda do hormônio natural. A hipófise produz um hormônio chamado TSH que faz com que a glândula tireoide produza o hormônio tireoidiano. O nível de TSH, por sua vez, é regulado pela quantidade de hormônio da tireoide no sangue. Se o nível do hormônio da tireoide está baixo, a hipófise produz mais TSH. Se o nível do hormônio tireoidiano é elevado, não é mais necessário TSH, então a hipófise passa a produzir menos hormônio. O TSH também promove o crescimento da glândula tireoide e, provavelmente, de células cancerígenas na tireoide Dessa forma, os médicos começaram a administrar doses de hormônio superiores às normais, mantendo os níveis do TSH muito baixos. Isso permite retardar o crescimento de quaisquer células cancerígenas remanescentes e diminuem as chances de alguns tipos de câncer de tireoide recidivarem. 💡 quimioterapia: mais indicado para câncer de tireoide anaplásico 💡 A radioterapia utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas que formam um tumor. Usado no câncer de tireoide medular ou anaplásico, porque os outros são melhores tratados com iodo. P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 4 cirurgia Lobectomia Essa cirurgia é algumas vezes utilizada para o câncer diferenciado de tireoide (papilífero ou folicular). O lobo contendo o câncer é geralmente removido, junto com o istmo (parte que une os lobos). Uma vantagem dessa técnica, é que o paciente pode não necessitar fazer reposição hormonal após a cirurgia. tumores encapsulados com < 4 cm localizados em um lobo Tireoidectomia é o tipo de cirurgia mais comum para a remoção da glândula tireoide. Se toda a glândula é removida, é denominada tireoidectomia total. Após a tireoidectomia, o paciente terá que fazer reposição hormonal diariamente. Tumores > 4 cm ou com disseminação difusa requerem tireoidectomia total ou quase total, com ablação pós-operatória retirada dos linfonodos - esvaziamento cervical, se houver comprometimento de algum linfonodo 💡 PCI: pesquisa de corpo inteiro, ele avalia a presença de algum sítio de metástase a distância 💡 Depois de quatro a seis semanas da intervenção, o paciente recebe doses terapêuticas de iodo radioativo em ambiente hospitalar para extinguir qualquer tecido remanescente de células tumorais no corpo e evitar metástases. Quando os carcinomas papilíferos e foliculares não respondem a esse tratamento, é possível recorrer à terapêutica antiangiogênica que consiste em bloquear a formação de novos vasos sanguíneos para impedir que as células tumorais recebam nutrientes e oxigênio através da circulação. O passo seguinte é indicar a reposição hormonal com levotiroxina por via oral para substituir os hormônios que deixaram de ser produzidos pela tireoide. - sintomatologia costumam ser assintomáticos nas fases iniciais. - Nódulo P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 5 - Caroço ou inchaço no pescoço - Inchaço no pescoço - Dor na parte anterior do pescoço, às vezes, irradiando para a região dos ouvidos - Rouquidão ou outras alterações na voz que não desaparecem. - Dificuldade para engolir. - Problemas respiratórios. - Tosse constante - estadiamento TI-RADS: é um sistema de notificação de nódulos tireoidianos na ultrassonografia Utiliza um sistema de pontuação padronizado para relatórios que fornecem aos usuários recomendações sobre quando usar aspiração com agulha fina (PAAF) ou acompanhamento ultrassonográfico de nódulos suspeitos e quando deixar com segurança nódulos isolados que são benignos/não suspeitos. No modelo final, as categorias TI-RADS se dividem em dois grupos: O grupo dos nódulos com padrões benignos, que inclui as categorias TIRADS 2 e 3; Grupos de nódulos suspeitos de malignidade 4a, 4b, 5.0 TIRADS 2: risco de malignidade próximo a zero TIRADS 3: risco de malignidade próximo a 0,25% TIRADS 4a: moderadamente hipoecogênicos (indica uma lesão de baixa densidade, geralmente formada por líquidos, gordura ou tecidos poucos densos) TIRADS4b: risco de malignidade estimado em 69% TIRADS 5: risco de malignidade estimado em 100% BETHESEDA Sistema Bethesda para Laudos Citopatológicos de Tireóide (The Bethesda System for Reporting Thyroid Cytopathology – TBSRTC). Este sistema prevê a classificação das amostras em 6 classes ou categorias, a saber: P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 6 I) AMOSTRA NÃO DIAGNÓSTICA II) BENIGNO III) ATIPIAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO / LESÃO FOLICULAR DE SIGNIFICADO INDETERMINADO IV) SUSPEITO DE NEOPLASIA FOLICULAR V) SUSPEITO DE MALIGNIDADE VI) MALIGNO - epidemiologia atinge principalmente mulheres, por volta dos 30 a 50 anos Uma predominância feminina foi observada entre os pacientes que desenvolveram carcinoma da tireoide durante o início e meio da idade adulta. Em contraposição, os casos observados na infância e ao fim da idade adulta são distribuídos igualmente entre homens e mulheres. (robbins) a maior parte dos casos ocorre entre as mulheres – é porque a tireoide é mais prejudicada pela ação dos hormônios ligados ao período menstrual, gravidez e menopausa. 32,4% de pessoas que tem tireoidite e pode ter hipotireoidismo - fatores de risco ingesta de iodo: O tamanho da tireoide é inversamente proporcional à excreção urinária de iodo. tabagismo genética Radiação na região do pescoço para tratamento de doenças anteriores, ou à que são submetidos certos profissionais no exercício de suas funções ou, ainda, à que foram expostos os sobreviventes de acidentes nucleares; Conhecer os outros tipos de câncer de tireoide (Nomenclatura) P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 7 💡 câncer de tireoide induzido por radiação: Tumores de tireoide se desenvolvem em indivíduos expostos à radiação ambiental em grande quantidade, como ocorre como resultado de explosões atômicas, acidentes em reatores nucleares ou irradiação acidental da tireoide durante a radioterapia. Os tumores podem ser detectados 10 anos após a exposição, mas o risco permanece aumentado por 30 a 40 anos. Esses tumores habitualmente são benignos, mas cerca de 10% são carcinomas papilíferos de tireoide. Os tumores, com frequência, são multicêntricos e difusos. 💡 Os pacientes submetidos à irradiação da tireoide devem fazer, anualmente, o exame de palpação e a ultrassonografia da tireoide. O mapeamento da tireoide nem sempre reflete as áreas de envolvimento. - carcinoma folicular: Os carcinomas foliculares da tireoide frequentemente abrigam mutações condutoras em RAS ou nos componentes da via de sinalização PI3K/AKT. é menos comum do que o carcinoma papilífero, correspondendo a 10% dos cânceres de tireoide. O carcinoma folicular, ao contrário do papilar geralmente não se dissemina para os linfonodos, mas alguns podem se disseminar para outros órgãos, como os pulmões ou ossos. É mais maligno que o carcinoma papilífero, com disseminação hematogênica e metástases a distância. 💡 variante das células de Hürthle: são tumores da glândula tireóide de baixa incidência que apresentam muitas controvérsias quanto à distinção entre carcinomas e adenomas. - carcinoma anaplásico: Estes tumores altamente agressivos podem surgir de novo ou, mais comumente, pela progressão de um carcinoma papilar ou folicular bem diferenciado. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/c%C3%A2nceres-da-tireoide#v27306789_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/c%C3%A2nceres-da-tireoide#v27306789_pt P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 8 mutações de perda de função em TP53, que se acredita ter um papel importante no desenvolvimento de carcinomas anaplásicos. é um câncer indiferenciado que responde por cerca de 1% dos tumores de tireoide. Ocorre principalmente em idosos, sendo pouco mais frequente em mulheres. O tumor caracteriza-se por crescimento rápido e doloroso. O súbito aumento da tireoide também sugere linfoma da tireoide, particularmente quando encontrado em associação com a tireoidite de Hashimoto. Não há tratamento eficaz e a doença costuma ser fatal. Cerca de 80% dos pacientes morrem até 1 ano após o diagnóstico. - carcinoma medular: composto de células parafoliculares (células C) que produzem calcitonina. Pode ser esporádico (habitualmente unilateral); mas geralmente é familiar, causado por uma mutação no protooncogene ret. A forma familiar pode ocorrer isoladamente ou como componente das síndromes de neoplasia endócrina múltipla (NEM) tipo 2A e NEM 2B. 💡 Os carcinomas papilífero e folicular juntos são denominados câncer de tireoide diferenciado por causa da sua semelhança histológica com o tecido tireoidiano normal e preservação de função diferenciada Conhecer os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos do câncer de tireoide FARMACOLÓGICO terapia alvo A maioria dos cânceres de tireoide papilífero e folicular pode ser tratada eficazmente com cirurgia e iodoterapia, não necessitando outros medicamentos. Mas quando esses tratamentos não são eficazes, as terapias alvo podem ser úteis. Sorafenibe e lenvatinibe são terapias alvo conhecidas como inibidores de tirosina quinase, que agem em duas maneiras. Eles bloqueiam a formação de novos vasos sanguíneos, que os tumores precisam para crescer. Esses medicamentos também https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/tireoidite-de-hashimoto https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/s%C3%ADndromes-de-neoplasia-end%C3%B3crina-m%C3%BAltipla-nem/neoplasia-end%C3%B3crina-m%C3%BAltipla-tipo-iia-nem-iia https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/s%C3%ADndromes-de-neoplasia-end%C3%B3crina-m%C3%BAltipla-nem/neoplasia-end%C3%B3crina-m%C3%BAltipla-tipo-2b-nem-2b P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 9 têm como alvo algumas das proteínas produzidas pelas células cancerígenas, que normalmente ajudam o tumor a crescer. Medicamentos antiangiogênese. Esses medicamentos bloqueiam o crescimento do tumor por um tempo, quando administrados a pacientes com câncer de tireoide diferenciado (papilífero e folicular), que não respondem mais ao tratamento com iodo radioativo. Entretanto, ainda não está claro se esses medicamentos aumentam a sobrevida dos pacientes. Ambos os medicamentos são administrados por via oral. Os efeitos colaterais comuns incluem fadiga, erupção cutânea, perda de apetite, diarreia, náuseas, aumento da pressão e síndrome mão-pé. NÃO FARMACOLÓGICO O iodo é o principal responsável pela formação dos hormônios da tireoide, indispensáveis ao desenvolvimento do nosso organismo. É extremamente importante ter, na dieta, alimentos que possuam esse mineral. Sua falta pode contribuir para o hipotireoidismo. leite salmão atum Correlacionar a Tireoidite de Hashimoto e o Hipotireoidismo e o desenvolvimento do câncer de tireoide tireoidite de hashimoto doença autoimune: o corpo produz anticorpos contra a tireoide, acontece a perda gradual da tireoide, e de sua função (produção de hormônio), com isso a pessoa sente sintomas de hipotireoidismo (falta de disposição, sonolência, retenção de líquido, depressão, ansiedade) anticorpos: ANTI-TPO, ANTI-TIREOGLOBULINA 💡 nem sempre tem tireoidite de hashimoto, vai apresentar os sintomas de hipotireoidismo P4M1PR2 - CARCINOMA DE TIREOIDE 10 💡 tireoidite aguda muito rara: mas ela pode causar um hipertireoidismo, porque é liberado vários hormônios (tremores, palpitações), passar essa fase, o paciente entra na fase subaguda, e pode desenvolver o hipotireoidismo. não existe uma correlação específica, como são duas doenças comuns, numa faixa etária e em uma idade, elas podem coexistir a pessoa que tem tireoidite deve tomar seus remédio, repor os hormônio se necessário, e fazer sempre o exames. A tireoidite de Hashimotoé uma inflamação autoimune crônica da tireoide com infiltração linfocitária. Os achados incluem aumento indolor da tireoide e sintomas de hipotireoidismo. O diagnóstico envolve demonstração de altos títulos de anticorpos peroxidase tireoidiana. Reposição de L-tiroxina por toda a vida costuma ser necessária. Compreender o manejo do paciente submetido a radioiodoterapia jejum elevar os níveis de TSH dieta pobre em iodo beber muita água após o exame