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FACULDADE FAHESP I IESVAP @KATIELLEMASC I MEDICINA 5°P Objetivos 1- CONHECER A EPIDEMIOLOGIA DO DIABETES E A ETIOLOGIA DO DM1 EPIDEMIOLOGIA: O diabetes é comum e de incidência crescente, estima-se que, em 1995 atingia 4 % da população adulta mundial e que em 2025, alcançará a cifra de 5,4%. E a maior parte desse aumento se dará em países em desenvolvimento, acentuando se na faixa etária entre 45-64 anos. Nas últimas décadas tem ocorrido um notável aumento do número de casos de DM em todo o mundo. Em 1985, havia 30 milhões de adultos com diabetes no mundo; esse número aumentou para 120 milhões em 1997, 246 milhões em 2007 e 425 milhões em 2017 e a previsão é de 629 milhões de casos para o ano de 2045, segundo a International Diabetes Federation (IDF). Sabe-se que a DM tipo 2 ocupa 90% dos casos e a DM tipo 1 ocupa 5 a 10% de todos os casos de DM O brasil ocupa o 4° lugar dentre os países com o maior número de indivíduos com diabetes e o ocupa o 3° lugar em quantidade de crianças e adolescentes com DM1. A prevalência do diabetes está em aumento em países de baixa e média renda. De acordo com os dados disponíveis do DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA NO SISTEMA ÚNICO DO BRASIL (DATASUS), os estados brasileiros com maior número de pessoas com diabetes tipo 1 se encontra no Estado de SP, seguido pelo estado de MG. Os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), revelaram que as raças e ou cor mais predominante com diabetes mellitus é a preta (37%), seguida pela a branca de (35%). ETIOLOGIA: O DM 1 é de etiologia autoimune, com surgimento de resposta imune celular anormal contra antígenos da célula beta, na qual ocorre uma autoagressão imunitária, determinando a destruição das células beta pancreáticas, produtoras e secretoras de insulina. Contribuem para etiologia fatores genéticos e ambientais e infecções virais, como coxsackie beta, caxumba, sarampo e etc. PONTO IMPORTANTE: a insulina estimula a hiperglicemia, na hipoglicemia (jejum) é estimulado o glucagon. No estado alimentado, os níveis de insulina aumentam, bem como a oxidação da glicose. No jejum, os níveis de insulina caem e os de glucagon aumenta, bem como a glicogenólise. DEFINICAÇÃO→ DIABETES MELLITUS: É uma síndrome de comprometimento do metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas, causada pela ausência de secreção de insulina ou por redução da sensibilidade dos tecidos à insulina. Um aspecto característico desta doença consiste na resposta secretora defeituosa ou deficiente de insulina, que se manifesta na utilização inadequada dos carboidratos Diabetes Mellitus 1 S1p1 FACULDADE FAHESP I IESVAP @KATIELLEMASC I MEDICINA 5°P (glicose), com consequente hiperglicemia. Se um indivíduo não tem glicose nas células, o organismo vai obter energia de outra fonte (lipídios). A glicose é o principal sinalizador para o pâncreas liberar a insulina pelas células β das ilhotas de Langerhans. As células possuem receptores de insulina, a insulina se liga aos receptores e mobiliza os transportadores de glicose (GLUT), no tecido adiposo tem GLUT 4, no pâncreas tem o GLUT 2. Os GLUT vão até a superfície das células e transportam a glicose para dentro das células. A maior parte da glicose vai para a via glicolítica, onde a maior parte é transformada em glicogênio (estoque de glicose), em situação de jejum prolongado e diabetes, as células estão com falta de glicose, há quebra dos triglicérides para obter energia. O diabetes é um distúrbio no metabolismo da glicose do organismo, no qual a glicose presente no sangue passa pela urina sem ser usada como um nutriente pelo corpo. GLUT 2- sensor de células beta (intestino, rins) GLU 4- estimulada por insulina (músculo esquelético cardíaco e tecido adiposo) Existem 4 hormônios contrainsulinicos: Glucagon: produz células alfa do pâncreas Adrenalina: produz medula suprarrenal Cortisol: produz córtex suprarrenal GH: produz adenohipófise 2- COMPREENDER A FISIOPATOLOGIA DA DM1 O diabetes tipo 1 surge em geral até os 30 anos, se caracteriza por uma deficiência absoluta da produção de insulina no pâncreas; causando assim dificuldades ao fígado de compor e mantes os depósitos de glicogênio que é vital para o organismo, com isso acumulando açúcar no sangue, levando a hiperglicemia. A evolução da doença não é aguda e sim um processo de autoagressão de evolução lenta. Com isso, a presença de infiltrado do tipo linfomononuclear e ausência de células secretoras de insulina, causam o processo de destruição das células beta pancreáticas, denominado INSULITE, em que ocorre pela agressão imunológica mediada por células linfocitárias, macrófagos e células NK, sendo, portanto, um processo dependente da imunidade celular. Existe três mecanismos responsáveis pela destruição das células das ilhotas que são: suscetibilidade genética, auto-imunidade e uma agressão ambiental. FISIOPATOLOGIA: é uma doença autoimune e poligênica, onde os linfócitos TCD8+ invadem as ilhotas e atacam seletivamente as células beta, destruindo-as. Marcadores conhecidos de autoimunidade: Anti ilhota (ICA) Anti insulina (IAA) Antidescarboxilase de ácidos glutâmico (Anti- GAD65) Anti tirosinofosfatase (IA1 E IA 2b) FACULDADE FAHESP I IESVAP @KATIELLEMASC I MEDICINA 5°P Anti transportador de Zinco 8 (Zbt8) Quanto maior o número de autoanticorpos presentes e mais elevados seus títulos, maior a chance de o indivíduo desenvolver a doença de DM1A. Subdivide-se em DM tipo 1A (autoimune) e DM tipo 1B (idiopática) 1A: há um processo de insulite e está presente auto-anticorpos circulantes. É um quadro abrupto e o indivíduo pode identificar o início dos sintomas. 1B: é caracterizada pela ausência tanto de insulite como dos anticorpos relacionados ao diabetes auto-imune. É muito mais abrupto e fulminante em alguns casos. Forma mais frequente de DM1, confirmada pela positividade de um ou mais autoanticorpos. Em diferentes populações, descreve-se forte associação com antígeno leucocitário humano (human leukocyte antigen, HLA) DR3 e DR4. Embora sua fisiopatologia não seja totalmente conhecida, envolve, além da predisposição genética, fatores ambientais que desencadeiam a resposta autoimune. Entre as principais exposições ambientais associadas ao DM1 estão infecções virais, componentes dietéticos e certas composições da microbiota intestinal. EXPLICAÇÃO: a cetoacidose diabética ocorre quase exclusivamente no DM1, se da pelo resultado da deficiência de insulina e aumento do glucagon, essa é uma complicação grave, pois o corpo produz ácidos graxos (cetona) em excesso. 3- DESCREVER OS FATORES DE RISCO E CAUSAS DO DM1 FATORES DE RISCO- Infecção viral (especialmente por enterovírus e vírus da rubéola, mas pode estar relacionada também com caxumba e Coxsackie vírus B4). Introdução precoce de antígenos alimentares, como leite de vaca e cereais na alimentação infantil. Deficiência de Vit. D Agentes químicos tóxicos, como vacor (nitrofenilureia-raticida) Citotoxinas destrutivas como o cianeto de hidrogênio de tapioca estragada ou raiz de mandioca. Obesidade na infância e juventude CAUSAS: Causas do diabetes tipo 1 são a destruição autoimune das células beta pancreáticas, que podem ser causadas por vírus e infecções, bem como por outros fatores desconhecidos 4- DISCUTIR AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E COMPLICAÇÕES DO DM1 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: As primeiras alterações clínicas de DM1A ocorrem quando 80% a 90% da massa de células beta foram destruídas e a capacidade secretora de insulina cai. Sintomas: Aumento da micção (poliúria) é uma consequência da diurese osmótica à hiperglicemia Enurese noturna- perda do controle da bexiga durante a noite Sede (polidpsia) é uma consequência do estado hiperosmolar, assim como a visão turva. Perda de peso, essa perda de peso ocorre inicialmentepor causa da depleção de água. O volume plasmático diminuído produz tontura e fraqueza por hipotensão postural Parestesia podem ser comuns principalmente em caso de evolução subaguda Cetoacidose exacerbada a desidratação e a hipermoslalidade por produzir náuseas e vômitos. FACULDADE FAHESP I IESVAP @KATIELLEMASC I MEDICINA 5°P Em algumas crianças pequenas, as primeiras manifestações podem ser candidíase vaginal e enurese noturna. COMPLICAÇÕES: quando a diabetes não é tratada: Retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos que podem provocar a perda da acuidade visual; Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins fazem com que haja a perda de proteína na urina; o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até sua paralisação total; Neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas como: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos; dores locais e desequilíbrio; enfraquecimento muscular; traumatismo dos pelos; pressão baixa; distúrbios digestivos; excesso de transpiração e impotência; Pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação do membro afetado; Infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, somado à atividade física e medicamentos que possam combater a pressão alta e o aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo, são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência deste problema é de 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes; infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco de contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate aos vírus, bactérias, etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica. 5- COMPREENDER O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO DM1 DIAGNÓSTICO: GLICEMIA DE JEJUM: coletada em sangue periférico após jejum calórico de, no mínimo 8 horas, tendo valores superiores ou iguais a 126 mg/dl obtidos em dias diferentes. TOTG- TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA A GLICOSE: previamente à ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água, coleta-se uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; coleta-se outra, após 2 horas da sobrecarga oral. Níveis de glicemia de 2h <140 mg/dl indica tolerância normal, entre 140 e 199 mg/dl indica tolerância diminuída a glicose e > ou igual a 200 mg/dl indica diabetes. HEMOGLOBINA GLICADA: monitoramento do controle glicêmico a cada 3 meses, indicativo de controle glicêmico a longo prazo. Já o monitoramento frequente da glicose é feito por aferição da amostragem de sangue na ponta do dedo ou por dispositivo de monitoramento continuo da glicose. Para a maioria dos adultos com DM1, buscamos um valor de < ou igual a 7% GLICOSURIA: tem baixa acurácia, uma vez que só vai surgir quando a glicemia tiver > 180 mg/dl. DOSAGEM DO PEPTÍDEO C: Na suspeita clínica de diabete latente autoimune do adulto – LADA, é necessária a dosagem de peptídeo C acrescida dos resultados da pesquisa e titulação de pelo menos um dos marcadores de autoimunidade (Anti-ICA ou Anticorpo Anti-ilhota de Langerhans, Anti IAA ou Anticorpo Anti-Iinsulina ou outros disponíveis), que FACULDADE FAHESP I IESVAP @KATIELLEMASC I MEDICINA 5°P comprovem o diagnóstico. Nos casos em que os pacientes apresentem sintomas típicos, além de dosagem alterada de peptídeo C ou presença de marcadores de autoimunidade, o médico assistente deverá avaliar o caso individualmente. TRATAMENTO: O objetivo principal do tratamento do portador de DM1 é a manutenção da qualidade de vida do paciente por meio da prevenção e redução das complicações agudas e crônicas associadas ao diabetes. A terapia do DM1 tem 5 componentes principais: educação em diabetes, insulinoterapia, automonitoramento glicêmico, orientação nutricional e exercício. A terapêutica do DM1, segue a tríade composta por insulina, alimentação e atividade física. Contudo, com os avanços tecnológicos e terapêuticos e os novos conhecimentos dos fatores psicológicos e sociais que envolvem o DM, poder-se-ia dizer que a tríade deveria mudar para insulina, monitorização e educação, incluindo-se nesta última a alimentação, a atividade física e a orientação para os pacientes e suas famílias. Os benefícios da atividade física regular para a saúde de portadores de DM1 estão relacionados com: melhora do condicionamento físico, da força muscular e da sensibilidade à insulina. Como o DM1 se caracteriza por produção insuficiente de insulina, o tratamento medicamentoso depende da reposição desse hormônio, utilizando-se de esquemas e preparações variados e estabelecendo-se “alvos glicêmicos” pré e pós-prandiais para serem alcançados. Em todas as faixas etárias, a reposição da insulina deve tentar atingir o perfil mais próximo possível do fisiológico. A insulinoterapia é um tratamento complexo que exige a participação dos pacientes e dos pais quando necessário. Sendo assim, há necessidade de um processo de educação continuada na qual o paciente e seu cuidador devem ser instruídos a como lidar com o diabetes em sua rotina. Recomendado uma alimentação saudável com enfoque no fato das refeições estarem relacionadas com a insulinoterapia e a prática de exercícios, com o objetivo de atingir os alvos glicêmicos. Geralmente são preconizadas 6 refeições ao dia, mantendo-se o aporte nutricional e calórico semelhante ao de não diabéticos. Devem-se incluir frutas, verduras, legumes e evitar alimentos gordurosos, bem como reduzir açúcares de absorção rápida. A insulinoterapia geralmente envolve múltiplas aplicações diárias de tipos diferentes de insulina, em um esquema capaz de proporcionar a obtenção e manutenção da glicemia normal. As insulinas encontradas no Brasil são análogas da insulina humana, obtidos por alterações discretas nas suas estruturas proteicas, são elas: asparte, glulisina, lispro, determir e glargina. TERAPIA INSULÍNICA EM SISTEMAS DE INFUSÃO CONTINUA DE INSULINA- Em crianças, a hipoglicemia geralmente é um fator limitante para o tratamento intensivo e o bom controle do DM (B, A). Alternativamente, pode-se instituir o tratamento intensivo com o uso de bombas de infusão de insulina, no qual a única insulina utilizada é a ultrarrápida (lispro, asparte ou glulisina). Constitui-se no mais fisiológico meio de administração de insulina no sistema basal-bolus e que mais proximamente simula o padrão de secreção de insulina pela ilhota pancreática, além de possibilitar maior flexibilidade na administração de insulina e reduzir a variabilidade glicêmica quando corretamente utilizada. Tem se mostrado eficiente em crianças pré-escolares, escolares e adolescentes; em crianças de 1 a 6 anos, melhorou a qualidade de vida e mostrou-se factível e segura. As insulinas podem ser classificadas de acordo com a sua biodisponibilidade em: Insulinas de ação curta e início de ação ultrarrápido (asparte, glulisina e lispro); Insulinas de ação curta e início de ação rápido (insulina humana regular); FACULDADE FAHESP I IESVAP @KATIELLEMASC I MEDICINA 5°P Insulinas de ação intermediária (insulina humana NPH); Insulinas de ação prolongada e com picos de ação menos pronunciados (determir eglargina). O tratamento intensivo em esquema basal-bolus com múltiplas aplicações ao dia pode ser realizado por uma das seguintes opções: Basal: Insulina NPH duas a quatro vezes ao dia: (I) antes do desjejum e ao deitar-se, (II) antes do desjejum, no almoço e ao deitar-se ou (III) antes do desjejum, no almoço, no jantar e ao deitar-se. Análogo de insulina glargina, uma vez ao dia: (I) antes do desjejum, (II) no almoço, (III) no jantar ou (IV) ao deitar-se. Análogo de insulina glargina U300 (2019: > 18 anos): (I) antes do desjejum, (II) no almoço, (III) no jantar ou (IV) ao deitar-se. Análogo de insulina detemir, uma ou duas vezes ao dia: antes do desjejum e/ou no jantar e/ou ao deitar-se Análogo de insulina degludeca: uma vez ao dia: (I) antes do desjejum, (II) no almoço, (III) no jantar ou (IV) ao deitar-se. Bolus (correção e refeição). Insulina de ação rápida (regular): antes (30 a 40 minutos) das principais refeições Análogo de insulina de ação ultrarrápida (lispro, asparte ou glulisina): antes (15 minutos) das principais refeições ou logo ao término delas; Análogo de insulina de ação mais ultrarrápida Fiasp: antes (2 minutos) das principais refeições ou até 20 minutos após o término delas Outra opção de tratamento intensivo consiste no uso de pré-misturas ou insulinas bifásicas, mas com algumas desvantagens em indivíduos com DM1, em especial pela impossibilidade de ajustes mais precisos, aumentando o risco de hipoglicemias. 6- ENTENDER COMO É FEITO A PREVENÇÃO DO DM1 A melhor forma de prevenir o diabetes e diversas outras doenças é a prática de hábitos saudáveis Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos, três porções de frutas. Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras. Parar de fumar. Praticar exercícios físicos regularmente, (pelo menos 30 minutos todos os dias). Manter o peso controlado. O País assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar pelo menos 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019. Outra ação para a promoção da alimentação saudável foi a publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e para fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. CURIOSIDADE: As mulheres com diabetes podem, e devem, amamentar os seus bebês! Pesquisas garantem às mães com diabetes que elas podem amamentar com sucesso e que as preocupações comuns estão relacionadas à amamentação, e não ao diabetes. As mães que amamentam com Diabete tipo 1 (DM1) ou Diabetes tipo 2 (DM2) demonstraram ter FACULDADE FAHESP I IESVAP @KATIELLEMASC I MEDICINA 5°P uma função metabólica melhorada e maior sensibilidade à insulina, onde o corpo utiliza insulina de forma mais eficiente. Por exemplo, um estudo sobre mães com DM1 que amamentaram mostrou que 21% menos insulina foi necessária em comparação com a dose pré-gravidez. Amamentar pode fazer com que a glicemia diminua. O ato de amamentar pode aumentar o gasto calórico em até 500 kcal por dia, e pode ser necessário, a ingesta de alguma fonte de carboidrato antes da amamentação. REFERÊNCIAS: FALUDI, André Arpad et al. Diretriz brasileira baseada em evidências sobre prevenção de doenças cardiovasculares em pacientes com diabetes: posicionamento da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 109, p. 1-31, 2017. OROZCO, Lívia Barqueta; DE SOUZA ALVES, Sergio Henrique. Diferenças do autocuidado entre pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e 2. Psicologia, Saúde e Doenças, v. 18, n. 1, p. 234-247, 2017. NUNES, J. Silva. Fisiopatologia da diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2. Portugal P, editor, v. 100, p. 8-12, 2018. DE QUEIROZ, Rafael Mota; LOURENÇO, Caio Rodrigues Bena. DIREITO À SAÚDE: TRATAMENTO TERAPÊUTICO COM ANÁLOGOS DE INSULINA AOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 1 E A JURISPRUDÊNCIA NACIONAL. Revista Brasileira de Direitos e Garantias Fundamentais, v. 5, n. 2, p. 19-40, 2019.
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