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Aula 4 - Produção de Poedeiras

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MANEJO DE POEDEIRAS
Manejo de poedeiras
Passos importantes para iniciar a criação: 
• estabelecer os objetivos e mercado alvo 
• escolher a marca comercial que se deseja trabalhar como por exemplo:
HUBBARD-Isa 
Manejo inicial
• instalações e equipamentos do pinteiro: limpos e desinfetados
• lâmpadas: limpas e em perfeito funcionamento
• preparar o galpão:
• ração já deverá estar no local
• comedouros em perfeito estado
• portas de gaiolas já levantadas, para facilitar a colocação das pintainhas
• gaiolas/cama: forradas com papel
Manejo Inicial
• 3h antes das aves chegarem: ligar aquecimento
• chegada:
• contar e pesar uma amostra e soltar as pintainhas
• fornecer água (viagens prolongadas...)
• retirar as caixas dos galpões e queimá-las imediatamente
Cenário Brasileiro
• grande extensão territorial e variações climáticas que existem no Brasil
• GALPÕES ABERTOS: usados com êxito em zonas tropicais
• vantagens: menor custo
• desvantagem: não há como controlar bem as variáveis
• GALPÕES DE AMBIENTE CONTROLADO:
• controle de todo processo de criação
Galpão aberto
Galpão fechado
Fases da criação
CRESCIMENTO
PRODUÇÃO
1ª fase: CRIA: 1 a 10 semanas 
2ª fase: RECRIA: 11 a 17 semanas
3ª fase: POSTURA: 18 a 76 semanas 
1ªfase: Cria aquisição e 
preparo da área do pinteiro
• aves de incubatórios registrados no MAPA
• provenientes de matrizes também vacinadas
• piso ou gaiola
• controle de temperatura
Aquecimento - linhagem Hyline Brown
.
IDADE GAIOLA (ºC) PISO (ºC)
1 - 3 dias 35 -37 35
4 - 7 dias 32 -34 33
8 -14 dias 29 -31 31
15 - 21 dias 26 -29 29
22 - 28 dias 24 -26 26
29- 35 dias 21 -23 23
36 dias 21 21
1ª fase: Cria 
• permanecem em locais denominados “pinteiros” até aproximadamente 10 
semanas
• densidade de até 20 aves/m2.
1ª fase: Cria
• baterias ou gaiolas (menos comum em piso)
2ª fase: Recria
• aves são alojadas em gaiolas metálicas de diversos tamanhos da 11ª até à 
17ª semana de vida 
• dimensões mais usuais de gaiolas: 
• 0,5 x 0,5 x 0,4 m3 (8 aves/gaiola)
• 1,0 x 0,6 x 0,4 m3 (16 aves/gaiola)
• 1,2 x 0,6 x 0,4 m3 (20 aves/gaiola)
2ª fase: Recria
• bateria
• piso
• gaiola
Peso da ave na cria e recria
• pesar periodicamente pelo menos amostra de 100 aves/galpão ð peso corporal
médio ð uniformidade dos pesos dentro do lote (separar os lotes na recria
com aves do mesmo peso)
Alimentação
• Requerimentos nutricionais de acordo com a linhagem
• Inicial – 1 a 5 semanas
• Crescimento I – 6 a 8 semanas
• Crescimento II – 9 a 15 semanas
• Pré-postura – 16 a 17 semanas
• Postura I – 18 a 27 semanas
• Postura II – 28 semanas até 72 semanas ou 122 semanas
Debicagem
• Primeira: 7º ao 10º dia - CRIA
• Segunda: 6ª-14ª semanas - RECRIA
• 1ª debicagem 
• corta-se 1/3 bico total
• 2 a 3 mm das narinas 
• 2ª debicagem
• corta-se 2/3 bico superior e ½ do 
bico inferior
• 4 a 6 mm das narinas 
• debicando cada bico em 
separado
Recomendações da debicagem
Evita:
• canibalismo
• escolha de partículas da ração ð melhor eficiência alimentar
• bicagem das companheiras na postura
Menor incidência de aves refugo
Uniformidade do lote
Canibalismo
Fatores que contribuem para o aparecimento de 
canibalismo
• calor
• superlotação
• desbalanceamento de ração
• deficiência de aminoácidos e minerais
• deficiência de equipamentos
• ventilação deficiente
ü usar lâmina aquecida até se obter uma cor vermelho-cereja (595-750ºC)
ü não debicar aves enfermas
ü trocar as lâminas da máquina debicadora a cada 5 mil pintainhas ou 2 mil frangas debicadas
ü teste de controle de qualidade: amostragem a cada 3 horas de trabalho
ü por 2 ou 3 dias, aumentar os níveis de alimento e o fluxo de água
ü fornecer vitamina K na ração, 3 dias antes e 3 dias após a debicagem
ü 1 semana antes e após, evitar outras práticas de manejo que possam causar estresse nas
aves
Obs: Proibida ou rigidamente controlada na maioria dos países da UE
Importante
3ª Fase: Postura
• gaiolas industriais/convencionais
• “gaiolas enriquecidas” (caixa para ninho, poleiro, areia...)
• galinheiros e galpões de poleiros
• soltas ao ar livre
• produção orgânica
Bem-estar de galinhas poedeiras - Diretiva 1999/74/EU 
• estabelece padrões mínimos de proteção das galinhas poedeiras
• 01/01/2012 a UE aboliu as gaiolas tradicionais sem enriquecimento
• mercado tende a evoluir para sistemas SEM GAIOLAS! 
• Brasil: 350 a 450 cm2/ave (28 a 22 aves / m2)
• Estados Unidos e países asiáticos: 400 cm2/ave
• Noruega: 700cm2/ave (14 aves/m2)
Diretiva 1999/74/EU
Gaiolas convencionais: Mínimo de 550cm2/ave. A partir de 01/2003, não 
puderam mais ser construídas ou colocadas em serviço pela primeira vez. 
Proibidas a partir de 2012
Gaiolas enriquecidas: Mínimo 750cm2/ave; poleiros e ninhos
Sistemas sem gaiolas: Densidade máxima de 9 aves/m2 de área livre, ninho (1:7 
aves) e poleiros 
Espaço disponível por poedeira nas gaiolas
Espaço para poedeiras - Pisos
• 10 aves/m2 (brancas)
• 8 aves/m2 (vermelhas)
• comedouro calha: 8cm/ave (branca) e 10cm/ave 
(vermelha)
• comedouro tubular: 1 p/ 20 aves
• nipple: 1 p/ 8 aves
• pendulares: 1:50 aves
• bebedouro calha: 8cm/ave (branca) e 10cm/ave 
(vermelha)
Ninhos
• dispor de ninhos em número adequado, de acordo com a linhagem alojada
• recomenda-se a provisão de 1 boca de ninho para 4 aves
• material da cama nos ninhos deve propiciar conforto e higiene às aves
Poleiros
• evitar que fezes das aves nos níveis superiores caiam sobre as aves dos 
níveis inferiores
• espaço médio oferecido para cada ave de no mínimo 15 cm
Aves em produção X Aves a serem descartadas
Característica Em produção Sem produzir
Crista e 
barbelas
Grandes, elásticas e de 
cor avermelhada 
(pigmentada)
Pequenas, secas, cor vermelha clara ou 
amarelada (pálida ou despigmentada)
Cloaca Larga, forma oval, sem 
pigmentação e úmida
Estreita, forma circular, pálida e seca
Canela, bico Despigmentados Amarelo
Peso corporal Dentro do padrão, com 
pouca gordura abdominal
Pesada, com acúmulo de gordura 
abdominal e em outras regiões do corpo e 
com reduzida massa muscular (aves 
refugos), apáticas
Fonte: Embrapa, 2007
Avaliação horizontal da distância entre os ossos púbicos (ave em produção: 2 a 3 dedos)
Avaliação horizontal da distância entre os ossos púbicos (ave improdutiva: menos que 2 dedos)
Fonte: Embrapa, 2007
• reversão da cloaca (prolapso) ð pressionar levemente a região em torno da
cloaca (aves em produção fazem a reversão facilmente)
• aves improdutivas não apresentam reversão de cloaca
Fonte: Embrapa, 2007
Programa de luz
• 2 primeiros dias: 20-22h de luz, a 20 lux
• 2ª até 8ª semana: 8-10 horas diárias, a 5 lux
• 8ª a 17ª semanas: manter luz diária entre 8-10 horas (PROGRAMA DE LUZ
DECRESCENTE)
• 18 semanas = 15 horas de luz (Fase de início da postura)
• 20ª semanas: 16 horas de luz
• 22ª a 50ª semanas: 17 horas de luz
• 51ª semanas até o final: 18 horas de luz
• Não permitir que a duração de luz diária, nem a intensidade luminosa 
diminuam para as poedeiras adultas
Criação e Manejo
Regras Básicas para Programa de Luz:
• Fase de recria: nunca estimular
• Fase de postura: o número de horas de
luz é crescente e se mantém
Aviários escuros (blackout ou dark house)
• aviários com ambiente controlado
• objetivos
• entrar em postura mais cedo
• evitar estresse
• melhor uniformidade
• à prova de luz
• isolamento térmico
• iluminação: Igualmente distribuída por todo o aviário
• ventilação: Fornecer a quantidade de ar fresco necessário e remover gases 
• automatizado
Aviário aberto
• utilização de luz artificial para contrabalançar a influência das mudanças
naturais que ocorrem no fotoperíodo
Muda das penas
• ocorre em aves como consequência
de um período de descanso em que
a ave cessa a produção de ovos e
passa por modificações fisiológicas
(internas e externas)
•Muda natural – perda e renovação de penas antes do inverno ð postura
irregular
•Muda forçada – maisum ciclo de produção, aumentando a vida produtiva e
otimizando o desempenho da ave.
• Vários métodos estudados para a muda, mas o mais usado é o jejum:
• período de jejum (sem alimento ou dieta sem calorias) depende:
• da gordura acumulada pelas aves
• da capacidade da linhagem em perder peso
obs.: suspender luz artificial durante a muda.
• De forma geral:
• peso deve ser próximo ao do início da produção (20 semanas de idade)
• lote perde em torno de 25-30% do peso em que se iniciou a muda
• máximo 12 dias sem alimento
• mortalidade de 1,5% do lote
• tempo necessário para cair a plumagem
• ovário e o trato reprodutivo regridem
• penas renascem e ave se tornar apta à fotoestimulação: em torno de 10 semanas
• DECISÃO
... em época de sobra de ovos no mercado, quando o preço tende a cair
... quando se disponha de galpão ocioso
... quando o avicultor não tiver suporte financeiro para a aquisição de um novo 
plantel e que a muda seja mais econômica em comparação a aquisição de um 
novo lote
Alternativas para promover o bem-
estar
• Sistema de semiconfinamento (FREE RANGE)
• Cage free
• Enriquecimento de gaiolas
• Sistema orgânico

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