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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Síndrome Coronariana Aguda O termo síndrome coronariana aguda (SCA) é usado para descrever o conjunto de isquemia miocárdica que engloba angina instável ou infarto (com ou sem elevação concomitante do segmento ST). O paciente com angina instável apresenta dor torácica de origem cardíaca que é nova, com padrão de piora (i.e., mais grave, mais prolongada ou mais frequente do que episódios anteriores da angina), ou ocorre em repouso, sem evidência bioquímica da necrose de miócitos — isto é, sem elevação sérica de troponina ou da isoenzima MB da creatina quinase (CK-MB). O paciente que apresenta dor torácica cardíaca com evidência bioquímica de necrose miocárdica e sem elevação do segmento ST tem um infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST (IMSEST). Como a angina instável e o IM sem elevação do segmento ST são caracterizados pela ausência de elevação do segmento ST, eles são denominados coletivamente SCA sem elevação do segmento ST ou SCA-SSST. O paciente que apresenta dor torácica cardíaca, de início agudo, com evidências bioquímicas de necrose miocárdica e elevação do segmento ST persistente (> 20 minutos), tem um IM com elevação do segmento ST. SCA: Evento cardíaco vascular súbito. Infradesnivelamento ST (isquemia): fala a favor de uma menor gravidade (isquemia subendocárdica – quadro mais leve, menos grave e com menor acometimento de músculo cardíaco). Supradesnivelamento ST (IAM = necrose miocárdica): maior gravidade (infarto transmural – pega toda a espessura do miocárdio). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Na SCA: - Duração é intermitente; - Dor do tipo difusa em ardência (como se tivesse levado um soco no peito – lembrar dos paciente que infartam sem dor: diabético pela neuropatia, mulher em idade fértil por conta do estrogênio e idoso); - A intensidade é muito variável; - A localização pode ser precordial, retroesternal, epigástrica; - A irradiação ocorre para mandibular, região cervical, para o ombro/braço; - Os fatores de piora são movimentos, estresse físico, estado pós-prandial; - O fator de melhora é o repouso; - Pode ter associação com náusea, sudorese, palidez, tontura (baixo DC e baixa perfusão cerebral), fadiga/dispneia, palpitação (tenta compensar o baixo DC e aumentar a FC, ou bloqueio cardíaco, ou FA). Estertores crepitantes em base: excesso de líquido no interstício, o que dificulta a troca gasosa. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Diagnósticos diferenciais de dor precordial: - Isquemia miocárdica; - Dissecção aguda da aorta (dor dilacerante, no RX há um alargamento do mediastino, solicitar um ECO); - Tromboembolismo Pulmonar (dor súbita, acompanhada de dispneia, taquicardia, extremidades frias); - Pericardite Aguda; - Causas pulmonares; - Causas gastrointestinais (gases, gastrite, esofagite, DRGE); - Causas musculo-esqueléticas (piora com a movimentação); - Herpes zoster (dor em faixa e pode haver dor a palpação). Com ou sem supra do segmento ST VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Se a artéria coronária comprometida estiver parcialmente ocluída por trombo fresco, o ECG do paciente não apresenta elevação do segmento ST. Se os biomarcadores cardíacos não estiverem elevados, o paciente é diagnosticado com angina instável (AI). Se os biomarcadores cardíacos estiverem elevados, o paciente é diagnosticado com IM sem elevação do segmento ST (IMSEST). - Se o desbalanço na oferta-demanda de O2 for transitório, os miócitos envolvidos tornam-se isquêmicos, mas não morrem pelo fato de a isquemia não ter duração suficiente para causar necrose. O paciente normalmente se queixa de dor torácica cardíaca em repouso, porém sem evidências bioquímicas de necrose miocárdica, caracterizada por ausência de elevação sérica de troponina ou CK-MB; neste caso, é feito o diagnóstico de angina instável. - Em contrapartida, se o desbalanço entre oferta-demanda de O2 for sustentado, os miócitos isquêmicos começam a morrer e o infarto ocorre. O paciente normalmente se queixa de dor torácica cardíaca em repouso e apresenta elevação bioquímica de marcadores de necrose miocárdica, confirmando o diagnóstico de IM sem elevação do segmento ST. - Obstrução parcial da luz da coronária (trombo parcialmente oclusivo) Sem elevação do segmento ST Deve ser feita a estratificação do paciente Diante disso, devem ser solicitados os biomarcadores cardíacos séricos indicativos de necrose (troponina que se eleva em 2h e CK-MB que se eleva em 6h) Biomarcadores dentro dos valores de referência é uma angina instável; Com elevação de biomarcadores é IAM sem supra de ST (lembrar que há necrose miocárdica, mas ela é pouco extensa - subendocárdica). - Assim, a única forma de diferenciar a angina instável do IAM sem supra de ST é pelos biomarcadores, uma vez que o eletro é igual e a sintomatologia também. - Lembrar que esses biomarcadores (principalmente o CK-MB) são específicos do coração, mas não são específicos de infarto, ou seja, eles podem estar elevados em outras situações que gerem comprometimento cardíaco. - Troponina tem alta sensibilidade e especificidade. Se a artéria coronária comprometida estiver totalmente ocluída por trombo fresco, o ECG do paciente revela elevação do segmento ST; biomarcadores cardíacos subsequentemente ficam elevados; e o paciente é diagnosticado com um infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (IMCEST). - Obstrução total da luz da coronária (trombo totalmente oclusivo) Elevação do segmento ST SEMPRE é grave (pois é indicativo de necrose miocárdico extensa) Haverá elevação dos biomarcadores IAM com supra de ST (IAM transmural). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C O evento precipitante em quase todos os indivíduos com SCA é a ruptura ou erosão da placa coronária aterosclerótica, com subsequente agregação plaquetária e formação de trombos, levando à oclusão parcial ou total da artéria comprometida. Ocasionalmente, se o paciente apresentar uma região do miocárdio que é irrigada por uma artéria ocluída e recebe extensa circulação colateral para esta região, a oclusão trombótica total da artéria leva à apresentação clínica de SCA-SSST, em vez de IM com elevação do segmento ST. Vários fatores podem desempenhar um papel na deterioração da capa fibrosa de proteção que separa o ateroma na parede dos vasos do lúmen da artéria coronária. Inflamação local e sistêmica, características mecânicas e alterações anatômicas contribuem para a transformação de uma placa aterosclerótica estável para a chamada placa “vulnerável”, cuja ruptura desencadeia a aderência, ativação e agregação plaquetárias, com subsequente formação de trombo. O que pode causar ulceração, erosão, instabilização ou rompimento da placa de ateroma? LDL – oxidada (alto potencial aterogênico: inflamação -> citocinas -> degradação de colágeno e elastinas -> vulnerabilidade a ruptura); Hipertensão arterial (leva a instabilidade da placa de ateroma e lesa o endotélio vascular – forças de cisalhamento); Diabetes melito (alta glicemia é pró-inflamatória); Homocisteína (pró-aterogênico e pró-coagulante); Lipoproteína A (é uma herança genética, também é um forte componente aterogênico e pró-trombótico); Hiperurecemia (danifica o endotélio e um fator de instabilização de placa de ateroma); Acúmulo de excretas nitrogenados (principalmente paciente renal crônico, lesa o endotélio); Infecções sistêmicas (instabilização da placa de ateroma); Infecções cavidade bucal (gengivites - instabilização da placa de ateroma); Inflamações crônicas: AR (maior chance de desenvolver e de romper a placa de ateroma, uma vez que esse paciente já tem uma atividade inflamatória desenvolvendo-se no organismo), Artropatias, doenças do colágeno. Poluentes: metais pesados, derivados de S e CO. Catecolaminas (ativa SRA -> lesa endotélio-> instabiliza a placa de ateroma); Subprodutos da combustão (cigarro e similares); Alcatrão, derivados do tabaco, cocaína e canabis (substâncias psicoativas -> vasoespasmo de coronária). Quais os marcadores séricos indicativos de instabilidade de placa de ateroma na iminência de ruptura? PCR ultra sensível (é um marcador muito fidedigno; a medida que ele vai aumentando -> culmina em uma SCA); Interleucina-6 Interleucina-18 IFN-gama (indutor de interferon gama) TNF Metaloproteases LDL oxidada Glutation Peroxidase (anti-oxidante) LpA - Lipoproteína associada a fosfolipase A2 (pró-oxidante) sPLA2 -II (secretor de fosfolipase A2 tipo II) MPO (myeloperoxidase) MMPs (matrix de myeloperoxidase) MCP 1 (proteína quimiotática de monócitos – 1) PlGF (fator de crescimento placentário) PAPP-A (proteína A plasmática associada a gravidez). - Esses marcadores normalmente são solicitados para paciente que tem uma placa aterosclerótica conhecida ou diabéticos! VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Eletrocardiograma: Um ECG, que deve ser obtido e examinado imediatamente no paciente com suspeita de SCA, é particularmente valioso se realizado durante um episódio sintomático. Se o paciente tiver elevação do segmento ST persistente (>20 minutos), a terapia de reperfusão deve ser prontamente indicada. Anormalidades transitórias do segmento ST que se desenvolvem durante um episódio de isquemia em repouso e que se revertem quando o paciente está assintomático sugerem fortemente o diagnóstico de SCA-SSST. Depressão do segmento ST (ou elevação transitória do segmento ST) e anormalidades da onda T ocorrem em até 50% dos pacientes com SCA-SSST. No paciente cujo ECG inicial é normal, os ECGs subsequentes devem ser obtidos nas primeiras 24 horas e durante episódios de dor ou na presença de sintomas e devem ser comparados a traçados prévios a fim de identificar novas anormalidades no segmento ST ou na onda T. SCA com supra de ST – IAM com supra de ST O IAM com supra de ST é caracterizada por isquemia miocárdica aguda profunda (“transmural”), afetando áreas relativamente grandes de miocárdio. A causa subjacente quase sempre é a interrupção completa do fluxo sanguíneo miocárdico regional (resultante de oclusão coronariana, em geral, aterotrombótica). Esta síndrome clínica deve ser distinguida do IM sem elevação do segmento ST, no qual a obstrução do fluxo coronariano é incompleta e para o qual são indicados diferentes tipos de tratamento agudo. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Tem-se determinado a erosão, fissura ou ruptura de placas ateroscleróticas vulneráveis como sendo os mecanismos desencadeadores da oclusão trombótica coronariana, que gera hemorragia intraplaca, espasmo coronariano e trombose luminal oclusiva. A ruptura de placa ocorre com mais frequência em placas carregadas de lipídio com uma capa endotelial enfraquecida por atividade interna de colagenase (metaloproteinase), derivada principalmente de macrófagos Com a ruptura da placa, elementos da corrente sanguínea são expostos ao núcleo e à matriz altamente trombogênicos da placa, que contêm lipídio, fator tecidual e colágeno. As plaquetas aderem, são ativadas e agregam-se; mediadores vasoconstritores e trombogênicos são secretados; ocorre vasospasmo; gera-se trombina e forma-se fibrina; e é gerado um trombo parcial ou totalmente oclusivo, rico em plaquetas e fibrina. Quando o fluxo coronariano é interrompido, ocorre elevação do segmento ST eletrocardiográfica, resultando em IMCEST. Oclusão parcial, oclusão na presença de circulação colateral e embolização coronariana distal resultam em angina instável ou IM sem elevação do segmento ST. - IAM sem supra que evoluiu para IAM com supra Outras condições além da aterosclerose coronariana que podem causar infarto agudo do miocárdio: êmbolos coronarianos, doença trombótica de artéria coronária, vasoespasmo coronariano, cardiopatias coronarianas congênitas, trauma, tireotoxicose. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C SCA com supra de ST = IAM com supra de ST (infarto transmural) Elevação das enzimas cardíacas e necrose transmural SEMPRE grave, ou seja, não precisa estratificar o paciente Esse paciente poderá receber trombolítico (antes das 12 horas do início do sintomas). Fase hiperaguda: Ondas T aumentam em amplitude e se alargam sobre a área da lesão (ondas T positivas e pontiagudas que geralmente precedem o surgimento do supradesnivelamento). Fase aguda: Supradesnivelamento do segmento ST com convexidade para cima, surgimento das onda Q patológicas e redução progressiva da onda R. Fase subaguda: A elevação do segmento ST começa a regredir, as ondas T se tornam invertidas, as ondas Q ou QS patológicas se tornam completamente desenvolvidas e desaparecimento da onda R. Fase crônica: Normalização do segmento ST, permanência da onda Q patológica e a onda T pode voltar ao normal ou seguir invertida. - IAM com supra de ST na fase crônica: costuma ter desaparecimento da onda R na parede acometida, surgimento da onda QS e inversão da onda T. Tradicionalmente, o diagnóstico do IAM tem base na tríade de desconforto torácico tipo isquêmico, anormalidades eletrocardiográficas e biomarcadores cardíacos séricos de necrose elevados. Considerava-se estar perante um IAM quando pelo menos dois desses três estavam presentes. Com suas sensibilidade e especificidade crescentes, os biomarcadores cardíacos séricos assumiram um papel dominante na confirmação do diagnóstico de IAM em pacientes com características clínicas ou eletrocardiográficas sugestivas. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Troponina I é a mais dosado no IAM. CK-MB está em grande quantidade no miocárdio, mas também em outros locais do organismo. Por isso a mais fidedigna é a troponina. As alterações eletrocardiográficas acontecem antes do que as alterações nos marcadores de necrose (pois o dano celular leva mais tempo para acontecer do que a alteração da condução elétrica do coração). Obs.: Causas não isquêmicas de nível elevado de troponina miocardite, pericardite, IC, cardiopatia, taquicardia, estenose aórtica grave, hipertensão pulmonar, insuficiência respiratória, choque, hemorragia intracraniana, insuficiência renal. A radiografia de tórax é o único teste de imagem feito rotineiramente na internação em casos de IAM. Embora a radiografia de tórax muitas vezes seja normal, achados de congestão venosa pulmonar, cardiomegalia ou mediastino alargado podem contribuir bastante para o diagnóstico e decisões de tratamento. Por exemplo, um histórico de dor torácica e nas costas grave, “dilacerante”, em associação a um mediastino alargado, deve suscitar a possibilidade de um aneurisma dissecante da aorta. Nesses casos, a terapia fibrinolítica deve ser evitada enquanto se aguarda exame de imagem para diagnóstico mais definitivo da aorta. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Terapia de reperfusão em até 12h. Depois desse período já não há mais como reperfundir (miocárdio inviável). Angioplastia primária (padrão-ouro) Método de escolha, feita na sala de hemodinâmica. Consiste na Cateterização da coronária (contraste e radioscopia) com liberação do stent. - A angioplastia primária imediata por abordagem de artéria femoral ou, cada vez mais, pela artéria radial é a estratégia de reperfusão de escolha em pacientes com IAMCEST e sintomas isquêmicos com menos de 12 horas de duração. Os benefícios relativos da angioplastia sobre a trombólise incluem uma taxa de mortalidade significativamente mais baixa, taxas mais baixas de reinfarto não fatal e riscos inferiores de hemorragia intracerebral. Trombólise (ex: estreptoquinase) Dissolver o trombo farmacologicamente (desfazer a rede de fibrina). Tem alto risco de complicações. - O principalrisco da terapia fibrinolítica é o sangramento. A hemorragia intracerebral é a complicação mais séria e frequentemente fatal. - A relação risco-benefício deve ser avaliada em cada paciente quando a fibrinólise for considerada e esquemas específicos forem selecionados. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C O uso de angioplastia ou de terapia trombolítica depende dos recursos locais e da experiência, bem como de fatores do paciente. A angioplastia é escolhida principalmente para pacientes com maior risco de mortalidade (incluindo choque), com apresentações mais tardias (mais de 3 horas) e em pacientes com maior risco de hemorragia cerebral (idade >70 anos, sexo feminino, terapia com agentes hipertensivos). Em hospitais sem capacidade para realizar angioplastia e em outras situações nas quais a angioplastia não é viável ou seria significativamente atrasada (p. ex., por um longo tempo de transferência para instalação com capacidade de angioplastia) em mais de 120 minutos após o primeiro contato médico, a terapia trombolítica deve ser administrada aos pacientes com IAMCEST dentro de 12 horas do início dos sintomas, a menos que esteja contraindicada. Apenas o trombolítico dissolvem o trombo. O antiagregante e o anticoagulante NÃO dissolvem o trombo, eles apenas fazem com que ele não progrida. IAM de VD não é feito trombolítico e nem uso de nitrato, pois o tamanho de músculo que vai perder não compensa o risco da trombólise. Antiplaquetários são prescritos para o paciente fazer uso contínuo. Já os anticoagulantes são usados agudamente (só serão usados continuamente em caso de ICC grande que gerou trombo dentro do ventrículo). * AAS acima de 300 mg diminui COX-1 plaquetária = diminuindo a síntese de TXA2. * Prasugrel faz bloqueio/inativação do receptor P2Y das plaquetas = impedindo a agregação plaquetária. O prasugrel tem efeito antiplaquetário maior e um início de ação mais rápido do que o clopidogrel. O prasugrel em combinação com o AAS reduz eventos isquêmicos 20% em comparação à terapia concomitante com AAS e clopidogrel. Anticoagulantes impedem a progressão do trombo, mas os trombos existentes não sofrem lise. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Betabloqueadores diminuem a FC, PA e a contratilidade miocárdica = diminuindo o trabalho cardíaco = reduz o tamanho do infarto e previne arritmias graves. Único betabloqueador IV é o esmolol. Nitratos são medicamentos sintomáticos (não mudam a história natural da doença) O mecanismo de ação é doação de óxido nítrico (potente vasodilatador). A vasodilatação irá gerar = redução de pré e pós-carga = diminui o trabalho cardíaco = menor necessidade de consumo de O2 pelo coração = melhoram sintomas de angina. Nitrato venoso: nitroglicerina. Não usar nitratos com inibidores da fosfodiesterase (sildenafila - Viagra) se forem usados juntos haverá uma vasodilatação muito intensa e o paciente poderá morrer. Estatinas: Estabilizam placas, aumentam a produção de óxido nítrico, restabelece a função endotelial fisiológica (efeito pleiotrópico), diminui prostaglandinas inflamatória, diminui a oxidação da placa de ateroma e do LDL. IECA ou BRA: Bloqueiam a progressão do SRAA que danificam os vasos quando exacerbadamente ativados. Também diminuem pré e pós carga DE MANEIRA MUITO EFETIVA (nenhuma outra medicação é igual a elas), além de também diminuírem a formação de aneurismas. RESUMINDO: Antiplaquetários, betabloqueadores, estatinas e IECA ou BRA são de uso contínuo. Os nitratos são usados apenas se necessário e os anticoagulantes são usados apenas agudamente. Estatinas promovem estabilização da placa e restauram a função endotelial. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Complicações do IAM com supra de ST: Choque cardiogênico sinais de baixo DC: hipotensão arterial, tempo de enchimento capilar lentificado, vasoconstrição periférica, cianose, pele fria e pegajosa, edema de pulmão (ausculta de crepitações em base pulmonar), diminuição do débito urinário (oligúria). Administrar dobutamina (droga inotrópica positiva). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Ruptura da parede livre do VE Necrose transmural deixa a parede fragilizada, culminando em ruptura da parede ventricular e morte súbita. Ruptura do músculo papilar Insuficiência mitral com edema pulmonar. Ruptura de septo IV Pressão mais alta do lado E do que do lado D, sobrecarga de câmaras direitas, gerando hipertensão pulmonar. Resumo do manejo do IAM com supra de ST - Cravedilol, labetalol, bisoprolol e nebivelol impedem a hiperatividade adrenérgica sistêmica. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C SCA sem supra de ST – Angina instável ou IAM sem supra de ST SCA sem supra de ST: - Angina instável (isquemia = baixa taxa de oxigênio tecidual = respiração anaeróbia = meio fica ácido = pode levar a lesão celular, mas NÃO é uma lesão celular irreversível) Enzimas cardíacas estão NORMAIS e NÃO há elevação do segmento ST no eletrocardiograma. Então como saber que é uma angina instável? É um paciente com sintomatologia clínica característica, com enzimas cardíacas normais e com eletrocardiograma sem alterações na grande maioria das vezes (se a angina instável cursar com infra de ST é porque a área de isquemia foi grande). OU - IAM sem supra (necrose = lesão celular permanente = infarto subendocárdico) Há elevação das enzimas cardíacas (troponina e CK-MB), mas essa elevação não é tão alta quando no IAM com supra de ST Para esse paciente eu NÃO administro trombolítico. No IAM sem supra de ST, o eletrocardiograma pode ser normal ou pode haver infra de ST. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Onda T negativa e infra de ST indicam isquemia (NÃO NECROSE!). - Paciente pode apresentar infra de ST no teste ergométrico. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - ECG e enzimas na chegada, 3h depois e 6h depois. Ou antes se o paciente apresentar mudança de sintomas ou de ECG. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Todo paciente com SCA-SSST, independentemente da classe de risco, deve imediatamente receber medicamentos antianginosos, terapia antiplaquetária e estatina, a menos que contraindicado. Um paciente de baixo risco também deve receber heparina não fracionada, mas não terapia anticoagulante mais agressiva, pois esta aumenta o risco de sangramento sem uma maior redução do risco de um evento cardíaco isquêmico. A angiografia coronariana e a revascularização de rotina não são benéficas e devem ser reservadas para pacientes com isquemia recorrente, apesar de tratamento clínico otimizado. Por outro lado, o paciente de alto risco deve receber medicamentos antianginosos, terapia antiplaquetária, uma estatina, terapia anticoagulante mais intensiva e angiografia coronariana seguida por revascularização (se indicada). A revascularização coronariana é realizada para aliviar a angina persistente ou recorrente apesar da terapia medicamentosa ideal, para prevenir a isquemia recorrente ou IM em pacientes com alto risco de um evento isquêmico subsequente e para melhorar a sobrevida em pacientes com anatomia arterial coronariana adequada.
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