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Botânica Econômica Livro 3

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Botânica Econômica
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Rosana Cristina Carreira
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin 
Etnobotânica e Estudo das Plantas Medicinais
Etnobotânica e Estudo 
das Plantas Medicinais
 
 
• Conhecer as relações culturais que os povos têm com as plantas e os processos de descoberta 
e de domesticação das espécies úteis;
• Despertar o interesse dos alunos para uma visão de inserção econômica e social a partir dos 
recursos vegetais explorados economicamente;
• Estimular o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de Etnobotânica, principalmente, das 
plantas medicinais.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Etnobotânica para Conservação da Diversidade Biológica e Cultural;
• Critérios Etnobotânicos de Classificação Popular;
• Plantas Medicinais e Legislação de Fitoterápicos.
UNIDADE Etnobotânica e Estudo das Plantas Medicinais
Etnobotânica para Conservação 
da Diversidade Biológica e Cultural
Qual a relação que você tem com as plantas, além da alimentação? 
Olhe ao seu redor e observe se há presença de plantas (não vale as artificiais, 
hein?!) ou produtos derivados delas. 
Sua resposta vai depender de muitos fatores, incluindo o espaço que você tem dis-
ponível na sua residência, mas, praticamente, em todos os cômodos encontraremos 
algum produto feito à base de plantas. 
Já sabemos que a relação do homem com a flora vem de tempos remotos e está 
sendo continuamente estudada. Dá-se o nome de Etnobotânica a essa Ciência que 
estuda os povos e as plantas. Ela é parte constituinte da Etnobiologia.
Consideramos a Etnobotânica uma Ciência recente, multidisciplinar e integrado-
ra, pois incorpora fatores culturais, ambientais e concepções desenvolvidas pelos 
povos sobre as plantas e o aproveitamento que se faz delas. 
Para Tuxill e Nabhan (2001, p. 68), a Etnobotânica:
[...] permite um melhor entendimento das formas pelas quais as pessoas 
pensam, classificam, controlam, manipulam e utilizam espécies de plantas 
e comunidades. Pesquisas de cunho etnobotânico podem ajudar planejado-
res, agências de desenvolvimento, organizações, governos e comunidades 
a conceber e implementar práticas de conservação e desenvolvimento.
Pesquisas científicas com Etnobotânica têm poder estratégico na conservação 
socioambiental de uma região geográfica, valorizam o conhecimento tradicional das 
populações locais, apoiam pesquisas e prospecções mais aprofundadas de espécies 
úteis com diferentes potenciais de usos.
Conhecimento Tradicional Associado (CTA)
Os povos indígenas (Figura 1), outros povos não indígenas e comunidades tradi-
cionais (seringueiros, quebradeiras de coco, caboclos, quilombolas, ribeirinhos, caiça-
ras, babaçueiros, carnaubeiros e pescadores artesanais, dentre outros e agricultores 
familiares (Figura 2) são importantes detentores de conhecimento tradicional, que 
faz parte integrante de todo o nosso patrimônio cultural e beneficia a proteção ao 
patrimônio genético brasileiro. 
Nós não enxergamos esse patrimônio, apenas o resultado dele e a sua interação 
com o ambiente.
8
9
Figura 1 – Indígena brasileira e sua filha. O conhecimento tradicional 
nas tribos indígenas é passado de geração a geração, pela oralidade
Fonte: Getty Images
Patrimônio genético é o conjunto de informações de origem genética dos seres vivos, que 
está em todas as partes das plantas, dos animais e dos micro-organismos.
Figura 2 – Um pescador artesanal consertando a sua rede 
também faz parte dos povos detentores de conhecimento
Fonte: Getty Images
A Convenção da Diversidade Biológica (CDB) em seus três eixos norteadores reco-
nhece a importância do uso sustentável da biodiversidade como forma de conservação. 
9
UNIDADE Etnobotânica e Estudo das Plantas Medicinais
Ela estabeleceu o sistema de repartição de benefícios, ou seja, criou uma possibilida-
de de que a inovação gerada a partir da biodiversidade e do conhecimento tradicional 
a ela associado gere recursos para a conservação da biodiversidade (BRASIL, 2017).
A CDB foi o primeiro instrumento a reconhecer formalmente que os conhecimen-
tos, práticas e inovações dos povos indígenas e das comunidades locais são impor-
tantes para a conservação da biodiversidade.
Em Síntese...
A repartição de benefícios é um mecanismo pelo qual quem usa componentes do 
patrimônio genético ou conhecimento tradicional tem de repartir seus lucros com quem 
detém esse patrimônio e esse conhecimento.
Conhecimento Tradicional Associado (CTA) é a informação ou prática, seja in-
dividual, seja coletiva, de povo indígena ou de comunidade tradicional, com valor 
real ou potencial, associada ao patrimônio genético. Os conhecimentos tradicionais 
associados ao patrimônio genético estão relacionados à natureza, aos seres vivos 
e ao meio ambiente, e fazem parte da prática cotidiana de povos e comunidades 
(BRASIL, 2017).
Em 2015, foi publicada uma lei que regula o acesso e o uso do patrimônio gené-
tico, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e a repartição de 
benefícios para a conservação e uso sustentável da biodiversidade (Lei n° 13.123, de 
20 de maio de 2015). 
Essa lei também trata do consentimento prévio informado, da repartição de bene-
fícios, do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético e do Fundo Nacional para a 
Repartição de Benefícios.
Nem sempre conseguimos encontrar a origem do conhecimento tradicional, pois, 
na maioria das vezes, esse saber é compartilhado por alguns povos, comunidades 
ribeirinhas ou agricultores familiares. Por esse motivo, o conhecimento tradicional 
associado ao patrimônio genético foi categorizado em dois grupos:
1. Conhecimento tradicional associado de origem identificável: Quan-
do é possível identificar pelo menos um povo ou comunidade detentores
desse conhecimento. As publicações científicas também são fonte de in-
formações sobre a origem do conhecimento tradicional (Artigo 2°, Inciso
II da Lei n° 13.123 de 2015);
2. Conhecimento tradicional associado de origem não identificável:
Quando não se consegue identificar os povos de origem do conhecimento
(Artigo 2°, Inciso III da Lei n° 13.123 de 2015).
10
11
Importante!
A indicação da origem do conhecimento tradicional acessado é indispensável para ga-
rantir que as informações de todos os processos em que haja acesso ao CTA sejam rastre-
áveis e que possam, portanto, ser monitoradas e verificadas. 
Os conhecimentos tradicionais, sejam eles de origem identificável ou não, inte-
ressam aos pesquisadores científicos e aos representantes de indústrias para desen-
volver produtos acabados ou para explorar economicamente a variedade vegetal. 
Quando o povo ou a comunidade (detentor do conhecimento) concede o acesso aos 
pesquisadores ou à indústria (usuário), ele se torna um provedor.
O acesso ao conhecimento tradicional associado pode ser entendido como o 
estudo ou a pesquisa que os usuários (pesquisadores científicos ou representantes 
de Indústria e do Agronegócio) fazem sobre o patrimônio genético para o desenvol-
vimento de produtos que interessam à Sociedade, à Indústria ou ao Agronegócio, 
como remédios, cosméticos e sementes, entre outros. 
É muito comum acontecer de o usuário que acessa o conhecimento tradicional 
não ser o mesmo que desenvolve um produto e o explora economicamente, pois há 
o envolvimento de uma cadeia de processos. 
O tempo entre o acesso à informação e o produto acabado para ser comerciali-
zado varia muito.
No ano de 2005, o Centro de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Univer-
sidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com o Laboratório Aché, desenvol-
veu um antiinflamatório tópico feito a partir do extrato da planta brasileiro erva-baleeiro 
(Cordia verbenacea) que foi patenteado no Brasil e no exterior. Leia uma reportagem à época. 
Disponível em: https://bit.ly/336Hs9k 
A Lei n° 13.123, de 2015, em seu artigo 2°, no Inciso VI, diz que os povos detentores 
devem dar seu consentimento sobre o acesso ao seu conhecimento, antes de fornecê-lo.O mecanismo estabelecido para isso é o Consentimento Prévio Informado, sendo 
explícitas todas as suas circunstâncias e possíveis consequências de seu depoimento. 
No entanto, há casos da prática de apropriação ilegal dos recursos genéticos – a 
chamada biopirataria.
Para Hathaway (2004, p. 40), a biopirataria é:
[...] o roubo – ou mais formalmente a ‘apropriação’, por mais imprópria 
que seja – de materiais biológicos, genéticos e/ou dos conhecimentos 
comunitários associados a eles em desacordo com as normas sociais, 
ambientais e culturais vigentes, e sem o consentimento prévio fundamen-
tado de todas as partes interessadas.
11
UNIDADE Etnobotânica e Estudo das Plantas Medicinais
Leio o interessante artigo sobre biopirataria ou pilhagem da biodiversidade de, autoria de 
Fittipaldy; Faria e Rodriguez, intitulado Biodiversidade e Conhecimentos Tradicionais no 
contexto da biopirataria e dos marcos legais. Disponível em: https://bit.ly/3hF6eSc
Métodos para a Coleta de Informações
Nos povos detentores do conhecimento tradicional associado, o principal modo 
pelo qual o conhecimento é continuado é a transmissão oral. 
O conhecimento é transmitido em situações diversas, mas necessita de um conta-
to intenso e prolongado entre os membros mais velhos e os mais novos. 
Isso acontece, normalmente, em povos tradicionais rurais ou indígenas, nos quais 
o aprendizado é feito pela socialização no interior do próprio grupo doméstico e de 
parentesco, sem necessidade de Instituições mediadoras. 
Conforme Scarda, Amorozo e Di Stasi (2020), crianças e jovens acompanham 
seus parentes na execução de tarefas cotidianas em ambientes físicos diversificados 
(excursões de coleta, trabalhos na lavoura etc.), nos quais possam existir plantas com 
atividade terapêutica, observam os mais velhos ao cuidarem dos doentes etc.
As pesquisas em Etnobotânica, geralmente, coletam informações pessoais, tais como 
gênero, idade e escolaridade, para traçar o perfil dos detentores de conhecimento. 
Além dessas informações, as questões relacionadas às plantas que são comumen-
te coletadas são, por exemplo:
• Usos de plantas (para que são usadas, como e por quem); 
• Nomes locais e suas variações; 
• Interpretações e associações simbólicas; 
• Sistemas de classificação de plantas e tipos de vegetação; 
• Como o conhecimento das plantas está distribuído em uma comunidade (jovem/
idoso(a), homem/mulher) e como é transmitido.
Quanto maior a quantidade de informações recebidas, melhor será o resultado 
da pesquisa. No estudo etnobotânico, igualmente se dá o destaque para o perfil do 
detentor do conhecimento.
Muitas vezes, os termos ‘‘entrevistado’’, ‘‘informante’’ e ‘‘testemunha’’ também 
são utilizados, sendo que há diversas metodologias para alcançar os detentores de 
conhecimento tradicional associado. 
O levantamento etnobotânico é realizado majoritariamente pelos métodos Snow 
Ball (Bola de Neve), Censo e Amostragem Aleatória. 
Na primeira metodologia, os informantes priorizam os indivíduos reconhecidos 
socialmente detentores de conhecimento sobre as plantas locais, pois a partir de um 
12
13
contato inicial, um ‘‘especialista local’’ ou ‘‘informante-chave’’ ao ser entrevistado 
indica outro especialista local, e assim sucessivamente (VIU, VIU; CAMPOS, 2010). 
Já o método de Censo é adotado quando o pesquisador deseja alcançar maior 
número de informações referentes à Comunidade que será estudada, sendo possível 
registrar o máximo de informações possíveis sobre a comunidade em questão. 
A Amostragem Aleatória é uma forma de amostragem que auxilia na delimitação 
da amostra que será considerada para a realização de um dado estudo (quantas ruas, 
quantas casas, quanto informantes) (SILVA; LIMA; SILVA, 2014).
Agora que já conhecemos as metodologias para realizar a coleta de informações, 
como devemos fazê-las? 
Calbazar et al. (2017) nos apresentam uma série de opções destacadas, como:
a. Observação participante: Relação próxima entre o pesquisador e 
seus informantes; as observações sobre usos e conhecimentos de 
plantas podem ser registradas e organizadas de acordo com diferen-
tes assuntos e temas;
b. Caminhadas na floresta, roças, quintais: Uma das formas mais 
úteis de se coletar informações, pois ao mesmo tempo que recebe as 
informações, o pesquisador/entrevistador pode coletar a planta;
c. Entrevistas não estruturadas: Contemplam conversas informais 
em torno do tema de interesse e durante as quais se registram as 
informações relevantes; são consideradas úteis para se começar um 
estudo, pois ajuda a orientar os outros métodos ou técnicas a serem 
empregados posteriormente;
d. Entrevistas semi-estruturadas: Técnica mais usual em etnobotâni-
ca; o pesquisador pode realizar entrevistas sobre temas específicos 
de interesse, fazendo perguntas (ou levantando questões) preparadas 
com antecedência; há perguntas abertas (a pessoa entrevistada pode 
dar qualquer resposta) e fechadas (a pessoa entrevistada deve esco-
lher uma entre um conjunto de respostas pré-definidas);
e. Entrevistas estruturadas: O pesquisador prepara antecipadamen-
te um questionário que vai apresentar da mesma maneira a todos 
os entrevistados;
f. Listagem livre: Pedir às pessoas, por meio de entrevista, para fazer 
uma lista de todos os elementos sobre um grupo específico de plantas 
(p. e as plantas alimentícias).
Assista a um vídeo com um relato sobre o projeto Etnobotânica Participativa, realizado no 
Quilombo da Fazenda e no Quilombo do Cambury, no município de Ubatuba (São Paulo). 
Disponível em: https://youtu.be/X_sTF55mwWE
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UNIDADE Etnobotânica e Estudo das Plantas Medicinais
Critérios Etnobotânicos 
de Classificação Popular
Os pesquisadores, geralmente, classificam o conhecimento sobre as plantas de 
acordo com sua própria compreensão do mundo e os detentores do conhecimento 
tradicional associado de acordo com o uso de determinada planta. 
Mesmo com o aumento do número de publicações científicas em Etnobotânica 
nas últimas décadas, ainda não existe uma classificação definitiva e nem um consen-
so sobre as definições das categorias.
 Tudo depende do olhar do pesquisador e dos objetivos da pesquisa. No entanto, 
de acordo com o(s) uso(s) das plantas, algumas categorias são rotineiramente citadas 
nas metodologias dos estudos.
Conheça as categorias dispostas a seguir.
• Alimentação humana;
• Alimentação animal (forrageio);
• Artesanato;
• Aromática;
• Combustível (geração de energia);
• Construção;
• Madeireiro;
• Medicinal;
• Ornamental;
• Químico (óleos, resinas, corantes, tintas);
• Recursos genéticos (geralmente, para sementes);
• Repelente;
• Ritualística (ou magia);
• Têxtil;
• Tóxicas;
• Usos ambientais (ecológicos) e Usos culturais.
Essa classificação em categorias fixas é muito útil para armazenar informações em 
Bases de Dados e conduzir pesquisas sobre plantas úteis de determinada localidade. 
No entanto, os pesquisadores alertam que algumas plantas podem ser citadas 
em diferentes categorias simultaneamente e propõem não fazer a categorização das 
plantas. Mas sendo dessa forma, poderia ocorrer o comprometimento de uma análi-
se estatística futura sobre os dados obtidos, tornando a pesquisa frágil.
14
15
Entre todas as categorias citadas nos estudos etnobotânicos, a categoria de maior 
expressão em boa parte dos estudos etnobotânicos é a categoria Medicinal, corres-
pondendo a quase metade do total das plantas citadas pelos informantes (Figura 3). 
As Plantas Medicinais aparecem categorizadas entre as mais representativas, em nú-
mero de espécies citadas, em comunidades tradicionais, rurais, aborígenes ou urbanas.
Figura 3 – Plantas sendo utilizadas como medicinais como primeiros-socorros, 
fazendo referência à elevada representatividade em estudos etnobotânicos
Fonte: Getty Images
Plantas Medicinais e 
Legislação de Fitoterápicos
Os estudos relacionados às Plantas Medicinais têm merecido cada vez mais desta-
que devido ao aumento de informações e esclarecimentosdas pesquisas científicas. 
Mas nem sempre foi assim. 
Depois da 2ª Guerra Mundial, ocorreu uma expansão da Indústria Farmacêutica 
com o aumento da oferta e da diversificação de medicamentos; por isso, o consumo 
de plantas medicinais perdeu espaço para os medicamentos sintéticos.
15
UNIDADE Etnobotânica e Estudo das Plantas Medicinais
A Fitoterapia é caracterizada pelo uso de Plantas Medicinais em suas diferentes for-
mas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de 
origem vegetal. 
Figura 4
Fonte: Getty Images
Em meados da década de 1970, diversos fatores, entre eles o alto custo dos fár-
macos sintéticos, o difícil acesso e os efeitos colaterais (graves, em muitas situações) 
contribuíram para a retomada do uso de produtos naturais, incluindo as Plantas Me-
dicinais e o avanço das pesquisas.
A Fitoterapia é parte importante de diversos estudos na área da Saúde como uma 
excelente possibilidade terapêutica para a população brasileira e mundial. 
Assim como ocorrido em outras Áreas, a Fitoterapia se desenvolveu e foi sendo 
aperfeiçoada ao longo dos tempos nos processos de prevenção, tratamento e cura 
das doenças. 
Há diversas evidências mostrando o uso benéfico das Plantas Medicinais.
Importante!
Apesar de a Fitoterapia ser um método terapêutico natural, o uso e a indicação de Plantas 
Medicinais devem ser criteriosos, pois também há contraindicações, efeitos colaterais, 
dosagens e formas de uso específicos.
Os resultados de estudos etnobotânicos confirmam a eficácia das Plantas Medicinais, 
apesar de a maioria das plantas utilizadas não ter seus constituintes químicos conhecidos. 
Mesmo assim, usuários de todo o mundo e, sobretudo, dos países em desenvolvi-
mento com elevada biodiversidade, continuam com a prática do consumo de Plantas 
Medicinais, comprovando as informações terapêuticas que foram sendo acumuladas 
durante séculos.
O Brasil, com o entendimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde 
(OMS) para organizar e consolidar a utilização das Plantas Medicinais e fitoterápicos, 
16
17
vem normatizando o tema no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de Políticas Pú-
blicas de Saúde, tais como a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares 
– PNNIC (BRASIL, 2015), a Política Nacional de Medicamentos – PNM (PORTARIA n°
3.916 de 30 de outubro de 1998), a Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais
e Fitoterápicos – PPNPMF (BRASIL, 2016) e a própria Lei Orgânica da Saúde (Lei n°
8080, de 19 de setembro de 1990).
Uma das finalidades da Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e 
Fitoterápicos é o incentivo ao cultivo e à produção de fitoterápicos e medicamentos 
procedentes da nossa biodiversidade para diminuir a dependência de matéria-prima 
vinda de outros países. 
Essa política também vem padronizar os termos mais comuns utilizados na Área 
das Plantas Medicinais e da Fitoterapia. 
Vejamos alguns deles com seus significados para melhor compreensão desta parte 
da Unidade, na Tabela 1.
Tabela 1 – Principais verbetes e seus significados utilizados em estudos de Plantas Medicinais e na Fitoterapia
Droga vegetal Planta medicinal que passou pelo processo de secagem e que pode ser utilizada na íntegra, rasurada, triturada ou transformada em pó;
Derivado de droga vegetal Produto de extração da matéria-prima vegetal: extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco e outros;
Eficácia É a capacidade de o medicamento atingir o efeito terapêutico visado;
Ensaio clínico
Qualquer pesquisa que, individual ou coletivamente, envolva o ser humano, de forma 
direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo o manejo de informações 
ou materiais;
Farmacopeia Conjunto de normas e monografias de farmoquímicos, estabelecidas por e para o país;
Fitofármaco
Princípio ativo de interesse terapêutico isolado a partir de uma planta medicinal que, 
posteriormente, será sintetizado, patenteado e produzido em escala industrial pelas 
grandes Empresas do ramo;
Fitoterápico
Medicamento obtido empregando-se, exclusivamente, matérias-primas ativas vege-
tais, nas quais o princípio ativo se encontra agregado a outras. É caracterizado pelo 
conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade 
e constância de sua qualidade; sua eficácia e segurança é validada por meio de le-
vantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em 
publicações ou ensaios clínicos;
Matéria-prima vegetal Planta medicinal fresca, droga vegetal ou derivados de droga vegetal;
Planta medicinal
É uma espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. 
Chama-se planta fresca aquela coletada no momento de uso e planta seca a que foi 
precedida de secagem, equivalendo à droga vegetal;
Princípio ativo de origem vegetal Substância ou classe química caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos.
Fonte: BRASIL, 2016
17
UNIDADE Etnobotânica e Estudo das Plantas Medicinais
Devido à grande demanda por produtos à base de Plantas Medicinais, é importante 
e necessário investigar como esses produtos estão sendo oferecidos ao consumidor, de 
acordo com a Legislação específica e critérios estabelecidos cientificamente. 
Fraudes de todos os tipos e a má qualidade têm preocupado o meio acadêmico-
-científico e os profissionais da Área de Saúde, muito embora existam parâmetros 
específicos para a produção e o comércio de fitoterápicos. A ausência de qualidade, 
a adulteração e a incorreta utilização, interferem na eficácia e até mesmo na segu-
rança do produto (VEIGA JÚNIOR et al., 2005).
O uso de Plantas Medicinais pode desencadear reações adversas pelos seus pró-
prios constituintes, devido a interações com outros medicamentos ou alimentos ou, 
ainda relacionados a características do consumidor (idade, sexo, condições fisiológi-
cas, características genéticas, entre outros). Erros de diagnóstico, identificação incor-
reta de espécies de plantas e uso diferente da forma tradicional podem ser perigosos, 
levando a superdose, inefetividade terapêutica e reações adversas (OMS, 2002).
Importante!
Só faça uso de medicamentos fitoterápicos com acompanhamento médico ou com pro-
fissional devidamente capacitado. Nunca faça automedicação!
Características de Cultivo, Plantio 
e Proteção Contra Pragas das Plantas Medicinais 
Para garantir o cumprimento das diretrizes da Política e Programa Nacional de 
Plantas Medicinais e Fitoterápicos, uma série de medidas devem ser tomadas para 
garantir um produto final medicinal com qualidade.
Sabe-se que a área utilizada para o cultivo de Plantas Medicinais influencia no 
desenvolvimento metabólico delas e, consequentemente, altera a produção dos me-
tabólitos ativos, no rendimento deles e na elaboração dos medicamentos. Em relação 
aos aspectos inerentes às plantas, tais como genéticos e ontogenéticos, há influência 
da variabilidade genética, idade da planta e estádio de desenvolvimento.
Os aspectos que independem das plantas, denominados externos, abrangem des-
de fatores ambientais, como condições climáticas, até práticas agrícolas, envolvendo 
desde definição do tipo de sistema de cultivo (orgânico, convencional ou hidropônico), 
época de plantio, densidade de plantas a cultivar, espaçamento de plantio, manejo 
da fertilidade do solo, da irrigação, incidência de pragas e doenças até a ocorrência 
de interações ecológicas desarmônicas, como competição entre plantas, parasitismo 
(Figura 4), alelopatia e herbivoria (Figura 5).
Alelopatia é um dano provocado por uma planta em outro organismo, causado pela libera-
ção no meio ambiente de metabólitos secundários tóxicos.
18
19
Figura 5 – Pulgões (afídeos) parasitando um caule uma planta
Fonte: Getty Images
O parasitismo é uma relação ecológica entre duas espécies, na qual uma 
delas, o parasita, beneficia-se da outra, o hospedeiro, causando-lhe danos 
de maior ou menor importância.
Figura 6 – Herbivoriaé a relação ecológica em que partes 
de uma planta viva servem de alimento para um animal
Fonte: Getty Images
A definição do local e da época de plantio também é fundamental para obter o 
máximo de rendimento de fitomassa e de substâncias bioativas. Os fatores do am-
biente que mais afetam o crescimento e o desenvolvimento das plantas são o fotope-
ríodo, a irradiação luminosa e a temperatura. E os tratos culturais que mais afetam 
são nutrição e irrigação (CARVALHO; COSTA; CARNELOSSI, 2010).
Ácaros, nematoides e fungos são os principais parasitas das plantas medicinais, 
sejam elas nativas, sejam cultivadas. As doenças provocadas por fungos são as que 
mais prejudicam a produção de Plantas Medicinais (Figura 6), favorecendo para a 
19
UNIDADE Etnobotânica e Estudo das Plantas Medicinais
murcha e a queda de folhas e a redução na produtividade, além de afetarem a quali-
dade das substâncias biologicamente ativas.
Figura 7 – Ferrugem do café, a mais comum infecção por fungos
Fonte: Getty Images
A proteção contra parasitas não pode ser semelhante àquela utilizada na produção 
convencional de alimentos e de plantas ornamentais, devido à toxicidade dos produtos 
utilizados nessas plantas e nos organismos animais reconhecidos como visitantes assí-
duos. Técnicas de manejo de cultura apropriadas, como espaçamentos corretos entre 
plantas, consorciação e rotação de culturas, fertilização e irrigação apropriados podem 
auxiliar na prevenção de doenças (CARVALHO; COSTA; CARNELOSSI, 2010).
Pós-colheita e Qualidade das Plantas Medicinais
Mesmo após a colheita, as Plantas Medicinais podem perder muitas de suas pro-
priedades, se não forem armazenadas corretamente. 
A secagem é um processo essencial para manutenção da qualidade final do pro-
duto e serve para diminuir a ação enzimática por meio da redução do teor de umi-
dade. Uma secagem incorreta ou realizada em menor tempo do que o previsto pode 
favorecer o desenvolvimento de microrganismos.
A secagem de Plantas Medicinais pode ser de forma natural ou artificial. A seca-
gem natural pode ser feita à sombra ou sob o sol, mas para algumas Plantas Medici-
nais pode ocorrer a fotodecomposição em seus componentes químicos, ocasionando 
alterações de odor, cor e sabor. 
A secagem com ar aquecido em estufa ou secadores, com baixa umidade relativa 
e com circulação forçada, é a técnica mais utilizada. 
Os limites de temperatura do ar de secagem são determinados em função da sensibili-
dade dos compostos químicos presentes nas plantas e de suas estruturas armazenadoras.
20
21
Conforme salientam Carvalho, Costa e Carnelossi (2010, p. 40):
A qualidade das Plantas Medicinais é determinada, principalmente, pelo 
teor dos compostos ativos, responsáveis pelos efeitos terapêuticos e pela 
ausência de contaminantes. A qualidade é máxima quando todas as eta-
pas do processo de produção, desde a obtenção de material propagativo 
de qualidade, a colheita do órgão de interesse, sem sintomas de pragas e 
doenças ou outros contaminantes, colhido no estádio de desenvolvimen-
to com maior teor de princípio ativo, no período do dia mais indicado, até 
as etapas de pós- colheita, como seleção e limpeza, secagem para reduzir 
a umidade aos níveis mínimos recomendados, embalagem e armazena-
mento, realizados com cuidado e a segurança necessários. 
Podemos perceber que, quando se trata de qualidade em Plantas Medicinais, cada 
etapa da produção – do estabelecimento do cultivo à extração da chamada matéria-
-prima, tem influência na qualidade e na quantidade dos compostos ativos presentes 
nas plantas. Portanto, os estudos com Plantas Medicinais comportam Áreas multi-
disciplinares como, por exemplo, a Botânica, a Farmacologia e a Fitoquímica que, 
juntas, enriquecem o conhecimento sobre uma inesgotável fonte medicinal natural: 
a flora mundial.
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UNIDADE Etnobotânica e Estudo das Plantas Medicinais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM) 
A SBPM tem por finalidade possibilitar, facilitar e estimular o aprimoramento científico 
e tecnológico na área de Plantas Medicinais nativas ou cultivadas. Conheça mais!
https://bit.ly/2BAjk3P
 Livros
Plantas Medicinais no Brasil – Nativas e Exóticas
O livro de Harri Lorenzi e Francisco J. Abreu Matos é uma das principais obras de 
caráter técnico-científico no Brasil, e faz uma compilação de mais de 300 Plantas 
Medicinais, com seus nomes científicos, nomes populares, características botânicas 
e propriedades farmacológicas.
 Vídeos
Etnobotânica e Plantas Alimentícias Não Convencionais
O programa em Questão fez uma entrevista sobre o tema com a participação 
do biólogo e mestre em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, Marcus Vinícius Mouzer. As populações tradicionais desenvolveram 
durante milênios uma vasta sabedoria sobre as nossas plantas. A Ciência moderna 
não é o único modelo de construção de conhecimento sobre a natureza.
https://youtu.be/fYZIs-J3Wac
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Referências
BRASIL. Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990. Casa Civil. Dispõe sobre as 
condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, a organização e 
o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível 
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