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Artrose ou Osteoartrite

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Artrose/Osteoartrite 1
Artrose/Osteoartrite
Status Reumato
Assign
Introdução - Caso típico de Artrose
ID: MAR, feminino, branca, 62 anos, do lar
QP “dor nas juntas”
HDA: Ha 6 meses inicio do quadro clínico com dores articulares, principalmente 
articulações das mãos interfalangianas distais (piora da dor pela manha) e 
posteriormente joelho direito. Notou que o joelho direito esta aumentado com dor e 
calor no local e a dor piora ao sair da posição de repouso para os primeiros 
movimentos.
Exame geral: Beg, obesa (imc de 34), acv e abdome sem alterações, MMII com edema 
bilateral ++/6.
Exame articular: Artralgia de IFDs bilateralmente a digitopressão, com nodulações na 
terceira falange distal da mão direita e segunda da mão esquerda. Joelho direito 
aumentado, calor local, sem rubor, creptações ao movimento de flexão com limitação. 
Restante do exame articular normal.
Nota: Os objetivos da reumato são
Diagnosticar a doença
Pensar em diagnósticos diferenciais
Orientação adequada quanto aos exames complementares a serem solicitados
Orientação adequada quanto ao tratamento farmacológico e não farmacológico
Epidemiologia
A artrose é a doença articular mais frequente, acometende 20% da população 
mundial.
Artrose/Osteoartrite 2
Possui como fator principal a idade (acima de 50), por isso sua prevalencia 
aumenta com o aumento da idade.
Possui uma prevalencia maior em mulheres do que em homens.
Fisiopatologia e características
Antigamente, acreditava-se que a OA era apenas uma doença degenerativa, por 
isso era denominada artrose. Atualmente, sabe-se que existe um processo 
inflamatório e não somente um desgaste.
A artrose consiste em uma falencia articular completa, em que todas as estruturas 
da articulação são afetadas patologicamente e na maioria dos casos 
simultaneamente.
Para que esse quadro ocorra: Perda de cartilagem hialina inicial—> Reparação 
desordenada, que inclui o aumento da espessura e esclerose da placa óssea 
subcondral, crescimento excessivo de osteófitos nas margens articulares, além de 
distensão da capsula articular, sinovite e fraqueza dos músculos que cruzam a 
articulação acometida.
Além disso, ocorre um desequilíbrio entre a formação e a destruição da cartilagem 
hialina, em que prevalece a destruição. Como a cartilagem não é um tecido irrigado 
e a regeneração é difícil, a doença é favorecida.
Artrose/Osteoartrite 3
As etapas para instalação da doença são:
1. Lesão inicial dos condrócitos a partir de mecanismos genéticos e bioquímicos
2. Proliferação de condrócitos e liberação de mediadores inflamatórios (IL-1, TNF, 
metaloproteinases e agrecanases, que são enzimas de degradação), remodelando 
a matriz cartilaginosa e iniciando o processo inflamatório da membrana sinovial 
(sinovite) e do osso subcondral
Artrose/Osteoartrite 4
3. Lesões repetitivas (inflamação cronica) levam a perda acentuada da cartilagem 
(redução do espaço articular) por apoptose de condrócitos e alterações extensas 
no osso subcondral (exposição do osso esponjoso, dando origem a esclerose, 
cistos subcondrais e osteófitos, em uma tentativa anomala de regeneração óssea).
Nota: Fatores tissulantes inibidores de MMP: TIMP
Artrose/Osteoartrite 5
Artrose/Osteoartrite 6
Fatores de risco
Estão associados a vulnerabilidade articular e a aplicação de sobrecarga na 
articulação
1. Idade: O envelhecimento aumenta a vulnerabilidade articular por meio de vários 
mecanismos, como: a) menor síntese de matriz na cartilagem articular, fazendo 
com que a cartilagem fique mais fina; b) protetores articulares falham mais com o 
envelhecimento; c) fraqueza muscular; d) os impulsos dos nervos sensoriais 
tornam-se mais lentos, retardando o feedback dos mecanorreceptores para 
músculos e tendões; e) os ligamentos se distendem mais, tornando-se menos 
capazes de absorver os impulsos. Esses fatores todos atuam simultaneamente.
Artrose/Osteoartrite 7
2. Sexo feminino: mulheres acima dos 60
3. Genética
4. Obesidade: A obesidade atua principalmente por meio da aplicação de cargas 
maiores nas articulações responsáveis pela sustentação do peso corporal, 
principalmente joelho e quadril. Entretanto, também pode haver acometimento de 
mãos, sugerindo mecanismos metabólicos envolvidos, como a liberação de leptina, 
que favorece a inflamação.
5. Instabilidade articular: Joelhos varos (pernas arqueadas, risco para perda de 
cartilagem no compartimento medial do joelho e joelhos valgos (risco para perda de 
cartilagem no compartimento lateral do joelho).
6. Doença articular prévia: Anormalidades congenitas nas articulações, lesões 
articulares, principalmente: traumas, lacerações de estruturas ligamentares e 
fibrocartilaginosas
7. Traumas
8. Uso repetido da articulação: Associado a risco ocupacional ou prática de exercícios 
físicos
Manifestações clínicas
As articulações mais acometidas são joelhos, coluna cervical e lombar, quadril e 
mãos (principalmente IFPS, IFDS e primeiro carpo MTC)
É uma doença incidiosa com início gradual dos sintomas após 50 anos de idade. 
A dor e a rigidez são os sintomas mais presentes e precoces
Características da dor:
Artrose/Osteoartrite 8
Dor profunda
Piora com uso da articulação
Presença de creptações e rigidez matina (rápida) com limitação da amplitude dos 
movimentos
Desencadeada por excesso de uso da articulação e em seguida desaparece de 
maneira gradativa
Inicialmente a dor é episódica e a medida que a doença progride a dor torna-se 
contínua e começa a incomodar o paciente, até mesmo durante a noite
Nota: A cartilagem articular não é inervada, por isso nao gera dor. A dor da artrose tem 
origem nas estruturas adjacentes a cartilagem, principalmente a sinóvia, os ligamentos, 
a capsula articular, os músculos e os ossos subcondrais.
Nota 2: Na fase aguda da doença (ou fase ativa) pode haver edema decorrente de um 
derrame sinovial, acompanhado de dor intensa
Nas mãos são comuns os Nódulos de Heberden (interfalangeana distal) e os 
nódulos de Bouchard (interfalangeana proximal).
É importante lembrar que na artrose existem diversas fases clínicas, um paciente 
pode chegar no consultório com uma articulação inchada, mas sem derrame 
articular, sem gerar processo inflamatório exuberante. Entretanto, esse mesmo 
paciente pode voltar ao consultório meses depois e estar com a articulação 
inchada, quente e vermelha, com derrame articular. Nessa segunda fase, tem-se a 
agudização da doença, em que o processo inflamatório encontra-se intenso.
Nota: Diferentemente da artrite reumatóide, na artrose a sinovite é menos intensa que 
as lesões da cartilagem articular, bem mais proeminentes.
Artrose/Osteoartrite 9
Artrose/Osteoartrite 10
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado com raio x em casos de duvida
No exame físico, podemos encontrar: aumento de volume (edema), dor, 
deformidades e creptações.
Os sinais radiológicos são:
Redução do espaço articular
Esclerose do osso subcondral (aumento da densidade, ficando mais branco)
Cistos ósseos (cavidades no osso subcondral)
Osteófitos (bico de papagaio - novas formações ósseas)
Artrose/Osteoartrite 11
Artrose/Osteoartrite 12
Artrose/Osteoartrite 13
Tratamento
Como a artrose é uma doença que não tem cura, o objetivo do tratamento é evitar a 
progressão da moléstia e reduzir os sintomas da fase de agudização, principalmente a 
dor e a perda de função física. Por isso, damos mta enfase no tratamento não 
farmacológico, que consiste em:
Artrose/Osteoartrite 14
Redução do peso
Correção postural
Uso de sapatos adequados (tenis ou sapatos de base larga como plataformas, 
evitando saltos e rasteirinhas)
Exercício físico para fortalecer músculos periarticulares e melhora do 
condicionamento físico aeróbico, preferencialmente com exercícios físicos de baixo 
impacto, como hidroginástica.
Fisioterapia
Compressas frias para reduzir o processo inflamatório
Objetos de sustentação como muletas e objetos de correção de desalinhamento 
como órteses e palmilhas
Evitaratividades de sobercarga as articulações durante as tarefas diárias
Meios físicos locais (calor ou gelo)
Tratamento farmacológico
É iniciado sempre com analgésicos, sendo o paracetamol o principal. Para muitos 
pacientes é suficiente para controlar os sintomas de fase aguda. O recomendado é 
dose até 1mg, 3x ao dia.
AINEs: Fármacos de segunda escolha devido a possibilidade de lesão no TGI e 
lesão renal, por isso devemos ter cuidado com os idosos. Inicialmente utiliza-se 
apenas se necessário. Se o paciente fizer uso cronico deve-se associar um protetor 
gastrico (omeprazol ou pantoprazol). Os mais utilizados são o ibuprofeno, 
diclofenaco e naproxeno. São contraindicados para pacientes com insuficiencia 
renal e doenças pépticas. Pode-se utilizar AINEs por via oral e tópica.
Opióides: Codeína e Tramadol são os mais utilizados, quando as outras classes 
não aliviarem as dores. Aumentam o risco de queda, devido a vertigem e por isso 
devem ficar reservados.
Duloxetina: Farmaco da classe dos IRSN, que auxiliam no controle da dor e 
também em casos de depressão.
Artrose/Osteoartrite 15
Glicocorticóides: Utilizados em pacientes com insuficiencia renal, seu uso pode ser 
feito por via oral durante 3-7 dias (tempo curto) ou por injeções intra-articulares.
Drogas modificadoras da doenças (farmacos de ação lenta): Infiltração de ac 
hialúronico, viscossuplementação, glicosamina, condroitina e antimaláricos. Esse é 
um tratamento controverso, sem evidencia clinica forte de eficácia.
Tratamento cirúrgico
Quando as terapias clínicas falham e o paciente apresenta redução inaceitável de 
sua qualidade de vida, assim como dor e incapacitação persistente, pelo menos 
para a artrose de joelho e quadril, indica-se uma prótese total da articulação 
(artroplastia)
Outra cirurgia é a osteotomia, que permite modificar o eixo da perna, sendo 
utilizada para tratar lesões de cartilagem, lesões de ligamento e para pessoas com 
desgaste (artrose na interna do joelho).
Nota: O acometimento da primeira articulação carpo/metacarpiana (articulação do 
polegar) é frequente na artrose, sendo chamada nesse caso de Rizartrose 
Artrose/Osteoartrite 16

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