Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Larissa Monique Brand, UCPel, ATM 23 SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA TERMINOLOGIAS ▫ Plegias: paralisia. ▫ Paresia: diminuição da força muscular. ▫ Parestesias: alterações subjetivas da sensibilidade. ▫ Estereognosia: interação de todas as sensibilidades na zona sensitiva cortical. Ex: reconhecer objetos sem vê-los. ▫ Grafestesia: reconhecer números escritos nas costas. ▫ Festinação: termo usado para a alteração da marcha e da fala no Parkinsoniano. No início da fala ou da marcha (“marcha de pequenos passos”, devido a alterações nos gânglios da base), há lentidão e vai aumentando com o decorrer do tempo. ▫ Ataxia: ausência de coordenação (alteração cerebelar, vestibular e sensitiva). -Olhos: ▫ Hemianopsia: perda de metade do campo visual. ▫ Amaurose: cegueira total. ▫ Ambliopia: acuidade visual subnormal (sem alteração anatômica, e não melhora com correção óptica). ▫ Hemeralopia: cegueira diurna (ausência de visão crepuscular). ▫ Nictalopia: cegueira noturna (melhor visão com luz obscura). ▫ Anisocoria: pupilas de tamanhos diferentes. ▫ Lagoftalmia: impossibilidade de ocluir as pálpebras. -Olfato: (pacientes com fratura de base de crânio, lesando lâmina crivosa do osso etmoide). ▫ Anosmia: perda do olfato. ▫ Hiposmia: diminuição do olfato. ▫ Cacosmia: percepção habitual de odores desagradáveis. -Sensibilidade: ▫ Anestesia: perda de uma ou mais formas de sensibilidade. ▫ Analgesia: perda da sensibilidade dolorosa. ▫ Hiperestesia: exagero da sensibilidade (tátil, térmica...). ▫ Apalestesia: perda da sensibilidade vibratória. ▫ Abarestesia: perda da sensibilidade à pressão. ▫ Abatiestesia: perda da sensibilidade artrocinética. ▫ Abarognosia: perda da sensibilidade ao peso. ▫ Disestesia: percepção anormal de estímulos. ▫ Hiperpatia/algia talâmica: dores no corpo pelo contato com as roupas (lesão cortical progredindo ao tálamo). -Voz: ▫ Disfonia: alteração da fala por perturbação da voz (corda vocal). ▫ Disartria: alteração da fala por perturbação articular. ▫ Disfasia: alteração da fala por perturbação da linguagem (lesão na área cortical da palavra falada- giro de Broca, área de Wernicke- no hemisfério esquerdo do cérebro). ▫ Afasia: perda da capacidade de exprimir a linguagem. Há lesão cortical no centro da fala. Afasia de expressão: paciente compreende, mas não expressa a linguagem (ex: pode piscar 2 Larissa Monique Brand, UCPel, ATM 23 para confirmar) / Afasia de compreensão: não entende e não se expressa (ex: paciente só fala “tatatata”). ESCALA DE COMA DE GLASGOW -Pontuação: quanto mais baixa a nota, mais grave o trauma. ▫ Traumas graves: 3 a 8. ▫ Traumas moderados: 9 a 12. ▫ Traumas leves: 13 a 15 (cair de bicicleta/da árvore... bater a cabeça e ficar tonto). EXAME NEUROLÓGICO Etapas a serem seguidas: 1) ASPECTOS GERAIS -Condições psíquicas; fáscies (típica, atípica) e atitude (voluntária, involuntária); equilíbrio. 2) MOTRICIDADE -Motricidade ativa: ▫ Amplitude dos movimentos: verificar se não há movimentos diferentes (coreia, balismo...). ▫ Força muscular: colocar o braço do paciente sobre uma superfície e avaliar o grau de força de 0 a 5 (sem movimento: grau 0 / movimento vence a gravidade: grau 5). ▫ Manobras deficitárias: ex: pedir que o paciente feche os olhos e mantenha os braços erguidos por 1min, se houver problema neurológico (como AVC), um braço pode “cair” (hemiparesia). ▫ Coordenação dos movimentos: há alteração em lesão cerebelar, de troco encefálico, de gânglios da base... Ex de exame: levar o dedo até a ponta do nariz. -AVC: anatomia: 1° neurônio motor= cortical / 2°= medular. ▫ Paciente com quadro súbito de cefaleia e elevação dos níveis pressóricos. Ficou com plegia. ▫ Fisiologia: paciente perdeu a capacidade de autorregulação cerebral (pressão passou dos níveis aceitáveis). A artérias cerebral fecha, fluxo diminui, não há O2 e glicose suficiente no cérebro devido ao vasoespasmo. Quando dura mais tempo, causa isquemia (falta de sangue) na região cortical. Produz energia por via sem O2 e glicose, ocorre produção e derramamento de ácido lático naquela região cortical. Causa lesão cerebral no 1° neurônio motor, e os estímulos não chegam direito no 2°. ▫ Sempre que há lesão aguda de 1° neurônio motor, há plegia (fase clássica). ▫ Quando hiperpolariza o 2° neurônio motor, ocorre a fase espástica do AVC. -Motricidade passiva: ▫ Palpação dos músculos (AVC: contração espástica). ▫ Movimentação passiva do tronco. ▫ Movimentação passiva dos membros. 3 Larissa Monique Brand, UCPel, ATM 23 3) TÔNUS -Finalidade de avaliar o tônus muscular. Ex: hipertonia espástica, plástica, rigidez de descerebração (reção a estímulo doloroso em paciente em coma: predomínio dos músculos extensores. É diferente da rigidez de decorticação, em que há predomínio dos músculos flexores nos membros superiores) e hipertonia localizada persistente. 4) MOVIMENTOS -Movimentos automáticos: mímica (movimento da face- III, V e VII pares cranianos), marcha, fala. -Movimentos involuntários (espontâneos): ▫ Anormais: tremores (Parkinson), clono, convulsões (crianças: convulsão febril por rompimento da regulação do termostato hipotalâmico), coréia, atetose, torção e balismo (nestes últimos, o que muda é a classe muscular afetada). ▫ Provocados: reflexos superficiais e profundos. ▫ Outros movimentos provocados: Babinski (normal em criança devido à imaturidade do SNC, patológico em adulto. Sinal positivo indica lesão cortical), Sincinesias, Clono, trepidação, automatismos. 5) REFLEXOS → Reflexos superficiais: 1) Cutâneo-abdominais: D6 a D12. 2) Cremastérico: L1 a L2. Sobre a bolsa escrotal em homens. 3) Córneo-Palpebral: lesão na ponte (abolido precocemente TU do ângulo pontocerebelar e importante para avaliar o grau do estado de coma). Abolido nas lesões do trigêmeo. Em paciente com suspeita de morte cerebral, passa-se um algodão sobre o olho; reação normal: fechar o olho / sem reação: possível morte cerebral. 4) Faríngeo: lesão de bulbo: (abolido nas lesões periféricas ou nucleares- IX e X pares). 5) Esfincter anal: S4 a S5. 6) Cutâneo-plantar: passar superfície romba sobre a sola do pé. Normal: fechamento dos dedos dos pés. Alterado: dedos se abrem em leque (passa a ser Sinal de Babinski, indicando lesão cortical). → Reflexos profundos: testados com martelo neurológico. -Nasopalpebral: normal é fechar o olho. Estuda lesão na ponte (aumentado na arteriosclerose cerebral difusa e no Parkinson). -Orbicular dos lábios: normal é fechar a boca. Estuda a ponte (aumentado na paralisia geral progressiva do Parkinson). -Mandibular: estuda a ponte (aumentado nas lesões supranucleares bilaterais). -Bicipital: C5 a C6. -Tricipital: C7 a C8. 4 Larissa Monique Brand, UCPel, ATM 23 -Estilorradial: C6. -Cúbito-pronador: C8. -Patelar: L2 a L4. -Aquileu: L4 a L5. 6) SENSIBILIDADE -Sensibilidade subjetiva: 1) dor (via espinotalâmico-lateral), 2) parestesias (dormências, frio e calor). -Sensibilidade objetiva superficial: ▫ 1) Protopática: dor, tato, frio e calor extremos (os dois últimos ocorrem em crise de hipertireoidismo). ▫ 2) Epicrítica: pequenas diferenças térmicas, tato fino e discriminação de 2 pontos. Ex: fechar os olhos e sentir as próprias digitais). -Sensibilidade objetiva profunda: ▫ Palestesia (vibração, testada com diapasão. Paciente diabético perde a sensibilidade vibratória), baresesia (pressão), barognosia (peso) e batiestesia (artocinética). → Locais das lesões que podem alterar a sensibilidade e suas causas: -Nervo periférico: mononeuropatia (presente em diabéticos), polineuropatia (ex: poliomielite) e mononeuropatia múltipla. ▫ Causas: infecciosas, metabólicas, imunológicas, traumáticas e tóxicas. ▫ Achados ao exame físico: parestesias, hipoestesia ou anestesia superficial (tátil, térmica e dolorosa), hipoestesia ou anestesia profunda (vibração, tato, artrocinética, peso).▫ Poliradiculoneurite: várias raízes de inflamação. Ex: Doença de Gilham Barrett. -Na raiz posterior do nervo raquídeo: ▫ Sintomatologia: dor tipo radiculalgias (síndrome tipo: lombociatalgia, cérvico-braquialgia, tóraco-radiculalgia e síndrome da cauda equina). ▫ Classificadas em: mono ou polirradiculalgia.
Compartilhar