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Mesopotâmios, Egipcios e Hebreus

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História Antiga 
Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Marcelo dos Reis Tavares
Revisão Textual:
Profa. Karina Barbosa
5
•	As Civilizações da Mesopotâmia
•	O Egito Antigo
•	Os Hebreus
Nesta unidade você estudará as civilizações do Oriente Próximo, mesopotâmicas, egípcias e 
hebreias, em sua organização política, econômica, social e cultural.
Quando estudamos essas civilizações antigas, além de considerarmos a beleza de suas 
realizações e aspectos pitorescos de sua cultura, é muito importante percebermos a influência 
desses povos para o mundo atual. Ao concebermos a história dessa maneira ela torna-se 
uma disciplina viva, pois, de acordo com o historiador francês Marc Bloch, cabe à história 
compreender o passado a partir do presente e compreender o presente à luz do passado. 
Tenha em mente esse fato: a atividade de aprofundamento da Unidade I será um fórum de 
discussão cujo tema é “o passado presente”.
 · •	Estabelecer	um	panorama	das	civilizações	mesopotâmica,	
egípcia e hebraica em seus aspectos políticos, econômicos, 
sociais e culturais.
 · •	Considerar	 as	 contribuições	 desses	 povos	 para	 o	
mundo contemporâneo.
 · •	Enfocar	 a	 relação	 de	 interação	 entre	 civilização	 e	meio	
ambiente em uma perspectiva orgânica, não determinista.
Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
6
Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
Estudar as civilizações de Oriente Próximo é conhecer um pouco de nossa própria história. A 
agricultura, as primeiras cidades, a roda, a escrita, as leis e as primeiras formas de organização 
social surgiram em tal região.
Os mesopotâmios nos legaram conhecimentos astronômicos e matemáticos além do 
primeiro sistema de escrita conhecido. Os egípcios deixaram as ruínas de pirâmides e templos 
colossais, que lembram o poder da inventividade humana. Os hebreus, a primeira religião 
monoteísta; o judaísmo, influenciou o cristianismo e o islamismo, além de criarem o livro 
sagrado mais lido e famoso do mundo, a Bíblia.
A região tem sido palco de uma grande instabilidade política, que ainda povoa os noticiários 
de TV. O Iraque, berço da antiga Mesopotâmia devido à invasão estadunidense em 2003 e a 
guerra civil entre sunitas e xiitas; o Egito por ser um dos palcos da chamada "primavera árabe", 
conjunto de movimentos no mundo árabe contra os governos ditatoriais e que derrubou o 
presidente Hosni Mubarak; por fim, Israel, local onde se desenvolveu a civilização hebraica e 
que atualmente assiste ao confronto contínuo entre palestinos e israelenses.
Fonte: http://www.juventudemarxista.com/2011/02/charges-egito.html.
Contextualização
7
Introdução
A primeira região a assistir a transição do nomadismo para 
o sedentarismo foi o Crescente Fértil, área que se estende do 
nordeste da África até a Mesopotâmia (atual Iraque) e banhada 
pelos rios Nilo, Jordão, Eufrates e Tigre. Por desenvolverem 
sofisticadas técnicas de irrigação para alimentar sua 
população crescente, as civilizações dessa região foram 
chamadas pelos historiadores de sociedades hidráulicas ou 
de regadio. A palavra mesopotâmia vem do grego e significa 
literalmente “terra entre rios”, compreendendo os vales e 
planícies irrigados pelos rios Eufrates e Tigre.
As cheias do Eufrates e do Tigre eram muito mais 
devastadoras e irregulares do que as do rio Nilo, exigindo 
das várias civilizações que ali habitavam um grande 
esforço e conhecimento técnico.
 
Sumérios e acádios (2800 a.C.-2000 a.C.)
Povos semitas vindos do planalto do Irã, os sumérios foram os responsáveis pelas origens 
civilizatórias da Mesopotâmia, fixando-se na Caldeia e fundando as cidades-estado independentes 
de Ur, Uruk, Eridu, Nipur e Lagash. Cada cidade homenageava sua divindade patrona, erigindo 
em sua homenagem estátuas e zigurates, construções de tijolos que acumulavam a função de 
templo, armazém e observatório. 
Figura 2. Ruínas do zigurate de Ur, Iraque.
Fonte: Wikimedia Commons.
As Civilizações da Mesopotâmia
Figura 1. O Crescente Fértil. 
Fonte:Wikimedia Commons.
Você Sabia ?
Acredita-se que a famosa Tor-
re de Babel narrada no Anti-
go Testamento tenha sido, na 
realidade, um zigurate.
8
Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
Caracterizados por uma grande inventividade, os sumérios desenvolveram a roda e o mais 
antigo sistema de escrita conhecida, a cuneiforme (“em forma de cunha”) utilizada posteriormente 
pela grande maioria dos povos da Mesopotâmia. Os tabletes eram escritos em argila ainda mole 
e depois cozidos ao forno, produzindo documentos de grande durabilidade.
 
Figura 3. Escrita Cuneiforme.
Fonte: Thinkstock.com.
Por volta de 2.300 a.C., o rei acadiano Sargão I unificou politicamente o centro-sul da 
Mesopotâmia, dominando os sumérios e incorporando parte da sua cultura, inclusive o sistema 
de escrita, adaptando-a a língua semítica.
 
 Explore
Filme: O Escorpião Rei. Ação. 2002. O filme narra a história de Mathayus, um herói acadiano que 
deve matar uma feiticeira maligna e libertar a Terra de todo o mal.
O Primeiro Império Babilônico (2000 a.C.-1750 a.C.)
Dentre os vários invasores que puseram fim ao império acadiano destacaram-se os amoritas, 
que, vindos do deserto da Arábia, impuseram sua hegemonia sobre toda a Mesopotâmia a 
partir de sua cidade principal, Babilônia. A unificação das duas regiões da Mesopotâmia sob um 
único soberano ocorreu a partir do século XVIII a.C., com Hamurábi (c.1810 a.C.-1750 a.C.), 
que deu início ao Primeiro Império Babilônico.
Hamurábi ficou famoso por ter elaborado o primeiro código de leis de que se tem notícia e 
que leva seu nome. Com seus 282 artigos baseava-se na “pena de talião”, sintetizada na máxima 
“olho por olho, dente por dente”, em que o castigo deveria ser tal qual o crime cometido.
9
O Império Assírio (1300 a.C.-612 a.C.)
Os assírios se estabeleceram no norte da Mesopotâmia por volta de 2500 a.C., fazendo 
da cidade de Assur, nome de sua principal divindade, a sua capital. Edificaram um Estado 
fortemente militarizado, utilizando cavalos, carros de combate e armas de ferro que lhes deram 
vantagem sobre os demais povos da região. Em uma primeira fase expansionista, os assírios 
conquistaram toda a Mesopotâmia, além de boa parte da Síria e Palestina.
O Segundo Império Babilônico (612 a.C.-539 a.C.)
De origem semita, os caldeus derrotaram os assírios e conquistaram toda a Mesopotâmia, 
transformando a cidade da Babilônia em sua capital. Mais de mil anos depois a Babilônia 
tornava-se novamente o centro político e religioso da Mesopotâmia configurando o chamado 
Segundo Império Babilônico.
A partir do reinado de Nabucodonosor (604 a.C. – 561 a.C.) o segundo Império Babilônico 
atingiu o seu auge, com a construção de templos, palácios, muralhas e os famosos Jardins 
Suspensos da Babilônia.
Figura 4. Representação artística dos Jardins suspensos da Babilônia.
Fonte - Wikimedia Commons.
Nabucodonosor teria construído os jardins suspensos em homenagem a sua 
Semíramis, que sentia saudades de sua terra natal, região da Média (atual Irã). 
Arqueólogos acreditam que os Jardins Suspensos eram, na realidade, um zigurate.
10
Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
Economia
A agricultura era a base da economia nas várias cidades da Mesopotâmia. Para enfrentar as 
cheias devastadoras do Eufrates e do Tigre, obras hidráulicas como represas, diques, canais de 
irrigação e tanques, tiveram de ser construídas pelas mãos da população, que pagava impostos 
ao Estado sob a forma de trabalhos sazonais. O comércio também era fundamental com a 
presença de importantes rotas comerciais, que cruzavam o Deserto da Arábia até a Índia ou 
singravam o Mediterrâneo. A Babilônia foi o principal centro comercial da antiguidade.
Sociedade
Observe no esquema abaixo a organização social dos mesopotâmios:
Figura 5. Organização da sociedade mesopotâmica.
Fonte – arquivo do autor.
Cultura 
Dentre os vários elementos da cultura mesopotâmica, destacam-se:
•	 a escrita cuneiformesuméria;
•	 a invenção da roda; 
•	 a astrologia, com os doze signos do zodíaco;
•	 a religião politeísta com divindades relacionadas às forças da natureza. Dentre as 
principais divindades destacam-se Marduk (deus criador da humanidade), Shamash 
(deus da justiça e o criador das leis), Utu (deus do Sol), Assur (deus assírio da guerra) e 
Ishtar (deusa da fertilidade);
•	 a matemática: inventaram a álgebra, conheciam as quatro operações, faziam cálculos 
com raiz quadrada e cúbica, conheciam o ângulo de 360 graus e possuíam um calendário 
com 12 meses;
•	 na arquitetura, os mesopotâmios inovaram com a utilização de arcos; 
•	 na literatura, destaca-se a Epopeia de Gilgamés, a mais antiga narrativa sobre o dilúvio, 
e o Mito da Criação, onde o deus Marduk teria criado o homem a partir do barro.
11
Introdução
A civilização egípcia fascina a humanidade desde 
o seu surgimento, seja pela monumentalidade de 
suas obras arquitetônicas como pirâmides, esfinges e 
templos, seja pelo caráter peculiar de sua cultura com 
seus hieróglifos, faraós, deuses e múmias.
Ao visitar o Egito, o historiador grego Heródoto (c.485 
a.C.-420 a.C.) teria dito ser este uma “dádiva do Nilo”, 
pois o rio é o fundamento da existência da civilização 
egípcia. Esta, porém não “brotou” simplesmente de 
dentro do Nilo e foram necessários milênios de árduo 
trabalho para a sua elaboração. Vejamos, pois, os 
principais aspectos dessa pujante cultura. 
Aspectos naturais
O Egito localiza-se no nordeste do continente 
africano, numa região desértica que inclui os desertos 
da Líbia, Saara e Sinai, sendo banhado pelos mares 
Mediterrâneo ao norte e Vermelho a leste. O que 
permitiu a vida numa região tão difícil foi a existência 
do Rio Nilo, com suas cheias anuais de julho a outubro, 
que fertilizavam as margens com o húmus, favorecendo 
a prática da agricultura. Sua nascente localiza-se no 
Lago Vitória, em uma região fronteiriça entre Tanzânia, 
Kênia e República Democrática do Congo. 
 
 Explore
Documentário: A história da palavra - http://youtu.be/T4VFpLDucBI.
O Egito Antigo
Figura 6. Mapa do antigo Egito.
Fonte:Jeff Dahl, Wikimedia Commons.
 
 Explore
Documentário: Egito em busca da eternidade (produzido pela National Geographic em 1983).
•	 http://youtu.be/D_Eieoe91ec. 
http://youtu.be/T4VFpLDucBI
http://youtu.be/D_Eieoe91ec
12
Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
A sociedade egípcia
A sociedade egípcia era rigidamente hierarquizada e governada pelo faraó, considerado a 
encarnação de Hórus, deus-falcão associado ao Sol. Depois vinha a nobreza, composta pelos 
familiares do faraó e pelos governantes locais (os nomarcas), os sacerdotes dos vários deuses, 
os militares, os escribas que dominavam a arte da escrita e dos cálculos e faziam a contabilidade 
do Estado, os comerciantes, os artesãos, os camponeses (felás) e os escravos, adquiridos por 
guerras ou dívidas.
Como moravam nas terras do faraó, os camponeses deveriam entregar uma parte da 
produção aos altos funcionários, cultivar as suas terras ou trabalhar na construção de templos, 
pirâmides, barragens, canais de irrigação e outras construções. 
Economia
A agricultura egípcia baseava-se nas cheias 
do Nilo e era muito produtiva, fazendo do 
país um dos maiores produtores de alimentos 
da antiguidade. Cultivavam trigo, cevada, 
linho, uva, cereais, frutas e legumes. Também 
criavam bois, carneiros, cabras, gansos, patos 
e pombos. Fabricavam vinho e foram os 
inventores da cerveja.
Destacavam-se também na construção de 
barcos, na tecelagem de linho e na fabricação de 
cerâmica, vidro e papiro (espécie de papel feito 
com as fibras de uma planta com o mesmo nome e 
que crescia às margens do Nilo). Além disso, eram 
também grandes navegadores e comerciantes.
Todas as terras do Egito pertenciam ao faraó, 
e os camponeses trabalhavam em regime de 
servidão coletiva, pagando tributos em espécie 
ao Estado e realizando trabalhos diversos como 
a construção de pirâmides, templos, barragens 
reservatórios e canais de irrigação. 
Figura 7: Atividades agrícolas no antigo Egito.
Fonte - Wikimedia Commons.
História política
Antigo Império (3200 a.C. a 2300 a.C.)
Nessa fase ocorreu a unificação do Egito pelo faraó Menés, o Egito teve como capitais as 
cidades de Tínis e depois Mênfis (atual Cairo), e foram construídas as três pirâmides de Gizé 
que se tornariam os símbolos do Egito: as pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos.
 
13
Figura 8: Piramides de Gizé.
Fonte - Ricardo Liberato, Wikimedia Commons.
O final do Antigo Império foi caracterizado por instabilidade política e social e disputas 
pelo poder entre o faraó e os nomarcas, levando ao enfraquecimento do poder real e a 
desorganização da produção.
Médio Império (2300 a.C. a 1580 a.C.)
O poder do faraó foi restabelecido, Tebas tornou-se a nova capital e o Egito viveu um 
momento de prosperidade com o aumento da produção devido às novas obras de irrigação e a 
construção de grandes tumbas e templos.
Novas lutas pelo poder deixam o Egito à mercê de invasores estrangeiros, especialmente os 
hicsos, povo asiático que utilizava armas de ferro, cavalos e carros de combate. Em 1580 a.C., 
sob a liderança de Amósis I, os hicsos foram finalmente expulsos e os hebreus foram escravizados. 
Os hebreus migraram para o Egito, impelidos por fortes secas na Palestina e haviam se aliado 
aos invasores. Segundo a tradição bíblica, os hebreus foram libertados pelo patriarca Moisés, no 
episódio conhecido como Êxodo. 
Novo Império (1580 a.C. a 662 a.C.)
Nessa fase o Egito atingiu o auge de sua civilização, com o desenvolvimento de um latente 
militarismo, responsável pela conquista da Síria, da Palestina, da Fenícia e de parte da Mesopotâmia. 
A pirâmide de Quéops media 146,6 metros de altura, era composta por 
milhões de blocos de pedra pesando entre duas e cinco toneladas e sua 
construção levou cerca de vinte anos.
14
Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
Visando fortalecer o seu poder diante dos sacerdotes do deus Amon, o faraó Amenófis IV, 
promoveu uma reforma religiosa e estabeleceu o monoteísmo, com o culto a Aton, mudando o 
seu próprio nome para Akhenaton (“aquele que agrada a Aton”). Como Akhenaton não possuía 
um herdeiro, os sacerdotes se aproveitaram dessa situação destronando-o e agraciando o jovem 
Tutankâmon com o poder. Tutankâmon, literalmente “aquele que vive em Amon” restabeleceu 
o culto aos antigos deuses. A descoberta de sua tumba em 1922, pelo explorador britânico 
Howard Carter, foi considerado o maior achado arqueológico do século XX.
O faraó Ramsés II conduziu o Egito ao seu último grande momento de prosperidade. Dentre 
suas várias realizações destacam-se a vitória sobre os hititas da Ásia Menor na Batalha de Kadesh 
e a construção do gigantesco templo de Abu Simbel.
Figura 9: Abu Simbel, templo de Ramsés II.
Fonte - Przemyslaw Idzkiewicz, Wikimedia Commons.
A partir do século XII a.C. o Egito começou a sofrer sucessivas invasões, até que os Assírios, 
liderados pelo rei Assurbanipal conquistaram o país em 662 a.C.
 
 Explore
Documentário: A maldição de Tutankamon. Discovery Channel, 1999.
•	 http://youtu.be/xVRnOF9v5rg.
http://youtu.be/xVRnOF9v5rg
15
Renascimento Saíta (650 a.C. a 525 a.C.)
O chamado Renascimento Saíta é considerado um período à parte dentro da história 
política do Egito. A partir da cidade de Saís, no delta do Nilo, liderados por Psamético III, os 
egípcios expulsaram os assírios e obtiveram um curto período de independência. Esse foi o 
“Renascimento Saíta”. 
A partir de 525 a.C. o Egito perdeu sua independência política, caindo sob o domínio dos 
persas de Cambises, depois dos macedônios de Alexandre Magno (332 a.C.) e, por fim, dos 
romanos em 30 a.C. O Egito só voltou a ser um país independente em 1922. 
Aspectos da cultura egípcia: matemática e astronomia
Os egípcios eram hábeis matemáticos e construtores, como comprovam os vários templos, 
pirâmides, monumentos, hipogeus, esfinges,mastabas, represas e canais de irrigação, que 
encantam por sua grandiosidade. Sua matemática usava um sistema numérico decimal. 
Possuíam um calendário civil e outro religioso. O civil era baseado no ciclo solar e no 
aparecimento da estrela Sírius, possuindo 360 dias divididos em 12 meses de 30 dias, sendo 
que os cinco dias restantes eram considerados sagrados.
A escrita
A escrita egípcia apresentava uma fusão de elementos fonéticos e ideográficos. Foi decifrada 
por Jean-François Champollion em 1822, a partir da descoberta, em 1799, da pedra de Rosetta, 
uma cidade localizada no delta do Nilo. Os egípcios conheciam três tipos de escrita: a hieroglífica, 
considerada sagrada e usada nos templos, o hierático, uma simplificação dos hieróglifos, usado 
pelos escribas, e o demótico, a escrita popular. 
Figura 10. Hieróglifos egípcios em papiro.
Fonte - Thinkstock/Getty Images
Um dos faraós desse período, Necao, tentou construir um canal unindo o Mar 
Vermelho ao Mar Mediterrâneo e ordenou a primeira viagem de circunavegação 
do continente africano, liderada pelo fenício Hamon.
16
Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
A religião
Os egípcios acreditavam na vida após a morte e na ligação entre o corpo e o espírito. O 
espírito só passaria a existir no além se tivesse um corpo físico. Isso explica a preocupação com 
a preservação do corpo por meio da mumificação e da construção das pirâmides e tumbas para 
guardar o corpo do faraó e da nobreza. A alma do falecido seria julgada pelo tribunal Osíris, 
onde este seria considerado merecedor ou não da vida eterna. As técnicas de mumificação 
ajudavam a preservar o corpo para a posteridade e levaram ao avanço da medicina egípcia, 
caracterizada por um conhecimento detalhado da anatomia humana. 
A religião egípcia era politeísta, isto é, possuía vários deuses, cada qual com uma função e 
relacionados às forças da natureza. Cada cidade tinha o seu deus-patrono e, caso essa cidade 
tornava-se capital, seus deus passava a ser o principal do panteão egípcio. 
Figura 11. Alguns dos principais deuses egípcios: Hórus, Osíris e Ísis.
Fonte: Acervo Museu do Louvre.
Os deuses egípcios tinham formas muito variadas, que iam desde animais (zoomórficos), 
passando pela forma humana (antropomórficos) ou possuindo formas mistas (antropozoomórficos). 
Eis alguns dos principais:
•	 Ísis: esposa e irmã de Osíris e mãe de Hórus, deusa protetora da família, da fertilidade 
e da maternidade, foi responsável pela ressurreição de Osíris;
•	 Osíris: marido e irmão de Ísis, e pai de Hórus, deus da morte e da ressurreição, simbolizava 
os ciclos do rio Nilo. Era o juiz supremo do reino dos mortos, sendo considerado a primeira 
múmia e o portador original da civilização egípcia e simbolizado pela flor de lótus;
•	 Hórus: com cabeça de falcão, é o deus do céu e filho de Ísis e Osíris. Para vingar a morte 
do pai, entra em confronto com Seth, seu tio, matando-o. Durante a contenda com Seth 
perdeu o olho esquerdo, que foi substituído pelo amuleto de serpente, chamado wedjat. 
Em algumas tradições é associado ao deus Rá;
17
•	 Seth: deus da guerra, da violência, da desordem, da traição, dos animais e serpentes. 
Irmão de Osíris matou e esquartejou-o para deter sozinho todo o poder no Egito;
•	 Anúbis: deus com cabeça de chacal, associado à vida após a morte e a mumificação, 
preside o tribunal de Osíris junto com o deus Toth;
•	 Rá: deus do sol do meio dia, principal divindade egípcia, era patrono da cidade de 
Heliópolis e considerado o pai dos deuses;
•	 Amon: rei dos deuses e força criadora da vida, patrono da cidade de Karnak. 
Posteriormente fundiu-se com o deus Rá, originando Amon-rá
•	 Aton: deus representado pelo disco solar, seu culto foi estabelecido por Amenófis IV, que 
proibiu o culto aos outros deuses, instituindo o monoteísmo;
Introdução
Ao estudarmos as civilizações da antiguidade levando em 
consideração seus contributos para o mundo contemporâneo, 
a civilização hebraica deixou um dos mais persistentes e 
intensos legados: o monoteísmo. Do judaísmo praticado 
pelos primeiros hebreus surgiu o cristianismo, religião que, 
nas suas mais variadas ramificações, é praticada por um 
terço da humanidade. Por fim, somando as influências das 
duas anteriores, temos o islamismo, religião que mais cresce 
atualmente, com seus mais de um bilhão de fiéis espalhados 
pelo mundo. Compreender, pois, a história do povo hebreu, 
não é apenas um exercício de erudição vazia de significado, 
é compreender as próprias raízes de nossa civilização, com 
suas guerras e conquistas, em nome da fé.
Condições naturais
Os antigos hebreus habitavam a Palestina, Oriente Médio, uma terra árida e montanhosa 
cortada pelo vale do rio Jordão, e limitada pelo Mar Mediterrâneo, pela Síria, pela Fenícia e pelo 
Deserto da Arábia. 
O vale do rio Jordão permitiu o desenvolvimento da civilização hebraica graças à prática 
agrícola, que levou à sedentarização da sua população. O pastoreio também tinha um papel 
primordial, tendo em vista que os antigos hebreus eram inicialmente pastores seminômades. 
Os Hebreus
Figura 12. Menorah, castiçal de sete braços, símbolo 
do judaísmo.
18
Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
Figura 13. Oriente Médio com destaque para a Palestina.
Fonte - Thinkstock/Getty Images.
A Era dos Patriarcas
As tribos hebraicas chegaram à Palestina por volta de 2000 a.C, região também conhecida 
por Canaã, devido aos seus antigos habitantes, os Cananeus. A “terra que mana leite e mel” 
foi povoada pelos semitas (hebreus, cananeus, filisteus, arameus, etc.), denominação dada aos 
descendentes de Sem, filho de Noé. A própria palavra “hebreu” significa “povo do outro lado”.
De acordo com o Antigo Testamento o primeiro patriarca hebreu foi Abraão, que teria seguido 
o chamado de Deus (Iahweh), saindo de Ur na Caldeia, até Canaã, a terra prometida. Após a 
morte de Abraão, os hebreus foram liderados por seu filho Isaac e posteriormente por seu neto 
Jacó, também chamado de Israel (“guerreiro de Deus”), o qual teve doze filhos que deram origem 
às doze tribos de Israel (Rúben, Simeão, Judá, Levi, Issacar, Zabulon, José, Benjamin, Dã, Neftali, 
Gad e Aser). Essa é a razão pela qual os hebreus eram também conhecidos por israelitas. 
A presença hebraica na Palestina enfrentou várias dificuldades no decorrer de sua história, 
seja pelos vários povos que tiveram de enfrentar para garantir o seu domínio sobre a região, 
seja pelas secas constantes que assolavam o seu território. Em uma dessas secas, por volta de 
1750 a.C., acabaram migrando para o Egito sob autorização do faraó, onde permaneceram 
por mais de quatrocentos anos. Ao permitir que os hebreus se estabelecessem no delta do Nilo, 
o monarca egípcio objetivava tributá-los e utilizá-los como uma barreira diante das constantes 
incursões de povos hostis.
Com a invasão do Egito pelos hicsos e sua posterior expulsão em 1580 a.C., os hebreus foram 
acusados de fazerem aliança com o invasor, e, como forma de retaliação, forma escravizados. A 
resistência hebraica assentava-se sobre sua religião monoteísta, fundamento de sua identidade 
durante os anos de escravidão até o retorno à Palestina.
19
De acordo com a Bíblia, para se libertarem do jugo egípcio, os israelitas empreenderam o 
Êxodo (“fuga”) sob a liderança do patriarca Moisés. Durante o caminho de volta pelo deserto, 
que teria durado quarenta longos anos, Moisés recebeu diretamente de Deus no alto do Monte 
Sinai, as tábuas contendo o decálogo, os Dez Mandamentos. Além da religião os hebreus tinham 
agora um código moral e jurídico, que fortaleceu ainda mais a sua união. Com Josué, sucessor 
de Moisés, os hebreus retornam para sua terra natal, reacendendo as disputas territoriais. 
A Era dos Juízes
Sob a liderança de Josué, os hebreus tomaram a cidade de Jericó e, apesar da unidade 
linguística e religiosa, tiveram grande dificuldade em conquistar o restante da Palestina, dada a 
persistente estrutura tribal.
Para enfrentar os vários povos,em especial os filisteus, as tribos passaram a nomear juízes, 
líderes com autoridade política e militar. Os principais foram Gideão, Sansão, Gefté e Samuel.
Samuel tentou sem sucesso pôr fim às divergências tribais, objetivando a unidade política 
entre as doze tribos, fato que só ocorreria depois, com o advento da monarquia. 
 
A Era dos Reis 
Devido à ameaça de domínio dos filisteus as tribos hebraicas instituíram a monarquia sob a 
liderança de Saul (c.1079 a.C-1007 a.C.), membro da tribo de Benjamin. No entanto, o primeiro 
rei dos hebreus não obteve sucesso nas guerras contra os seus inimigos e acabou suicidando-se.
No século XI a.C., o sucessor de Saul, Davi, obteve importantes vitórias militares, vencendo 
definitivamente os inimigos filisteus e inaugurando a fase de maior esplendor da história hebraica. 
A ele é atribuída a vitória sobre o gigante filisteu Golias, que segundo a Bíblia derrotou com uma 
pedrada lançada por sua funda. Davi fortaleceu o Estado hebraico, tornando-o forte e estável, 
com um exército permanente e uma organização burocrática, conquistando dos jebuseus a 
cidade de Jerusalém (“cidade dos jebuseus”) e fazendo-a capital de seu reino por volta de 
1004 a.C. Além disso, expandiu as fronteiras do reino, conquistando terras a leste do rio Jordão 
e parte da Síria. Por fim, mandou construir um templo para que fosse depositada a Arca da 
Aliança, que, de acordo com a Bíblia, foi construída sob as instruções de Deus e supervisão de 
Moisés, para guardar as tábuas dos Dez Mandamentos.
 
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Animação: O Príncipe do Egito. 1998. A animação narra a história de Moisés e do 
Êxodo hebraico.
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Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
Figura 14. Estrela de Davi, um dos símbolos do judaísmo.
Davi foi sucedido por seu filho Salomão, que elevou o Reino Hebraico ao seu apogeu, 
ampliando as suas atividades comerciais e tornando-o umas das grandes monarquias orientais. 
Foi responsável por inúmeras obras públicas, em especial o grande Templo de Jerusalém, 
dedicado a Deus. Uma indicação da opulência de seu reino vem da Bíblia, que relata ter 
Salomão desposado setecentas princesas e de possuir trezentas concubinas. O desenvolvimento 
econômico de seu reino ficou a cargo de sua administração, além da posição geográfica 
privilegiada e da estreita relação com os mercadores fenícios.
Apesar do desenvolvimento econômico, a grande tributação dos camponeses e seu trabalhado 
pesado na construção de obras públicas, levaram profundas críticas ao governo de Salomão, 
culminando em revoltas no reinado posterior. A crise política foi agravada com a sua morte, 
lançando as tribos numa disputa pela sucessão. Roboão, filho e sucessor do rei, não consegui 
manter a unidade, levando ao Cisma Hebraico em 926 a.C. Dois reinos se formaram: ao Norte, 
as dez tribos sob a liderança de Jeroboão fundaram o Reino de Israel, com capital na cidade de 
Samaria; ao Sul, as tribos de Benjamin e Judá seguiram Roboão e fundaram o Reino de Judá, 
com capital em Jerusalém. 
Figura 15. Os reinos hebreus após o Cisma.
Fonte - Wikimedia Commons.
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O surgimento do termo “judeu” remonta a essa época, e era usado para designar os 
habitantes de Judá em contraposição aos Samaritanos, habitantes do Reino de Israel. Depois 
das dominações assíria e babilônica, os hebreus passaram a ser genericamente chamados de 
judeus, apesar de persistirem ainda animosidades entre os habitantes dos dois reinos extintos, 
fato que pode ser percebido na parábola do “bom samaritano” proferida por Jesus aos seus 
discípulos, no Novo Testamento (Lucas:10, 30-37). 
A divisão entre os dois reinos levou ao enfraquecimento da unidade hebraica e facilitou sua 
conquista por povos estrangeiros. Em 721 a.C. Sargão II, rei dos assírios conquistou o Reino 
de Israel e, cento e trinta e cinco anos depois, em 586 a.C., o Reino de Judá foi conquistado 
pelo rei babilônico Nabucodonosor, que escravizou seus habitantes. O “cativeiro da Babilônia”, 
como ficou conhecido o episódio, só chegou ao fim com a invasão da cidade por Ciro I, rei dos 
Persas, em 539 a.C., reconstruindo o Estado hebraico de Judá na região, mas subordinado ao 
Império Persa.
Além dos domínios já citados e salvo alguns breves períodos de independência, a região 
da Palestina foi controlada pelos macedônios em 331 a.C., e pelos romanos em 63 a.C. O 
controle romano na região foi profundamente traumático para os hebreus, que tiveram a cidade 
de Jerusalém e seu templo destruídos pelo imperador Tito em 70 d.C. e foram perseguidos 
e expulsos da Palestina por Adriano em 135 d.C., num episódio conhecido como “diáspora 
hebraica”. Era o fim do Estado judeu.
Após os romanos a Palestina foi dominada por bizantinos, persas sassânidas, turcos otomanos 
e, posterior a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), foi divida entre Grã-Bretanha e França. 
Somente no século XX os judeus voltaram a se reunir em um país autônomo, com a criação do 
Estado de Israel pela ONU em 1948. A criação de Israel gerou uma série de conflitos na região 
que perduram até hoje, opondo judeus, palestinos e demais nações árabes, confrontos esses 
exacerbados por radicalismos de ambos os lados. 
Economia, sociedade e cultura hebraicas
Antes da unificação hebraica, a economia foi predominantemente pastoril e agrária. Nas 
margens do rio Jordão, cultivavam-se cereais, videiras, figueiras e oliveiras e os resultados eram 
divididos igualmente entre a tribo. Com a centralização do poder nas mãos do rei Saul, as 
terras começaram a se concentrar nas mãos de uma aristocracia ligada ao Estado, levando ao 
surgimento da propriedade privada.
 
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Documentário: Palestina, história de uma terra (1880-1950). Documentário 
exibido no canal TV Escola, que trata das causas do conflito árabe-israelense.
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Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
No governo de Salomão os hebreus conheceram um grande desenvolvimento econômico, 
graças à situação geográfica privilegiada da Palestina, situada na confluência das rotas comerciais 
do Egito e da Mesopotâmia, o que a tronou um importante centro comercial regional.
A sociedade hebraica apresentava uma elite administrativa formada pela família real e pelos 
sacerdotes (os rabinos), proprietários das melhores terras. Na camada intermediária vinham os 
burocratas e comerciantes e, na base da hierarquia social, os camponeses, artesãos e escravos, 
responsáveis pelo pagamento de tributos, pelas obras de infraestrutura e pelo serviço militar.
Ao contrário do que defendiam as antigas obras historiográficas, o intercâmbio entre os povos 
do Oriente Próximo foi constante, caracterizado não somente pelas trocas comerciais, mas também 
pelas trocas culturais. Algumas culturas chegaram a apresentar breves, porém significativos períodos 
de hegemonia, tendo uma influência persistente, a exemplo dos hititas e arameus. 
Os hititas habitavam a região da Ásia Menor e desenvolveram uma próspera indústria 
metalúrgica do ferro que, junto com os seus cavalos muito apreciados, eram exportados para 
outros povos. Já os arameus, habitantes da região da Síria, eram grandes comerciantes de 
terras, e sua língua e escrita – o aramaico – converteram-se na língua usada por diplomatas e 
mercadores em todo o Oriente Próximo, influenciando inclusive os hebreus.
Do ponto de vista religioso os hebreus foram profundamente influenciados pelos povos da 
região em que habitavam, em especial pelas culturas mais antigas, como a dos mesopotâmios e 
persas. Dos primeiros percebemos nas passagens do antigo Testamento a presença do Mito da 
Criação e do dilúvio já desenvolvido na Epopeia de Gilgamés. Dos segundos, a imagem da luta 
entre as forças do bem e do mal representada no dualismo, filosofia presente no mazdeísmo persa.
A unidade nacional e política dos hebreus dependeu muito de sua unidade religiosa, e isso 
desde a Antiguidade. O monoteísmo caracterizado pela crença em um único deus (Iahweh, Javé 
ou Jeová, “aquele que é”), a espera de um messias salvador (messianismo)e a noção de “povo 
eleito” que fez uma aliança com Deus, marcaram não somente a religião hebraica, influenciando 
também o cristianismo e o islamismo.
Suas festas resgatam muito da sua história como, por exemplo, a Páscoa (Pessach, “passagem”), 
que relembra e fuga do Egito e o Pentecostes, que comemora o recebimento do Decálogo por 
Moisés. Os hebreus santificavam o sábado (Sabat) por considerá-lo o sétimo dia da criação do 
mundo e o dia em que Deus descansou. O cristianismo teve profunda influência do judaísmo, 
acrescentando novos significados a algumas de suas tradições e festividades, onde a Páscoa 
seria a ressurreição de Cristo e o Pentecostes, considerado o dia da descida do Espírito Santo 
sobre os apóstolos e seguidores de Jesus.
 
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Figura 16: Moisés quebrando as Tábuas da Lei. Gravura de Gustave Doré.
Os princípios da religião judaica estão nos livros escritos pelos sacerdotes, o Talmud e no 
Antigo Testamento, composto pelo Pentateuco, Livros Históricos, Livros Proféticos e Livros 
Didáticos, que representam o grande legado do povo hebreu.
No Pentateuco, estão os primeiros cinco livros atribuídos à Moisés e que compõem a Torá 
judaica: Gênesis sobre a origem do universo, da humanidade e do povo hebreu; o Êxodo, que 
narra a libertação do Egito e a aquisição do Decálogo; o Levítico, a descrição dos rituais judaicos; 
o Livro dos Números, uma espécie de censo da população hebraica; e o Deuteronômio, que 
conta a história de Israel.
Figura 17. Torá, livro sagrado dos judeus.
Fonte - Willy Horsch, Wikimedia Commons.
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Unidade: Mesopotâmios, Egípcios e Hebreus
Nos Livros Históricos, é narrada a história dos hebreus na Palestina, desde Josué até a 
conquista e dominação persa. Dentre eles podemos citar o Livro de Josué, o Livro dos Juízes, o 
Livro de Samuel e o Livro dos Macabeus.
Os Livros Proféticos narram a vitória do monoteísmo sobre o paganismo e as superstições 
dos povos vizinhos aos hebreus. Entre eles estão o Livro de Isaías, o Livro de Amós, o Livro de 
Esequiel e o Livro de Daniel.
Por fim, os Livros Didáticos visam ensinar os princípios religiosos, sociais e morais a serem 
seguidos, destacando-se o Livro de Jó, os Salmos de Davi, os Provérbios e o Cântico dos Cânticos.
É importante citar também, dentro do enorme espectro da cultura judaica, a Cabala, uma 
tradição mística presente no próprio judaísmo.
Considerando a Antiguidade, os hebreus tiveram um enorme desenvolvimento no campo 
religioso e literário, porém um tímido progresso nas ciências. Na arquitetura podemos destacar 
a construção do famoso Templo de Jerusalém, também chamado de Templo de Salomão, por 
arquitetos fenícios.
Figura 18. Muro das Lamentações.
Fonte - Wikimedia Commons.
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Material Complementar
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Referências
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Anotações
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