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HÉRNIA INGUINAL - Protrusão anormal de um órgão ou tecido por um defeito em suas paredes circundantes - Mais comum na região inguinal · Canal inguinal nos homens: onde passa o canal espermático nos homens Elementos do cordão espermático: • Músculo cremastérico - que decorre de fibras do músculo oblíquo externo e o músculo cremastérico é responsável pelo reflexo cremastérico que é o reflexo de subida. • Artérias e veias testiculares • Ramo genital do Nervo gênito femoral • Ducto deferente • Vasos cremastéricos - são os vasos que nutrem o músculo cremastérico • Linfáticos • Túnica vaginal Anatomia Inguinal – Triângulo de Hesselbach Esse triângulo ele é delimitado: · Borda medial: músculo reto abdominal · Borda superior lateral: vasos epigástricos inferiores · Borda inferior: ligamento inguinal · A hérnia inguinal direta geralmente se localiza nessa região do triângulo pois é um local de fraqueza da parede muscular HÉRNIA INDIRETA · A hérnia inguinal indireta ela vai ser lateral ao triângulo Anatomia da Região Inguinal Nervos da região • N. Ílio-hipogástrico • N. Ílioinguinal · Sensibilidade da pele da região inguinal, base do pênis, coxa superior e medial ipsilateral • Ramo genital do N. Genitofemoral · Inverva músculo cremaster e pele do lado lateral da bolsa escrotal e/ou vulva (acompanha vasos cremastéricos) TIPOS DE HÉRNIA INGUINAL · INDIRETA: Passa pelo canal inguinal canal inguinal é um túnel, sua entrada é o anel inguinal interno e a saída o anel inguinal externo Mais comum À direita Ela vem do canal inguinal · DIRETA Medial ao anel inguinal e vem diretamente da parede abdominal na parte de fragilidade que é o triângulo de hasselbach Hérnias de pantalo : São hérnias combinadas ( direta + indireta) Ela vai “diretamente” da parede abdominal que é fraca A hérnia aumenta com a idade pois o processo de envelhecimento torna os músculos mais fracos (menos colágeno, nutrição, etc.) Patologia - Hérnia inguinal INDIRETA Conduto peritônio vaginal : caminho do testiculo do peritônio para o saco escrotal Normalmente esse conduto se fecha, quando ele não se fecha falamos que o paciente possui uma PERSISTÊNCIA do conduto peritônio vaginal, podendo passar coisas por esse conduto. Se for GRANDE, consegue passar intestino, ovário, é uma hérnia INDIRETA Se é ESTREITO, pode passar ascite, TODOS tem um pouco de líquido no abdome, que chamamos de HIDROCELE Tanto a hidrocele quanto a hérnia inguinal a fisiopatologia é a mesma, que ocorre devido a persistência do conduto e nas hérnias eu tenho a passagem de parede de órgão e na hidrocele eu tenho a passagem de líquido. A DIRETA é adquirida, alguma coisa levou ao desenvolvimento dessa hérnia Hérnia inguinal - Clínica - Abaulamento / Massa na região inguinal - Dor local • Estrangulamento • Encarceramento - Desconforto na região inguinal - Assintomático (1/3) - Parestesias • Compressão dos nervos inguinais Hérnia inguinal - Diagnóstico ANAMNESE + EXAME FÍSICO O diagnóstico de Hérnia é essencialmente um diagnóstico clínico, a melhor posição para avaliação de hérnia de parede abdominal é em posição ORTOSTÁTICA pois a força da gravidade faz a hérnia aparecer. -Manobra de VALSALVA que aumenta a pressão intra abdominal e a hérnia aparece - Manobra de LANDIVAR: palpação do canal inguinal externo do paciente chegando no canal inguinal interno do paciente - se eu sentir uma resistência na ponta do dedo eu tenho uma hérnia indireta pois está dentro do canal, se eu sentir uma resistência na lateral do meu dedo eu tenho uma hérnia direta que está lateralmente ao canal inguinal interno. PROPEDÊUTICA ARMADA - Exame de imagem : Ultrassom para diferenciar entre direta e indireta. A Tomografia é menos comum e não serve para diagnóstico e diferenciação das hérnias. Laparoscopia : Exame invasivo menos utilizado para diagnostico. Varicocele - varizes do plexo pampiniforme É necessário DECORAR a CLASSIFICAÇÃO DE NYHUS Tipo 1 - classifica a hérnia indireta - anel inguinal interno normal - persistência do conduto peritônio vaginal (hernia pediátrica) Tipo 2 - quando há uma dilatação do anel inguinal interno na hérnia inguinal indireta Tipo 3 - Defeito da parede posterior Tipo 4 - hérnias que recidivaram TRATAMENTO DE HÉRNIAS: CIRÚRGICO: Herniorrafia Inguinal · A cirurgia de hernia inguinal é logo após o diagnóstico quando o paciente não apresenta complicações, e não pode demorar pois essa hernia pode encarcerar ou estrangular e o quadro piorar · Na cirurgia isola os elementos do cordão, abre o saco herniario,observar se existe necrose do intestino e liga o saco escrotal na altura do anel inguinal interno. Quando é uma hérnia inguinal indireta onde o problema é a persistencia do conducto peritonio veginal, só fecha esse conducto Quando é adulto, quase certo que é uma HERNIA INGUINAL DIRETA, e a cirurgia mais recomendada é a técnica de Lichtenstein ( TECNICA COM TELA É LIVRE DE TENSÃO POIS NÃO TEM SUTURA), na qual usamos uma prótese/tela para fortalecer a parede, é a mais usada e possui a menor recidiva. · A tela abraça o codão espermatico sem estar apertado dmais pra não machucar os vasos do testiculo e nem muito folgado para evitar a recidiva da hernia. - Técnicas de reparo do tecido • Alta taxa de recidiva por tensão o Técnica de Shouldice Reparo imbricado multicamada da parede posterior do canal inguinal com sutura contínua o Técnica de Bassini Sutura o tendão conjunto com o ligamento inguinal e podendo lesionar vasos femorais quando a agulha do ponto afunda muito e causar um sangramento importante o Técnica de Mc Vay • Sutura do Transverso com o ligamento de Cooper · Indicado para reparo de Hérnias femorais · Técnica indicada para hérnias inguinais TRATAMENTO · Reparo de Stoppa - se faz uma incisão na linha média infra-umbilical · Colocação de uma tela grande no espaço pré-peritoneal É indicado para: o Hérnias volumosas o Hérnias recidivantes o Hérnias bilaterais REPARO LAPAROSCÓPICO • Com tela livre de tensão • Abordagem pré-peritoneal • Risco de lesão visceral ou vascular • Vantagem: o Hérnias bilaterais o Hérnias recidivantes HÉRNIAS FEMORAIS ANATOMIA DA REGIÃO · Pelo canal femoral Limites: - Superior: Trato iliopúbico - é o próprio ligamento inguinal - Inferior: Ligamento de Cooper - é o periósteo do osso - Lateral: Veia femoral - Medial: Ligamento lacunar - é a Junção do trato iliopúbico com ligamento de Cooper) O LIGAMENTO LACUNAR É O ENCONTRO DO LIGAMENTO DE COOPER COM O LIGAMENTO INGUINAL É uma região com várias estruturas rígidas, então uma herniação nessa região é comum de causar estrangulamento com sofrimento de alça. MANIFESTAÇÃO: Protuberância abaixo do ligamento inguinal · O diagnóstico clínico é o mesmo para hérnias inguinais e a propedêutica armada continua os mesmos exames. TRATAMENTO CIRÚRGICO Herniorrafia femoral • Objetivo → Reparo ligamento de Cooper Vias de acesso • Pré-peritoneal • Via laparoscópica Que buscam a correção do ligamento de cooper ( Técnica de mc vay) Tempos cirúrgicos • Dissecção e redução do saco herniário • Obliteração do defeito na canal femoral · Aproximação trato iliopúbico ao ligamento de Cooper: Técnica McVay · Colocação de prótese As HÉRNIAS FEMORAIS possuem alta incidência de estrangulamento - portanto DEVEM ser reparadas É necessário avaliar a viabilidade do conteúdo do saco CONTRA-INDICAÇÕES · Comprometimento Intestinal contra-indica o uso da tela e usa só as técnicas com ponto, o que aumenta a tensão e aumenta a chance de recidiva, deve-se orientar o paciente (chance de 2% de recidiva) HÉRNIAS VENTRAIS - Hérnia Umbilical - Hérnia Epigástrica - Hérnia Incisional Anatomia da Parede abdominal anterior - Musculatura lateral: 3 camadas • Fascículos direcionados obliquamente em ângulos diferentes • Inserem na linha alba o Oblíquo externo (mais superficial - inferomedial) - COLOCOU A MÃO NO BOLSO o Oblíquo interno (oposto ao externo) - SENTIDO CONTRÁRIO AO EXTERNO o Músculotransverso (direção horizontal) - Linha arqueada (3 a 6 cm abaixo do umbigo e isso faz que eu não tenha a bainha posterior do reto ) • Ausência da bainha posterior do reto - há uma estrutura chamada de ÚRACO que deve estar obliterada - resquício do alantóide - as vezes ele fica aberto (PERSISTÊNCIA DO ÚRACO) - Se ele não fechou direito o paciente irá urinar pela cicatriz umbilical Inervação da parede abdominal · Nervos Intercostais (7 a 12) · Nervos lombares (1° e 2°) Vascularização da parede abdominal Artérias lombares, artéria epigástrica superior ( ramo da mamária interna), artérias epigástricas inferiores, o Músculo reto abdominal • A epigástrica superior (ramo terminal da A mamária interna) • A epigástrica inferior (ramo da A ilíaca externa) o Anastomose epigástrica superior e inferior próximo ao umbigo • AA intercostais inferiores o Área periumbilical • Vasos perfurantes críticos DIAGNÓSTICO: Exame físico em pé e supina (posição ortostática) Manobra de valsalva (identificar tamanho e local da hérnia) Exames de Imagem : USG e TC HÉRNIA UMBILICAL - Cicatriz umbilical • Anel umbilical • Linha alba - Intra abdominal • Ligamento redondo • VV paraumbilicais (superior) • Ligamento umbilical médio (inferior) o Úraco obliterado EM CRIANÇAS Geralmente se resolve sozinha (2 a 4 anos), elas são comuns e geralmente congênitas · A Hérnia Umbilical não dói apesar da dilatação na região umbilical pela distensão e nas crianças é muito raro encarar e complicar. HÉRNIA UMBILICAL EM ADULTOS Em geral são hérnias adquiridas (maioria) - por aumento da pressão abdominal - ou congênitas que nunca foram diagnosticadas é mais comum nas mulheres • Pacientes com aumento da pressão abdominal o Gravidez o Obesidade o Ascite o Distensão abdominal • Complicações o Estrangulamento é incomum o Ruptura em ascite crônica (peritonite – morte) CONDUTA - Assintomática e pequena: não precisa de reparo Na criança até pode fechar sozinha, mas após isso é difícil, então precisa ser cirurgicamente (ATÉ 4 ANOS) - Reparo • Sintomas • Hérnia volumosa • Encarceramento • Adelgaçamento da pele sobrejacente • Ascite incontrolável TRATAMENTO · Técnica de Mayo - faz um JAQUETÃO com imbricamento aponeurótico que é uma sobreposição das bordas. · A taxa de recidiva é de 30% - Tela (Defeitos maiores 3cm) - Técnica laparoscópica • Exige anestesia geral • Defeitos maiores • HU recidivadas HÉRNIA EPIGÁSTRICA - 3 a 5% das hérnias - Mais comum em homens (2 a 3X) - Entre o processo xifoide e a cicatriz umbilical • Geralmente 5 a 6cm do umbigo - Defeitos pequenos - Muita dor porque geralmente há encarceramento - Dor fora da proporção do tamanho • Encarceramento de gordura pré-peritoneal - Múltiplos em até 20% - 80% na linha média ( linha alba ) TRATAMENTO - Cirurgia: Herniorrafia epigástrica • Pela herniação de gordura pré-peritoneal de difícil redução o Excisão do tecido pré-peritoneal encarcerado o Fechamento simples do defeito fascial • Defeitos pequenos: anestesia local • Defeito grande: raro o Pode conter omento ou víscera intra abdominal que pode ser realizado a ressecção do omento ou redução da viscera que esta extrapolando ( encarcerando) o Uso de tela após a ressecção ou redução para que se tenha um fortalecimento da região durante o processo de cicatrização. HÉRNIA INCISIONAL - 15 a 20% das hérnias - Mais comum em mulheres (2X) - Maior dificuldade de tratamento - Adquiridas • Incisão cirúrgica prévia o Tensão excessiva o Cicatrização inadequada • Associação frequente a infecção do sítio cirúrgico - Aumento no volume com o tempo CLÍNICA - Abaulamento - Dor - Obstrução intestinal - Encarceramento - Estrangulamento · Dificuldade de tratamento pois ocorre em um lugar que ja foi operado previamente por outro motivo não necessariamente outra hernia · Hernia com alto risco de infecção de sitio cirurgico · Muito inflamada · elevado risco de encarcerar ou estrangular Fatores de Predisposição - Obesidade (maior tensão na parede abdominal) - Idade avançada - Condições que aumentam pressão intra abdominal • Ascite • Gravidez • Prostatismo paciente acaba fazendo força pra urinar devido obstrução e isso aumenta a pressão na região e pode gerar hernia incisional • Doença pulmonar obstrutiva crônica - Cicatrização deficiente • Desnutrição • DM • Uso de corticoides • Agentes quimioterápicos • Infecção do sítio cirúrgico Perda da domínio Abdominal - hernias que são muito volumosas é mais fácil do conteúdo abdominal ficar herniado, o problema é que às vezes ele fica tanto tempo herniado que o músculo abdominal retrai, caracterizando PERDA DO DOMÍNIO ABDOMINAL( gera sindrome compartimental ) - Hérnias volumosas - Incapacidade de fechar o abdome primariamente • Reparo pode causar o Síndrome compartimental o Insuficiência respiratória - Compromete a rigidez da parede abdominal • Musculatura abdominal retraída - Disfunção respiratória • Movimento respiratório abdominal paradoxal Consequências da perda do domínio abdominal • Edema do intestino o Estase do sistema venoso esplâncnico • Retenção urinária • Constipação ESTADIAMENTO ESTÁGIO 1 - menores de 10 centímetros e limpas ESTÁGIO 2 - menores de 10 centímetros contaminadas ou 10-20 cm limpas ESTÁGIO 3 - alto índice de recidiva - maior ou igual a 10 cm contaminada ou qualquer uma maior que 20 cm - Morbidade: • Largura da hérnia • Presença de contaminação - Quanto maior a hérnia maior a chance de recidiva e maior a chance de infecção. TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HÉRNIA INCISIONAL - Defeito pequeno (< = 2 a 3cm de diâmetro) - Hérnia por erro técnico da cirurgia inicial (falha da sutura) • Com tecido viável adjacente (tecido saudável) - Defeitos maiores (> 2 a 3cm de diâmetro) • Elevada taxa de recidiva se fechamento primário (10 a 50%) • Uso de tela (diminui pela metade) o Fechamento do defeito o Colocação da tela de polipropileno - em caso de inflamação não se recomenda a colocação da tela. TELA CIRÚRGICA - Características desejáveis para tela: • Inerte • Resistente a estresse mecânico • Boa complacência • Esterilizável • Não carcinogênica • Baixa reação inflamatória (hipoalergênica) Posições da tela: → Sobre a porção anterior da fáscia • Vantagem o Tela fora da cavidade abdominal • Evita interação com víscera abdominal • Desvantagem o Grande dissecção do subcutâneo • Maior probabilidade de formação de seroma o Localização superficial da tela • Risco de contaminação se infecção de ferida o Reparo geralmente sobre tensão o Taxa de recorrência 28% → Tela intraperitoneal • Útil para defeitos grandes • Abordagem laparoscópica (4cm de margem) o Evita grandes incisões o Evita enfraquecimento subcutâneo → Pré-peritoneal → Espaço retrorretal (retromuscular) - atrás do músculo do reto • Forças abdominais atuam para manter a tela no local - a propria pressão abdominal vai fazer com que a tela encoste no músculo COMPLICAÇÕES E HÉRNIAS INCOMUNS - Protrusão anormal de um órgão ou tecido por um defeito em suas paredes circundantes ( Hérnia interna e Externa ) - Hérnia externa • Protrusão por todas as camadas da parede abdominal - Hérnia interna • Protrusão do intestino por defeito no interior da cavidade peritoneal REDUÇÃO DO CONTEÚDO HERNIADO Pode ser: → Redutível • Conteúdo pode ser reposicionado → Irredutível ou Encarcerada • Não pode ser reduzida / aprisionada → Estrangulada • Compromete o suprimento sanguíneo do conteúdo • Grave / Potencialmente fatal • Mais frequente nas hérnias grandes com pequenos orifícios o Colo pequeno obstrui o fluxo sanguíneo arterial, drenagem venosa ou ambos • Aderências do conteúdo da hérnia e o revestimento peritoneal o Ponto de ancoramento que aprisiona os conteúdos da hérnia o Predispõe à obstrução intestinal e ao estrangulamento → Habitada • Orifícios grandes (por isso é mto difícil encarcerar) • Sem dano ao conteúdo herniado ENCARCERAMENTO - Mais comum - Mais grave -Potencialmente fatal - Maior incidência nos extremos de idade • Idosos • Prematuros - Hérnias femorais tem maior taxa de estrangulamento (por questões anatomicas): 15-20% • Correção cirúrgica assim que diagnosticado - 1 a 3% das Hérnias Inguinais: 1-3% • Maioria HI indireta - pois a indireta para pelo canal inguinal, ou seja, ela está passando por um túnel onde já há outros elementos passado Encarceramento/Estrangulamento · Uma hérnia estrangulada pode estar encarcerada ou não. · Uma hérnia encarcerada ela pode estrangular posteriormente e o quadro se agravar. · O estrangulamento é uma complicação mais grave em relação ao encarceramento. · Uma hernia inguinal encarcerada ela aperta o canal inguinal e comprime os vasos do testiculo e pode levar a necrose testicular. - Clínica • Massa irredutível • Endurecida • Muita dor local • Parada de eliminação de gases e fezes • Sinais tardios o Hiperemia da parede o Alteração da coloração local (pode ficar roxo/preto) o Calor local o Fístula enterocutânea (começa a vazar fezes pela pele) - Diagnóstico • Anamnese + Exame físico • USG • TC (exceção) ESTRANGULAMENTO Comprometimento da irrigação do conteúdo herniado com sofrimento do órgão e potencial necrose do mesmo. • Pode ser necessária ressecção intestinal • Compressão dos elementos do cordão leva à sofrimento testicular - Tratamento: • Redução manual da hérnia: observação / Cirurgia · não pode dar alta após a redução, é necessário observação!! o ideal é que se faça cirurgia antes da alta Há tentativa de redução que serve para tirar o paciente da urgência. Se espera em torno de 24 horas para redução do edema a fim de facilitar a cirurgia. Se há redução não der certo a conduta é uma cirurgia de urgência o Contra Indicado uso de próteses/tela quando necessária ressecção intestinal • Risco de infecção o Deve fazer reparo do tecido TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HÉRNIA ESTRANGULADA · Exposição do conteúdo do saco herniário · Olhar o conteúdo do saco herniário e avaliá-lo - ver a viabilidade do órgão · Liberar o anel constritor · Reduzir a víscera e ressecção intestinal (abertura do peritônio pelo próprio acesso) LAPAROTOMIA o Não foi possível avaliar conteúdo herniado pela redução inadvertida (indução) • Apresenta sinais de sofrimento o Líquido hemorrágico/escurecido o Saída de conteúdo entérico o Dificuldade do reparo pela abordagem pré-peritoneal Cuidado com o relaxante muscular para adultos pois isso pode relaxar a parede muscular e a hérnia reduz e isso dificulta o diagnóstico. HÉRNIA POR DESLIZAMENTO · O órgão por completo pode passa dentro do orifício herniário e isso pode causar lesão do órgão · Mais comum: Cólon e bexiga · Maioria trata-se de uma hérnia inguinal indireta · Risco: · Não identificação da víscera no saco herniário · Lesão do órgão HÉRNIA RECIDIVADA - Incidência: 1,7 - 10% • Incidência mais alta na recidiva secundária (alguma coisa teve problema para ter recidivado o Reparos sem tensão tem menor taxa de recorrência que os reparos teciduais - Mais comum nas hérnias diretas pois ocorre na região do triângulo de haselbach na região de fraqueza da parede abdominal - Aumento do tempo operatório - aumenta a chance de infecção - Maior taxa de complicações CAUSAS DE RECIDIVA • Fatores técnicos o Tensão excessiva no reparo o Falha em incluir margem muscular aponeurótica no reparo o Tamanho inadequado da tela o Falha de fechar o anel inguinal interno alargado • Pressão intra-abdominal cronicamente elevada - PACIENTE OBESO • Tosse crônica • Infecções incisionais profundas • Formação de colágeno deficiente na ferida TRATAMENTO: · uso de tela quando não tem infecção associada · infecção de Centro cirurgico ocorre de 1 a 2 % INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO - 1 a 2% - Influenciado por comorbidades do paciente - Tratamento • Abertura da incisão • Cuidados locais • Cicatrização por 2ª intenção INFECÇÃO DA TELA/PRÓTESE - Incomum - Seroma - Requer retirada da tela/prótese - Vantagem quando colocada por laparoscopia SEROMAS - Acúmulo de líquido na incisão - Predispõe a infecção local - Evitar: uso de drenos - Fatores de risco • Obesidade • Hérnias grandes • Grandes dissecções - Tratamento • Punção • Retirada de ponto para drenagem TRATAMENTO DE SEROMA : Punção na região do seroma para drenagem do liquido ENTEROTOMIAS - necessidade de enterotomias por aderências intestinais ao defeito herniário LESÕES DE NERVO E SÍNDROME DE DOR CRÔNICA - Causas • Tração • Eletrocauterização • Transecção • Aprisionamento - Clínica • Disestesias - perda da sensibilidade: geralmente temporário (uso de tela) • Neuralgias transitórias: autolimitadas (semanas após a cirurgia) • Neuralgias persistentes • Insensibilidade: transecção nervosa - Tratamento • AINE, Analgésicos, Bloqueio anestésico local • Aprisionamento do nervo: Exploração com neurectomia / Remoção da tela ORQUITE ISQUÊMICA E ATROFIA TESTICULAR · Trombose de veias do plexo pampiniforme no cordão espermático · Mais comum nos reparos de hérnias recorrentes Clínica · Edema e dor testicular · A longo prazo eu tenho a atrofia testicular TRATAMENTO · Analgesico e AINE · E se persistir é preciso a retirada do testiculo PREVENÇÃO -Evitar a ressecção desnecessária do cordão espermático - Evitar a dissecção da porção distal de um saco herniário grande LESÃO DOS DUCTOS DEFERENTES E VÍSCERAS - Incomum - Maioria na HI por deslizamento • Não reconhecimento da víscera no saco herniário HÉRNIAS INCOMUNS - Hérnia de Spiegel - Hérnia do Obturador - Hérnias Lombares • Grynfeltt • Petit - Hérnia Interparietal - Hérnia Isquiática - Hérnia Perineal - Hérnia Paraostomal - Hérnia Richter - Hérnia Littré - Hérnia Amyand HÉRNIA DE SPIEGEL Ocorre através da fáscia de Spiegel (linha arqueada) Maioria é pequena (1-2 cm de diâmetro) 4ª a 7ª década de vida - Clínica • Dor localizada • Sem protuberância - Abaixo da aponeurose do oblíquo externo - Diagnóstico: USG / TC - Tratamento: Cirurgia • Risco de encarceramento (colo estreito) - Recidiva rara HÉRNIA DO OBTURADOR HÉRNIA LOMBAR HÉRNIA INTERPARIETAL HÉRNIA ISQUIÁTICA HÉRNIA PERINEAL · protusão pelo diafragma pélvico · Adquirido ou Congênito HÉRNIA PARAOSTOMAL · Complicação comum das ostomias · Assintomaticos · não é recomendado o tratamento cirurgico · Realocação da ostomia HÉRNIA DE RICHTER - IMPORTANTE -APRISIONAMENTO DA PORÇÃO ANTI-MESENTÉRICA DO INTESTINO · PODE NÃO TER OBSTRUÇÃO INTESTINAL -O problema disso é que apesar de não ter obstrução eu tenho necrose da parte que está estrangulada - HÁ UM SOFRIMENTO DA PAREDE EVOLUINDO PARA NECROSE E PERFURAÇÃO - difícil de diagnóstico HÉRNIA DE LITTRÉ · Hérnia que contem o divertículo de meckel no saco herniário. · 20% hernia inguinal · 20% hernia umbilical · 20% hernia femoral · O divertículo entra na hérnia HÉRNIA DE AMYAND · Apêndice cecal na hérnia · Alguns livros falam que precisa estar inflamado e outros não
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