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Dispepsia e DRGE DISPEPSIA • Problema relacionado à má digestão e alterações na sensibilidade da mucosa do estomago. • Sintoma muito comum • Muitos diagnósticos diferenciais • Muitos pacientes não procuram avaliação médica • Responsável por altos custos na saúde e grande impacto na qualidade de vida dos pacientes à Etiologia • 20 a 25% dos pacientes tem uma causa orgânica • 70 a 75% não tem causa definida (dispepsia funcional) • Doença Péptica (Úlcera, Gastrite) • H. Pilory • CCC (colecistite calculosa crônica) • DRGE • Dor na parede abdominal • Câncer • Gastroparesia • Pancreatite • Má absorção de carboidratos • Algumas medicações (ferro, antibióticos, AINES, estrógenos) • Doença de Crohn • Sarcoidose • Doenças isquêmicas • Parasitoses à Anamnese • Questionar tipo de dor, associação como azia, regurgitação, irradiação para dorso, dores em hipocôndrio direito. • Náuseas, vômitos • Perda de peso • Utilização de aspirina e AINES • Dor à palpação • Sinal de Carnett • Massas palpáveis • Linfonodos • Icterícia • Perda de massa muscular, edema de membros • Sinal de Carnett - no qual a dor abdominal (abdome agudo) aumenta ou não se altera com o estiramento da musculatura da parede abdominal. • Nódulo da sister mary joseph (nódulo umbilical metastático • Nódulo de virchow à Conduta • Endoscopia se sinais de alerta o >60 anos o Perda de peso (>5%) não intencional o Sangramento o Disfagia e odinofagia o Anemia não explicada o Vômitos persistentes o Massas palpáveis ou linfonodomegalia o História familiar à Mucosa gástrica • Antro: produtos de muco e onde se localizam as células G (gastrina) • 0,2 cm de camada de muco à O que pode encontrar? • Úlcera • Pólipo • Tumor GASTRITE à Conceitos • Alterações microscópicas e macroscópicas da mucosa gástrica • Várias causas • Resposta inflamatória aguda, crônica ou mista à Endoscopia • Localização: antro, corpo, pangastrite • Intensidade: leve, moderada ou grave • Outras características: edema, enantema, friabilidade, exsudato, erosão, atrofia, etc. à Anatomopatológico • Graduação das anormalidades estruturais • Atividade do processo inflamatório • Atrofia • Metaplasia • Presença de H. pilory à Fatores desencadeantes • Rompimento da barreira de muco • Aumento da secreção ácida • Álcool o Rompimento da barreira de muco • AINES o Bloqueio ciclo-oxigenase, que é responsável pela produção de prostaglandinas, que estimulam a produção de muco, além de questões relacionadas a microvasculatura • Estresse • Tabagismo • Alimentação (alimentos gordurosos, doces, café) • H. pilory à Hábitos alimentares • Refeições irregulares • Taquifagia e polifagia • Condimentos em excesso • Alimentos muito quentes • Refrigerantes • Alimentos industrializados • Gorduras em geral à Outras causas à Testar para H. pilory • Teste de urease • Biopsia • Teste respiratório • Sorológico (não realizamos, baixo VPP) • + com sintomas = tratamento • Locais que se fazem a biopsia quando pesquisar H. pilory à H. pilory • Presente em 95% dos casos crônicos • Descoberta em 1984 • Se liga a membrana levando a alterações que diminuem a produção de muco • Produção de mucinase e urease • Leva a maior produção de gastrina e HCl • Predominantemente no antro à Tratamentos das gastrites • Afastar agente etiológico • Terapia medicamentosa • Cirurgia? • Tratamento medicamentoso: o Inibidor de bomba de prótons o Bloqueadores H2 o Procinéticos o Sintomáticos • Quando tratar (medicamentoso)? Quando tem sintomas! o IBP o Amoxicilina + claritromicina o 14 dias o 90% de erradicação o Outros ATB para bactérias resistentes à Complicações doença péptica • Sangramento o Úlcera • Obstrução • Perfuração EED - Estudo contrastado de Esôfago estomago duodeno. Cirurgias: Ulcerorrafia + epipoplastia DISPEPSIA FUNCIONAL • Diagnóstico de exclusão • Critérios de Roma à Possíveis causas • Causas não bem conhecidas, hipóteses. • Deficiência do esvaziamento gástrico e função vagal • Hipersensibilidade visceral • Alteração de microbiota • Fatores psicossociais à Manejo • Testar H. pilory • IBP • Bloqueaador H2 • Procinéticos • Antidepressivos tricíclicos DRGE • É um evento fisiológico assintomático • A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição que se desenvolve quando o refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago provoca sintomas e/ou complicações. • Os sintomas mais comuns da DRGE são azia (ou pirose), regurgitação e disfagia. • Além disso, uma variedade de manifestações extraesofágicas têm sido descritas, incluindo broncoespasmo, laringite e tosse crônica, rouquidão e globus laríngeos. à Epidemiologia • EUA – 40% tem sintomas esporádicos, 20% com pirose semanal • Nova Zelândia – 30% • Brasil 12% à Etiopatogenia e fisiopatologia • O refluxo é o resultado do desequilíbrio entre fatores de agressão e de proteção do esôfago em consequência a falhas dos mecanismos de contenção do refluxo • O refluxo pode ser proveniente do estômago (refluxo ácido) ou do duodeno (refluxo alcalino) sendo ambos danosos ao esôfago • Quanto mais prolongados são os episódios de refluxo, mais danosos. à Os fatores que protegem o esôfago do refluxo são: • Saliva, com poder de neutralização • Clareamento esofágico dado pelo peristaltismo • Força da gravidade • Características de resistência da mucosa esofágica à O sistema de contenção do refluxo depende da integridade e disposição de algumas estruturas anatômicas • Entrada oblíqua do esôfago no estômago • Presença do ângulo de Hiss • Hiato esofágico pinçando o esôfago • Presença do esôfago abdominal • A membrana frenoesofágica • A presença do esfíncter esofágico inferior (mecanismo mais importante) à EEI • O esfíncter esofágico inferior estende-se por aproximadamente 4 cm. • Apresenta inervação autonômica proveniente dos nervos vago • Contraído na maior parte do tempo, e relaxa o mesmo no momento da deglutição • Relaxamento transitório que é responsável por 60 a 70% dos episódios de refluxo. • A pressão do esfíncter esofágico inferior sofre influência: o Hormonal o De medicamentos o De alimentos, sendo importantes fatores de risco consume excessivo de cafeína, gordura, cítricos, álcool o Hábitos alimentares específicos tais como alimentação copiosa e deitar- se logo após a dieta o Tabagismo o Uso de AINH o Situações que aumentam a pressão abdominal (obesidade e gestação) à Outras causas: • Hérnia hiatal por deslizamento o É a causa frequente, existem pacientes com hérnia de hiato assintomáticos o Determina o refluxo pela perda do segmento esofágico abdominal e alterações no ângulo esofagogástrico. o Existe íntima relação entre o tamanho da hérnia hiatal e a intensidade da DRGE • Doenças do colágeno • Sondagem nasogástrica (SNG) prolongada • Após intervenções na transição esôfago-gástrica • Aumento da pressão intra- abdominal • Anomalias da função gástrica à Quadro clínico • Sintomas pelo menos duas vezes por semana • Duração mínima de quatro a outro semanas • Pioram a depender do volume da refeição • Especialmente alimentos que sabidamente causam relaxamento do EEI • O decúbito dorsal horizontal também está associado a piora do refluxo, principalmente se ocorrer logo após a refeição • A disfagia denota casos mais graves (estenose, outras alterações funcionais, ou até mesmo a neoplasias). à Conduta • Endoscopia digestivaalta o Idade >40 anos o Sintomas intensos ou por mais de 4-8 semanas o Manifestações de alarme - Disfagia, odinofagia, anemia, hemorragia digestiva, emagrecimento o Manifestações atípicas • Teste terapêutico: IBP dose plena/4 semanas à Endoscopia • Esofagite não erosiva • Esofagite erosiva o Grau A; Grau B; Grau C; Grau D. • Metaplasia • Classificação de Los angeles à Outros exames • Exame radiológico contrastado o Disfagia • Manometria esofágica o Avaliar motilidade esofágica • PHmetria de 24hs o Sintomas atípicos e/ou EDA sem evidência de DRGE • Impedanciometria • Cintilografia o Suspeita aspiração pulmonar conteúdo gástrico o Pacientes que não toleram pHmetria 24horas o Avaliação do tempo de esvaziamento gástrico à Tratamento – medidas comportamentais • DRGE NÃO COMPLICADA o Elevação da cabeceira da cama (15cm) o Moderar alimentos gordurosos, cítricos, café, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, hortelã, produtos de tomate o Cuidados medicamentos potencialmente “de risco”: anticolinérgicos, teofilina, antidepressivos tricíclicos, bloqueadores de canais de cálcio, agonistas ß adrenérgicos, alendronato o Evitar deitar-se nas 2 horas que se seguem às refeições o Evitar refeições copiosas - fracionamento o Redução drástica ou cessação do fumo o Reduzir o peso corporal à Tratamento medicamentoso • Dose plena diária (30 a 60 minutos antes do café da manha) o Omeprazol – 40 mg o Lansoprazol – 30 mg o Pantoprazol – 40 mg o Rabeprazol – 20 mg o Esomeprazol – 40 mg o Dexlansoprazol 60 mg • De 4 a 8 semanas • Esofagite C e D à Diagnóstico diferencial • Carcinoma esôfago • Acalásia • Espasmo difuso • Estenose pilórica • Colelitíase • Gastrite • Úlcera péptica • Doença coronariana à Complicações • Esôfago de barrett -> 10-15% • Dismotilidade -> 1,9% • Estenose -> 2% à Esôfago de barret • O esôfago normal é revestido de epitélio escamoso • No nível da cárdia é recoberto por epitélio colunar em uma região chamada de “Linha Z” ou zona de transição esofagogástrica. • A definição mais amplamente aceita na literatura internacional e americana, inclui como esôfago de Barrett todos os casos em que o epitélio colunar do esôfago distal em continuidade com o estômago apresenta metaplasia intestinal, independente da extensão. • Extensão acima de 3 cm seria considerado como esôfago de Barrett Longo. • De 1 a 3 cm o Esôfago de Barrett curto apresenta menor risco de complicações. • Tratamento – esôfago de barrett o Clínico - Barrett curto: IBP dose plena uso contínuo - Barrett longo: IBP dose dupla uso contínuo o Endoscopia e biópsia a cada 2 anos o Tratamento cirúrgico - Fundoplicatura • Tratamento – displasia de baixo grau o Endoscopia + biópsia confirmatória - Após 3 meses IBP dose dupla - Redução componente inflamatório o Tratamento - Cirurgia antirefluxo - IBP dose dupla uso contínuo o Seguimento - Endoscopia cada 6 meses - Considerar ressecção endoscópica mucosa • Tratamento – displasia alto grau o Revisão da lâmina outro patologista o Tratamento - IBP dose dupla uso contínuo - Seguimento endoscópico cada 3 meses - Esofagectomia se carcinoma (incurável 10%) o Tratamento endoscópico – ressecção mucosa - Seguimento endoscópico cada 3 meses à Distúrbio de motilidade • Amplitude contração esôfago distal o < 30mmHg em 30% ou mais do total de deglutições líquidas à Estenose • Inflamatória e cicatricial • Tratamento o Dilatação com balão + IBP dose dupla 6-12 semanas o Seguido por IBP uso contínuo ou cirurgia antirrefluxo o Recorrência 30-40% o Novas sessões de dilatação à Tratamento cirúrgico • Complicações • Pacientes jovens dependentes de IBP • Refratariedade • Hérnias de hiato grandes • Técnica -> hiatoplastia com fundoplicatura • Melhores resultados em respondedores de IBP • Nunca operar com sobrepeso ou obesidade • Complicações: o Disfagia o Migração de válvula
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