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TRABALHANDO COM AS EMOÇÕES DAS CRIANÇAS dinamicas (1)

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TRABALHANDO COM AS EMOÇÕES DAS CRIANÇAS 
Trabalhar com os sentimentos envolve delicadeza e percepção por parte do educador. Não 
adianta falarmos se não colocarmos em prática aquilo que tanto pregamos. O professor é o 
espelho das crianças, que buscam imitar sua postura e gestos. 
É preciso estar atento, para ver o que precisa ser trabalhado. 
Com que emoções estamos lidando? 
Como fazer a criança reconhecer seus sentimentos? 
A criança está de luto, está triste, deprimida, agitada, ansiosa, enfim… é preciso muita 
atenção e paciência para perceber os sentimentos de cada um. 
Como criar uma escola acolhedora 
Dar carinho é só o começo. Você mostra que se importa com os alunos quando ouve o que 
eles sentem e valoriza as capacidades e os gostos de cada um. Assim, ajuda a formar pessoas 
mais felizes e cidadãos responsáveis 
Hoje em dia é assim: eu preciso, eu quero, eu vou. Cada vez mais a sociedade estimula 
crianças e adolescentes a ter atitudes individualistas, que passam bem longe da reflexão e da 
responsabilidade com o próximo. O jovem só se sensibiliza quando se sente parte de um 
grupo — a família, a turma da escola, a sociedade — e entende que, em cada um deles, sua 
presença e sua contribuição são importantes. 
Como a escola proporciona isso? 
Oferecendo ao aluno o direito de ser ouvido e compreendido. Os professores que trabalham 
dessa maneira dão ao estudante caminhos para reconhecer seus sentimentos, desde pequeno. 
Daí para que ele se torne responsável por suas atitudes é um pulo. Para que você crie esse 
ambiente acolhedor, é necessário entender o que é afetividade e por que ela é fundamental na 
formação de pessoas felizes, éticas, seguras e capazes de conviver com os outros e com o 
planeta. 
É preciso estimular a criança a dizer o que sente 
Imagine se um aluno de 5 anos chegasse um dia dizendo que queria falar com você e 
emendasse: ―Meus pais estão brigando muito. Acho que eles vão se separar e estou com 
medo. Por isso tenho batido nos meus colegas‖. Absurdo. Crianças dessa idade dificilmente 
têm essa capacidade de expressão. Muito menos os adolescentes. Falar de sentimentos é 
difícil, principalmente na falta de um ambiente propício, que dê segurança e proteção 
suficientes para expor dores, medos e incertezas. Se o professor estimula a criança a expressar 
o que sente, logo vê mudanças significativas no seu comportamento. 
Foi o que aconteceu com Daniel*, de 10 anos. Em 2004 ele foi matriculado na 4ª série do 
Colégio Ricaro, em São Paulo. Tinha dificuldades em fazer amigos e agia de forma bastante 
agressiva. Com muita paciência e conversa, a professora ganhou a confiança de Daniel, que 
passou a contar os problemas que tinha em casa. Aos poucos, ela descobriu que o garoto 
sentia muita falta da mãe, que via raramente. 
Sem estímulo para expressar sua carência, Daniel só sabia agredir. Ao encontrar a 
compreensão da professora, fez amizade com os colegas e passou a ver na escola uma aliada. 
―Pagar com a mesma moeda a agressividade de um aluno é pior. Trabalhamos muito com o 
Daniel para que, quando estivesse com raiva, não descontasse nos outros. Ele aprendeu a falar 
o que sentia‖, conta Sílvia Verônica Alkmin Piedade, coordenadora da escola. 
Todo esse cuidado, que parece ir além das obrigações do professor com o conteúdo, reflete no 
rendimento do aluno. Daniel, por exemplo, apresentou uma melhora significativa ao longo do 
ano, concluído com boas notas. ―É tarefa do professor ser justo e generoso com sua turma‖, 
afirma Yves de La Taille, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. A justiça, 
segundo ele, está ligada a tudo aquilo que é de direito do estudante. 
Dar uma boa aula, por exemplo, é obrigação do professor. ―Mas se ele fica com a criança 
meia hora depois da aula para atender a uma dificuldade, isso é generosidade. Além de sua 
conduta ser um exemplo, demonstra que se importa com o aluno.‖ 
Pesquisa realizada com 70% dos professores de 1ª a 4ª série da rede municipal de Mutuípe, na 
Bahia, revela que 96% deles utilizam jogos, dinâmicas, brincadeiras, música e dança para 
prender a atenção da turma. No entanto, desses, apenas 13% se valem de tais atividades para 
trabalhar valores, emoções e sentimentos. ―Os demais acham que esse tipo de atividade serve 
apenas como uma pausa no estresse entre um conteúdo e outro ou como uma forma de 
integrar, divertir ou tornar a aula prazerosa‖, afirma o psicopedagogo Silvar Ferreira Ribeiro, 
professor da Universidade do Estado da Bahia e coordenador da pesquisa. Os dados revelam, 
ainda, que também a maioria (87%) acredita que é possível e importante trabalhar as 
emoções, mas não sabe como fazer isso (veja quadro na página seguinte). 
Alguns professores entrevistados por Ribeiro se interessaram pelo tema da pesquisa e 
resolveram estudar mais sobre o assunto, como Raidalva Sena de Souza, professora da 4ª 
série. ―Passei a ver, na prática, como os alunos mudam suas atitudes quando damos espaço 
para eles se expressarem‖, conta. A professora teve vários alunos com histórias parecidas com 
a de Daniel. ―Eles queriam muito que eu soubesse o que se passava em sua vida‖, conta. Um 
dos garotos tinha comportamento instável por causa de problemas familiares. Raidalva se 
aproximou do aluno e utilizou em sala atividades para falar dos sentimentos. ―Hoje me 
emociono quando nos encontramos. Seu carinho por mim é enorme e isso é uma 
recompensa.‖ 
Bater papo sobre valores funciona mais do que sermão 
Os estudantes precisam pensar sobre as próprias atitudes e reconhecer os sentimentos que 
movem suas ações. Quando eles fazem isso, surgem oportunidades de, na prática, construir 
valores positivos. No caso de um aluno mentir, por exemplo, o ideal é conversar 
reservadamente com ele questionando as conseqüências dessa atitude, de como os colegas vão 
agir ao descobrir a verdade. E se há furto na sala, o melhor é bater um papo, na hora, sobre 
valores importantes como honestidade, justiça e confiança. ―Construir valores não é escrever 
no quadro que temos de ser solidários ou que não podemos bater nos colegas‖, afirma a 
educadora Luciene Regina Paulino Tognetta, do Laboratório de Psicologia Genética da 
Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo. ―Isso se faz dando ao aluno a 
oportunidade de se colocar no lugar do outro e achar soluções alternativas para seus conflitos, 
sem agressão.‖ 
A questão, no entanto, inquieta os educadores. Até que ponto a escola deve interferir na 
formação dos valores da criança? Para Telma Vinha, professora da Universidade de Franca, 
em São Paulo, a escola trabalha o tempo todo com o assunto, mesmo sem planejar. ―Isso 
ocorre quando são estabelecidas regras de convivência, por exemplo. Mesmo o professor que 
se coloca numa posição de apenas transmissor de informação também está passando um 
valor: o de que é o adulto que detém o saber‖, afirma. A construção de valores e atitudes cabe 
à escola, sim. O seu papel, professor, é identificar entre tantas opções o que pretende construir 
com sua turma. 
DICAS: 
Aproximar-se para o aluno compreender o quanto você se importa com ele. 
Ouvir é a melhor maneira de formar pessoas seguras e felizes. 
Valorizar o melhor de cada um é essencial para o crescimento. 
Acreditar para melhorar a imagem que a criança tem de si mesma 
Acreditar no estudante é uma forma de ajudá-lo a crescer 
O modo como os professores enxergam a criança é essencial para o sucesso da aprendizagem. 
Quando não julgam e procuram se aproximar do aluno, acreditam nele, observam seu 
comportamento e incentivam suas capacidades, ele tem tudo para crescer. Com a ajuda dos 
professores da Unidade Integrada Mariana Pavão, da rede pública de São Luís do Maranhão, 
Vítor*, 13 anos, aluno da 4ª série, passou de ―aluno-problema‖ para um dos melhores da 
turma. Filho de pais separados, ele mora com a mãe — que trabalha muito e não tem tempo 
de cuidar dele. Sem vigilância, o garotopassava a maior parte do tempo na rua e pouco ia à 
aula. 
A diretora da escola onde Vítor estuda, Maria do Amparo Cantanhede Uchôa, acompanhou o 
aluno desde a 1ª série. ―Quando ele chegou, mostrava um comportamento agressivo, o que se 
explica facilmente pela sua história de vida‖, conta. Em vez de considerar Vítor um caso 
perdido por causa de seus problemas familiares, ela e as professoras se empenharam para 
ajudá-lo a ter perspectivas e sonhos. E Vítor já tem. ―Quero fazer faculdade, ter um emprego, 
uma casa, uma família.‖ 
ATIVIDADES PARA TRABALHAR OS SENTIMENTOS 
Jogo das expressões (Educação Infantil) 
Levar a criança a reconhecer os sentimentos e dar nome a eles. 
É bem prático: ao recordar fatos, ela toma consciência das causas e conseqüências do que 
sente. 
Esse é um jogo da memória. Faça com a turma cartas (que formam pares) com desenhos de 
expressões faciais — triste, alegre, bravo. 
A cada par formado, a criança lembra de um momento em que se sentiu como no desenho. 
Depois de unir todos os pares, cada aluno procura a expressão que melhor representa como 
ele se sente no momento. 
dica do blog: Toda vez que uma criança machucar ou falar algo que deixe o colega magoado, 
converse com os dois amigos juntos e faça com que os dois manifestem seus sentimentos, 
ajude as crianças a definir com palavras os sentimentos que está tendo, por exemplo. 
Você está brava com o que? Por que está sentindo isso? O que o colega te fez? Por que não 
gostou da atitude dele? Como podemos fazer agora? 
Quando uma criança machucar a outra, leve-a junto para fazerem os primeiros socorros e 
prestar atendimento, para que perceba o que seu comportamento está gerando. 
Gavetas dos sentimentos (Educação Infantil e 1ª a 4ª) 
As crianças reconhecem o que sentem e manifestam emoções guardadas, que não puderam 
demonstrar em nenhuma ocasião. Elas guardam, simbolicamente, fora de si, fatos importantes 
e marcantes. 
Providencie um miniarmário com três gavetas, cada uma com um sentimento (alegria, tristeza 
e saudade, por exemplo). Deve partir da criança a iniciativa de desenhar ou escrever sobre 
fatos que provocaram esses sentimentos, caso tenham necessidade. Você pode também 
planejar essas atividades, respeitando sempre a intimidade da criança 
 
DINÂMICAS DE GRUPO, que podem ser adaptadas para trabalhar com sentimentos: 
Dinâmica do ―O que você parece pra mim…‖ 
Esta dinâmica pode ser empregada de duas maneiras, como interação do grupo com objetivos 
de apontar falhas, exaltar qualidades, melhorando a socilização de um determinado grupo. 
Material: papel cartão, canetas hidrocor e fita crepe.Desenvolvimento: Cola-se um cartão nas 
costas de cada participante com uma fita crepe. Cada participante deve ficar com uma caneta 
hidrocor. Ao sinal, os participantes devem escrever no cartão de cada integrante o que for 
determinado pelo coordenador da dinâmica (em forma de uma palavra apenas), exemplos:1) 
Qualidade que você destaca nesta pessoa;2) Defeito ou sentimento que deve ser trabalhado 
pela pessoa;3) Nota que cada um daria para determinada característica ou objetivo necessário 
a atingir nesta dinâmica. 
 
 
Dinâmica da “Sensibilidade” 
Dois círculos com números iguais de participantes, um dentro e outro fora. O grupo de dentro 
vira para fora e o de fora vira para dentro. Todos devem dar as mãos, sentí-las, tocá-las bem, 
estudá-las. Depois, todos do grupo interno devem fechar os olhos e caminhar dentro do 
círculo externo. Ao sinal, o Coordenador pede que façam novo círculo voltado para fora, 
dentro do respectivo círculo. Ainda com os olhos fechados, proibido abrí-los, vão tocando de 
mão em mão para descobrir quem lhe deu a mão anteriormente. O Grupo de fora é quem deve 
movimentar-se. Caso ele encontre sua mão correta deve dizer _Esta ! Se for verdade, a dupla 
sai e se for mentira, volta a fechar os olhos e tenta novamente. Obs: Essa dinâmica pode ser 
feita com outras partes do corpo, ex: Pés, orelha, olhos, joelhos, etc. Tem o objetivo de 
melhorar a sensibilidade, concentração e socialização do grupo. 
Autor: Desconhecido 
 
Dinâmica: Dinâmica do Amor 
Objetivo: Moral: Devemos desejar aos outros o que queremos para nós mesmos. 
Procedimento: Para início de ano Ler o texto ou contar a história do ―Coração partido‖ – 
Certo homem estava para ganhar o concurso do coração mais bonito. Seu coração era lindo, 
sem nenhuma ruga, sem nenhum estrago. Até que apareceu um velho e disse que seu coração 
era o mais bonito pois nele havia. Houve vários comentários do tipo: ―Como seu coração é o 
mais bonito, com tantas marcas?‖ O bom velhinho, então explicou que por isso mesmo seu 
coração era lindo. Aquelas marcas representavam sua vivência, as pessoas que ele amou e que 
o amaram. Fianlmente todos concordaram, o coração do moço, apesar de lisinho, não tinha a 
experiência do velho.‖ Após contar o texto distribuir um recorte de coração (chamex dobrado 
ao meio e cortado em forma de coração), revistas, cola e tesoura. Os participantes deverão 
procurar figuras que poderiam estar dentro do coração de cada um. Fazer a colagem e 
apresentar ao grupo. Depois cada um vai receber um coração menor e será instruido que 
dentro dele deverá escrever o que quer para o seu coração. Ou o que quer que seu coração 
esteja cheio.. O meu coração está cheio de… No final o instrutor deverá conduzir o grupo a 
trocar os corações, entregar o seu coração a outro. Fazer a troca de cartões com uma música 
apropriada, tipo: Coração de Estudante, Canção da América ou outra.Contribuição enviada 
pela usuária: Tereza Cristina da Silveira Carvalho – Professora- Goiânia- GO 
 
Dinâmica: “dança da cadeira cooperativa” 
Objetivo: essa dinâmica serve para quebrar o gelo e fazer com que os participantes pensem 
sobre cooperação entre o grupo. Materiais: 1 cadeiraProcedimento: consiste na brincadeira da 
dança da cadeira(mesmo procedimento), só que em ao invés dos que ficarem sem se sentar 
http://www.cdof.com.br/aulas25.htm#7
sairem, terão que se sentar no colo do amigo, de modo que ninguém fique em pé. É muito 
engraçado! Ao final, com apenas uma cadeira todo o grupo terá que se sentar um no colo do 
outro.Contribuição enviada pelo usuário: Luciene de Souza Figueiredo Pereira – diadema SP 
FONTE DAS DINÂMICAS:

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