Buscar

BIOSSEGURANÇA - REVISÃO I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

BIOSSEGURANÇA - REVISÃO V2 - PARTE I
NR-32
Esta norma norteia e facilita as ações de controle, ajustes e
monitoramento por parte dos gestores, apontando os caminhos para se obter
um trabalho harmônico, centrado na segurança e nos cuidados com seus
trabalhadores.
A NR-32 se aplica a:
1. Hospitais;
2. Laboratórios;
3. Hemocentros;
4. Unidades Básicas de Saúde (UBS);
5. Universidades (Laboratórios);
6. Indústrias.
O que é biossegurança?
É um conjunto de medidas voltadas para prevenção, minimização ou
eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços resultantes de uma exposição
a um agente de risco.
Aplicação da NR-32
Há uma Lei de Biossegurança, que existe desde 2005, tem enfoque nos
riscos envolvidos nas técnicas de manipulação de organismos geneticamente
modificados. O órgão que regula essa lei é a Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança, da qual fazem parte profissionais de diferentes ministérios e
indústrias tecnológicas.
Maus Hábitos que Levam a Acidentes
1. Excesso de confiança;
2. Descuido;
3. Impaciência.
Principais Normas da NR-32
1. Prender cabelos longos;
2. Sempre realizar lavagem de mãos;
3. Proibido o ato de fumar em locais de trabalho;
4. Nunca usar o jaleco fora do ambiente hospitalar;
5. Usar os equipamentos de proteção individual (EPI’s);
6. Unhas curtas, sem esmaltes escuros ou descascados;
7. Barba (Proteção por máscara ou barba feita);
8. Não utilizar calçados abertos;
9. Não utilizar adornos;
10.Relógios só são permitidos com pulseira de borracha ou de metal. Se for de
couro, deverá permanecer no bolso;
11. É proibido o consumo de alimentos e bebidas no posto de trabalho;
12.Proibido a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos;
13.Proibido a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim;
14.Evitar o manuseio de lentes de contato no ambiente de procedimentos;
15.Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos
de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades;
16.Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser
responsáveis pelo seu descarte;
17.São vedados o reencape e a desconexão de agulhas;
18.A vacinação deve obedecer às recomendações do Ministério da Saúde.
Formas de se Contaminar
1. Percutânea: Lesões provocadas por agulhas, bisturi e outros;
2. Membranas Mucosas: Quando há respingos na face envolvendo olho, nariz
ou boca;
3. Cutâneas Envolvendo Pele Não Íntegra: Presença de dermatites ou feridas
abertas;
4. Mordeduras com presença de sangue.
5. Recomendações para abordagem da exposição ocupacional para
materiais biológicos: HIV, Hepatite C e B (Ministério da Saúde).
Tipo de Material Biológico X Risco de Transmissão
1. Risco de transmissão COMPROVADO: Sangue, qualquer tipo de fluido
orgânico contendo sangue visível, secreção vaginal e semên;
2. Risco de transmissão PROVÁVEL: Líquidos de serosas, líquido amniótico,
LCR e líquido articular;
3. NÃO apresentam risco: Suor, lágrima, fezes, urina, vômito e saliva (sem
sangue).
Quais agentes podem ser transmitidos pelo sangue?
1. HIV;
2. Hepatite B;
3. Hepatite C.
4. Relacionados à transfusão sanguínea: Citomegalovírus, Epstein Barr,
Plasmodium (Malária), Treponema Pallidum (Sífilis) etc (mais de 20
patógenos diferentes).
Avaliação das Condições de Trabalho
Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só
podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de
documento de liberação para o trabalho.
Levantamento de Riscos - PPRA
1. Identificar os riscos biológicos mais prováveis, avaliando o tipo de
trabalho considerando fontes de exposição, via de transmissão, persistência
do agente biológico no ambiente;
2. Avaliar o local de trabalho e do trabalhador observando o local de execução
das atividades, organização, procedimentos, possibilidades de exposição,
medidas preventivas e medidas de ação;
3. Tendo que ser avaliado pelo menos uma vez ao ano, ou sempre que ocorra
mudança nas condições do trabalho, que altere a exposição aos agentes
biológicos.
Riscos no PCMSO
1. Devemos reconhecer e avaliar os riscos;
2. Localizar as áreas de riscos;
3. Relação contendo a identificação completa dos trabalhadores;
4. Vigilância médica para os funcionários potencialmente expostos;
5. Programa de vacinação.
6. Para risco de exposição acidental ao agente biológico, deve-se seguir
procedimentos para acompanhamento, medidas para descontaminação do
local de trabalho, tratamento médico de emergência para os trabalhadores,
identificação dos responsáveis pela aplicação das medidas pertinentes.
Medidas de Proteção PCMSO
1. Seguindo recomendações de segurança e saúde, os profissionais da área
de saúde devem se atentar aos procedimentos operacionais para o controle
da exposição de risco biológico levantados na avaliação do PPRA;
2. Lembrando que não desobriga em caso de um acidente ou incidente seguir
os procedimentos relacionados às normas vigentes e órgãos da área de
saúde bem como Ministério da Saúde;
3. Os locais onde tenha a possibilidade de contágio por riscos biológicos,
deve dispor de lavatório para as mãos com acionamento rápido, sabonete,
papel toalha e lixeira com pedal para evitar o contato.
4. Sempre manter líquidos antissépticos para uso, caso não exista lavatório
do local.
5. Quartos ou enfermarias próprios para pacientes com doenças
infectocontagiosas devem no seu interior conter instalação sanitária própria
e como limpeza contínua.
Equipamentos de Proteção Individual (Risco Biológico)
1. Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, descartáveis ou não,
deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho,
de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
2. Todos os trabalhadores devem ser capacitados quanto ao uso correto,
forma de descarte.
Os Principais EPI’s
1. Máscaras (de uso cirúrgico, e para acompanhamento de vírus
contaminantes PFF2);
2. Proteção Ocular/Facial;
3. Luvas (cirúrgicas para procedimentos/utilidade geral), para demais funções
dentro do área que não seja de função de saúde, luva de borracha, nitrílica;
4. Toucas (descartáveis);
5. Avental (descartável).
Risco Químico
1. Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos
produtos químicos utilizados em serviços de saúde.
2. Produtos químicos manipulados ou fracionados devem ter identificação,
de forma legível, por etiqueta, com o nome do produto, composição
química, sua concentração, data de envase e de validade e o nome do
responsável pela manipulação ou fracionamento. As embalagens de
produtos químicos não podem ser reutilizadas.
3. Modelo de identificação:
Risco Químico Dentro do PPRA
1. Nos serviços de saúde deve constar inventário de todos os produtos
químicos, inclusive intermediários e resíduos, com indicação daqueles que
impliquem em riscos à segurança e saúde do trabalhador.
2. Todos os produtos químicos devem ter ficha descritiva contendo, no
mínimo, as seguintes informações:
- Características e as formas de utilização do produto;
- Os riscos à segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente,
considerando as formas de utilização;
- Medidas de proteção coletiva, individual e controle médico da saúde
dos trabalhadores;
- Condições e local de estocagem;
- Procedimentos em situações de emergência.
Capacitação Risco Químico
A capacitação deve conter, no mínimo?
1. Apresentação de fichas descritivas com explicação de informações nelas
contidas;
2. Procedimentos de segurança relativos à utilização;
3. Procedimentos a serem adotados em caso de incidentes, acidentes e em
situações de emergência.
4. Em caso de acidentes:
- Todo acidente deverá ser registrado em impresso próprio;
5. Em caso de acidente pessoal:
- Remover as roupas imediatamente;
- Lavar com água e sabão a pele atingida;
- Em caso de contato com os olhos, lavar com água ou soro fisiológico e
procurar serviço médico.
6. Em caso de acidente ambiental:
- Identificara área e restringir com compressas absorventes. A área
deverá ser limpa com água e sabão.
Medidas de Proteção RISCO QUÍMICO
1. O empregador deve destinar local apropriado para manipulação ou
fracionamento de produtos químicos que impliquem riscos à segurança e
saúde do trabalhador. Fica proibido a realização desses procedimentos em
qualquer local que não seja apropriado para este fim.
2. Excetuam-se a preparação e associação de medicamentos para
administração imediata aos pacientes.
3. Local de Preparo:
- Sinalização para identificação do ambiente;
- Concentração dos produtos químicos no ar abaixo dos limites de
tolerância;
- Equipamento que garantam a exaustão dos produtos químicos;
- Chuveiro e lava-olhos;
- Equipamentos de proteção individual (EPI);
- Sistema adequado de descarte.
Gás Óxido Etileno
1. Todos os estabelecimentos que realizam, ou que pretendem realizar,
esterilização, reesterilização ou reprocessamento por gás óxido de etileno,
deverão atender o disposto na Portaria Interministerial nº 482/MS/MTE de
16/04/1999.
2. Gases Medicinais: Na movimentação, transporte, armazenamento,
manuseio e utilização dos gases, bem como na manutenção dos
equipamentos, devem ser observadas as recomendações do fabricante,
desde que compatíveis com as disposições da legislação vigente.
3. Sistemas Centralizados de Gases Medicinais deve conter:
- Nominação das pessoas autorizadas a terem acesso ao local e
treinamento na operação e manutenção do sistema;
- Procedimentos a serem adotados em caso de emergência;
- Número de telefone para uso em caso de emergência;
- Sinalização alusiva a perigo.
Medicamentos e Drogas de Risco
1. Genotoxicidade;
2. Carcinogenicidade;
3. Toxicidade séria e seletiva sobre órgãos e sistemas.
4. Deve conter orientações sobre:
- Recebimento;
- Armazenamento;
- Preparo;
- Distribuição;
- Administração dos medicamentos.
5. Quimioterápicos Antineoplásicos 3: Devem ser preparados em área
exclusiva e com acesso restrito aos profissionais diretamente envolvidos.
6. A área deve dispor de:
- Vestiário de barreira com dupla câmara;
- Sala de preparo dos quimioterápicos;
- Local destinado para as atividades administrativa;
7. O Vestiário deve dispor de:
- Pia e material para lavar e secar as mãos;
- Lava olhos, o qual pode ser substituído por uma ducha tipo higiênica;
- Chuveiro de emergência;
- Equipamentos de proteção individual e vestimentas para uso e
reposição;
- Armários para guarda de pertences;
- Recipientes para descarte de vestimentas usadas.
8. Radiações Ionizantes:
- A radiação ionizante é um risco físico.
- Deve seguir as disposições pelas normas do CNEN, ANVISA e do
Ministério da Saúde.
- É obrigatório manter no local de trabalho e à disposição da inspeção
do trabalho o Plano de Proteção Radiológica- PPR, aprovado pelo
CNEN, e para os serviços radiológicos aprovado pela Vigilância
Sanitária;
- Trabalhadoras gestantes devem ser afastadas das atividades com
radiações ionizantes, devendo ser remanejada para atividade
compatível com seu nível de formação;
- Instalação radiativa deve dispor de monitoramento individual e de
áreas;
- Os equipamentos utilizados para o monitoramento devem ser
efetuados por laboratórios acreditados pelo CNEN.
9. O trabalhador que realiza atividades em áreas onde existam fontes de
radiações ionizantes deve:
- Permanecer nestas áreas o menor tempo possível para a realização
do procedimento;
- Ter conhecimento do risco radiológico associado ao seu trabalho;
- Usar EPIs adequados para minimizar os riscos;
- Estar sob monitoração individual de dose de radiação (dosímetro).
Cargas de Trabalho
Elementos que inter-atuam dinamicamente entre si e com o corpo do
trabalhador, gerando processos de adaptação que se traduzem em desgaste.
1. Cargas Físicas;
2. Cargas Químicas;
3. Cargas Biológicas Orgânicas;
4. Cargas Mecânicas;
5. Cargas Fisiológicas;
6. Cargas Psíquicas.
Processo de Desgaste
É a perda da capacidade efetiva e/ou potencial biopsíquica.
Risco Físico:
1. Radiações ionizantes;
2. Radiação não ionizantes;
3. Condições de iluminação;
4. Condições térmicas;
5. Riscos elétricos;
6. Riscos mecânicos;
7. Ruídos.
Risco Químico:
1. Desinfetantes e esterilizantes;
2. Anestésicos gasosos e voláteis;
3. Citostáticos;
4. Alérgenos e irritantes respiratórios;
5. Alérgenos e irritantes cutâneos.
Risco Biológico Orgânico:
1. Hepatite B;
2. HIV;
3. Tuberculose;
4. Agentes Biológicos.
Riscos Psicossociais:
1. Violência;
2. Lidar com a dor;
3. Interferência sobre o ritmo circadiano;
4. Situações de desgaste e fadiga;
5. Perturbações qualitativa e quantitativa do sono;
6. Perturbação da vida social e familiar.
Riscos Mecânicos:
1. Manipulação de perfurocortantes;
2. Quedas;
3. Agressões;
4. Preensão de dedos e mãos.
Riscos Fisiológicos:
1. Manipulação de peso excessivo;
2. Trabalho em pé.
Riscos Psicossociais:
1. Atenção constante;
2. Supervisão estrita;
3. Ritmo acelerado;
4. Comunicação dificultada;
5. Trabalho feminino;
6. Agressão psíquica;
7. Fadiga, tensão, estresse;
8. Insatisfação.
Biossegurança na Saúde (Aula 14)
Higienização das Mãos
1. As mãos necessitam ser lavadas adequadamente antes de qualquer
procedimento hospitalar. Afinal, elas são um dos principais canais de
transmissão de doenças virais e bacterianas;
2. Lavar as mãos frequentemente é, isoladamente, a ação mais importante
para a prevenção do risco de transmissão de microrganismos;
3. O método adequado para lavagem das mãos depende do tipo de
procedimento a ser realizado.
4. As mãos devem ser lavadas:
- Antes e após atividades que eventualmente possam contaminá-las;
- Ao início e término do turno de trabalho entre o atendimento a cada
paciente;
- Antes de calçar luvas e após a remoção das mesmas;
- Quando as mãos forem contaminadas (manipulação de material
biológico e/ou químico) em caso de acidente.
5. O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos;
6. Mantenha as unhas tão curtas quanto possível e remova todos os adornos
antes da lavagem das mãos;
7. Utilize técnicas que tratem todas as partes da mão igualmente;
8. Lave as mãos em uma pia distinta daquela usada para a lavagem do
instrumental;
9. Para anti-sepsia das mãos ou da área operatória antes de procedimentos
cirúrgicos, as preparações contendo digluconato de clorexidina a 2% ou
4%, polivinilpirrolidona-iodo – PVP-I (solução aquosa, solução alcoólica,
solução degermante, todas a 10%, com 1% de iodo ativo), e álcool
isopropílico a 70% são indicadas para anti-sepsia das mãos e área
operatória com o objetivo de eliminar a microbiota transitória e reduzir a
microbiota residente por um período de tempo adequado para prevenir
introdução de microrganismos na ferida cirúrgica;
10.Caso as luvas sejam rasgadas ou puncionadas durante o procedimento,
elas deverão ser removidas imediatamente e as mãos rigorosamente
lavadas, e novamente enluvadas, antes de completar o procedimento.
Superfícies e Bancadas
- As superfícies das bancadas de trabalho são limpas e descontaminadas com
hipoclorito a 2% ou álcool a 70%, antes e após os trabalhos e sempre após
algum respingo ou derramamento, sobretudo no caso de material biológico
potencialmente contaminado e substâncias químicas.
Uso correto de EPI’s
1. Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) são obrigatórios na
realização de diversos tipos de procedimentos;
2. São elementos de contenção de uso individual utilizados para proteger o
profissional do contato com agentes biológicos, químicos e físicos no
ambiente de trabalho. Servem, também, para evitar a contaminação do
material em experimento ou em produção;
3. Desta forma, a utilização do equipamento de proteção individual torna-se
obrigatória durante todo atendimento/procedimento;
4. Os equipamentos de proteção individuais e coletivos são considerados
elementos de contenção primária ou barreiras primárias. E podem reduzir
ou eliminar a exposição da equipe, de outras pessoas e do meio ambiente
aos agentes potencialmente perigosos;
5. As luvas, por exemplo, impedem o contato com materiaiscontaminantes,
como sangue e secreções;
6. As máscaras evitam a contaminação por respingos ou gotículas e partículas
sólidas presentes no ar (aerossóis);
7. Sempre verificar a integridade física das luvas antes de colocá-las;
8. Não lavar e desinfetar luvas de procedimento ou cirúrgicas para reutilização.
9. As luvas não devem ser utilizadas fora do local de trabalho a não ser para
o transporte de materiais biológicos, químicos, estéreis ou de resíduos;
10.Nunca tocar objetos de uso comum ou que estão fora do campo de
trabalho quando estiver de luvas e manuseando material biológico
potencialmente contaminado ou substâncias químicas.
11. Use apenas máscara de tripla proteção e quando do atendimento de
pacientes com infecção ativa, particularmente tuberculose, devem ser usadas
máscaras especiais, tipo N95;
12.Os profissionais que trabalham com amostras potencialmente contaminadas
com agentes biológicos classe 3 (Mycobacterium tuberculosis ou
Histoplasma capsulatum, por exemplo), devem utilizar máscaras N95;
13. Sobre as máscaras:
- Nunca deixar a máscara pendurada no pescoço ou ouvido;
- Descartar em recipiente apropriado, após o uso e sempre que estiver
visivelmente contaminada ou úmida;
- Não guardar em bolsos ou gavetas;
- Evitar tocá-la após a sua colocação.
14.Os óculos de proteção devem ser usados em atividades que possam
produzir respingos e/ou aerossóis, projeção de estilhaços pela quebra de
materiais, bem como em procedimentos que utilizem fontes luminosas
intensas e eletromagnéticas, que envolvam risco químico, físico ou biológico.
Imunização Por Meio de Vacinas
1. Como sabemos, doenças infecciosas como a gripe podem ser
prevenidas com vacina. Todas as pessoas devem imunizar-se,
especialmente os profissionais de saúde;
2. Todos os componentes do hospital devem ser vacinados contra hepatite B,
tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a dupla adulto dT (difteria e
tétano).
3. Está contra-indicado o uso da vacina BCG para profissionais de saúde. Os
cuidados de proteção, neste caso, resumem-se a duas esferas principais:
controle ambiental e proteção individual;
4. Para hepatite B é recomendado o esquema vacinal com uma série de três
doses da vacina em intervalos de zero, um e seis meses;
5. Para confirmação desta resposta vacinal deve ser realizado o teste
sorológico anti-HBs, um a dois meses após a última dose, com intervalo
máximo de seis meses;
6. Profissionais que tenham parado o esquema vacinal para hepatite B após a
1ª dose deverão realizar a 2ª dose logo que possível e a 3ª dose deve ser
realizada com um intervalo de 2 meses da dose anterior.
7. No caso de acidentes com material biológico envolvendo pessoas com
esquema incompleto de vacinação, recomenda-se a comprovação da
resposta vacinal através da realização do anti-HBs.
Cuidados ao manusear material perfurocortante e biológico:
1. Ter máxima atenção durante a realização de procedimentos invasivos;
2. Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de
procedimentos que envolvam material perfurocortante;
3. Nunca reencapar, entortar, quebrar ou desconectar a agulha da seringa;
4. Não utilizar agulhas para fixar papéis;
5. Descartar agulhas, escalpes, lâminas de bisturi e vidrarias, mesmo que
estéril, em recipientes rígidos;
6. Utilizar os EPIs próprios para o procedimento;
7. Usar sapatos fechados de couro ou material sintético.
Pós-Exposição
1. Após exposição em pele íntegra, lavar o local com água e sabão ou
solução antisséptica com detergente (PVPI, clorexidina) abundantemente. O
contato com pele íntegra minimiza a situação de risco;
2. Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou
solução salina fisiológica;
3. Se o acidente for percutâneo, lavar imediatamente o local com água e
sabão ou solução antisséptica com detergente (PVPI, clorexidina). Não
fazer espremedura do local ferido, pois favorece um aumento da área
exposta;
4. Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais
como cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter,
hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.
Avaliação do Acidente
1. Tipo de exposição;
2. Tipo e quantidade de fluido e tecido;
3. Situação sorológica da fonte;
4. Situação sorológica do acidentado;
5. Susceptibilidade do profissional exposto.
Status Sorológico da Fonte (Origem do acidente)
O paciente-fonte deverá ser avaliado quanto à infecção pelo HIV, Hepatite B
e C, no momento da ocorrência do acidente.
Quando a fonte é conhecida:
- Caso a fonte seja conhecida, mas sem informação de seu status sorológico,
é necessário realização de exames diagnósticos.
- Caso haja recusa ou impossibilidade de realizar os testes, considerar o
diagnóstico médico, sintomas e história de situação de risco para aquisição
de HIV, HBC e HCV.
Quando a fonte é desconhecida:
- Levar em conta a probabilidade clínica e epidemiológica de infecção pelo HIV,
HCV, HBV – prevalência de infecção naquela população, local onde o
material perfurante foi encontrado (emergência, bloco cirúrgico, diálise),
procedimento ao qual ele esteve associado, presença ou não de sangue, etc.
- A exposição ocupacional ao vírus HIV deve ser tratada como emergência
médica, uma vez que a quimioprofilaxia deve ser iniciada o mais
precocemente possível, quando indicada, idealmente até 2 horas após o
acidente e, no máximo, até 72 horas.
Por que a biossegurança é importante no combate a infecções?
Quando não existe um tratamento específico para o novo agente
infeccioso. Em alguns casos, determinadas medicações estão sendo testadas e
prescritas. Ao mesmo tempo, os médicos correm contra o tempo para criar uma
vacina que combata o agente. Quando em uma situação de pandemia, não apenas
os profissionais da saúde correm risco, mas qualquer pessoa. É nesse contexto que
as práticas de biossegurança na saúde ganham ainda mais importância. Afinal, para
conter a disseminação do agente infeccioso, medidas de controle e prevenção
precisam ser observadas e seguidas com rigor. Em espaços destinados a tratar
pacientes com a doença, cabe aos profissionais paramentarem-se, a fim de se
protegerem. Quando o microorganismo tem um alto potencial de transmissão,
pode elevar o número de pessoas contaminadas e mortas. Para reduzir a taxa
de infecções, é fundamental inspecionar as instalações hospitalares para se
certificar de que estão dentro das normas. Em outras palavras, os cuidados e as
regras de higiene precisam ser intensificados. Abastecer o hospital com
equipamentos de proteção em quantidade suficiente e manter as equipes em estado
de alerta é o desafio do momento. Os aparelhos precisam ser desinfetados
regularmente, os materiais devidamente utilizados e descartados e as mãos
higienizadas com frequência. Práticas como o fácil acesso ao álcool em gel 70%
são um exemplo de biossegurança na enfermagem que ajuda a proteger a saúde
de todos. Além disso, vale destacar o papel dos EPI’s para a proteção
de profissionais e pacientes de infecções hospitalares, incluindo a Covid-19.
Para tanto, é essencial que esses equipamentos sejam certificados pelos órgãos
fiscalizadores. Em qualquer que seja a situação, a recomendação é adquirir
materiais de qualidade, que atendam aos requisitos de proteção, tecnologia e
conforto. Mostramos a importância da biossegurança na enfermagem no combate a
doenças, especialmente em momentos de epidemias/pandemias. Inclusive, vimos
que as boas práticas precisam ser intensificadas para impedir o aumento do
número de casos pela infecção. O cuidado em dobro e o rigor nas medidas de
higiene e segurança dentro dos hospitais contribuem para que saiamos dessa
situação o quanto antes.
Morbidade nos Trabalhadores de Enfermagem
A enfermagem destaca-se como a categoria profissional da área da saúde
que mais adoece por DORT devido à exposição ocupacional aos riscos
organizacionais e ambientais, tais como:
1. Aumento da jornada de trabalho;
2. Excedente de horas trabalhadas;
3. Ritmo acelerado;
4. Poucos recursos humanos;
5. Repetitividadede movimentos;
6. Modernização e informatização;
7. Fragmentação das tarefas;
8. Pressão tanto das chefias quanto dos pacientes;
9. Trabalho em turnos;
10.Falta de autonomia;
11. Mobiliários inadequados;
12.Excesso de força física no manuseio de cargas;
13.Posturas incorretas e viciantes.
Setor de Emergência e CTI
1. No que se refere aos setores com maior perfil de adoecimento dos
trabalhadores de enfermagem, destacaram-se as unidades de Pronto
Socorro Adulto (16,3%), Unidade de Terapia Intensiva (15,6%), seguida da
Clínica Médica (10,3%) e a Clínica Cirúrgica (8,7%);
2. As unidades críticas são setores que mais favorecem o adoecimento dos
trabalhadores de enfermagem.
Sexo Feminino/Idade
1. Uma pesquisa descreveu o perfil de trabalhadores readaptados de um
hospital público, sendo que 72,5% da amostra foram do sexo feminino,
37,5% encontravam-se na faixa etária entre 54 e 59 anos e 35% foram
trabalhadores de nível técnico.
2. A equipe de enfermagem foi a maioria dos funcionários readaptados, com
62,5%, e a principal causa da readaptação foram os distúrbios
osteomusculares, seguidos dos mentais e de comportamento;
3. Em relação ao presenteísmo e à baixa produtividade no ambiente de
trabalho, estudo realizado no Hospital Universitário do município de São
Paulo identificou os principais problemas de saúde, destacando os
distúrbios musculoesqueléticos referidos em 60,9% dos trabalhadores
presenteístas, seguidos das cefaleias/enxaquecas, em 13,9%, distúrbios
gastrointestinais, em 12,6%, e as gripes e resfriados, com 9,3%
Trabalho Noturno e Acidentes
1. A maioria dos acidentes de trabalho ocorrem no período noturno;
2. O acidente de trabalho causa nos trabalhadores de enfermagem
preocupação, medo e mal-estar devido à profilaxia, gerando o descontrole
emocional e problemas familiares.
3. Fora a taxa de absenteísmo que aumenta.
Problemas Respiratórios
1. Agravos à saúde do sistema respiratório, das doenças infecciosas e
parasitárias e das doenças do olho e anexos podem estar relacionados a
infecções hospitalares;
2. Por meio de contaminação com contato direto/indireto ao paciente, falta da
higiene das mãos após contato com secreções, ambientes fechados e pouco
ventilados, a baixa imunidade dos trabalhadores e o estresse dos mesmos.
Carga Química/Dermatoses
1. São as causas das doenças da pele e do tecido subcutâneo relacionado
ao trabalho;
2. Prevalentes nos profissionais de nível médio.
Aparelho Geniturinário
1. Predominantes no sexo feminino e nos trabalhadores mais jovens;
2. Para os trabalhadores de enfermagem, a predisposição a infecções do
trato urinário pode estar relacionada aos fatores ambientais, como
temperaturas elevadas, exposição a gases e a substâncias químicas, além
da sobrecarga de trabalho, vinculado ao próprio descuido do trabalhador
em relação à baixa ingestão de líquidos durante o turno de trabalho, pois,
consequentemente, urina-se pouco, o que favorece as infecções.
Aparelho Circulatório
1. Predominantes no sexo masculino;
2. Idade adulta com média de 45, 46 anos.
3. Paralelamente, hábitos inadequados para a promoção da saúde relacionados
à nutrição, atividade física, fumo e álcool;
Varizes de Membros Inferiores
1. Adoecimento muito comum nos trabalhadores de enfermagem;
2. Relacionado ao excesso de peso, associado aos longos períodos em
posição ortostática, além da longa caminhada percorrida no expediente de
trabalho.
Processos Alérgicos
1. Principal exposição às cargas químicas, proveniente da manipulação de
substâncias químicas entre os trabalhadores de enfermagem.
Fatores que mais contribuem para o sofrimento mental
1. Falta de tempo para pausas;
2. Fiscalização de desempenho;
3. Ritmo de trabalho excessivo;
4. Forte cobrança por resultados;
5. Divisão entre quem planeja e quem executa;
6. Ambiente físico desconfortável;
7. Ruídos no ambiente de trabalho;
8. Mobiliário inadequado;
9. Posto de trabalho inadequado;
10.Falta de integração;
11. Funcionários excluídos das decisões;
12.Disputas profissionais;
13.Comunicação entre funcionários insatisfatória;
14.Dobras de plantões;
15.Trabalho noturno;
16. Impacto nos rodízios;
17.Planta física restrita;
18.Transporte e movimentação de pacientes;
19.Falta de apoio e capacitação da equipe;
20.Falta de recursos materiais e humanos para executar tarefas.
Em relação aos agravos psicossociais, também se observa a ocorrência de
transtornos alimentares, do sono, diminuição do estado de alerta, estresse,
desorganização no meio familiar e neuroses.
Recomendações aos Gestores para Ações de Saúde Mental e Atenção
Psicossocial
1. Garantir comunicação de boa qualidade e atualizações para as
informações atenuar as preocupações;
2. Não responsabilize o funcionário individualmente quando o trabalhador não
conseguir lidar com a situação corretamente;
3. Criar condições para ritos de passagem e diminuir os impactos de um
possível luto;
4. Estabelecer parcerias e conseguir a participação dos diversos atores sociais;
5. Incentivar formas solidárias e participativas de enfrentamento, utilizando-se
de estratégias culturais, religiosas e artísticas variadas.
SESMT/PPRA/PCMSO
O QUE É SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho)?
Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho – SESMT nada mais são do que colaboradores da área da saúde que
visam a garantir a integridade física da equipe de trabalho no ambiente ocupacional.
Uma equipe SESMT pode ser composta por:
1. Auxiliares de enfermagem;
2. Técnicos de enfermagem;
3. Enfermeiros do trabalho;
4. Técnicos em segurança do trabalho;
5. Engenheiros de segurança do trabalho;
6. Médicos do trabalho.
Funções do SESMT:
1. Utilizar a Engenharia e a Medicina do Trabalho para reduzir/eliminar os riscos
ocupacionais presentes no ambiente de trabalho e nas máquinas;
2. Designar Equipamentos de Proteção Individual – EPIs para todos os
colaboradores que atuam em áreas nas quais o risco não está neutralizado;
3. Ser responsável técnico pelo plano de saúde ocupacional da empresa, bem
como dar suporte medicinal a demandas de emergência;
4. Estreitar relações com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
5. Estimular atividades educacionais que têm como objetivo conscientizar os
colaboradores acerca da segurança do trabalho.
O que avaliar:
1. Área;
2. Equipamentos hospitalares;
3. Mobiliário;
4. Fluxogramas de processos de trabalho;
5. Metodologias;
6. Software e informática.
Equipamentos:
1. Desfibrilador;
2. Oxímetro;
3. Estetoscópio;
4. Eletrocardiógrafo;
5. Maca hospitalar;
6. Hamper;
7. Mesa auxiliar;
8. Carrinho de curativo;
9. Equipamento de raio-x;
10.Carrinho de emergência;
11. Cadeira para coleta de sangue;
12.Cardioversor;
13.Aparelho de pressão;
14.Balança antropométrica;
15.Cama hospitalar;
16.Autoclave;
17.Eletrocardiógrafo digital.
Norma Regulamentadora – NR-4
Principais Atividades
1. Desenvolvimento da Cultura Prevencionistas;
2. Orientações sobre atos e condições inseguras;
3. Redução e Controle das Condições Ambientais;
4. Motivação da equipe;
5. Otimização dos métodos de trabalho;
6. Contribui para melhor qualidade de vida (ginástica na empresa, jogos, salas
de bate papo, etc).
Competências:
1. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);
2. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupável – (PCMSO);
3. Análises Ergonômicas do Trabalho (AET);
4. Laudos de Periculosidade e Insalubridade;
5. Planos de Prevenção e de Emergência;
6. Palestras.
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais:
1. Estabelecido pela NR-9;
2. Objetivo de definir uma metodologia de ação, a fim de preservar a saúde e
integridade dos trabalhadores.
Análise Ergonômica do Trabalho:
1. Entrevista com os trabalhadores;
2. Identificação sistemática de ações técnicas no trabalho;
3. Definição do risco ergonômico;
4. Definição das melhorias necessárias.
Características de um Plano de Prevenção e Emergência (PPE):
1. Simplicidade;
2. Flexibilidade;
3. Dinamismo;
4. Adequação;
5. Precisão.
O QUE É PCMSO(Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional)?
É um programa que especifica procedimentos e condutas a serem adotadas
pelas empresas em função dos riscos a que os empregados se expõem no
ambiente de trabalho. O objetivo é prevenir, detectar precocemente, monitorar e
controlar possíveis danos à saúde do empregado.
Além de ser obrigatório, o PCMSO é um ponto muito importante para a
criação de um ambiente de trabalho saudável, reduzindo os afastamentos por saúde
e ajudando o trabalhador a estar mais motivado.
Com acesso a exames periódicos, os trabalhadores podem identificar
doenças e buscar o tratamento adequado, melhorando sua qualidade de vida.
Como regra, foi estabelecido que trabalhadores acima de 18 anos devem
ter o exame médico refeito a cada dois anos. Para os casos de trabalhador menor
de 18 anos ou com mais de 45 anos, o PCMSO deve ser realizado anualmente.
No mínimo, o PCMSO deve conter:
1. Admissional;
2. Periódico;
3. De retorno ao trabalho;
4. De mudança de função;
5. Demissional (Por justa causa, sem justa causa, pedido de demissão pelo
funcionário, acordo entre as partes e demissão consensual).
O QUE É PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)?
Tem por objetivo estabelecer medidas que visem a eliminação, redução ou
controle desses riscos em prol da preservação da integridade física e mental do
trabalhador.
O PPRA deve conter a descrição mais próxima da “real” dos riscos, sempre
considerando que o acompanhamento dos Agentes Etiológicos deve ser medida
inadiável, devendo ser aferida de forma sistemática, contando com apoio da SCIH –
Serviços de Controle de Infecção Hospitalar, que é o responsável pelo registro do
perfil epidemiológico do serviço e controle das comunicações compulsórias de
agentes de patogênicos à Vigilância Sanitária.
A elaboração e implementação do PPRA é obrigatória para todos os
empregadores e instituições que possuam empregados. Não importa o grau de risco
ou a quantidade de empregados.
O objetivo do PPRA é levantar os riscos existentes e propor mecanismos de
controle. Os riscos NÃO ELIMINADOS são objeto de controle pelo PCMSO.
Portanto, sem o PPRA não existe PCMSO, devendo ambos estarem
permanentemente ativos.
Quem deve elaborar o PPRA?
São legalmente habilitados os:
1. Técnicos de Segurança;
2. Engenheiros;
3. Enfermeiro;
4. Médicos do Trabalho.
Riscos Hospitalares:
O risco à saúde são as possibilidades de acontecer uma exposição na qual
um indivíduo é levado a ter alguma doença. Um exemplo dessa classificação são os
ruídos e as vibrações. Unidades hospitalares são ambientes com grande
probabilidade de contaminações e danos, devido às diversas bactérias presentes
nesse ambiente.
Saúde Ocupacional e Enfermagem
Saúde Ocupacional e Enfermagem é voltada para a promoção e prevenção
da saúde do trabalhador que atuam diretamente nos ambientes e na qualidade de
vida no trabalho na organização dos ambientes de trabalho que devem
proporcionar ambientes saudáveis, seguros e agradáveis ao desenvolvimento de
atividades administrativas e/ou operacionais nas organizações.
A relação saúde, família e trabalho:
1. Aspectos históricos;
2. Atenção a saúde do trabalhador no Brasil;
3. O enfermeiro nas ações promotoras de saúde do trabalhador;
4. O enfermeiro na saúde da família e a atenção integral do trabalhador.
Particularmente alguns princípios se desenvolveram caracterizando saúde
como um dever do Estado, os serviços devem contar com a participação e o
controle social, e as ações devem contemplar:
1. Promoção;
2. Prevenção;
3. Assistência;
4. Reabilitação;
5. Vigilância à saúde.
Funções da Família:
1. Geradora de afeto;
2. Proporcionadora de segurança e aceitação pessoal;
3. Proporcionadora de satisfação e sentimento de utilidade;
4. Asseguradora da continuidade das relações;
5. Proporcionadora de estabilidade e socialização;
6. Impositora da autoridade e do sentimento do que é correto (aprendizagem
das regras e normas, direitos e obrigações características das sociedades
humanas).
FENÔMENOS QUE TRADUZEM AS MODIFICAÇÕES NA ESTRUTURA
TRADICIONAL DAS FAMÍLIAS:
1. Aumento da proporção de domicílios formados por "não-famílias“ (Idosos,
adultos jovens)
2. A redução do tamanho das famílias;
3. Crescimento das separações e dos divórcios;
4. Casais maduros sem filhos;
5. Chefiadas por mulheres sem cônjuge (...);
6. Entrada das mulheres no mercado de trabalho.
Obs: As mulheres passaram a dedicar mais tempo às suas carreiras e menos
tempo cuidando de suas casas.
Legislação Atual
É no artigo 6º, parágrafo 3º, que a Lei Orgânica da Saúde regulamenta a Saúde do
Trabalhador:
1. I - Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador
de doença profissional e do trabalho;
2. II - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde, em
estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à
saúde existentes no processo de trabalho;
3. III - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde, da
normatização, fiscalização e controle das condições de produção,
extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de
substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam
riscos à saúde do trabalhador;
4. IV - Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de
Saúde do Trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
5. VII - Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo
de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais;
6. VIII - A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão
competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo
ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida
ou saúde dos trabalhadores;
RENAST/CEREST
A atual estratégia de institucionalização e fortalecimento da Saúde do
Trabalhador do Ministério da Saúde criou a Rede Nacional de Atenção Integral à
Saúde do Trabalhador (RENAST), com o objetivo de “integrar a rede de serviços
do SUS, voltados para a assistência e a vigilância, para o desenvolvimento das
ações de Saúde do Trabalhador”.
Essa estratégia deu-se, principalmente, por meio de incentivo financeiro aos
municípios e estados para a criação de Centros de Referência em Saúde do
Trabalhador (CERESTs), que devem desempenhar a função de suporte técnico, de
coordenação de projetos e de educação em saúde para a rede do SUS da sua área
de abrangência.
Essas unidades contam com uma equipe mínima definida em portaria que
assume conformações específicas, variando de oito a 20 profissionais de nível
superior e médio, a depender da sua esfera de atuação (estadual ou regional) e da
dimensão de sua área de abrangência. Algumas categorias profissionais são
obrigatórias em tais equipes, sendo elas o médico, o enfermeiro e o auxiliar de
Enfermagem.
A RENAST não se restringe à adequação e à ampliação da rede de
CERESTs no país. O principal objetivo da criação dessa rede é exatamente
buscar garantir, em todos os níveis do SUS, a inclusão do olhar para a saúde dos
trabalhadores.
A RENAST prevê a inserção da Saúde do Trabalhador na atenção básica e
nos níveis de maior complexidade do sistema de saúde, a implementação de ações
de vigilância e promoção em Saúde do Trabalhador e a criação de uma rede de
serviços sentinela, direcionada para o acompanhamento dos setores produtivos
que se destacam na determinação de agravos à saúde dos trabalhadores.

Mais conteúdos dessa disciplina