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Equinocultur� EQUINOCULTURA • A domesticação do cavalo se a há pelo menos 5.000 anos, sendo um dos animais mais fundamentais para o desenvolvimento da atual civilização Funções • Lazer e esporte (principais funções) • Trabalhos agrícola/pecuária • Transporte de pessoas e carga • Policiamento (as cavalaria ainda são bastante importantes) • Material bélico • Equoterapia (tratamento para diversas doenças, como autismo, Síndrome de down) • Companhia • Produção de soro antiofídico, e potencial contra covid-19 DENOMINAÇÃO • Equídeos • Equus caballus = cavalos • Equus asinus = jumento • OBS: Muares = são híbridos do cruzamento dos cavalos (éguas) com jumento (garanhão), sendo o produto burros e mulas. Os muares são estéreis, e portanto não conseguem passar sua genética, mas pode ser utilizado como receptora de embrião. O burro por exemplo são castrados apenas com a finalidade de torna-los mansos e calmos. EQUUS CABALLUS • Ungulado • Solipe = animal que se apoia sobre as úngulas • Reino: animalia • Filo: chordata • Classe: mammalia • Ordem: perissodáctila (possui dedos ímpares) • Família: equidae • Gênero: equus HISTÓRICO • Ancestrais mais antigos Hyracotherium e Eohippus - há 60 milhões de anos • Características: 4 dedos, cerca de 5 a 6kg, 36 cm • Na evolução os cavalos perderam os dedos e ganharam tamanho • As características do Equus caballus não muda a cerca de 1 milhão de anos • OBS: existem outros grupos de espécies de cavalos como cavalo de Przewalski e cavalo de Tarpan (extinto) • Cavalo nas Américas: 120.000 anos • Domesticação: 5.000 anos • Assinos, persas, hebreu, egípcios, fenícios @natty_medvet 1 Nas Américas • 1493 - Cristóvão Colombo, segunda viagem - Ilha de São Domingos • 1534 - São Vicente, Dna. Ana Pimentel (mulher de Martim Afonso de Souza - primeira a trazer os cavalos para o Brasil) • 1535 - Argentina - Pedro de Mendoza • 1541 - Pernambuco- Dom Duarte Coelho • 1549 - Bahia, Thomé de Souza • 1808 - D. João XVI (príncipe regente), coudelaria (haras) de Alter Real tinha os melhores cavalos, o que fez com que evoluisse a equinocultura no Brasil CARACTERÍSTICAS GERAIS • Temperatura 37,5 a 38,5 • Batimentos cardíaco 18 a 36 (min) • Pulso em descanso - difícil • Movimentos respiratórios 8 a 15 (min) • Altura média 1,50 a 1,60 m • Peso médio 330-550 (UA - unidade animal = 450,00 kg) • Gestação 335 dias • Ex. Mammoth (1849) - 2,19 m - 1524,00 kg CICLO DE VIDA • A primeira mamada do potrinho deve acontecer nos primeiros 30 min • Desmame 4 a 6 meses • Puberdade - 15 a 25 meses • Início vida reprodutiva: fêmeas 2 a 3 anos e machos 3 a 4 anos • Doma 3 anos • Maturidade 5 anos • Longevidade 30 anos Para a criação desses animais necessita ter: • Piquetes separados para cada grupo • Pastos • Tronco de contenção • Redondel • Sala de arreios • Farmácia • Baias • Lavador • Sala de feno e rações • Estrumeira • Pista • Açude • Laboratório • Necessita de equipamentos e instrumentais • Medicamentos e insumos @natty_medvet 2 ESTUDO DO COMPLEXO AGRONEGÓCIO EQUINO AGRONEGÓCIO: todas as atividades existentes desde a produção e distribuição dos insumos utilizados na atividade produtiva até a comercialização Movimentação econômica atual: • R$30,0 bilhões (todas as atividades que o cavalo pode gerar, desde moda country até o sal utilizado por eles) OBS: agronegócio bovino de corte R$1,129 trilhão enquanto que equinos apenas R$6 milhões • Empregos diretos = cerca de 610 mil e diretos + Indiretos (ex. Caminhoneiro) = 3.2 milhões OBS: PIB = 8,7 trilhões CEPEA 2006 resumo das contribuições dos diversos segmentos do complexo agronegócio cavalo do Brasil QUANTIDADE DE EQUINOS NO BRASIL • 1995 = 6.400.000 • 2004 = 5.787.250 • Hoje = 5.962.126 cabeças (aprox 6 milhöes) • EUA = 9.500.000, China 7,9 milhões, México 6,3 milhões • Principalmente regiões centro oeste e sul, acompanhando a pecuária bovina • Muares 1,4 milhão e asininos 1,2 milhão DISTRIBUIÇÃO DO EFETIVO DE EQUINOS POR REGIÃO, 2020 • Sudeste 22,7% (Minas Gerais e São Paulo) • Nordeste 22,7% • Centro oeste 23% • Norte 17,2 % • Sul 14,5 % COMPORTAMENTO DOS EQUINOS ● O coletivo de um grupo de cavalos é conhecido como tropa, sendo dominado pela fêmea mais velha ● Os machos possuem caninos utilizados para brigas e disputas O que molda o comportamento do cavalo: ● A evolução da espécie vem sendo moldado, por serem considerados como presas ● O temperamento do cavalo é classificado em sanguineo (cavalo mais agitado e nervoso, e não necessariamente violento) ou temperamento linfático (cavalo mais calmo) @natty_medvet 3 ● Algumas raças possuem essas características de temperamento Ex: ● Mangalarga marchador → de temperamento sanguíneo ● Criolo → de temperamento linfático, animal calmo e confiável ÓRGÃOS DO SENTIDO ● Muito do comportamento do cavalo está relacionado com algumas características dos órgãos dos sentidos: tato, paladar, visão, estratégias de defesa (correr/fuga), reprodução (libido), idade, contactantes OBS: mudanças comportamentais são típicas de alterações neurológicas Relação de cria ● A cria até os 3 meses fica sempre perto da mãe, sendo dependente do leite. A partir dos 3 meses necessita procurar outras fontes de alimento. Audição ● Possuem audição muito boa ● As orelhas são grandes e móveis, e possuem formato cônico, além de conseguirem movimentar lateralmente ● São capazes de identificar a direção do som ● Alta capacidade de distinguir sons de baixa frequência, principalmente sons agudos A posição das orelha vai dizer muito sobre o estado emocional do animal naquele momento: Inclinação aguda p/ frente = indica tensão, curiosidade ou boa intenção. Caída para o lado = aborrecimento, cansaço, relaxamento. Abaixadas e voltadas para trás = diversos significados – atenção, postura defensiva, etc. Uma orelha para frente e outra para trás = atenção a vários sons – o cavalo tem a capacidade de perceber e identificar sons distintos e de direções diferentes. Comportamento vocálico Chamado = emitido com a boca fechada, som baixo, suave e frequente em encontros “não românticos”; usados por potros e éguas, cavalos domesticados pedindo comida e garanhões quando querem namorar com as fêmeas. Bufo (sopro) = jato de ar que sai pelo nariz; pode ser ouvido há 200 metros; é uma forma de limpar as vias respiratórias (aumentando a oxigenação); pode significar curiosidade e medo; é curto, percussivo, sem tom e tende a subir e cair rapidamente. Grito = mais alto; contém muita aspereza, sem tom. Relincho = bem comum; som não muito sonoro; usado p/ chamar atenção sobre algo ou de alguém. Ronco = grave, curto, descontínuo; ligado ao reconhecimento (cumprimento, maternal, namoro, satisfação). @natty_medvet 4 Rugido = agudo e ocorre em estados emocionais intensos; Suspiro = saída longa de ar pelas narinas; demonstra tédio, mal-estar digestivo e até angústia. Olfato ● Olfato bem desenvolvido ● Um cavalo consegue sentir cheiro a 2km de distância ● Desprezam cheiro de putrefação - grande capacidade de sentir odores ● Dilatação das narinas: melhora a captação do oxigênio, além de ajudar a identificar melhor o odor ● Reflexo de Flehmen: não está apenas relacionado com feromônios, mas também com qualquer odor estranho como perfumes, fezes de outros cavalos, etc. Visão ● Globo ocular levemente lateralizado que permite um campo de visão mais amplo e impõe dificuldades para perceber uma amplitude de campo visual à frente de sua cabeça; ● Visão equina: ● Monocular = olhos focam independentemente um do outro – dois campos de visão distintos ● Binocular = olhos focam simultaneamente, formando uma só imagem ● A visão noturna do cavalo é melhor que diurna ● Possuem restrições e pontos cegos: 1. Diretamente atrás do cavalo ● Consiste na área bloqueada pela largura da cabeça ● Possui um ângulo de cerca de 5º 2. Diretamente abaixo do seu nariz em relação ao plano vertical ● Um cavalo pode não enxergar muito bem uma cerca quando a pula de qualquer jeito; OBS: A maioria dos coices ocorrem por acidente devido a sustos e por não enxergaremem seu ponto cego. ● Os cavalos enxergam tons de verde e azuis – não enxergam todas as cores como os humanos. Além disso, Enxergam muito bem no escuro, pois possuem uma camada fibroelástica debaixo da retina; ● Possuem dificuldade na transição de ambientes escuros para ambientes claros – por isso se observa a dificuldade ao entrar e sair das baias ou dos caminhões de transporte; @natty_medvet 5 Paladar Os cavalos são extremamente seletivos e exigentes, e possuem um fraco por alimentos doces. Percepções olfato-gustativas = para perpetuar a espécie, os equinos sofreram todas as etapas do melhoramento evolutivo, se tornaram mais seletivos, buscam os alimentos com os lábios e arrancam com os dentes Tato ● Os cascos dos equinos possuem muitas terminações nervosas que ajudaram na percepção/aproximação de outros animais através de vibrações do solo ● Presença de vibrissas → pêlos táteis da extremidade do focinho (bigodes) – utilizado para reconhecer objetos que despertam interesse e curiosidade, bem como detectar se o animal está perto ou não de um objeto ou parede (as vibrissas nunca devem ser cortadas); Estratégias de defesa ● Sempre a primeira opção será a fuga, caso contrário o coice e mordidas serão meios de defesa. ● Coices com mãos e pés ● Pisoteios Comportamento sexual ● Relincho, excitação, posição quadrupedal, Flehmen (demonstração de libido por parte dos machos, no entanto pode demonstrar atitude de prazer quando estiver relacionado a doces) ● As fêmeas apresentam posição quadrupedal, cauda levantada, urinar Interferência do estresse e vícios comportamentais ● A presença de febre, anemia e desidratação altera o comportamento do animal deixando-os apáticos ● Doenças em córtex também irão alterar o comportamento ● Problemas comportamentais ocorrem devido à comunicação deficiente (entre homem e cavalo), ambiente inadequado, etc ● Estereotipias = comportamentos repetitivos sem função óbvia – ligados ao estresse e continuam mesmo quando os motivos do estresse são removidos; ● Morder a baía, madeira, cocho = deficiência de fibra na dieta ou irritação; ● Aerofagia = engolir ar, podendo causar cólica, perda de peso, timpanismo intestinal; Hábitos dos equinos ● Possuem o hábito de defecar e urinar no mesmo lugar ● 90% dos partos acontecem durante a noite a fim de evitar predadores (a placenta não possuem cheiro e não sangram) ● Grandes áreas de pastejo ● Dormem 6-8h por dia ● Possuem medos e fobias que irão variar de animal para animal @natty_medvet 6 CROMOTRICOLOGIA EM EQUINOS INTRODUÇÃO: ● É o estudo da cor da pelagem do cavalo. ● A pelagem é o conjunto de pelos de uma ou diversas cores, espalhados pela superfície do corpo e extremidades, em distribuição e disposição variadas, que determinam a cor do animal. Diversos fatores podem influir na não identificação imediata da pelagem, como: ● Idade normalmente a pele que o animal tem ao nascer vai ser diferente na fase adulta, por isso existe pelagem definitiva. ● Sexo não interferem tanto na cor, porém interferem na tonalidade. Os machos possuem mais glândulas sebáceas para atrair mais a fêmea pois seus pelos fica mais brilhantes ● Luz os pelos ficam brilhosos ● Clima / sazonalidade ● Alimentação onde cavalos bem nutridos tem uma pelagem melhor ● Saúde PELAGENS SIMPLES E UNIFORMES ● São as das mais comuns que tem (alazan). PELAGEM BRANCA: A pelagem branca é raro porém tem dias variações, como: ● Amarelado é um branco encardido levemente amarelado. Não chega a ser amarelado, parece roupa suja. ● Porcelana quando a pele é escura dando um reflexo azulado, que faz lembrar a louça de porcelana ● Pombo ou leite quando a coloração é fosca, sem brilho ● Todo cavalo branco é heterozigoto (Ww). Animais com homozigose é letal (síndrome do potro branco), o animal nasce e pouco tempo depois morre, porque os homozigotos não possuem neurotransmissores intestinal, ou seja não tem receptores de motilidade morrendo de cólica. ● Pseudoalbinoide sua pelagem é chamada de lsabel (variedade da cor branca) Pseudoalbinoide/Isabel PELAGEM PRETA: ● São valorizados apenas pela pelagem porque são raros @natty_medvet 7 ● Tem dois tipos como o mal-tinto e azeviche ● Mal-tinto quando dá a impressão de desbotado (reflexos avermelhados) ● Azeviche preto intenso, reflexo brilhante, azulado PELAGEM ALAZÃ (ALAZÃO): ● São pêlos vermelhos com as extremidades da mesma cor, podendo variar bastante desde claro ao escuro. Alazã Clara: vermelho claro Alazã Amarilha: clara amarelada, loirada Alazã Tostada: quando é da cor do café torrada Alazã Cereja: vermelho bem intenso Alazão bragado (que tem uma mancha) e salpicado (quando tem pelos marrons e parece que salpicou pelos brancos). @natty_medvet 8 ● É uma pelagem bastante comum tendo em todas as raças PELAGENS SIMPLES COM CRINAS CAUDA E EXTREMIDADES PRETAS PELAGEM CASTANHA ● Está presente em todas as raças ● São pelagem vermelha com extremidades escuras. Claro: vermelho é pouco intenso Castanho escuro: vermelho intenso Castanho pinhão: quase preto, pelos avermelhado na cabeça e virilha Castanho zaino: castanho pinhão, sem particularidades em cabeça ou membros @natty_medvet 9 Pelagem baia (com extremidade preta): Baio-simples-claro ou Baio-palha: quando se parece com a cor da palha do trigo Escuro: quando a tonalidade do amarelo ё mais carregada Encerado: cor de caramelo (gateado) Listra de burro / apatacado (manchas mais claras e arrendondadas) - Apatacado: variação na tonalidade da pelagem com formação de manchas circunscritas e arredondadas. PELAGENS COMPOSTAS Pelos misturados de 2 ou 3 cores diferentes, variação pode ocorrer no pelo ou na distribuição do pelo. Uma das pelagens mais comuns. PELAGEM LOBUNA (LOBEIRO): ● Formado por pelos bicolores: amarelo na base e preto na extremidades Conjunto: Coloração pardo-acinzentada Claro: acinzentado Escuro: pardo PELAGENS TORDILHA: ● É a mistura de pelos brancos com pelos pretos ou cinzas com maior intensidade de um ou outro na superfície do corpo. @natty_medvet 10 ● Algumas raças possuem esta pelagem com muita frequência: arabe, lusitano, brasileiro de hipismo. ● Possuem a pele muita escura (predispostos ao melanoma) ● Possuem muitas variedades Claro: poucos pelos escuros com predomínio total de pelos brancos. Comum: pelos claros e pretos em igual proporção Tordilho-salpicado ou Pedrês: Mistura de pelos vermelhos Escuro ou mouro: predominância de pelos escuros, cabeça preta. Negro: quase preto, semelhante ao mouro, porém a cabeça não é preta. PELAGEM ROSILHA: ● Formado pela mistura de pelos brancos em pelagens alazãs ou castanhas, dando ao conjunto a tonalidade rósea ● Pode haver pelos brancos, vermelhos e pretos ao mesmo tempo ● Mais comuns rosilhos sobre castanho e alasão @natty_medvet 11 PELAGENS CONJUGADA PELAGEM PAMPA: ● Raça pampa nao existe e sim a pelagem pampa ● São dominantes e são mal vistas (por serem dominantes) ● Conjugação de áreas de pelos brancos com áreas contendo outro tipo de pelagem. Ex: pampa de tordilho, pampa de castanho, pampa alazao, pampa de baio ● Tobiano е oveiro ● Quando tem manchas bem delimitados e chamado pampa oveiro OBS: pampa tobiano - quando tem as manchas bem delimitadas e pampa oveiro - quando tem as manchas “espirradas” PELAGENS PERSA Е APPALOOSA ● Formado por pintas escuras (pretas alazãs ou castanhas) em um fundo predominante branco dando а impressão de manchas artificiais ● Raças appaloosa: montada / Nevada ● Esclerótica despigmentada ● Períneo e prepúcio despigmentado RESENHA • Identificação do animal mais precisa possível CONSIDERAÇÕES GERAIS • Identificação do animal • Obrigatório em exposições agropecuária @natty_medvet 12 • Exame de A.I.E.(anemia infecciosa equina)/MORMO - doença principalmente de moares e burros/G.T.A. (guia de trânsito de animais) • Registro genealógico - nasceu um potrinho precisa fazer um registro provisório, e depois ao 2 anos fazer uma nova resenha • Mais detalhista possível (remoinhos de pelos, manchas incomuns,manchas de cabeça) PARTICULARIDADES DE CABEÇA • Vestígio de estrela - Surgimento de pelos brancos espalhados na testa. • Estrela ou flor - Formada por uma mancha branca na testa, com vários formatos: em coração, em losango, em meia lua e em U. • Luzeiro - Formado por uma malha na testa, com mais de 5 cm de diâmetro • Filete - mancha bem fina na fronte do animal, podendo chegar até a narina do animal • Cordão - filete mais grosso, no entanto não chega até a lateral da fronte • Frente aberta (pele despigmentada) - Quando o cordão se alarga tomando a frente inteira da cabeça e indo até a região das narinas (passa dos limites do chanfro) • Mala cara - semelhante a “frente aberta” no entanto a mancha ultrapassa os limites dos olhos • Ladre ou beta - é uma mancha entre as narinas • Bebe em branco (superior ou inferior) - mancha na porção do lábio • Bocalvo ou boca de leite - mancha branca no lábio superior e inferior OBS: normalmente onde tem a mancha tem a pele despigmentada, sendo uma região bastante sensível a queimadura de sol @natty_medvet 13 PARTICULARIDADES EM MEMBROS • Baixo calçado: mancha branca sobre a coroa do casco, mas não chega a articulação metacarpo/metatarsofalangeana • Médio calçado: quando o branca vai até a articulação metacarpo/metatarsofalangeana • Alto calçado: quando o branco alcança a articulação dos joelhos e jarretes • Calçado sobre coroa • "Tapado": quando não possui mancha OBS: se o animal não possui mancha nenhuma é feito um Z em cima do desenho dizendo que ele é "tapado" PARTICULARIDADES DO CASCO • Branco • Listrado • Escuro Faixa crucial - Faixa escura que cruza a base do pescoço, geralmente de pelagem vermelha, alcançando os ombros Zebruras - marcas ancestrais, presença de listras transversais nos membros do animal. Linha de burro - Listra estreita, mais escura que a pelagem, que se expande ao longo da linha dorsal, indo da base do pescoço à base da cauda @natty_medvet 14 Exemplo: pelagem castanha pinhão (pelagem de tonalidade vermelha escura, quase preta), com mala cara e alto calçado nos membros anteriores esquerdo e direito e no posterior esquerdo, e médio calçado no membro posterior direito RAÇAS DE EQUINOS CONSIDERAÇÕES GERAIS • Muitas das raças são brasileiras, isso se deve a história do Brasil • 6,0 milhões de cavalos entre os melhores criadores do mundo, relacionado a qualidade não a quantidade • A região sudeste responsável por cerca de 60% da criação nacional RAÇAS NACIONAIS RAÇA CRIOULA • Possui algumas linhagens diferentes: argentino, chileno, uruguai • Características: normolíneo (proporcional), animal dócil (principalmente com o ser humano), altura 1,45, animal de frente desenvolvida, cabeça curta, crina e caudas densas, ganachas desenvolvidas, perfil reto ou levemente encarneirado (convexo), orelhas pequenas, pescoço grosso e curto, tórax e peito largos (boa capacidade aeróbica), cernelha pouco destacada, membros musculosos, lombo curta, garupa curta e desenvolvida • Origem: descendentes de animais ibéricos, berberes, introduzidos na América (séc XVI), principalmente do sul (bacia do Prata), pelos espanhóis • Ficaram por 4 séculos em vidas selvagem • Teve duas seleções natural e seleção humana • Um dos cavalos mais resistentes às doenças e enfermidades climáticas • Função: trabalho (lida com gado), esporte • Pelagens: variada - lobutano, gateado, colorado, mouro, oveira, baia, zaina,rosilha e tordilho @natty_medvet 15 MANGALARGA MARCHADOR (mineiro) • Características: normolíneo, dócil, rústico, resistente, porte médio com altura de 1,54m, cabeça de perfil retilíneo ou subconcavo, orelhas médias, pescoço piramidal (bem largo na base e fino na inserção), forte, cernelha pouco destacada (não é um animal veloz e menos resistentes), peito amplo, dorso e lombo curto, membros fortes, garupa caída (problemas de parto e distorcia) • Pelagem: tordilho é predominante • Origem: Minas Gerais (cruzamento de um Andaluz com éguas nacionais, também de origem ibérica, porém de linhagem menos nobres) • Função: lazer/trabalho/provas de marcha. É um animal que serve para marchar MANGALARGA (paulista) • Não é marchador • Pelagem: Alazão, castanho • Origem: raça produzida a partir do mangalarga marchador - trazidos para São Paulo, onde sofreram infusões de sangue Arabe, Anglo-arabe, Puro Sangue Ingles, que imprimiram aos novos produtos a "marcha trotada" • Caracteristicas: normolíneo, pouco dócil, altura media 1,55m, cabeça de perfil reto e subconvexo, orelhas médias, musculoso, cernelha não muito destacada, garupa semi-reta cumprida, membros fortes, e quartelas com mediana inclinação • Função: lazer, trabalho, esporte • Turbante JO - melhor cavalo mangalarga reprodutor para a medicina veterinária, evoluindo a reprodução e a inseminação artificial no BR - média de 1.600 descendentes @natty_medvet 16 CAMPOLINA • Origem: Minas Gerais - Cassiano Antonio da Silva Campolina que ganhou a égua em 1860, do Dom Pedro II. Cruzamento entre raças Andaluz/lusitano, Mangalarga e PSI (entre outros). • Função: lazer, trabalho, marcha batida → trabalhos não muito pesados, sua marcha é cansativa • Pelagens (restritas ao campolina): tordilho, baio (encerado/cor de caramelo), castanho, com zebruras e lista de burro, pampa • Características: normolíneo, muito dócil, alto (1,50-1,60m), cabeça desenvolvida, perfil encarneirado (convexo), orelhas longas, pescoço comprido e rodado (cilíndrico), peito, ombro e tórax amplos, dorso e lombo médios, garupas estreita e curta inclinada • É uma raça bastante resistente às doenças BH (BRASILEIRO DE HIPISMO) • Características: normolíneo, muito dócil, grande (1,65m), ágil, tórax largo, perfil reto ou subconvexo orelhas médias, olhos grandes, narinas amplas (possui bastante capacidade aeróbica), ganachas desenvolvidas, pescoço musculoso, tórax, cernelha destacada (possui velocidade), garupa larga arredondada, membros fortes • Função: Desenvolvido para esporte (hipismo clássico), adestramento (dressage) → esportes de muita habilidade • Pelagem: castanho, tordilho, alazão, preto • Origem: formada em 1970 no Brasil, pelos paulistas (SP capital), com as mais importantes linhagens europeias de cavalos de salto e adestramento, principalmente Orloff, Westfalen, Trakehner, Hanoveriana, Sela Francesa através do cruzamento com Puro Sangue Inglês. PANTANEIRA • Origem: Lusitano, árabes - muito resistente a diversidade climáticas (obs. crioulos) • Características: altura 1,42m, cabeça pequena proporcionada, de perfil reto ou subconvexo, com orelhas curtas, fronte longa, @natty_medvet 17 pescoço fino e forte, pouca crina, dorso alongado, pouco selado, garupa comprida inclinada e inserção baixa da cauda. • Pelagem: tordilho (45%), seguindo-se a baia, pedrês, e castanha • Lembra o fenótipo do crioulo com o corpo mais delicado • O casco é mais resistente comparado às outras raças (adaptação devido ao habitat alagadiços), além de conseguirem pastar em lagos • AIE - disseminada entre a raça, embora seja mais resistente LAVRADEIRA • Cavalos selvagens/origem Andaluz, foram re-domesticados pela Embrapa. Foram introduzidos pelos portugueses - 200 anos em Roraima. Sua re-domesticação foi com o objetivo de estudar a raça devido a sua resistência a AIE (única raça do mundo resistente). • Características: pequenos 1,4m, orelhas pequenas e médias, pescoço fino, crinas grossas, e abundantes, comprimento dorso-lombar: curto, garupa inclinada • Curiosidade: resistente a AIE (única raça resistente), muito férteis, animais magros, requerimento nutricional pequeno (adaptação à forrageiras pobres) • Diversas pelagens RAÇAS IMPORTADAS (mais criadas no Brasil) ARABE • Características: normolíneo, dócil, perfil côncavo, testa larga, cabeça pequena e curta, orelhas pequenas, garupa reta, inserção da cauda alta, estatura baixa 1,45m, pescoço fino, grande raçador e melhorador de raça (as outras raça deriva do Arabe) • Origem: Uma das raças mais antigas e puras, originado de cavalos pré-históricos na Ásia central (1.600 a.C). As invasões árabes se disseminaram pelomundo. • Função: esporte • Pelagem: tordilha, alazã, castanho PIS (PURO SANGUE INGLÊS) @natty_medvet 18 • Origem: Inglaterra (séc XVII) - uma das raças mais puras, desenvolvida a partir de 3 garanhões árabes com éguas existentes na Inglaterra. • Rigorosa seleção - raçadores (seleção rigorosa fenotípica e genotípica) • Pelagem: castanha, alazã, tordilha • características: longilíneo (única raça - as pernas são mais compridas), pouco dócil, 1,60m, perfil reto ou levemente côncavo, narinas elípticas (boa capacidade de respiração), cernelhas destacadas, dorso reto comprida, garupa arredondada musculosa e tórax grande,espádua inclinada, escore corporal mais magro • Função: esporte ANGLO ARABE • Características: longilíneo, dócil animal, altamente versátil para esporte de alto impacto, com muita resistência física, altura alta 1,65m, características do PSI e do arabe, bastante aerobicos • Origem: re-introdução do sangue arabe no PSI, por criadores europeus • Função: esportes de resistência física • Pelagem: tordilha, castanha, alazã BRETÃ • Características: brevilíneo, dócil, atinge até 1,60m, grande massa muscular, pescoço curto e desenvolvido, perfil reto, orelhas curtas, garupa grande, membros curtos com pelos compridos na extremidade • Origem: 1830 - animal nativo da região da Bretanha - utilizados para puxar canhões. Introduzido no Brasil em 1927-1932 - utilizados para arar terra. Hoje em dia é utilizado para fazer miscigenação e ama-de-leite • Função: tração • Pelagem: alazão, castanho QUARTO DE MILHA • Características: normolíneo, muito dócil, possui musculatura desenvolvida principalmente a glútea, ganachas largas, narinas estreitas (respiração anaeróbia), @natty_medvet 19 orelhas pequenas, cernelha pouco proeminente, altura média de 1,52m. Animal ágil e veloz • Origem: descendente do arabe, PSI e cavalos espanhóis desenvolvida pelos norte-americanos durante a colonização (séc XVII e XVIII) • Função: trabalho, esportes de curta duração (corridas curtas) • Pelagem: alazão, baio, castanho, palomina/alazã amarilha • HYPP (paralisia periódica hipercalêmica) - doença genética do quarto de milha e suas variações. Caracteriza-se por desordem genética e hereditária, causada por mutação pontual nos canais de sódio das membranas celulares da musculatura, as quais controlam as contrações das fibras musculares. PAINT HORSE • Característica: normolíneo, dócil, semelhante ao quarto de milha (variação do quarto de milha) • Origem: cavalos espanhóis, levados da Espanha a América do Norte. Disseminou-se por várias tribos indígenas • Função: esportes de curta duração • Pelagens: tobiano e oveiro APPALOOSA • E um quarto de milha, porem com pelagens muito específica • Selecionado por tribos Paloose river • Despigmentação característica • Mantado, leopardo, nevado AMERICAN TROTTER (argentino) • Origem: desenvolvida nos EUA (pode ter o nome Standardbred) • Mistura de PSI, Orloff, Bretão • Tem pouca variação morfológica - raça muito padronizada • Função: lazer, esportes (corrida de trote), utilizados em pesquisa • Pelagem: castanho (maioria), alazão e tordilho @natty_medvet 20 • Características: dócil, altura média 1,5m, musculatura desenvolvida, perfil reto, cernelha destacada LUSITANA • Raça importada mais importante no Brasil (muito criada) • Características: altura média/alta 160m, cabeça de perfil reto ou subconvexo, orelhas médias, pescoço forte e arredondado, garupa desenvolvida e arredondada. Ágil porém lento, dócil com temperamento muito vivo. Muito inteligente e corajoso • Origem: indefinida, cavalo de combate (arabe nativas) • Função: adestramento, shows, lazer • Pelagem: tordilha, castanha PÔNEIS • Fallabela (desenvolvida na Argentina) • Shetland (mais antigo e mais raçador. Origem escocesa) • Piquira (portuguesa) • Welsh Pony (raça mais proporcional entre os 4 - americana) • Não desenvolveram devido a falta de nutrientes • Função: tração e lazer RAÇAS DE JUMENTOS - NÃO CAI NA PROVA JUMENTO PÊGA • Origem Ibérica/África • Brasil séc XVIII - XIX - mineração • Características: altura 1,25m, cabeça longa, orelhas grandes (genética boa), firmes em lança, dócil, perfil sub-convexo, tronco relativamente longo, pescoço fino, tórax amplo, ossatura forte, pelos ásperos, garupa curta e inclinada, encastelado (casco acima do anglo normal comparado ao equinos) • Pelagens: variadas @natty_medvet 21 JUMENTO NORDESTINO • Origem África • Características: baixo 1,0m, resistente, orelhas longas, cabeça curta, pelos longos, pescoço fino pouco musculoso, cernelha destacada • Resistente às secas • Está em risco de extinção Curiosidades geral • É encontrado selvagens na Índia, Irã, Nepal • É um dos animais mais rústicos • Zurro: até 4 km de distância • Noção de situações perigosas • Audição muito boa • Até 40 anos de idade • Função: Tração, lazer, trabalho APRUMOS DOS CAVALOS Os aprumos irregulares predispõem o animal a lesões articulares. Definição: aprumos → exata direção dos membros em relação ao solo, tendo relação direta com a distribuição do peso do animal por cada um destes. Refletem o exato equilíbrio harmônico da distribuição de forças e do peso para cada um dos membros do cavalo. ● Dão estabilidade em atividades atléticas ● Exame de compra → exame realizado antes de realizar a compra do animal. A primeira coisa observada é os aprumos. @natty_medvet 22 Exame difícil, pois necessita imaginar linhas imaginárias em estruturas anatômicas ● As alterações de aprumos podem ser minimizados com casqueamento até 1 ano de idade Visão lateral: referência linhas imaginárias: Membros anteriores: são os primeiros a serem avaliados, pois possuem mais alterações ● art. escápulo-umeral ● meio da escápula ● olécrano Membros posteriores crista da tíbia art. coxo-femural, tuberosidade isquiática 1. linha parte da articulação escápulo-umeral, desce paralela ao membro e toca o solo aproximadamente 10 cm a frente do casco •Visto de frente: art. escápulo-humeral •Visto de trás: tuberosidade isquiática Quais são os mais prejudiciais? ● Aberto de frente: deveria cortar o membro em duas partes iguais. Não é comum, mas é prejudicial à performance, força muito os ligamentos ● Fechado de frente: os membros são muitos juntos. Bem comum e prejudicial ao animal, interferência do andamento podendo lesionar o animal @natty_medvet 23 ● Volgus carpiano/joelhos cambaios: joelho para dentro e pinça do casco voltado para fora. Não é comum, mas é o pior. ● Varus carpiano/joelhos esquerdos: os joelhos ficam afastados e a pinça voltada para dentro. ● Curvo (ajoelhado): os joelhos são voltados para frente ● Transcurso: prejudicial e muito comum. Os joelhos ficam mais para traz, formando um arco. ● Debruçado: maioria dos quartos de milhas, crioulos, sendo uma irregularidade bastante comum, e que trás poucos prejuízos ao animal ● Estacado (avançado de frente): bem raro. ● Avançado de traz: não é comum, e não é muito prejudicial ● Plantado de traz: comum em raças Mangalarga (Paulista) ● Aberto de traz: comum ● Fechado de traz: comum ● Valgus tarsiano/jarretes fechados: bem comum, e prejudicial ao andamento ● Varus tarsiano/jarretes abertos: menos comum, e também prejudicial. @natty_medvet 24 ANDAMENTOS Características dos andamentos: •Simetricidade: quando o andamento é simétrico. •Rolamento: sempre em qualquer fase do andamento tem um membro em contato com no solo •Salteamento: em alguma fase o animal fica em suspensão (galope alongado) •Basculamento: movimentos verticais da cabeça (ex. Galope). Se não houver movimentação da cabeça, diremos que ela está fixada (ex. Trote) •Temporalidade: quantas batidas podemos ouvir entre as fases de elevação e novamente apoio do membro no solo (duas, três, quatro batidas) ● Passo - quatro batidas ● Trote - três batidas ● Galope - duas batidas São importantes para avaliação da colocação do animal. Passo: caracterizada por ser simétrico, com rolamento, basculante e à quatro tempos - passo médio: livre, regular e relaxado, onde podemos ouvir as quatro batidasfacilmente, sendo cada uma referente ao membro que toca ao solo (sobre-pista) - passo reunido (nervoso): onde cada batida é mais vigorosa e toma menos terreno que no passo médio. Articulações flexionam-se mais (ante-pista). - passo alongado: o cavalo cobre o máximo de terreno, estica o pescoço e a cabeça. O apoio do membro posterior ultrapassa o apoio dos anteriores (trans-pista) Obs: andadura Trote: andamento simétrico, com rolamento, fixado, saltado em dois tempos - trote curto: ante-pista (6 Km/h). @natty_medvet 25 - trote normal ou justo: quando o posterior apóia no solo quase ou exatamente no mesmo local de apoio do anterior do mesmo lado, denominando-se sobre-pista (9 Km/h) - trote largo ou alongado: apoio dos posteriores ultrapassa o ponto de apoio dos anteriores (trans-pista) (12 Km/h). Galope: caracteriza-se por ser assimétrico, basculado, saltado e em três tempos - galope reunido (canter, 3 pés): animais com grande capacidade de mobilidade corporal e de comando. A cabeça permanece erguida, menor velocidade. - galope médio: é cadenciado, solto, a cabeça pode permanecer erguida ou normal, e a velocidade é maior que o reunido. - galope alongado: ocorre aumento da amplitude das batidas, trans-pista. O pescoço se apresenta estendido, e a velocidade aumenta. OUTROS: salto, retrocesso. TÓPICOS EM MANEJO NUTRICIONAL DE EQUINOS GRAMÍNEAS: forrageiras híbridas - feitas em laboratórios, feitas a partir do cruzamento do gênero Bermuda COAST CROSS (Cynodon Dactylon) • Principal forrageira •Forrageira perene, subtropical, híbrida, desenvolvida na Georgia, EUA • Resistente ao frio • Bom valor nutritivo (12 a 13% PB) • Alta digestibilidade • Excelente opção para fenação • Baixo custo e fácil de plantar • Frágil às plantas invasoras e à pisoteios TIFTON 85 (Cynodon) • Gramínea perene estolonífera com grande massa folhear • Resistência às secas, geadas, fogos, e pastejos intensivos • Alta palatabilidade, digestibilidade e grande produção de massa verde • PB 16% - também pode ser utilizado para fenação • Produto caro e de difícil plantação FLORAKIRK (Cynodon) • PB 13% • Resistente ao frio • Suportam alta umidade JIGGS (Cynodon) • Origem: Texas @natty_medvet 26 • Suporta estiagem mais que a demais bermudas • Bem adaptada às condições do Brasil • PB 18% TRANSVALA (Brachiaria decumbens) • Equinos e bovinos • Ótima opção para pastos grandes • Material barato • Média palatabilidade e digestibilidade • PB 7-8% • Media exigência - não deve ser utilizada em animais de esporte OBS: as cercas para cavalos podem ser feitas de madeira, no entanto é caro, podendo ser utilizados os de arame farpado para impedir que o animal se aproxime ALFAFA (Medicago sativa) • Muito nutritiva • utilizada para cavalos atletas • alto custo de produção • exigente • não suporta umidade • PB 22-25% (aumenta ingestão hídrica, maior gasto de energia, aumenta produção de urina) --> associar a uma gramínea OSTEODISTROFIA FIBRÓTICA: conhecida como doença da cara inchada, é causada pelo consumo de Brachiarias, que levam a um desequilíbrio na proporção cálcio-fósforo no organismo do animal FONTES DE NUTRIENTES Proteínas: leguminosas e gramíneas. Importância: gestantes e lactantes Minerais: sal, forrageiras. Importância: potros e atletas Vitaminas: hidrossolúveis e lipossolúveis (A, D, E, K e complexo B) presentes nas forrageiras POTRO EM CRESCIMENTO • O potro é amamentado com o leite pelo menos até os 2 meses, e conforme o crescimento tem-se a necessidade de procurar outras fontes de energia, começando a procurar gramíneas. • O potro desmamado no mínimo aos 6 meses, pois necessita do vínculo materno, sendo comum nesse período o animal apresentar um desequilíbrio nutricional, devido ao estresse gerado pela separação da mãe, sendo necessário entrar com alimentação rica em sais minerais e proteínas. O melhor tipo de manejo é desmamar vários potros ao mesmo tempo Creep feeding: O creep feeding ou cocho privativo trata-se de uma estrutura física para a suplementação de equinos jovens até o desmame, onde só quem possui acesso são os potros, visando sua suplementação sem separá-los da mãe. ÉGUAS Éguas vazias: jovens, que estão na puberdade. Não precisam de reforço nutricional Quando que vai aumentar o requerimento nutricional de uma égua em reprodução? No final da gestação - terço final (3 meses finais) e no início da lactação. Já as éguas em início de gestação não precisam de cuidados nutricionais especiais. ● Éguas prenhes ● Éguas prenhes com potro @natty_medvet 27 Nas centrais de reprodução existem as éguas gestantes, éguas doadoras de embrião, e as éguas receptoras de embrião. Qual é o pré requisito para uma égua ser uma boa receptora de embrião? Ter uma estatura grande, ser muito dócil, ter habilidade materna e boa produção de leite. CAVALO ATLETA • Necessita de muita energia, oriundas do carboidratos, proteínas e gorduras. Hoje em dia estão sendo pesquisadas formulações mais eficientes das rações para os cavalos atletas, que tenham principalmente mais gorduras e carboidratos (milho), a proteína (soja) tem um custo mais alto. • Dieta do cavalo atleta: a ração tende a ser 50% da dieta, levando a diminuição na gestão de forrageiras, predispondo a cólicas. Além disso, altos índices de proteínas podem levar a miopatia de esforço e laminites. • Probióticos: uso controverso. Ao ingerir menos forrageira, a tendência é ter menos bactérias, assim o probiótico aumenta a microbiota do animal • Carnitina - diminui fadiga • Dimetilglicina - aumenta o metabolismo aeróbico, e aumenta a quantidade de água nas fibras musculares deixando mais musculosos • Creatina - força muscular • Eletrólitos GARANHÃO • Reprodução - não exige alterações nutricionais intensas • Alimentação: 3% PV (1/3 ração; 2/3 volumoso) CAVALO IDOSO • Mais difícil de ser tratado, a eficiência digestoria diminui: desgaste dentário, menos microbiota, maior eliminação de fibras, menor síntese de vit C e complexo B, menor peristaltismo, menor absorção, mais sensíveis a parasitas e mais grave para esses animais, dificuldade em manter a temperatura, são predispostos a maior desidratação. • A alimentação de um cavalo idoso deve ser feita longe de outros cavalos, devido a disputa pela comida, necessitam de forrageira palatável e macia, suplementação de carboidrato, não pode dar suplementação proteica devido aos rins e não pode sais minerais pois pode levar a formação de urólitos, e suplemento vitamínico. Deve haver vermifugações frequentes INSTALAÇÕES ● Sala para: arreios baixeiros, mantas, pelego, cabeçadas, rédeas, freios, bridões → acima do solo para evitar ratos ● Farmacia: necessidade de medicamentos base → soros e fluidos, antiinflamatórios, antibióticos, ● Sala de ração e feno ● Piquetes (com sombreamento) e cocheiras ● O cocho não pode ter quina ● Redondel: domar e auxilia para amansar o animal ● Pista de treinamento ● Piscinas/lagos ● Banhos diárias após exercícios e treinamentos ● Estrumeira @natty_medvet 28 Suinocultur� ORIGEM DOS SUÍNOS ESTIRPES SELVAGENS (javali - Sus scrofa - europeu e asiatico) • Domesticado há 8 mil anos a. C. com objetivo alimentar • Os javalis são nômades → percorrer grandes distâncias a procura de alimento e fuga • Bastante agressivos • Olfato bastante desenvolvidos • Porco selvagem: 70% massa interior e 30% posterior • Vida livre alimentam-se de pastos nativo, frutas e pequenos animais (onívoro) • Veloz • Dentes caninos longos e afiados • Membro dianteiros eram fortes e musculosos • Posterior formado por fracas massas musculares OBS: A carne suína é a mais comercializada no mundo OBS: suínos não toleram calor ANIMAL TIPO "BANHA" - porco caipira • Domesticação: porco não necessitava mais procurar alimentos em precisava mais fugir. Produção de gordura maior (mais fonte de energia) • Comem mais, menos exercícios, mais acúmulo de gordura (ideia para o homem) abate com 12/18 meses • Muitas raças brasileiras são do tipo "banha" ANIMAL TIPO "CARNE" • A partir de 1970 • Melhorou drasticamente em virtude de avanços nas instalaçõese manejo, existindo inclusive granjas livres de patógenos específicos. Cada vez mais precocidade para o abate, abatendo-se com 5 meses de 90-120 kg. • Junto com o melhoramento genético houve também o melhoramento na reprodução, principalmente o suíno macho reprodutor • Muitas raças brasileiras são porcos tipo banha Tipos de perfil fronto-nasal ● Retilíneo @natty_medvet 29 ● Subconcavilineo ou concavilíneo ● Ultraconcavilineo Tipos de orelhas ● Asiatica: média, em pé ● Ibérica: pequena e média, deitada, dirigida para frente ● Céltica: grande, cobre os olhos e parte do focinho Classificação zoológica Selvagens • Sus scrofo ferus (Javali europeu) • Sus vittatus (Javali asiatico) Doméstica: Sus scrofa domesticus Histórico • Possui 40 milhões de anos • Domesticação: 10.000 anos • Proibida inicialmente para o povo judeu • Chega às Américas com Colombo (1493) - Ilha de São Domingos • Brasil - introduzidos em 1532 por Martim Afonso De Souza • Principais raças trazidas: Alentejana, Galega, Bizarra, Beiroa, Macau e China • As raças nacionais são o resultado dos cruzamentos entre os animais destas raças Ciclo de vida Longevidade produtiva: cerca de 2-3 anos equivalente a 5/6 partos produtivos Longevidade natural • Suíno: até 10 anos • Javalis: até 25 anos • Sistema respiratório: muito pouco desenvolvido. Porco não sua (pouca evaporação cutânea) • Termorregulação pouco desenvolvida e ineficiente devido a camada de gordura, as poucas gl. sudoríparas e poucos folículos pilosos. A criação também fez o animal desenvolver comportamentos inadequados e vícios como: • Morder cauda e orelhas, umbigo ou vulva • Beber urina • Lamber partes da instalação • Ranger de dentes • Coprofagia • Canibalismo • Agressividade Causas de comportamento estáveis • Estresse térmico • Estresse do manejo: superpopulação, barulho, desconforto • Deficiência nutricional (ex. deficiência de ferro → canibalismo) Termos utilizados em suinocultura • Cachaço, Varrão = macho reprodutor • Marrã = fêmea preparada para a reprodução (prépúbere, púbere, pós-púbere) • Marrote = macho preparado para reprodução • Matriz = fêmea reprodutora • Leitão/leitoa = cria/filhote @natty_medvet 30 • Leitegada = prole/ninhada • Capadete = macho castrado • Terminado = pronto para o abate RAÇAS DE SUÍNOS Cruzamentos • Mãe: boa produção de leite; instinto materno; grande número de leitegadas. Ex: Wessex, Landrace, e Large White • Pai: bom desempenho (boa conversão alimentar e ganho de peso); ótimo libido; boa característica de carcaça. Ex: Landrace, LargeWhite, Duroc, Pietran, Hampshire RAÇAS IMPORTADAS LARGE WHITE • Origem: inglesa (das mais criadas no Brasil) • Pelagem: branca • Orelhas: asiáticas • Perfil: retilíneo • Prolificidade: alta • Aptidão: carne • Stress negativo - gene isolado (o gene do stress não é dominante - o animal estressa menos) • Rústico LANDRACE • Origem: inglesa (yorkshire) muito criada • Pelagem: branca • Orelhas: célticas • Perfil concavelíneo • Prolificidade alta • Aptidão materna e paterna, alta produção de leite para as crias • Stress negativo • Carne de altíssima qualidade (baixo teor de gordura) e precocidade DUROC • Origem EUA (Norte Americana) • Pelagem: branca • Cerdas: ruivas • Orelhas: ibéricas • Perfil: concavilineo • Prolificidade e rusticidade: altas • Aptidão: materna e paterna, alta produção de leite para as crias • Animal rústico • Carne magra PIETRAIN • Origem Bélgica • Pelagem: branca com manchas pretas (oveira) • Orelhas: asiáticas • Perfil côncavo • Prolificidade alta @natty_medvet 31 • Aptidão: paterna é maior • Paleta bem desenvolvida → quatro pernis, ótimo para cruzamentos ganho de peso lento • Estresse positivo • Precocidade HAMPSHIRE • Origem: inglesa → melhoramento nos EUA • Pelagem: preta com faixa branca na cernelha até membros anteriores • Orelhas: asiáticas • Perfil concavilineo • Prolificidade: média • Rusticidade WESSEX • Origem inglesa - pouco usada no Brasil • Pelagem: preta com faixa branca na cernelha até membros anteriores • Orelhas célticas • Perfil retilíneo • Prolificidade alta • Aptidão materna • Rusticidade • Criação extensiva • Carne com bastante gordura POLLAND CHINA • Origem EUA • Pelagem preta com malha branca • Orelhas ibérica • Perfil subcôncavo • Prolificidade baixa • Precoce • Boa conversão alimentar RAÇAS BRASILEIRAS • Colonizadores portugueses e espanhóis • Primeiro suínos da Península Ibérica • Sem importância econômica PIAU • Origem Brasil (GO, MG e SP) - 1986 • Mais importante raça brasileira • Animal mestiço • Piau = malha ou pintado • Orelhas de tamanho médio entre ibéricas e asiáticas, focinho semi-retilíneo • Perfil cefálico: retilíneo e subcôncavo • Pelagem: oveira (branco, creme, com manchas pretas) @natty_medvet 32 • Muita rusticidade, cruzada com raças de carne MOURA • Origem: Brasil 1990 (RS, SC, PR) • Derivada das raças Alentejana • Perfil cefálico: retilíneo ou subconcavo • De porte médio • Pelagem: preta entremeada de pelos brancos • Porco tipo banha NILO OU CANASTRA • Prolificidade média PIRAPITINGA • Origem: fazendas da bacia do Rio Pirapitinga • Pelagem: quase pelado, de couro preto e arroxeado • Orelhas: asiáticas • Baixa prolificidade, precocidade • Carne tipo banha CARUNCHO • Origem desconhecida • Pelagem: oveira • Orelhas: asiáticas (bem pequenas) • Focinho curto, ultraconcavilineo • Pequeno porte • Pouco prolífero • Usado como PET TATU OU MACAO RAÇAS PARA CARNE E BACON: Hampshire, Large White, Landrace, Pietrain, "Durock" RAÇAS PARA BANHA: Durock, Hampshire, Wessex, Caruncho, Piau, Nilo-canastra JAVAPORCO • Híbrido @natty_medvet 33 • Mais precoce que o javali • Carne se assemelha mais à suina • Praga → não tem predador natural AGRONEGÓCIO SUÍNO Considerações gerais • China maior produtora - 50% do total • Carne mais consumida do mundo - 39% de toda carne consumida • Brasil = 3,2 milhões de toneladas - Santa Catarina= 790.000 toneladas • Consumo de carne suína no Brasil é de 14,56 kg/pessoa/ano • Carne mais comercializada no mundo mesmo tendo restrições religiosas/culturais • ETRS = Estações de Testes de Reprodutores Suínos • ABCS = Associação Brasileira de Criadores Suínos • 1970 - Teste de Progênie (TP) → importação de material genético • 40,8 milhões de cabeça/ano • Movimentação financeira total = R$150 bilhões • Exportação = US$ 1,81 bilhões Causa do baixo desfrute: • Pequena qualidade genética dos reprodutores • Baixa consumo de carne bovina • Falta de técnicos especializados • Falta de assistência técnica • Baixo nível do criador (cultural e econômico) • Falta de incentivos • Manejo inadequado • Falta de mão de obra especializada • Preconceitos No Brasil a Santa Catarina é a que mais produz devido ao clima (frio) e a origem de população (alemã), e é a que mais exporta também. Principais produtores do mundo: China, EUA, Alemanha, Espanha e Brasil Agronegócio Brasil • Exportação para mais de 70 países • Gera 600 mil empregos • Terceira fonte de proteína animal mais consumida • Quinto maior plantel suíno no mundo • Quarto Maior exportador • 70% são produtores familiares Perfil da suinocultura moderna • Produção em sítios separado • Moderna genética • Nutrição separada para sexo • Nutrição separa por fase de crescimento • Desmame precoce segregado (desmame muito cedo) • Controle informatizado da produção • Inseminação artificial SISTEMAS DE CRIAÇÃO Fases do sistema de produção • Reprodução • Maternidade • Creche @natty_medvet 34 • Crescimento • Terminação Aspectos importantes • Suinocultura próxima do consumidor • Abastecimento de água (consumo muito grande de água) • Energia elétrica (gerador) → ventilação elétrica e aquecimento dos filhotes (diminuir estresse térmico) • Clima • Local com boas condições de salubridade no que se refere a drenagem do solo, topografia (terreno com inclinação) Índices zootécnicos • Idade de reprodução: macho 240 dias e fêmeas 210 dias • Idade ao primeiro parto: 324 dias • Intervalo desmame/cobertura: 3-6 dias • intervalo entre partos: 147 a 150 dias • Taxa de concepção:85% • Leitões/parto: 10 • Idade à desmama: depende da tecnologia da criação • Idade ao abate: 150 dias • Peso ao abate 110/120 kg • Mortalidade 14% até o desmame Modelos de sistemas de produção Criação extensiva de suínos • Método primitivo • Animais tipo banha • Alimentação grosseira (come de tudo) - vegetação nativa • Sem emprego de tecnologia (reprodutiva) • Baixa produtividade - produção de subsistência • Pouco aproveitamento da área • Manejo deficiente (sem divisões de fase) • Animais soltos a campo • Produtividade: 5 a 6 leitões/porca/ano Criação semi-intensiva/intensiva de suínos Podem ser classificadas em 2 tipos: SISCAL • Sistema de criação ao ar livre (SISCAL) • Animais são mantidos: ● Piquetes: nas fases de reprodução, maternidade e creche ● Em confinamento: nas fases de crescimento e terminação (25 a 100 kg de peso vivo) • Deve utilizar forrageira de alta qualidade • Cuidado com as cercas! Assim como na ovinocultura é utilizados telas ou cercas elétricas • Utilização de cabanas, baixo custo, mobilidade das instalações SISCON • Sistema de criação em confinamento • Necessidade de área mínima • Investimento alto • O sistema permite mecanização do fornecimento de ração e limpeza • A produção, armazenagem e destino dos dejetos devem merecer muita atenção • Alta produtividade deve ser alcançada • Separação por fases @natty_medvet 35 Deep bedding • Confinamento sobre cama • Creche, crescimento e terminação é feito em galpão semelhante a de frango de corte • Menor custo fixo • Menor impacto ambiental • Melhor bem-estar • Uso de híbridos • Maior gasto energético INSTALAÇÕES • Exposição paralela entre os galpões, de forma que ficam leste-oeste, devido a incidência do sol • Ficam relativamente próximos um do outro, de modo a propiciar ventilação, no entanto não pode ser muito longes para não prejudicar a limpeza • Depressão de pelo menos 15º para ajudar a escorrer a limpeza do galpão • Galpão de compostagem • Cama para suínos (exceção: jornal - tinta tóxica; palha de trigo; terra batida - barro) OBS: porca no cio - orelha estática, reflexo de tolerância ao homem - estática ao homem, vulva hiperêmica • Localização • Orientação e dimensões das instalações • Cobertura - pé direito alto 3-4m, largura 10-15m, comprim. 30-50m - média por suíno terminados - 1,26m2/suíno O telhado deve ser cerâmica mais clara para não absorver calor • Área circundante - mais limpa possível, e funcionários exclusivos para cada etapa da criação (reprodução, gestação, creche, crescimento e terminação) e que já estejam acostumados com o tratador • Sombreamento e bloqueio de ventos - árvores • Lanternim - promove adequada ventilação, permite renovação contínua do ar, equipado com sistema que permita fácil fechamento e tela para evitar a entrada de pássaros • Cuidados com ratos! É um problema na suinocultura devido a doenças como Leptospirose • Devem ser higiênicas, ter muita água disponível (de boa qualidade) e destino adequado dos resíduos • Serem simples e funcionais, duráveis e segura • Permitirem controle das variáveis climáticas: ventiladores (dissipação da temperatura) Maternidade Área de parição • Baias convencionais: maior espaço, protetor contra o esmagamento dos leitões e numa das @natty_medvet 36 laterais o escamoteador (estrutura onde só os leitores têm acesso, com luz incandescente, que serve como refúgio para os leitões e ao mesmo tempo aquece. Podem ser feitos de cimento, plastico, madeira) • Celas parideiras: gaiolas metálicas, divisórias de ferro redondo ou estrutura de chapa e tela • Escamoteador: fonte de aquecimento elétrico/biogás Creche • Leitões desmamados • Cortinas nas laterais para permitir o manejo adequado da ventilação • Piso ripado ou parcialmente ripado • Sistema de aquecimento, elétrico, gás ou lenha • Importante: agrupamento correto dos leitões, adequação do espaço, e que sejam homogêneos mesmo que tenha que misturar leitegadas (agrupamento por peso) OBS: na leitegada vai diferença entre os leitões nascidos primeiro (sendo maiores) e os leitões nascidos por último (sendo menores) Manejo Sanitário • Controle de moscas e de roedores • Vacinação: PVS - parvovirose suína, leptospirose, colibacilose, rinite atrófica e pneumonia enzoótica, doença de Algesky (herpesvirus) • Limpeza das instalações - diária 2-3x, com muita água; vazio sanitário (all in/all out); vassoura de fogo • Dejetos: biodigestor, compostagem, esterqueira → fontes de adubo • Esquema de limpeza → do mais limpo para o mais sujo, começando na fase de gestação e terminando na fase de terminação OBS: alimentação a base de soja e milho, e vitaminas MANEJO DE LEITÕES - PARTO, DESMAME ATÉ ABATE Cuidados no parto • Enxugar os leitões - partos assistidos • Corte e desinfecção do umbigo - ligadura e tintura de iodo 5% (uso com cautela, pois queima, faz cauterização química) • Colocar para mamar (IgG e IgA do colostro) • Leitão vai estimular a glândula, aumentando a ocitocina • Reanimação de leitões aparentemente mortos • Corte dos dentes (caninos) pois possuem mania de morder os rabos uns dos outros Cuidados dos leitões durante o parto • Sistema de termorregulação e imunitário pouco desenvolvido • mortalidade - atinge 5-10% no período peri-natal até 1 dia de vida • Natimorto = durante ou pouco antes do parto • Mortalidade total no período pré-desmame 70% esmagamento e/ou inanição: ocorre na primeira semana de vida Aquecimento • Os leitões são incapazes de regular eficientemente a temperatura, devido as @natty_medvet 37 cerdas esparsas, e a ausência de camada de tecido gorduroso subcutâneo • 0-2 semanas 32-30ºC • 3-4 semanas 28-25ºC • >4 semanas 18-15ºC Consequência da perda e color logo após o nascimento • aumento da taxa metabólica • estresse - infecções Escamoteador • Abrigo com fonte de calor • Fornece microambiente independente da maternidade • Evita efeito das correntes de ar • Evitar esmagamento • Economia no aquecimento • Menor índice de mortalidade (de 5,5 para 2,9%) Amamentação • As glândulas peitorais possuem mais quantidade de leite que as demais glândulas • Crescimento desigual - os que nascem primeiro tendem a escolher a melhor mama (normalmente as peitorais) • Cada leitão geralmente conserva a mesma mama Desmame • Pode ocorrer fatores de estresse como: troca de alimentação (ração 21 dias), troca de ambiente, tensões sociais (junção das leitegadas), dificuldade de adaptação a cachos e comedouros • Tipo de desmames: natural (não é utilizado na suinocultura), artificial convencional, artificial antecipada, artificial precoce, ou precoce segregado OBS: o que faz a porca entrar no cio e o desmame, devido isso se preconiza antecipar o desmame para não haver prejuízo no cio Natural: 10 semanas - ocorre em criações extensivas, pelo fim da secreção láctea e desinteresse. Artificial convencional: entre 7-8 semanas Artificial antecipada: entre 35 a 49 dias (5 a 7 semanas) Artificial precoce: entre 21 a 25 dias - mais utilizada em granjas muito especializadas. Muito utilizado no Brasil • aumenta a produtividade da matriz • diminui uso de ração para leite • diminuição de DNP Artificial precoce segregado (APS) • Desmame entre 5-21 dias • profilaxia para eliminação de doenças • Acentuado aumento no desempenho dos leitões desmamados • Uso crescente em países da Europa e nos EUA • Infecções: da porca para o leitão durante a queda de anticorpos colostrais • APS: separação antes da queda da imunidade colostral, leitões livres de alguns agentes infecciosos presentes nos adultos • Perda da afinidade materna Transferência de leitões • No desmame, leitões com peso baixo ou leitões refugos necessitam de porca adotiva (mamar por mais 1 semana) ou fornecer ração especial • A porca adotiva deve ser dócil, sem histórico de canibalismo, e boa produção de leite Medicação preventiva contra anemia ferropriva @natty_medvet 38 • Administração de ferro IM ou SC, 220 mg de ferro dextran • O leite materno supre apenas 10-20% das necessidades de ferro do porco • Outras formas: oral (pó, pasta, comprimido, pincelamentodos tetos com soluções de sais ferrosos), fornecimento as porcas 21 a 30 dias antes do parto Castração dos leitões • É a forma mais eficaz de eliminar o risco de aparecimento de odor e sabor desagradavel na carne. Entretanto, animais inteiros apresentam melhor ganho de peso, menor espessura de toucinho (bacon), e maior área de olho de lombo • Ao castrar tem-se uma deposição de gordura maior e maior palatabilidade Creche • Não exceder 20 leitões por lote (10-20) • Evitar formação de lotes com leitões oriundos de mais de 3 leitegadas diferentes • 5 kg, até atingirem peso corporal próximo de 25 kg (65 dias de idade) Cuidados após o desmame • Detectar precocemente casos de diarreia, tosse • Evitar entrar nas gaiolas ou baias, ao entrar na creche, evitar ruídos e movimentos bruscos • Funcionários com roupas limpas diariamente e cor padronizada Crescimento e terminação • Lotes uniformes (homogêneos) em idade e peso. • Para determinar a lotação deve avaliar: as instalações, temperatura ambiente, idade dos animais, manejo da ração • 60% do custo de produção • Durante o crescimento as rações são mais proteicas e na terminação a ração é mais calórica (carboidrato) Quanto menor o lote, melhor a possibilidade de um bom manejo, entretanto, o custo é elevado. Quanto maior o lote, menor o ganho de peso diário, maior a ocorrência de refugos e menor uniformidade Carregamento e transporte • BR: mortalidade 0,3% durante o transporte • Selecionar o animais 24h antes do embarque • Fornecer a última ração até 12h antes do transporte • O veículo deve permitir ventilação e área suficiente para o animal deitar-se • Transporte nas horas frescas do dia @natty_medvet 39 Avicultur� PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE SISTEMAS DE CRIAÇÃO/INSTALAÇÕES • A iluminação do ambiente pode interferir na fertilidade (melhorando), além disso, os frangos só se alimentam com a presença de luz • Densidade de criação → superpopulação e grande quantidades de fezes (presença de Salmonella), além ser um fator estressante, que pode levar a morte súbita • As instalações precisam de ventilação para dissipar o cheiro de amônia, que são irritantes para as vias aéreas • É necessário gastos para manter a temperatura das instalações, como ventiladores e campânulas • Há gastos com água, de boa qualidade, em boa quantidade, e com bons equipamentos • Status vacinal Produtividade • Avicultura a partir de 1950 • Intensificação nos anos 70 (expansão da cultura da soja e do milho) • Exportação - 158 países. 6,0 bilhões dólares/ano. Exportação para China, Rússia • Granjas- faturam 50,0 bilhões de reais/ano • Empregos - 3,5 milhões no Brasil • Proteína mais barata e saudável, e é a carne mais consumida no Brasil • É uma opção quando há crises no comércio de carne vermelha • Abate entre 40 e 45 dias (média 2,2 kg) Granja comercial • Granja dos avós- onde tem os reprodutores, na qual são raças diferenciadas, na qual há o trabalho de melhorando genético • E a partir dos produtores de matrizes tem se a incubadora de pintinhos, é onde os ovos vão ser chocados e eclodem Sistema de criação de frangos dominante no Brasil Extensivo • Familiar, primitivo, pouco produtivo, subsistência • Onde os animais vivem soltos • Sem controle de produtividade e genética • Sistema importante na China Semi-extensivo • Bando de 50 a 200 aves • Espaço aberto e vedado com tela • Produção comercial pequena • Atividade associada a outras propriedades • Sem atividades reprodutivas • Sem parcerias Sistema de integração • Sistema mais importante no Brasil e predominantemente 1. São obrigações dos integradores: grandes empresas (sadia, friboi, perdigão) A. Fornecimento dos pontinhos de 1 dia B. Fornecimento de rações e medicamentos @natty_medvet 40 C. Assistência técnica para os pequenos produtores D. Comercialização das aves terminadas 2. São obrigações dos integrados A. Instalações B. Custos com energia, água, manutenção de equipamentos C. Mão de obra - funcionários treinados e qualificada D. Criação adequada dos frangos em todas as fases de produção Sistema cooperativa • Criadores unidos realizam execuções de projetos • Custo de produção, despesas, técnicas, insumos, são agregados ao custo de produção e divididas proporcionalmente entre o total de frangos produzidos • A cooperativa produz pontos e rações, que são consumidos dentro do próprio sistema Sistema independente • O avicultores é responsável por todo o processo de produção do frango • Todo o projeto, todos os investimentos, todos os lucros/prejuízos • Requer muito conhecimento de todos os detalhes da produção e comercialização Requisitos para montar uma granja • Capital disponível (cálculos para a construção do projeto) • Distância da fabricação de ração • Estudo no mercado do consumidor • Distância do incubatório • Não ser distante do comercializador (evitar perda das aves) INSTALAÇÕES • Topografia: leve declive semelhante ao de suinocultura • Isolamento (ser silencioso), longe de rodovias • Orientação • Vias de acesso (estrada de terra boa) • Eletricidade + gerador • Distância entre os galões • Dimensionamento recomendado dos galpões: chão de concreto, largura 12m, pé direito, 2,75m, muleta 25 a 30cm de altura, paredes dos fundos - geralmente de concreto, tela de arame 25mm de diâmetro. Laterais - cortinas de plástico e ajustáveis, lanternim • Telhados: cerâmicas, eternit, alumínio. O telhado deve possuir revestimento Equipamentos: • Bebedouros - fase inicial nipple ou copo de pressão, recria e adultos pendular e nipple • Comedouros bandeja, copo, prato automático, silos de ração • Campânulas e ventiladores Densidade: deve ser de 20-25kg/m² (10 frangos) no abate, regiões mais quentes pode cair para 5 frangos Requisitos para boa cama • Boa absorção de umidade • Biodegradabilidade (boas decompositoras) • Conforto • Baixo nível de poeira (devido ao sistema respiratório) • Livres de sujeira Cama e seu manejo Maravalha de madeira: boa absorção e decomposição. Possível contaminação por inseticidas, os quais podem ser tóxicos e organoclorados que podem causar odor desagradável na carcaça @natty_medvet 41 Palha picada: placa de trigo é o mais indicado. Possível contaminação por agrotóxicos, fungos e micotoxinas. De lenta decomposição, mais indicado se misturado 50/50 com maravalha Papel picado: pode ser de difícil manejo em condições úmidas, e muitas vezes são utilizados os jornais que podem ser um perigo para a saúde devido a composição da tinta, levando a intoxicações. Papel liso não é recomendado Cascas de arroz: não é muito absorvente. Melhor se misturado com outros materiais. Cuidado! Pode ser ingerido Pó de serra: inadequado. Poeirento e pode ser ingerido Areia: comumente usada em áreas áridas sobre solo de concreto. As aves pode ter dificuldade de locomoção por ser muito fofa Criação Linhagem fêmea: relacionado a produção de ovos Linhagem macho: relacionado a produção de espermatozóides, e possui herdabilidade para o desenvolvimento de carcaça Raças nobres • Plymouth Rock Branca (linha fêmea) • Cornish (linha macho) • Plymouth Rock Barrada • New Hampshire (pouco utilizada) • Light Sussex • Gigante de Jersey Fases de criação • Cria 0-6 dias • Recria 7-24 dias • Produção/terminação: 24-60/70 dias (até a reprodução), abate até 45 dias MANEJO DE FRANGO DE CORTE Fases pré-inicial e inicial Preparação dos golpes para recebimento dos pontinhos • As instalações devem estar devidamente limpas e desinfetadas. Troca da cama antiga e limpeza rigorosa. Sistema de limpeza semelhante ao de suínos ● Nas trocas de lote fazer a limpeza rigorosa e fazer vazio sanitário • Cama deve estar distribuída de forma homogênea no galpão • Campânulas acesas 6h antes da chegada dos pontinhos • Círculo de proteção devem estar preparados • Comedouro e bebedouros devidamente distribuídos dentro do círculo de proteção Qualidade do pintinho de 1 dia • Penugem seca e fofa • Normalmente já feitos no incubatório • Olhos redondos e brilhantes, sem opacidade de córnea (ceratite) • Umbigo bem cicatrizado e livre de infecções • Abdomefirme • Canelas brilhantes sem vermelhidão • Sem lesão cutânea nos membros • Unhas pequenas • Contar e separar os defeituosos. Iluminação e ventilação Alimentação • Ração peletizada e triturada • Ração de qualidade balanceada e alta digestibilidade • A medida que as aves crescem deve se fazer adaptações dos comedouros @natty_medvet 42 Fases de crescimento e final • Cuidado com o controle de temperatura e estresse • Fazer racionamento • Controle de luz → aumentam a fertilidade das matrizes, além de passarem a ingerir maior quantidade de ração por dia, e o animal se movimenta mais (fortalecendo o corpo) estimulando o crescimento Manejo de crescimento final • Uniformidade do lote (padrão físico e de peso) • programas de iluminação (redução do fotoperíodo e iluminação intermitente). Vantagem: • Aumento da atividade das aves e consequentemente redução de problema de pernas • Crescimento mais lento, melhorando a função vascular Manejo pré-abate Preparação para a captura • Jejum pré abate - 8-10h → reduzir conteúdo gastrointestinal • Atrasar o máximo a retirada dos bebedouros • Separar pequenos lotes para facilitar a captura Captura • Fase delicada • Forma manual - pode levar a ferimentos. Feita pelos pés ou canelas (ambos), nunca pelas asas (pode levar a fraturas) e coxas • Acomodar as aves dentro das caixas de transporte • Número de aves por caixa deve ser reduzido em dias quentes MANEJO DE POEDEIRAS COMERCIAIS Considerações • Fonte de proteína mais barata e rápida • Produção brasileira = mais de 50 bilhões de ovos • Exportação apenas 1% • Cerca de 100 milhões de animais • Rende ao Brasil R$35 bilhões anualmente • Não faz mal a saúde • Consumo Brasil: 251 ovos per capita/ano • 80 avicultores associados • Um dos maiores produtores mundiais • "1 ovo/dia" = uma boa galinha (ou pelo menos mais de 20 ovos no mês) • Maior produtor de ovos é a China, enquanto o BR está em 5 lugar de maior produção, sendo SP o estado de maior produção Linhagens comerciais • Ovos brancos: Legorne, Hy Line, Babcock, Lohmann • Ovos vermelhos: Hy Line Brown, Isa Brown, Lohmann Brown Fase de criação • Inicial ou de cria - 1 dia até 6 semanas • Crescimento ou recria: vai 6 semana até 18-20 semana • Pré-postura 10 - 20 semanas • Postura e ou produção: até 80 semana (termina o período de vida útil - produção de ovos cai) Quais são as fases de produção de uma galinha poedeira? inicial ou cria, crescimento ou recria, pré-postura, postura e/ou produção @natty_medvet 43 OBS: entre 28 e 30 semana é a fase que mais vai produzir ovos (mais de 90%) Sistemas de criação Confinamento Intensivo • Mais cruel → em desuso • Aves alojadas em gaiolas dentro de um galpão por toda sua vida produtiva • Alta produtividade, maior controle de doenças, melhor uniformidade do lote, facilidade no manejo, boa qualidade dos ovos, e menor incidência de ovos sujos • Estresse, baixa qualidade de vida, alterações comportamentais (aves agressivas → debicagem simples ou radicais) Colheita dos ovos: manualmente, Poedeiras: o número de aves por gaiola dependerá do tamanho da gaiola, o mais comum e 12 aves/gaiola Sistema cage free • São criadas soltas mas ficando somente dentro dos galpões • Raças de ovos marrons • Melhor qualidade de vida • Risco de canibalismo • Poleiros e ninho são obrigatórios (1 para cada 8 galinhas) • 7,1 ave/m² • Produção menor porém o ovo é mais caro • Precisam de ninhos, poleiros e camas Sistema caipira ou semi extensivo (free range) • Aves devem ter acesso aos piquetes durante toda a fase de produção • Nidificação e arraçoamento ocorrem dentro do galpão • Soltas pela manhã e recolhidas ao final da tarde (ou pelo menos 6h) • Melhor bem-estar animal • Proteção contra predadores (telas) • Densidade máxima é de 0,5 m²/ave • Ovo mais caro e de melhor qualidade • Maior risco de predadores (gaviões, corujas, cobras, gambás) Sistema orgânico • Principal diferença → alimentação: convencional participa de 20% da dieta, sem transgênicos (não utilizam alimentos/milho transgênicos) • Menor produção/maior procura • Ovos com maior taxa de carotenóides • Não é utilizado ATB • Certificado emitido pelo ministério da agricultura • Precisam de ninhos, poleiros e camas @natty_medvet 44 Instalações: idem frangos de corte, mesmo cuidados com as pintainhas Debicagem • Prevenir canibalismo e escolha de partículas maiores • Proibido em sistema de criação orgânico • 3 métodos: moderado, severo e corte lateral Temperatura ideal: 15 a 25ºC • Regiões mais quentes: aumentar a quantidade bebedouros ou calhas, ventiladores e aspersores de água, pintar o telhado de branco (reflete o calor) • Regiões mais frias: investimento para aquecimento • Além do ambiente ser bastante ventilado Coleta de ovos • 3 a 4 vezes ao dia → evitar rachaduras e sujeiras (principalmente em ninhos) • Separar ovos sujos ou com cascas danificadas ou irregulares • Realizar lavagem dos ovos com água limpa e morna • Câmara quente para secagem da casca • Ovoscopia • Manter os ovos conservados Muda forçada • Meta: mais um ciclo de produção • Privação alimentar muito severa e após é colocado grandes quantidades de ração (alimentação intensa), fazendo com que algumas aves produzam ovos por mais 2 semanas • Entrando em desuso • Apenas utilizado no sistema intensivo Fatores a serem considerados • Seleção de aves • Realizar em aves com menos de 70 semanas • Não deve ser realizada em lotes doentes ou que tenham baixo desempenho @natty_medvet 45
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