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Corpo e personalidade

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Prévia do material em texto

Corpo e Personalidade
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem, veremos como a tomada de consciência do próprio corpo cont
ribui para a formação da personalidade na criança. De acordo com alguns autores é com o corpo 
que a criança elabora as suas experiências vitais e organiza a sua personalidade. Vamos ver com
o isso funciona? 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os aspectos do desenvolvimento corporal.•
Explicar o que significa a organização da personalidade.•
Relacionar o desenvolvimento do corpo com a organização da personalidade.•
DESAFIO
De acordo com Julian de Ajuriaguerra, médico de origem basca, formado na França e radicado d
urante muito tempo na Suíça, mundialmente reconhecido pelos seus trabalhos no âmbito da neur
ofisiologia, da neuropatologia e, fundamentalmente, no campo que interessa mais à teoria da psi
comotricidade, a criança é o seu corpo. A evolução da criança é sinônimo de consciencialização 
e de conhecimento cada vez mais profundos do seu corpo, ou seja, do seu eu total. É com o corp
o, diz-nos este autor, que a criança elabora todas as suas experiências vitais e organiza a sua pers
onalidade única, total e evolutiva. Com base nesta premissa, pense em atividades para o desenvo
lvimento da corporeidade e expressão de crianças do Berçário I. Você deverá listar três atividade
s e explicar de que forma cada uma delas contribui para o desenvolvimento infantil. 
INFOGRÁFICO
O indivíduo constrói a imagem do corpo a partir de diferentes esferas: esfera fisiológica, esfera s
ociológica e esfera libidinal. Na esfera fisiológica são considerados desde os alicerces da atitude 
(postura bípede) até a história corporal do indivíduo (experiências anteriores armazenadas). Na e
sfera libidinal são consideradas as concepções freudianas da personalidade. E, por fim, na esfera 
sociológica ou social, o corpo surge como o instrumento de relação e interação com o outro. O c
onjunto destas três esferas equivale à imagem do corpo.
CONTEÚDO DO LIVRO
No livro Desenvolvimento Psicomotor a Aprendizagem, de Vitor da Fonseca, são apresentadas d
iferentes noções sobre a psicomotricidade e as suas relações com a aprendizagem. O autor reúne 
estudos de autores europeus, norte-americanos e russos, dando uma importante contribuição par
a a compreensão do desenvolvimento psicomotor na criança. Confira o trecho a seguir em que el
e discorre sobre a formação da personalidade e as controvérsias existentes em relação ao tema.
Boa leitura.
Vitor da Fonseca
Desenvolvimento 
Psicomotor 
e Aprendizagem
F676d Fonseca, Vitor da.
 Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem [recurso
eletrônico] / Vitor da Fonseca. – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre : Artmed, 2008.
 Editado também como livro impresso em 2008.
 ISBN 978-85-363-1402-0
1. Psicomotricidade. I. Título.
 CDU 159.943
Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto – CRB 10/1023.
104 Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem
CORPO E PERSONALIDADE
Julian de Ajuriaguerra, médico de origem
basca, formado na França e radicado durante
muito tempo na Suíça, é mundialmente reconhe-
cido pelos seus trabalhos no âmbito da neuro-
fisiologia, da neuropatologia e, fundamental-
mente, no campo que interessa mais à teoria da
psicomotricidade, ou seja, o da neuropsiquiatria
infantil. Sua obra é de tal extensão e profundi-
dade que naturalmente se torna impossível tratá-
la, ou mesmo só apresentá-la, em um livro de
sensibilização à problemática do desenvolvimen-
to psicomotor e da aprendizagem, como é o caso.
No entanto, não posso adiar por mais tempo uma
primeira abordagem à perspectiva multifacetada
deste autor, que permite, por si só, completar e
concretizar um sentido multi e transdisciplinar,
que entendo ser hoje indispensável a todos os
especialistas em desenvolvimento humano (pais,
inclusive) quando, principalmente, está em ques-
tão o estudo, a compreensão, a caracterização e
a intervenção sobre a personalidade total, intei-
ra, completa e evolutiva da criança e do jovem.
Nessa perspectiva, considero este autor como
essencial, e o seu conhecimento, inadiável, em
especial para a compreensão da importância da
neuropsicologia da motricidade e da gênese do
corpo na formação integral das crianças e dos
jovens na sociedade atual.
Claro que a interpretação de uma obra cientí-
fica tão valiosa como é a de Ajuriaguerra implica-
rá correr riscos – por um lado, o risco do recurso a
determinados pressupostos complexos e, por ou-
tro, o artifício léxico-visual na apresentação dos
vários temas. Tentarei, no entanto, atenuar tais
inconvenientes salvaguardando ao máximo o ri-
gor científico com que Ajuriaguerra construiu as
suas obras de primeira importância para a psico-
motricidade. Ao leitor e educador estudioso com-
petirá, assim o espero, aprofundar qualquer des-
tas noções em um estudo mais completo e exaus-
tivo da bibliografia relevante deste autor.
Para Ajuriaguerra (Ajuriaguerra, 1956, 1961,
1962, 1972a, 1974, 1976, 1978, 1980, 1981; Aju-
riaguerra e Angelergues, 1962), a evolução da
criança é sinônimo de consciencialização e de co-
nhecimento cada vez mais profundos do seu cor-
po, ou seja, do seu eu total. É com o corpo, diz-
nos este autor, que a criança elabora todas as suas
experiências vitais e organiza a sua personalida-
de única, total e evolutiva. Esta perspectiva, que
constitui indubitavelmente um contributo ori-
ginal para a compreensão da evolução da crian-
ça e do jovem no plano científico, tem, por isso
mesmo, encontrado resistências de várias ordens,
principalmente filosóficas e até culturais.
Claro que a tais dificuldades e resistências
não será estranha, por um lado, a já clássica e
tradicional separação entre o homem e o am-
biente, isto é, dos vários ecossistemas, e, por
outro, o famoso dualismo teológico e cartesiano
corpo-espírito, tão enraizado nos mais varia-
dos campos do conhecimento e do pensamen-
to humano. Nesta perspectiva mecanicista, que
nunca é demais desmistificar, o corpo foi carac-
terizado e considerado como uma massa e um
físico, constituído por um conjunto de ossos e
de articulações “empilhados” de baixo para
A CRIANÇA É O SEU CORPO:
introdução à obra de Ajuriaguerra3
105Vitor da Fonseca
cima em um esqueleto de vísceras e de múscu-
los revestido e envolvido por pele e pêlos.
Daí ter sido fácil e freqüente ter-se caído e
continuar-se a cair na alienação do corpo, quer
no trabalho, quer no esporte, quer na arte, quer
na educação, quer em outra atividade qualquer.
O corpo surge, então, como uma ferramenta
de produção ou máquina industrial, que, racio-
nalizada ao extremo, adquire um potencial de
alto rendimento, transforma-se em um recor-
de ou em um mister ou miss mundo qualquer!
A CRIANÇA É O SEU CORPO
A obra de Ajuriaguerra (1948, 1962, 1972a,
1974, 1980) é, pois, um grito de alarme contra
tal perspectiva fácil, vulgar, mediática e simplista,
colocando, ao contrário, o corpo em uma dimen-
são antropológica e ontológica de grande am-
plitude, isto é, “a criança é o seu corpo”.
Claro que não é Ajuriaguerra o primeiro e
único autor a preocupar-se com a problemática
do corpo. Basta que recordemos a preocupação
que sempre o corpo constituiu, desde o cristianis-
mo, passando pelo hinduísmo ou pelo budismo,
por exemplo. Podemos mesmo, ainda, recuar
mais no tempo e recordar, muito sincretica-
mente, com Hanna (1970), como o corpo já fora
preocupação de Aristóteles e dos filósofos tomis-
tas. Também os filósofos somáticos, como Des-
cartes, Kant, Kierkegaard e outros, encontraram
no corpo um objeto de estudo e de reflexão. Des-
cartes, por exemplo, reduz o corpo a um objeto,
“fragmento do espaço visível e mensurável”.
Só com Rousseau, por um lado, e Nietzche,
por outro, esta noção é profundamente abalada
e desmistificada, ao ponto de, mais tarde, o
fenomenologismo (Merleau-Ponty, 1967,1969;
Husserl, 1985, 1992; Heidegger, 1958, 1986;
Henry, 1965; Buytendijk, 1952, 1957, 1967;
Bergson, 1913), o existencialismo (Sartre, 1939)
e alguns filósofos (de Biran, 1932, Chirpaz, 1969,
Hanna, 1970) terem colocado esta análise filo-
sófica em uma visão epifenomenológica.
O CORPO COMO MATERIALIZAÇÃO DA HUMANIZAÇÃO
Claro que não me compete aqui e agora fazer
um estudo comparativo e polêmico das várias
perspectivas de ver, ser e estar com o corpo. Tam-
pouco aproveitarei este capítulo para lançar mi-
nha própria perspectiva e linha de investigação.
No entanto, e antes de passar ao corpo proposto
por Ajuriaguerra (1978, 1980, 1981), não quero
deixar de registrar que, para mim, o estudo do
corpo é, no mínimo, o estudo do ser humano na
sua dimensão ontológica, e que a humanização
do corpo é, pelo menos, a materialização do seu
percurso evolutivo.
De qualquer forma, foi só após as especula-
ções filosóficas sobre o corpo do século XIX que,
no século XX, este se tornou efetivamente objeto
e sujeito de um estudo mais profundo, sistemáti-
co e experimental. Primeiro, pelos neurologistas,
para compreenderem o funcionamento do cére-
bro e da sua patologia (Head, 1911, 1937; Foester,
1931; Pick, 1973; Goldstein, 1983; Wernicke, Von
Bogaert, citados por Ajuriaguerra e Hécaen, 1964,
etc.). Depois, pelos psicólogos (Wallon, 1969,
1970; Piaget, 1973, 1976; Gesell, 1949, 1962;
Vygotsky, 1962, 1978; Leontiev, 1969, 1975, 1978;
etc.) e pelos psicanalistas (Freud, 1962, 1968;
Schilder, 1968; Klein, 1972, 1966; etc.), para com-
preenderem a evolução da personalidade da
criança e do jovem e as suas perturbações.
CONCEPÇÕES SOBRE A IMAGEM DO CORPO
É, pois, dentro deste pressuposto que desejo
apresentar, embora muito resumidamente, algu-
mas das concepções que Ajuriaguerra (1962,
1972, 1974), Ajuriaguerra e Hécaen (1964), Aju-
riaguerra e Marcelli (1984), Angellergues (1964),
Damásio (1999, 2003), Bermúdez e colaboradores
(1998), Campbell (1970), Benton (1979), Bergès
e Lezine (1963), Bender e colaboradores (1952),
Bors (1951) e Charcot (1888) apresentam sobre
o estudo do corpo. Antes, porém, de me adiantar
um pouco mais nos conceitos de Ajuriaguerra,
parece-me oportuno, a fim de atenuar um pouco
as possíveis defasagens terminológicas em rela-
ção a este assunto, reunir em um pequeno qua-
dro comparativo várias expressões equivalentes
no seu conteúdo e fundamento neurofisiológico,
situando-as analogicamente entre si e a expres-
são somatognosia (gnosia, reconhecimento do
soma, do corpo), introduzida por Ajuriaguerra.
106 Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem
De todas estas noções, porém, destacarei
apenas as necessárias para um breve estudo
comparativo e complementar dos trabalhos
deste autor:
1. esquema corporal, por ser a mais ha-
bitual, e por se situar em um plano mais
neurofuncional, envolvendo a integra-
ção neurológica de posturas e de progra-
mas motores em interação com a per-
cepção espacial de objetos, pois se trata
de um subsistema necessário à realiza-
ção da ação;
2. imagem do corpo: por ser a expressão ori-
ginal de Schilder (1968), autor que, no
dizer do próprio Ajuriaguerra, foi o psica-
nalista clássico que mais atenção dedi-
cou aos estudos sobre o corpo e, por isso,
mais o influenciou. Trata-se de uma ex-
pressão mais enfocada na abstração e na
representação inconsciente e consciente
do corpo, envolvendo a autopercepção, o
autoconceito conceitualizado, a própria
noção do eu – o denominado self, o sujei-
to de emoções vividas e integradas, a ati-
tude, isto é, o componente principal do
processo intencional;
3. membro fantasma: por revelar a per-
sistência alucinatória, a ilusão dolorosa
e a representação mental de um mem-
bro ou de membros ausentes ou dese-
nervados que o sujeito amputado expe-
rimenta após situação traumática;
4. anosognosia: desconhecimento ou ne-
gligência de membros hemiplégicos de-
vidos a lesão hemisférica;
5. somatognosia: por ser a noção criada e
proposta pelo próprio Ajuriaguerra, que
consubstancia a ontogênese psicomotora
e da aprendizagem.
Noção de esquema corporal e de imagem do corpo
A noção de esquema corporal é considerada
por vários autores, entre os quais destaco Schilder
(1968), como uma noção de âmbito neurofisioló-
gico, que pode ser entendida como a imagem
mental do corpo registrada no âmbito cerebral,
mais exatamente no âmbito parietal, em função
da integração das percepções e da elaboração das
respectivas praxias. Tal noção, talvez a mais usa-
da entre nós, tem, no entanto, o grande incon-
veniente de o termo “esquema” não traduzir a
noção de plasticidade e de disponibilidade que
este conceito contém.
A imagem do corpo, por sua vez, segundo
Schilder, expressa uma relação permanente
com a história psicomotora (motora, afetiva e
ESQUEMA POSTURAL
ESQUEMA
IMAGEM DE SI
SOMATOPSÍQUICO
IMAGEM DO EU CORPORAL
IMAGEM DO CORPO
NOÇÃO DO CORPO
IMAGEM ESPACIAL DO CORPO
IMAGEM DO NOSSO CORPO
ANOSOGNOSIA
AGNOSIA DIGITAL
ILUSÃO DO MEMBRO FANTASMA DO AMPUTADO
Head
Bonnier
Van Bogaert
Janet
Merleau-Ponty
Schilder
Ribot
Picq
Lhermitte
Babinski
Gertsman
Weir Mitchel
107Vitor da Fonseca
cognitiva) do indivíduo, estruturando-se e rees-
truturando-se continuamente, através da inter-
relação e da interação integrada das seguintes
esferas do comportamento humano:
chamado diálogo corporal entre a mãe e o re-
cém-nascido, e para Piaget, na imitação inteli-
gente da criança (Gantheret, 1961).
Em suma, pode-se dizer que, para além da
importância que tem para a descoberta do nosso
corpo, para a sua experiência anterior e para as
tendências libidinais que os outros exercem so-
bre nós, e vice-versa, o corpo não é apenas um
instrumento de construção e de ação, mas tam-
bém o meio concreto e último de comunicação
social. É nesse contexto que inúmeras pesqui-
sas sobre a comunicação não-verbal têm sido
desenvolvidas (Harlow, 1958; Argyle, 1975;
Bergés, 1967; Buytendijk, 1967; Campbell,
1970; Chirpaz, 1969; Corraze, 1980; Dolto,
1957, 1984; Descamps, 1986; Fauché, 1993;
Knap, 1972; Hall, 1986, 1994).
A ilusão do membro fantasma
no amputado
A ilusão do membro fantasma no amputa-
do traduz a persistência no indivíduo da cons-
ciência do corpo na sua totalidade, independen-
temente da subtração ou da diminuição anatô-
mica ou física ocorrida ou existente.
O membro fantasma é designado em Ajuria-
guerra (1974), Ajuriaguerra e Hécaen (1952,
1964) e em outros autores, como Alvim (1962),
Angelergues (1964), Babinski (1914), Bors
(1951) Benton (1979), Fere (1891), Foerster
(1931), Fisher e Cleveland (1968), Fonseca
(1974c, 1977c, 1985, 1991, 1992, 2001), Fonse-
ca e Mendes (1990), Fonseca e Martins (2001),
Gantheret (1961), Gerstmann (1927), Lhermitte
(1939), Lowghi (1939), Pick (1973), Margoulis
e Tournay (1963), Meyer (1982), Montagu
(1979), Quesne (1969), Reinhardt (1990),
Schilder (1968) e Wallon (1954), como o resí-
duo cinestésico do membro (ou parte do corpo)
anatomicamente ausente.
De fato, o corpo encontra-se mentalmente
representado nas áreas motoras e sensitivo-
somáticas do córtex humano (área 4 e áreas 1,
2, 3 de Broadman, respectivamente).
Como a cada área motora corresponde fun-
cionalmente uma área sensitiva concomitante,
ESFERA
FISIOLÓGICA
ESFERA
LIBIDINAL
ESFERA
SOCIOLÓGICA
IMAGEM DO CORPO
Na esfera fisiológica, Schilder considera as
relações entre a psicotonia e a visuocinesiologia,
referindo-se aos alicerces da atitude (postura
bípede), ao papel da dor e à história corporal
do indivíduo, isto é, à sua experiência anterior
armazenada.
Na esfera libidinal, o autor recua às concep-
ções freudianas da personalidade, inter-relacio-
nando as interferências sensoriais, erógenas e
libidinais, em uma síntese integrada das relações
entre o corpo e o mundo, dando ênfase à expres-
são “o corpo incorpora o mundo”. É neste equilí-
brio em comunicação que, segundo este autor, se
organizaa estrutura individual da personalidade.
Na esfera social (ou sociológica), Schilder
equaciona toda a fenomenologia do investimen-
to corporal na relação e inter-relação social, isto
é, o corpo surge como o instrumento de relação
e interação com o outro.
Note-se como no âmbito desta última esfe-
ra e em uma perspectiva já interdisciplinar, para
Schilder, a imagem do corpo tem origem na
imagem do corpo dos outros; para Wallon, no
108 Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem
Braço
Tronco
Cerebelo
PescoçoCotovelo
Antebraço
Punho
Mão
Mínimo
Anelar
Máximo
Indicador
Polegar
Olho
Nariz
Cara
Lábio superior
Lábios
Lábio inferior
Dentes, gengivas e maxilar
Língua
Faringe
Intra-abdominal
HOMÚNCULO SENSORIAL
CÓRTEX SOMÁTICO-SENSORIAL
Cabeça
Ombro
Tronco
Perna
Pé
Anca
Joelho
Clavícula
Dedos do pé
Espádua
Ombro
Cotovelo
Punho
Mão
Mínimo
Anelar
Máximo
Indicador
Polegar
Pescoço
Fronte
Pálpebra e pupila
Cara
Lábios
Vocalização
Maxilar
Língua
Deglutição
Salivação
Mastigação
HOMÚNCULO MOTOR
CÓRTEX MOTOR
109Vitor da Fonseca
a ausência súbita de qualquer parte do corpo
corresponde, sem dúvida, a uma ausência ana-
tômica das respectivas inervações sensitivo-
motoras, mas, paradoxalmente, na condição de
membro fantasma, permanece uma “ilusão”
mental (sentida, interiorizada e posicionada) do
membro amputado, isto é, o sujeito amputado
continua a sentir no coto o membro mutilado
através da respectiva representação, não só de
ordem cinestésica, como também, inclusive, de
ordem emocional e simbólica (Azcoaga et al.,
1983; Bour, 1971; Bourret e Louis, 1983; Bergés
e Lezine, 1963; Challey-Bert e Plast, 1973;
Chalmers et al., 1971; Chauchard, 1963, 1967;
Changeux, 1983; Delgado, 1971; Feldenkrais,
1971; Fulton, 1955; Gardner, 1968; Gatz, 1970;
Grant, 1955, 1977; Gross e Zeigler, 1969;
Hécaen, 1972, 1975; Lashley, 1929; Lezak, 1976;
Morin, 1969; Pribram, 1960, 1973; Rasch e
Burke, 1974; Russel, 1975; Sanides, 1966;
Sarnat e Netsky, 1981).
A somatognosia
Sendo a noção de somatognosia proposta
por Ajuriaguerra (1956, 1974, 1978), Ajuria-
guerra e Thomas (1948), Ajuriaguerra e Hécaen
(1952, 1964), Ajuriaguerra e Angellergues
(1962), Ajuriaguerra, Diatkine e Badaraco
(1956), ela é entendida por Ajuriaguerra como
a tomada de consciência do corpo na sua tota-
lidade e respectivas partes, intimamente liga-
das e inter-relacionadas com a evolução dos
movimentos intencionais, isto é, a tomada de
consciência do corpo como realidade vivida e
convivida.
ÁREAS MOTORAS E SENSITIVOMOTORAS NO SER HUMANO
Área
 sup
leme
ntar
Moto
ra Sensitiva
Área
rolândica
motora
Área
sensitiva
secundária
Área
rolândica
sensitiva
Fac
e m
em
bro
 su
p.
Me
mb
ro 
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Ínsu
la
Tronco cerebral
F
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e
M
e
m
b
ro
S
u
p
.
M
e
m
b
ro
in
f.
110 Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem
Os dados experimentais permitem, entretan-
to, revelar vários componentes da somatognosia:
Somatognosia
Corpo
Aspecto motor
Ação
Praxias
Dados
proprioceptivos
Conhecimento
(Noção)
Aspecto psíquico
Representação
Gnosias
Dados
exteroceptivos
Totalidade psicomotora
da criança
S
O
C
IA
L
L
IB
ID
IN
A
L
TÁTIL
V
E
S
T
IB
U
L
A
R
V
IS
U
A
L
CINESTÉSICA
COMPONENTES
DA SOMATOGNOSIA
Repare-se, pois, como a noção de corpo, em
Ajuriaguerra (1961, 1976), Ajuriaguerra e Sou-
biran (1962), Ajuriaguerra e Marcelli (1984) e
Ajuriaguerra e colaboradores (1956), equivale
à noção de veículo de adesão ao mundo, de en-
velope e fronteira da existência humana e de
infra-estrutura da personalidade. É, de certa
forma, uma síntese de dois dos parâmetros
apresentados por Schilder (1968).
De fato, e como já mencionei resumidamen-
te, a concepção deste autor recorre, em primeiro
lugar, à noção de esquema corporal (de âmbito
mais fisiológico), entendida como a integração
das percepções e da elaboração das respectivas
praxias e, em segundo, à noção de imagem do
corpo (de âmbito mais psicológico), entendida
como fator de relação inter-pessoal, cuja ima-
gem resulta da oposição em comunicação entre
a singularidade do sujeito e a universalidade da
pessoa. Entre ambas as noções, como é óbvio,
torna-se difícil desenhar fronteiras nítidas, dada
a natureza psicofisiológica total e evolutiva do
ser humano.
Antes, porém, de passar, agora com outro de-
senvolvimento, à concepção neurofisiológica e
neuropsicológica da imagem do corpo apresen-
tada por Ajuriaguerra (1974) e Ajuriaguerra e
Hécaen (1952), farei breves considerações pes-
111Vitor da Fonseca
soais sobre este assunto. Assim, pensamos que
este problema da imagem do corpo é, no fundo,
um problema que se situa na sempre e uni-
versalmente controversa questão de conceber e
de definir a consciência: terá a consciência uma
base material e corporal ou não? Que dizer dos
múltiplos e variados estudos e investigações
neurofisiológicas efetuadas não só sobre o mem-
bro fantasma nos amputados, mas também so-
bre as paralisias cerebrais, as lesões cerebrais e
as várias e multifacetadas psicopatologias?
Minha concepção de imagem do corpo com-
preende, principalmente, uma noção de unida-
de sensório-cinestésica em constante modulação
com as circunstâncias do meio ambiente. Esta
noção pretende, pois, realçar, como em Damásio
(2003, 1999, 1994), que a noção do nosso corpo
é não só uma estrutura sensorial e cinestésica
registrada e integrada no cérebro, mas também,
e simultaneamente, uma estrutura funcional in-
dispensável a todas as condutas. Em síntese,
compreende um “sentimento” que se possui do
nosso corpo, do nosso espaço existencial e, por
isso, também do nosso espaço material.
Parece, assim, não haver dúvidas de que o
sentir se encontra mais ou menos identificado
com o agir do corpo. Por este meio, o cérebro
recebe, organiza e sente as informações do mun-
do exterior, e a partir delas comanda as ações
intencionais (Paollard, 1961, 1980). Reflita-se,
no entanto, antes de se passar imediatamente à
concepção neurofisiológica, como a imagem do
corpo, apresentada por Bonnier, em 1893, já era
considerada como uma representação espacial,
constante e figurativa, de relação com o mundo
exterior.
Concepção neurofisiológica
da imagem do corpo
Uma vez mais insisto que, em minha opi-
nião, a compreensão do desenvolvimento
psicomotor e da ontogênese da imagem do cor-
po tem as suas repercussões, diretas e indiretas,
no desenvolvimento da personalidade e no po-
tencial de aprendizagem (Launay e Vanhove,
1949; Thomas e Ajuriaguerra, 1949; Thomas e
Autgaerden, 1963a, 1963b; Widlocher, 1969;
Richel, 1972). Ambos exigem um conhecimen-
to e um fundamento neurofisiológico e neuropsi-
cológico sem o qual nos escaparão, bem como a
qualquer educador ou terapeuta, não só os da-
dos corretos da evolução da criança e do jovem,
como também, o que não é menos importante,
os limites dos casos a considerar, como desviantes
ou atípicos, paranormais, parapatológicos ou
mesmo patológicos e portadores de qualquer tipo
de deficiência.
De fato, penso, e já o disse logo de início,
que o educador poderá obter mais êxito na
aprendizagem, ou pelo menos não registrar tan-
tos insucessos, se levar em conta, por um lado,
a noção evolutiva e sistêmica da imagem do
corpo da criança e do jovem, e por outro, a no-
ção da sua disontogênese (Vygotsky, 1993).
Nesse sentido, e independentemente de mui-
tas outras noções dispersas por vários autores,
algumas das quais foram já levantadas na in-
trodução deste capítulo, parece-me oportuno
completar um pouco mais e desenvolver algu-
mas das noções neuropsicológicas propostas por
Ajuriaguerra (Ajuriaguerra, 1961; Ajuriaguerra
et al., 1955, 1960, 1962, 1964), primeiro, por-
que Ajuriaguerra é, sem dúvida alguma, um dos
autores que melhor reúne e aglutina os concei-
tos-chave para o conhecimento do corpo no de-
senvolvimento psicomotor e na aprendizagem,
todos eles, sublinhe-se, com evidência clínica e
experimental;segundo, porque estas noções são
essenciais, e por isso oportunas, não só para a
compreensão da importância da imagem do cor-
po de um modo geral, mas, principalmente, para
o respectivo estudo neurológico em relação ao
desenvolvimento psicomotor e às dificuldades,
perturbações ou transtornos de aprendizagem,
que já abordei em outras publicações (Fonseca,
1979, 1983, 1984, 1990, 1996, 2001).
Realmente, parece-me que só no âmbito da
concepção neurológica da imagem do corpo se
poderá compreender qual o papel essencial des-
te componente em todo o fenômeno da apren-
dizagem. É, pois, neste sentido que, para apro-
fundar este assunto, vou a seguir recorrer a Aju-
112 Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem
riaguerra. No entanto, aproveito esta ocasião
para apresentar, embora muito resumidamente,
um conjunto de noções e conceitos que, com a
respectiva terminologia, considero fundamentais
para ajudar na descoberta e no estudo deste neu-
rologista por parte de todos os educadores.
Porém, e antes ainda de entrar propriamente
no assunto, parece-me útil referir, como fez o pró-
prio Ajuriaguerra, os trabalhos realizados dentro
desta mesma ótica por Head, Lhermitte, Schilder,
Pick, Babinski, Van Bogaert, Gerstmann, Golds-
tein, Gueniot, Weir-Mitchel, Hécaen, etc., auto-
res que são naturalmente outras tantas fontes
de pesquisa e de consulta por parte dos especia-
listas mais curiosos e interessados.
Assim, a imagem do corpo é vista como a re-
sultante da relação entre o conjunto dos dados
interoceptivos, proprioceptivos, exteroceptivos,
isto é, as sensações, as percepções, os fantasmas,
as projeções, as memórias e as intenções motoras.
Esta resultante, no seu todo, representa e concre-
tiza o ajustamento, a precisão e a eficiência das
condutas humanas. Daí a importância, na minha
opinião, da perspectiva dos estudos de Ajuria-
guerra, uma vez que, à alteração de tais dados e
inter-relações, naturalmente irá corresponder um
desajustamento dos comportamentos e, por isso,
o que poderíamos designar como uma patologia
da conduta – e por que não uma patologia da
aprendizagem? –, pois o estudo das incapacida-
des de aprendizagem (como, por exemplo, das
agnosias, das afasias, das assomatognosias, das
apraxias, etc.) é uma pedra angular do estudo
das dificuldades de aprendizagem.
A observação das variadas e diferentes de-
sintegrações parapatológicas ou patológicas e ex-
perimentais da imagem do corpo pode, pois, le-
var-nos de forma mais abrangente e dinâmica
ao estudo do comportamento humano, ainda
mais que a imagem do corpo é simultaneamen-
te uma estrutura de conjunto e revela intrinse-
camente, de forma coibida, seqüencializada e
interdependente, uma unidade estrutural.
É interessante assinalar aqui como Ajuria-
guerra fundamenta tal afirmação baseando-se
no estudo e na observação do fenômeno do
membro fantasma. Realmente, segundo este au-
tor, a ilusão do membro fantasma no indivíduo
amputado (noção que já situei antes no seu con-
teúdo) é a confirmação mais evidente do papel
do conhecimento e do sentimento do corpo na
formação da personalidade humana. Note-se
que, à supressão dos membros ou de qualquer
outra parte anatômica do corpo, o indivíduo si-
nistrado responde com uma representação men-
tal e uma sensação de volume e de localização
da zona do corpo perdida ou extirpada.
Mesmo sem o membro amputado, o indiví-
duo continua a senti-lo, não só nos seus movi-
mentos, como também nas suas relações com as
demais partes do corpo. Por quê? Somente por-
que o corpo está inserido e embutido na sua per-
sonalidade, é a própria personalidade, e é a ra-
zão da sua integridade (Pirisi, 1949; Onnis, 1996).
Esta observação clínica, confirmada em mi-
lhares de casos no pós-guerra e em acidentes
cotidianos de trabalho ou de trânsito, não só
mostra bem a unicidade coerente da imagem
do corpo como confirma a totalidade do ser hu-
mano. Não podemos, no entanto, ignorar, bem
pelo contrário, que a ausência anatômica de um
membro amputado, além de uma agressão real
à personalidade total do indivíduo sinistrado,
traz consigo ainda uma modificação do peso, do
volume, da densidade e da própria gravidade,
interferindo no controle postural e em todos os
aspectos da atitude. Em uma palavra, traz con-
sigo uma modificação dos próprios movimen-
tos de um modo geral, mas esta realidade não
impede, como vimos, que os movimentos sejam
sentidos como estados psíquicos concomitantes
e em perfeita e profunda co-relação (Fonseca,
1985, 1992) com os circuitos motores cerebrais
(corticais e subcorticais), que continuam a repre-
sentar os movimentos do membro amputado.
Ajuriaguerra e Hécaen (1955) confirmam e
fundamentam todas estas afirmações basean-
do-se, além de nas provas anteriores, nos traba-
lhos de Münzebrock e de Cronholm. Estes au-
tores, citados por Ajuriaguerra e Hécaen, desco-
briram em 122 casos de amputados (não só
fálicos, como de dentes, testículos, olhos, seios
e membros) a existência de 118 com membros
fantasmas (96,5%).
113Vitor da Fonseca
Repare-se já agora e a título complementar,
que Bors (1951), em outra investigação, demons-
trou que o fantasma dos membros ausentes é
mais intenso do que o fantasma dos membros
paralisados, o que, diga-se de passagem, em ter-
mos de aprendizagem é bastante significativo.
Aliás, todas estas evidências são ainda confir-
madas nas adaptações às próteses em indivíduos
amputados, abrindo novas perspectivas de
análise. Segundo Charcot (1888), existe mesmo
uma sensação de irritação dos nervos do coto,
”sentida” na imagem sensorial do membro
amputado. Ajuriaguerra, juntamente com outros
neurologistas (Fulton, 1955; Hebb, 1958, 1959,
1976; Gatz, 1970; Gardner, 1968; Granit, 1977),
equaciona os problemas de perturbação do mem-
bro fantasma, com síndromes assomatognósicas
cuja localização cerebral se situa preferencialmen-
te no lóbulo parietal.
Note-se como tudo isto, que já era impor-
tante e significativo como fundamento cientí-
fico para o desenvolvimento psicomotor e para
a aprendizagem, se reforça ainda mais ao veri-
ficar-se que as várias e diferentes síndromes
psicopatológicas cerebrais têm uma localiza-
ção funcional:
HEMISFÉRIO ESQUERDO
Agrafia
Acalculia e apraxia
(ideomotora e ideatória)
Alexia
Afasia motora
Afasia sensorial
Agnosia das cores
Agnosia dos objetos
HEMISFÉRIO DIREITO
Agnosia espacial
Apraxia do
vestuário
Agnosia da face
Apraxia construtiva
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra. 
DICA DO PROFESSOR
No vídeo a seguir veremos como se desenvolve a noção de imagem do corpo, compreendendo a 
relação entre a formação do corpo e a elaboração da personalidade.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
EXERCÍCIOS
1) A imagem do corpo, segundo Schilder (1968) apud Fonseca (2008), expressa uma rela
ção permanente com a história psicomotora (motora, afetiva e cognitiva) do indivídu
o, estruturando-se e reestruturando-se continuamente, através da inter-relação e da i
nteração integrada de algumas esferas do comportamento humano. Marque a alterna
tiva que apresenta essas esferas. 
A) 
Esfera libidinal, esfera social, esfera fisiológica.
B) 
Esfera sociológica, esfera biológica, esfera sociolinguística.
C) 
Esfera libidinosa, esfera sociológica, esfera psicológica.
D) 
Esfera psicológica, esfera neurológica, esfera sociológica.
E) 
Esfera físico-muscular, esfera neurológica, esfera psicológica.
2) Para a criança, é muito importante a descoberta do próprio corpo. Este não é apenas 
um instrumento de construção e de ação, mas também o meio concreto e último de co
municação social. Assim, no âmbito da esfera social e em uma perspectiva interdiscipl
inar onde ou quando tem origem a imagem do próprio corpo? 
A) 
Na imagem especular.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/1874bcd762e3589af9d0791f89779976B) 
A consciência corporal é inata.
C) 
No corpo dos outros
D) 
Nas brincadeiras individuais.
E) 
No início da marcha bípede.
3) O corpo encontra-se mentalmente representado nas áreas motoras e sensitivo-somáti
cas do córtex humano. Como a cada área motora corresponde funcionalmente uma á
rea sensitiva concomitante, a ausência súbita de qualquer parte do corpo correspond
e, sem dúvida, a uma ausência anatômica das respectivas inervações sensitivo-motora
s. Todavia o cérebro tende a não reconhecer essa ausência, criando uma "ilusão" me
ntal. Assim sendo, pode-se afirmar que esta ilusão é chamada de: 
A) 
Ilusão corporal.
B) 
Ilusão sensório-motora.
C) 
Ilusão fisiológica
D) 
Ilusão do membro fantasma do amputado.
E) 
Ilusão de ótica.
4) A noção de somatognosia, proposta por Ajuriaguerra, é entendida como a tomada de 
consciência do corpo na sua totalidade e respectivas partes, intimamente ligadas e int
er-relacionadas, ou seja, a realidade do corpo como realidade vivida e convivida. Que 
tipo de movimentos são considerados nessa tomada de consciência? 
A) 
Involuntários
B) 
Intencionais
C) 
Viscerais
D) 
Musculares
E) 
Aleatórios
5) A concepção de imagem do corpo, tomada por Ajuriaguerra, compreende, principal
mente, uma noção de unidade sensório-cinestésica em constante modulação com as ci
rcunstâncias do meio ambiente. Esta noção pretende, pois, realçar que a noção do nos
so corpo é não só uma estrutura sensorial e cinestésica registrada e integrada no cére
bro, mas também, e simultaneamente, uma estrutura funcional indispensável a todas 
as condutas. Assinale a alternativa que indica, de forma completa, o que o autor quer 
dizer quando afirma que a imagem do corpo corresponde a uma estrutura funcional. 
A) 
O corpo é uma estrutura dotada de funções e de "sentimentos".
B) 
O corpo é uma estrutura muscular esquelética.
C) 
O corpo possui uma dualidade corpo e alma.
D) 
O corpo é o espaço material utilizado pelo indivíduo.
E) 
O corpo possui um espaço existencial.
NA PRÁTICA
O cérebro humano tem a capacidade de receber, organizar e sentir as informações do mundo ext
erior e, a partir delas, comandar as ações intencionais. Veja.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
A nada santa alma freudiana
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Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
http://www.bsfreud.com/notAlmaFreudiana.html

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