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SOCIOLOGIA
PROFESSORA ALINE DE AZEVEDO 
2º SÉRIE
MATRIZ CULTURAL AFRICANA
AULA 23
Nas aulas anteriores...
A formação social do brasil e suas matrizes étnicas índios, negros, colonizador branco; miscigenação. 
Matriz cultural indígena mais de 500 áreas indígenas; 225 povos indígenas; 180 línguas; área vegetal preservada povos indígenas no
 Paraná: Xetá, Guarani e Kaingang.
Hoje: estudaremos um pouco sobre a matriz cultural Africana, na formação do povo brasileiro, e também na contemporaneidade, contemplando os símbolos africanos e afro-brasileiros, no estado do Paraná. 
que lhe queima entre as pernas
o desejo de retomar
de recolher para
o seu útero-terra
as sementes
que o vento espalhou
pelas ruas…
– Conceição Evaristo
Filhos na rua
O banzo renasce em mim.
Do negror de meus oceanos
a dor submerge revisitada
esfolando-me a pele
que se alevanta em sóis
e luas marcantes de um
tempo que aqui está.
O banzo renasce em mim
e a mulher da aldeia
pede e clama na chama negra
A influência africana no processo de formação de cultura afro-brasileira
A contribuição africana nas trocas culturais do país é evidente, principalmente, na culinária, dança, religião, música e língua. A matriz africana teve um papel importante na formação e delineamento da identidade cultural afro-brasileira. Os africanos possuíam grande diversidade cultural devido à sua origem distinta, por pertencerem a diversas etnias com idiomas e tradições distintas, oriundos
de diversas regiões do continente africano.
A influência africana no processo de formação da cultura afro-brasileira começou a ser delineada a partir do tráfico negreiro, quando milhões de africanos “deixaram” forçadamente o continente africano para exercer o trabalho escravo no Brasil. O que era um elemento de suma importância na economia do período colonial, considerado “as mãos e os pés dos
 senhores de engenho” (ANTONIL, 1982, p.89). 
Contudo, a contribuição africana no período colonial foi muito além do campo econômico, através da revivência das culturas de origem e recriação de novas práticas culturais através do contato com outras culturas. 
O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Espalharam-se por todo o território, fazendo trabalho braçal em engenhos
 de açúcar, fazendas de criação, de café, e etc.
As diferentes tradições incluíam bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras
Assim como a cultura indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os africanos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses, casados e obrigados
 a se converterem ao catolicismo.
Muitos escravizados, mesmo se declarando como cristãos, não abandonaram a fé nos orixás, inquices e vodus originários de sua terra natal. Ao longo do tempo, a coexistência das crendices abriu campo para que novas experiências religiosas – dotadas de elementos africanos, cristãos e indígenas, fossem estruturadas no Brasil.
ATIVIDADE
1- (ENEM) Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.
SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta
do Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado).
Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a escravidão no Brasil tornou possível a															
formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias.
reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.
 resistência à incorporação de elementos
 culturais indígenas.
RESPOSTA
Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a escravidão no Brasil tornou possível a															
formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias.
reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.
 resistência à incorporação de elementos
 culturais indígenas.
Candomblé e umbanda: religiões originalmente brasileiras, mas que surgiram com base em elementos religiosos africanos. O candomblé consiste no culto aos orixás da cultura iorubá, enquanto a umbanda é uma forma sincrética entre o candomblé, o catolicismo e o espiritismo kardecista.
Cultura afrodescendente no Brasil
Culinária: Nossa culinária é repleta de pratos e ingredientes originários da cultura africana ou criados por africanos no Brasil. Podemos listar o acarajé, o vatapá, o abará e o caruru.
Dança: a capoeira (também arte marcial utilizada como defesa dos negros escravizados, que praticavam a fuga como resistência contra os capitães do mato); o samba; o axé (dança originária do ritmo afoxé que tem origem nas tradicionais danças religiosas); 
 o coco; e o maracatu.
ATIVIDADE
2- (ENEM 2013) “A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio do processo cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto, do resgate ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor compreendê-lo historicamente.”
MINAS GERAIS: Cadernos do Arquivo 1:
Escravidão em Minas Gerais. Belo Horizonte: Arquivo Público
Mineiro, 1988.
Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira ou o candomblé, deve considerar que elas
a) perderam a relação com o seu passado histórico.
b) derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira.
c) contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual.
d) demonstram maior complexidade cultural
dos africanos em relação aos europeus.
RESPOSTA
Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira ou o candomblé, deve considerar que elas
a) perderam a relação com o seu passado histórico.
b) derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira.
c) contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual.
d) demonstram maior complexidade cultural
dos africanos em relação aos europeus.
É importante trazermos à tona a visibilidade negra na construção social, cultural e econômica do Paraná;
Tecnologias e conhecimentos trazidos por africanos: Na engenharia e na construção temos várias técnicas, como a taipa de pilão e a presença destas técnicas na construção de diversos prédios ainda existentes no Estado do Paraná. 
Representações, símbolos e saberes afro paranaenses
 Importante papel de grandes mestres e engenheiras/os negras/os: Enedina Alves Marques - primeira mulher negra a obter curso superior do Estado do Paraná e a ser engenheira no Brasil; responsável pela construção da Usina Capivari-Cachoeira, a Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza. Os irmãos Rebouças - considerados os maiores engenheiros do século XIX e responsáveis pela construção da Estrada da
 Graciosa e da Ferrovia Paranaguá-Curitiba.
Baobás e Gameleiras: símbolos africanos e afro-brasileiros presentes na Praça Tiradentes, em Curitiba, relacionados à cosmologia e à religiosidade africana - as gameleiras, estão ligadas às Comunidades Tradicionais de Terreiro.
É preciso evidenciar, no contexto histórico geográfico da cidade, outra história, que contemple povos e culturas invisibilizados (...), no caso específico em mostrar símbolosda presença negra do município de Curitiba, a qual por muito tempo foi conhecida como uma “cidade europeia” e que “não existiam negros. (ARRUDA, 2018). 
Esses são só alguns símbolos da presença afro
 paranaense. Que outros saberes você conhece?
1- Aponte a afirmativa correta:
a) A visibilidade negra na construção social do Paraná independe de reforçar símbolos e saberes tradicionais da cultura africana.
b) A cultura afro-brasileira está representada em diversos símbolos e saberes no estado do Paraná, como as técnicas de engenharia e as árvores de origem africana,
na capital. 
QUIZ
1- Aponte a afirmativa correta:
a) A visibilidade negra na construção social do Paraná independe de reforçar símbolos e saberes tradicionais da cultura africana.
b) A cultura afro-brasileira está representada em diversos símbolos e saberes no estado do Paraná, como as técnicas de engenharia e as árvores de origem africana,
na capital. 
RESPOSTA
AGORA VOCÊ FARÁ MAIS UMA ATIVIDADE!
COPIE E RESPONDA EM SEU CADERNO
ATIVIDADE
A partir do que foi visto na aula, aponte contribuições da herança cultural africana, considerando:
a) A sociedade e a cultura brasileira;
b) A sociedade e a cultura paranaense.
Sua resposta deve levar em consideração os aspectos das culturas afro-brasileiras abordados pela aula, nas mais diversas áreas, tais como: arte, ciência, tecnologia engenharia, religião e literatura. A resposta deve ser completa, resgatando os dois pontos solicitados, que dizem respeito ao Brasil e ao Paraná. 
CORREÇÃO
Vimos nessa aula a questão da matriz cultural africana e sua presença para além do período de formação do povo brasileiro. A contribuição dos povos negros na arte, ciência e literatura e diversas outras áreas em nosso país, é imensa e merece reconhecimento!
Nas próximas aulas, mudaremos um pouco de assunto para adentrar o mundo do trabalho!
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, S; BRIDI, M; MOTIM, B. Sociologia: Volume único: ensino médio. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2016.
ARRUDA, J. M. M. Baobás e gameleiras: símbolos majestosos africanos e afro-brasileiros. In: SILVA, A.; COQUEIRO, E. A.; REINEHR, M. (Orgs.). Caderno Pedagógico: Oralidades Afroparanaenses. Curitiba: Editora Humaitá, 2018. p. 28-47. 
CHAGAS, N. M. O. Da taipa à engenharia: tecnologia africana na construção do Paraná. In: SILVA, A.; COQUEIRO, E. A.; REINEHR, M. (Orgs.). Caderno Pedagógico: Oralidades Afroparanaenses. Curitiba: Editora Humaitá, 2018. p. 15-
27.
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/equipesmultidisciplinares/2019/encontro2/roteiro2_em2019.pdf

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