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Prática e Produção de Textos - Cw3 - U3 - S3

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Unidade 3
Seção 3
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Prática e ProduçãoPrática e Produção
TextualTextual
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1
Webaula 3
O impacto dos estudos pragmáticos na
comunicação
Determinação de fatores extralinguísticos
Segundo Grice, para que o falante
compreenda os sentidos dos enunciados,
é fundamental que o ouvinte infira os
sentidos atribuídos pelo falante, os quais
podem não estar na literalidade das
palavras. Os sentidos também são
constituídos pelo o que não está
dito/escrito no enunciado.
Conforme afirma Bonini (2003), a partir
das suas leituras dos trabalhos de Grice, a
noção de contexto ou extralinguístico se
tornou mais forte com a “noção de
implicatura, um tipo de inferência não
lógica, já que a condução não está
expressa potencialmente no enunciado”
(BONINI, 2003: 8).
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No interior de determinada prática social, tendo em vista o lugar e o
momento da interação, os participantes e suas particularidades, os
objetivos a serem alcançados.
KOCH; ELIAS; 2010: 88
Pode-se dizer que os fatores extralinguísticos, no processo
comunicativo, estão ancorados, conforme afirmam Koch e Elias
(2010)
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Contextualização Fatores prospectivos
Ainda em relação aos fatores extralinguísticos, Koch e Elias propõem a sua divisão em
contextualização e fatores prospectivos. Você pode conferir as características de cada um
desses aspectos clicando nos botões.
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Análise pragmática de gêneros textuais
escritos
Deve-se considerar, na leitura de um texto escrito,
elementos visuais, data, local e o suporte, ou seja, o meio
em que o texto é publicado. Outros fatores relevantes
acerca dos elementos extralinguísticos em relação a um
texto escrito, conforme afirma Koch e Elias (2010), são os
elementos do texto propriamente dito, como o título, autor,
o estilo, as fórmulas iniciais. As autoras chamam esse tipo
de contextualização de fatores prospectivos.
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Análise pragmática de gêneros textuais orais
No artigo Pragmática, presente no livro
“Introdução à Linguística II”, a autora
Joana Pinto (2012) analisa o seguinte
enunciado: ‘”Olhe, mãe, vai certinho até
minhas dobras!”. Para compreendê-lo,
deve-se recorrer à situação de fala, ao
contexto em que o enunciado foi
realizado.
A menina pode estar se referindo a dobras
dos joelhos e, caso ela esteja em um
campo, pode estar se referindo à
vegetação do local que chega até às
dobras do joelho. A partir desse exemplo,
verifica-se a importância de se considerar
os conhecimentos compartilhados entre
os falantes e elementos culturais, sociais e
históricos no processo de produção e
interpretação de textos orais e escritos.
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Até o momento, abordamos a relevância dos elementos
extralinguísticos para a produção e interpretação do dizer,
no sentido de apresentar as intenções e vontades do
sujeito, expressas por ele por meio da linguagem. Agora
introduziremos uma outra concepção de sujeito, a qual
considera o sujeito psicanalítico, do inconsciente.
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Redução da onipotência do sujeito em relação ao que diz
Para Eni Orlandi , o sujeito intencional da
pragmática, pautado por uma visão
psicologizante, é um problema para os
estudos pragmáticos, pois coloca o sujeito
como o centro e origem do dizer e, logo,
dos seus sentidos. Pode-se dizer que a
concepção de sujeito, que se contrapõe ao
sujeito pragmático, considera-o inscrito na
língua e na história.
É importante também ressaltar que, por
meio do efeito de produção de evidências ,
o sujeito tem a ilusão de ser a origem do
seu dizer e de seus sentidos, ou seja, tem a
ilusão de ter a consciência de todo o seu
dizer e dos atos e efeitos de sentidos que
seus enunciados produzirão em seu
interlocutor.
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O sujeito de linguagem é desencontrado, pois é afetado pelo real da
língua e também pelo real da história, não tendo controle sobre o modo
como elas o afetam. Isso redunda em dizer que o sujeito discursivo
funciona pelo inconsciente e pela ideologia.
ORLANDI, 2002:20
Assim, na conceituação do sujeito da pragmática, desconsidera-se
a existência de um inconsciente e considera que tudo o que se diz
vem de um ato consciente. Logo, para Orlandi (2002):
9
Por fim, sobre a noção da exterioridade da língua e sua
importância na produção dos sentidos, nesta webaula, você
pôde observar a relevância do contexto na concepção da
língua como instrumento de ação. Também pôde aprender
sobre outras concepções de sujeito, que o deslocam do centro
do dizer, mostrando que há outros fatores, primordiais, na
produção de sentidos como a materialidade histórica, o
inconsciente e as próprias particularidades da língua.
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Vídeo de encerramento
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