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Unidade 3 Seção 3 iStock 2018 Prática e ProduçãoPrática e Produção TextualTextual 1. Acesse a loja de aplicativos do seu smartphone e baixe um leitor de QR CODE. 2. Abra o leitor e fotografe o código. 3. Você será direcionado a este conteúdo. Bons estudos! Acesse este conteúdo pelo smartphone O que é isso? Clique no código e saiba mais. 1 Webaula 3 O impacto dos estudos pragmáticos na comunicação Determinação de fatores extralinguísticos Segundo Grice, para que o falante compreenda os sentidos dos enunciados, é fundamental que o ouvinte infira os sentidos atribuídos pelo falante, os quais podem não estar na literalidade das palavras. Os sentidos também são constituídos pelo o que não está dito/escrito no enunciado. Conforme afirma Bonini (2003), a partir das suas leituras dos trabalhos de Grice, a noção de contexto ou extralinguístico se tornou mais forte com a “noção de implicatura, um tipo de inferência não lógica, já que a condução não está expressa potencialmente no enunciado” (BONINI, 2003: 8). iStock 20182 No interior de determinada prática social, tendo em vista o lugar e o momento da interação, os participantes e suas particularidades, os objetivos a serem alcançados. KOCH; ELIAS; 2010: 88 Pode-se dizer que os fatores extralinguísticos, no processo comunicativo, estão ancorados, conforme afirmam Koch e Elias (2010) 3 Contextualização Fatores prospectivos Ainda em relação aos fatores extralinguísticos, Koch e Elias propõem a sua divisão em contextualização e fatores prospectivos. Você pode conferir as características de cada um desses aspectos clicando nos botões. 4 Análise pragmática de gêneros textuais escritos Deve-se considerar, na leitura de um texto escrito, elementos visuais, data, local e o suporte, ou seja, o meio em que o texto é publicado. Outros fatores relevantes acerca dos elementos extralinguísticos em relação a um texto escrito, conforme afirma Koch e Elias (2010), são os elementos do texto propriamente dito, como o título, autor, o estilo, as fórmulas iniciais. As autoras chamam esse tipo de contextualização de fatores prospectivos. iStock 20185 Análise pragmática de gêneros textuais orais No artigo Pragmática, presente no livro “Introdução à Linguística II”, a autora Joana Pinto (2012) analisa o seguinte enunciado: ‘”Olhe, mãe, vai certinho até minhas dobras!”. Para compreendê-lo, deve-se recorrer à situação de fala, ao contexto em que o enunciado foi realizado. A menina pode estar se referindo a dobras dos joelhos e, caso ela esteja em um campo, pode estar se referindo à vegetação do local que chega até às dobras do joelho. A partir desse exemplo, verifica-se a importância de se considerar os conhecimentos compartilhados entre os falantes e elementos culturais, sociais e históricos no processo de produção e interpretação de textos orais e escritos. 6 Até o momento, abordamos a relevância dos elementos extralinguísticos para a produção e interpretação do dizer, no sentido de apresentar as intenções e vontades do sujeito, expressas por ele por meio da linguagem. Agora introduziremos uma outra concepção de sujeito, a qual considera o sujeito psicanalítico, do inconsciente. iStock 20187 Redução da onipotência do sujeito em relação ao que diz Para Eni Orlandi , o sujeito intencional da pragmática, pautado por uma visão psicologizante, é um problema para os estudos pragmáticos, pois coloca o sujeito como o centro e origem do dizer e, logo, dos seus sentidos. Pode-se dizer que a concepção de sujeito, que se contrapõe ao sujeito pragmático, considera-o inscrito na língua e na história. É importante também ressaltar que, por meio do efeito de produção de evidências , o sujeito tem a ilusão de ser a origem do seu dizer e de seus sentidos, ou seja, tem a ilusão de ter a consciência de todo o seu dizer e dos atos e efeitos de sentidos que seus enunciados produzirão em seu interlocutor. 8 O sujeito de linguagem é desencontrado, pois é afetado pelo real da língua e também pelo real da história, não tendo controle sobre o modo como elas o afetam. Isso redunda em dizer que o sujeito discursivo funciona pelo inconsciente e pela ideologia. ORLANDI, 2002:20 Assim, na conceituação do sujeito da pragmática, desconsidera-se a existência de um inconsciente e considera que tudo o que se diz vem de um ato consciente. Logo, para Orlandi (2002): 9 Por fim, sobre a noção da exterioridade da língua e sua importância na produção dos sentidos, nesta webaula, você pôde observar a relevância do contexto na concepção da língua como instrumento de ação. Também pôde aprender sobre outras concepções de sujeito, que o deslocam do centro do dizer, mostrando que há outros fatores, primordiais, na produção de sentidos como a materialidade histórica, o inconsciente e as próprias particularidades da língua. 10 Vídeo de encerramento 11 Android: https://goo.gl/yAL2Mv iPhone e iPad - IOS: https://goo.gl/OFWqcq Aqui você tem na palma da sua mão a biblioteca digital para sua formação profissional. 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