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Gabriella Comerlatto – T3 • A gasometria consiste na leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue • Avalia o equilíbrio ácido-base no sangue arterial, antes deste sofrer trocas gasosas nos capilares dos tecidos periféricosGasometria Arterial • A leitura é obtida pela comparação desses parâmetros na amostra com os padrões internos do gasômetro -> Importância da gasometria arterial: • Medir a concentração de bicarbonato • Medir o pH • Saturação de O2 • Pressão de 02 • Excesso de base no sangue todo e no fluido extracelular (se o bicarbonato está muito alto tem o excesso de base) • Hematócrito, hemoglobina, cálcio, sódio, potássio Gasometria faz a avaliação de: • Ventilação (PaCO2) • Oxigenação (PaO2) • Condição ácido- básica (pH,PaCO2,HCO3) • Resposta do paciente à terapia • Diagnóstico • Evolução clínica pH • pH: Determinado pela variação eletroquímica, é a diferença de potencial que faz as medidas • Quanto mais bicarbonato maior o pH • Quanto menor o CO2 maior o pH • Alteração sugere desequilíbrio no sistema respiratório ou metabólico Valores de Referência • Normal: 7,35 - 7,45 • Abaixo de 7,35: acidemia • Acima de 7,45: alcalemia Se estiver normal precisa ver se tem alguma compensação • pH < 6,8 ou > 7,8 é incompatível com a vida pO2 • Curvas que mimetizam naquela faixa o que pode acontecer • Quando o pH cai a saturação de hemoglobina precisa de um pO2 maior pra ter a mesma saturação • Oxigenação é pior quando o pH está ácido • Quando o pH está alcalino a saturação está maior (precisa de menos O2) • DPG: proteína relacionada com o carreamento do Oxigênio • Aumento da temperatura: estado febril • Oxigenar bem: tem oxigênio elevado e os alvéolos estão expandidos bem pra receber O2. Oxigena pior quando FO2 é menor • Desvio para direita: Aumento de: H, DPG, T, PCO2 • Desvio para esquerda: Diminuição de: H, DPG, T, PCO2 Valores de referência • PO2: 90-100 • Saturação de O2, acima de 94 • A medida que envelhece, ela vai diminuindo • Abaixo de 60mmhg = hipoxemia severa • Relacionar PaO2 com fiO2 ofertada -> DPOC: se tolera valores menores PCO2 • Eficácia da ventilação alveolar • Reflete distúrbios respiratórios do pH Valores de referência: • 35-45 • Abaixo de 35: Alcalose respiratória, hiperventilação • Acima de 45: Acidose respiratória, hipoventilação • Diminuir o PCO2: aumentar o volume minuto, a ventilação. Em pacientes com DPOC é aumentar o tempo expiratório o máximo que conseguir • Acidose metabólica • O corpo normalmente não equilibra p/ cima HCO3 • Concentração depende da função renal • Reflete distúrbios metabólicos Valores de referência • Entre 22 e 26 • Abaixo de 22: Acidose metabólica • Aumento de 26: Alcalose metabólica Principais causas de acidose metabólica: • Cetoacidose diabética • Sepse • Insuficiência Renal • Acidose hipercloremica Base excess - BE • Sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas no plasma sanguíneo Valores de referência • -2 a +2 • BE↑ = alcalose • BE↓ = acidose Ânion Gap • É interpretado pela diferença entre os Cátions presentes no sangue e os ânions • Ânion gap (ânions não mensuráveis) • Ânions e cátions repercutem no sangue: Na, HCO3 e Cl • Ânions não mesuráveis ANM (lactato, albumina, fosfato) • Quando aumenta os ANM o HCO3 baixa pra compensar e alteram na mesma proporção (ANM aumenta 10, HCO3 baixa 10) AG = cátions – ânions = 0 -> Se tiver um desbalanço entre eles altera o pH AG: Na – (HCO3+Cl) = 0 Ânions não mesuráveis ANM (lactato, albumina, fosfato) -> AG: Na+ -(HCOE+Cl+ANM) = 0 -> Formula final: AG: Na+ -(HCO3+Cl)= ANM AG = ANM Variação de 10 a -2, se passa de valor pode falar se é AG normal ou elevado AG = Na – (HCO3+cl) 134 – (17+94+anions não mensuráveis) = 0 134 – (111+anions não mensuráveis) = - 23 – ANM = 0 GP = ANM = 23 Está elevado -> Se fizesse Ag: Na –(HCO3+ CL) – já chega na resposta • Aníon elevado = elevação de ácido -> Causas: • Uremia • Cetoacidose • intoxicação Valor de 35 • Extremidades com dermatite ocre e presença de edema • Eritema e calor anterior de membro inferior esquerdo -> pode ser uma erisipela que está descompensando a diabetes dela Falta o lactato, cetoacidose na urina tendo cetoacidose pode pensar em uma diabetes descompensada Valores de referência • 8-12 mEq/l - Ânion gap Sódio – (Cloro + Bicarbonato) - Na+ 144 - ( Cl- 89 + HCO3 : 18 ) : 37 - Interpretação : Acidose por ânions não- mensuráveis Fisiopatologia: • PCO2 estimula os quimiorreceptores centrais que vão induzir o centro respiratório que envia uma mensagem para os músculos da respiração para aumentar a respiração e o volume minuto, tentando promover uma hiperventilação pulmonar • pH e o Po2 estimulam os quimiorreceptores periféricos que vão induzir o centro respiratório que envia uma mensagem para os músculos da respiração para aumentar a respiração e o volume minuto, tentando promover uma hiperventilação pulmonar Fatores complicadores • Bolhas de ar • Temperatura • Tempo: precisa coletar e já ver o resultado se não a curva de dissociação vai aumentando • Venosa: mistura de sangue com arterial vai dar alteração, p02 muito diferente do arterial para venosa Alcalose Respiratória Causas: • Dor, ansiedade, febre, grandes altitudes • Lesão SNC • VM inadequada • Pneumotórax – quando passa por procedimento cirúrgico • Atelectasia grave, crise de asma, edema pulmonar, pneumonia • Se tiver febre: pensar em pneumonia, embolia pulmonar e atelectasia • Crepitações: congestão, pneumonia • Roncos: pneumonia aspirativa grave • Sibilos: broncoespamos • Inicio súbito: embolia • Tosse purulenta pneumonia TTO: Mau súbito: fazer ABCDE, ver se está instável Todas as condições podem fazer taquipneia Asma: broncodilatador Acidose Respiratória • Diminuição drive respiratório (lesão SNC ou inibição por drogas) • Obstrução VAS • Doenças neuromusculares, SARA, TEP, edema pulmonar, atelectasia, fibrose • VM inadequada -> Quanto dar de oxigênio? O mínimo possível para manter a saturação de 92% (1L/min) Alcalose Metabólica Sinais e sintomas • Diminuição do drive respiratório • Hipóxia • Hipercapnia (aumento da pressão parcial de CO2 no sangue) • Desvio da curva de dissociação da oxihemoglobina para a esquerda e diminuição da liberação de oxigênio aos tecidos, retendo CO2, que leva ao edema cerebral, podendo apresentar sonolência, hipotensão postural e confusão mental • Hipopotassemia, hipocloremia e hipocalcemia Causas: • Vômito persistente, drenagem gástrica • Obstrução da saída gástrica (estenose pilórica em bebês) • Cloridorreia congênita • Hiperaldosteronismo primário ou secundário • Uso crônico de diuréticos (perde K) • Síndrome leite alcalino • Transfusão sanguínea maciça (recebe muitos elementos) • Insuficiência respiratória crônica (DPOC) • Fibrose cística cloro urinário alto • Oferta excessiva de bicarbonato • Perda excessiva de conteúdo gástrico Tratamento • Em pacientes com déficit de sais de Cloro (HCl, NaCl ou KCl), deve-se repor o déficit apropriadamente, enquanto que naqueles com alcalose metabólica por retenção de bicarbonato de sódio, deve-se induzir a perda de bicarbonato pelo tratamento da causa subjacente • Em pacientes com diminuição do volume do extracelular, a administração de NaCl restaura o volume e diminui a concentração de HCO3 - por diluição • Em pacientes com déficit de KCl, deve-se administrar K+, visando corrigir a depleção de K+ e a acidose intracelular • O grupo de pacientes com alcalose metabólica secundária à retenção de bicarbonato de sódio, denominado “resistente a cloreto” está indicado o tratamento especifico da causa subjacente. Pode-se administrar agentes que bloqueiam a reabsorção de Na+ no duto coletor, como a amilorida, e antagonistas da aldosterona, como a espironolactona • A suplementação de potássio deve ser cuidadosa quando administrada em conjunto com diuréticos poupadores de K+ pelo risco de induzir hiperpotassemia. Pode-se utilizar o inibidor da anidrase carbônica (acetazolamida) para melhorara alcalemia durante o desmame da ventilação mecânica, mas esta pode agravar a depleção de potássio por aumentar a carga de fluido rico em bicarbonato entregue ao néfron cortical distal. Acidose metabólica Sinais e Sintomas • Respiração profunda e rápida (ritmo de Kussmaul) • Diminuição da contratilidade cardíaca • Arritmias cardíacas • Vasodilatação arterial e vasoconstrição Causas Ânion GAP aumentado • Acúmulo de ácidos • Acidose láctica (L ou D) • Cetoacidose (diabética, alcoólica) • Intoxicação por metanol, etilenoglicol, salicilato • Insuficiência renal venosa, distensão abdominal (íleo) e proteólise Ânion GAP normal • Perda direta de NaHCO3 • Gastrintestinal (diarreia, íleo, fístulas) • Urinária (acidose tubular renal proximal, uso de acetazolamida) • Perda indireta de NaHCO3 - Baixa excreção de NH4+ • Cetoacidose com cetonúria excessiva • Inalação de cola (intoxicação por tolueno) • Ingestão de HCl, NH4Cl , sais cloreto de aminoácidos • Administração intravenosa de grandes volumes de NaCl Tratamento • Realizar medidas gerais iniciais: permeabilizar vias aéreas, garantir oxigenação e ventilação adequadas e restabelecer a circulação • Deve-se tratar a causa subjacente, tomando medidas para diminuir a produção de H+, como otimizar o débito cardíaco em pacientes com acidose lática, administrar insulina em pacientes com cetoacidose ou remover substâncias tóxicas em intoxicações • O uso de bicarbonato de sódio é controverso, embora seja utilizado na maioria dos serviços em situações de acidose metabólica (pH < 7,1 e BIC <6) e cetoacidose com pH <7. A ad ministração de bicarbonato de sódio resulta na produção de CO2 e H2O e, portanto, é importante garantir uma ventilação adequada para que o CO2 produzido seja eliminado apropriadamente pelos pulmões Acidose mista • Acido se: pH: < 7, 35 • Mista: Pa CO2: ↑ 45mmHg e HCO3: ↓ 22 mEq/L Ex: Insuficiência Respiratória → Pa CO2↑ → fadiga mm respiratória → ↑ produção de ácido lático → tamponado pelo H CO3 ↓ = p H ↓ Ex: Histórico de diabetes e inchaço do tornozelo torna a insuficiência renal um diagnóstico unificador com edema pulmonar contribuindo para uma acidose respiratória, enquanto a falta de eliminação de ácidos causa uma acidose metabólica Alcalose mista • Alcalose: pH ↑ 7 ,45 • Mista: Pa CO2 ↓ 35mmHg; HCO3: ↑ 28 mEq /L Ex: hiperventilação em VMI → PaCO2 ↓ → perda de suco gástrico por vômito → HCO3 ↑ = pH ↑ Acidemia Excesso de O2 • Se exagerar no oxigênio o paciente vai ficar mais bradipneico e acumular mais CO2. -> Quatro mecanismos que explicam o porque de dar muito O2 piora 01. Quando tem muita oferta de oxigênio ocorre o efeito shunt, mistura as áreas sem ventilação adequada que os vasos estão mal oxigenados e não oxigena adequadamente 02. Espaço morto fisiologico: a ventilação de locais que não conseguem oxigenar adequadamente, que não tem irrigação adequada e forma espaço fisiologico morto que tem oxigenação mas não faz transferência, não oxigena adequadamente 03. Efeito Haldane: quando tem muito oxigênio, acaba segurando o CO2 no sangue, deixa a hemoglobina trocar os tecidos com muito avidez e a hemoglobina fica muito ácida segurando mais o CO2 e se acumulando 04. Mecanismos centrais da regulação do PCO, PaO2, quando coloca muito O2 os quimiorreceptores periféricos vão avisar os músculos da respiração que não é pra respirar mais rápido e o CO2 se acumula 2022.2
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