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ANAMNESE EM NEUROLOGIA: SINTOMAS NEUROLÓGICOS → Sintomatologia neurológica: o Perda da força muscular (paresias e plegias: origem central/do 1º neurônio motor ou periférica/do 2º neurônio motor). o Sensibilidade o Alterações na visão e audição o Tontura o Distúrbios do movimento PARESIA → PARESIA: perda parcial da força muscular o Há um grau de força de 1 a 5, sendo 5 a força normal. → PLEGIA ou PARALISIA: perda completa da força muscular (grau 0). o É possível perceber a perda de força, por meio da MANOBRA DOS BRAÇOS ESTENDIDOS (o paciente sentado ou em pé estende os MMSS em supinação, com os dedos afastados um do outro e os olhos fechados. Depois de alguns segundos ou de meio a um minuto, segundo o grau de déficit motor, o membro parético apresenta oscilações e tende a abaixar-se). TIPOS → MONOPARESIA: acomete 1 só membro. o ex: Radiculopatia, neuropatia ou plexopatia (extensão/tração do plexo braquial no parto). → HEMIPARESIA o INCOMPLETA: não acomete o rosto (A). o COMPLETA: déficit de força muscular em 1 dos lados do corpo e acomete o rosto no lado ipsilateral (B). o COMPLETA ALTERNA: lado do rosto acometido é contralateral ao lado do corpo paralisado (C). o ex: Doença Cerebrovascular, neoplasias, Paralisia de Todd (pós-convulsão). → DIPARESIA o DE FACE: déficit de força motora na face bilateral. Ex: variantes da miastenia gravis e síndrome de Guillain-Barré. o DE MEMBROS: déficit de força em membros contralaterais (ex: braço esquerdo e perna direita acometidos - forma cruzada). Ex: ELA (doença do neurônio motor). → PARAPARESIA o MMII: acometidos bilateralmente; informação motora não chega por lesão torácica; paciente tem perda sensitiva abaixo da cicatriz umbilical e há perda do comando do esfíncter uretral e anal. o MMSS: é raro, mas se dá por lesão no córtex; distúrbio esfincteriano também está presente nesse caso. o ex: Mielopatias, TRM torácico, HTLV I ou II (paraparesia tropical) → TETRAPARESIA: lesão a nível de C5 ou por lesão do tronco encefálico, logo, os 4 membros são acometidos; distúrbio esfincteriano presente. o ex: Síndrome de Guillain-Barré, Polineuropatias, Esclerose lateral amiotrófica, TRM cervical, miastenia gravis, miopatias. LOCALIZAÇÃO → PROXIMAL: próxima ao tronco. o Miopatias, miastenia. → DISTAL: paresia; fraqueza mais na mão do que ombro (1º neurônio é acometido). o AVC isquêmico. → PROXIMAL E DISTAL: plegia; membros são afetados de forma semelhante. o Flácida: SNP e fase de choque SNC. o Espástica: SNC. → PREDOMÍNIO BRÁQUIO-FACIAL: hemiparesia desproporcional - maior perda de força no membro superior. o topografia em Coroa radiata (conjunto de fibras de projeção - ascendentes e descendentes - situadas acima do núcleo lentiforme, que conectam o córtex cerebral às partes inferiores do cérebro através da cápsula interna). → CRURAL: hemiparesia desproporcional - maior perda de força no membro inferior. o topografia em Coroa radiata. CURSO → FLUTUANTE: ao decorrer do dia, a perda de força piora (Miastenia Gravis). → SÚBITO: déficit se instala subitamente e pode perdurar ou não (AVE) → SUBAGUDO: duração se dá por dias a semanas (Guillain-Barré - em torno de 4 semanas) → INSIDIOSO, PROGRESSIVO ou CRÔNICO: duração por mais de 1 mês; instalação completa em 6 meses (neoplasia, ELA). SINTOMAS ASSOCIADOS → ABALOS MUSCULARES: chama atenção para crise convulsiva (Paralisia de Todd) → DISTÚRBIO ESFINCTERIANO: presente em casos de lesão medular, paraplegia ou paraparesia, tetraparesia ou tetraplegia. → FEBRE: doenças infecciosas. → ALTERAÇÕES COGNITIVAS: lesões encefálicas (SNC). → DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM → 6 principais elementos da linguagem: capacidade de expressão (volume do vocabulário - FLUÊNCIA); REPETIÇÃO; COMPREENSÃO; NOMEAÇÃO; LEITURA; ESCRITA. → DISFASIA/AFASIA: origem cerebral. o DISFASIA: criança não desenvolve a linguagem de forma satisfatória. o AFASIA: quadro súbito (AVC). A linguagem se desenvolve, mas há perda dela em algum momento - problema em 1 dos 6 elementos. → DISARTRIA: todos elementos estão preservados, mas há falha na articulação das palavras (alteração na fala). o Ex: língua presa, lábio leporino. → DISFONIA: distúrbio da fonação - voz rouca, bitonal ou de falsete (voz sem potência). Comprometimento da inervação motora das cordas vocais (nervo vagospinal). → DISLALIA: alteração na fala em que o indivíduo troca as letras (troca do R por L). → DISLEXIA: distúrbio da leitura ou escrita. → DISGRAFIA: distúrbio da escrita (tipo de afasia por se tratar de um problema em 1 dos 6 elementos). ALTERAÇÕES DA SENSIBILIDADE → ALGIA: dor. → PARESTESIA: sensações espontâneas subjetivas; não é a queixa principal do paciente e o incômodo não é tão grande. o ex: formigamento. → ALODÍNIA: sensação de dor ao estímulo não nociceptivo (paciente interpreta algo não lesivo como lesivo). o ex: usar pente de cabelo dói quando um paciente tem cefaleia migrâneam → HIPERALGESIA: aumento da sensação da dor (tipo de hiperestesia) → HIPERESTESIA: aumento da sensibilidade. o tipos de sensibilidade: vibratória, térmica, tátil e dolorosa. → HIPOESTESIA: diminuição da sensibilidade. → DISESTESIA: sensação desagradável, provocada ou espontânea, que incomoda mais que parestesia. o paciente apresenta fácies de dor. o deve-se introduzir medicamentação. → HIPOPALESTESIA: diminuição da sensibilidade vibratória (tipo de hipoestesia; avaliação por diapasão). DOR → DOR NOCICEPTIVA: dor fisiológica; condizente com o trauma. → DOR NEUROPÁTICA: dor desproporcional ao estímulo ou a dor se dá sem estímulo, secundária a um substrato de lesão ou disfunção ao sistema nervoso. o Dor talâmica: SNC o Guillain barré: SNP → DOR PSICOGÊNICA: sensação de dor no peito por síndrome do pânico. SINTOMAS DIGESTIVOS → NÁUSEAS e VÔMITOS: no assoalho do 4º ventrículo há a área postrema que comanda o centro do vômito. o Inflamação nessa área ou devido a aumento na pressão intracraniana causa vômito em jato. → DISFAGIA: dificuldade na capacidade em deglutir de forma segura (o alimento não ser desviado para a via aérea). o NEUROLÓGICA: dificuldade principalmente para líquidos (deve ser guiado de forma rápida pelos músculos - mais complexo e refinado). o GASTROINTESTINAL: dificuldade se dá mais para sólidos. ALTERAÇÕES VISUAIS → ESCOTOMA: falha do campo visual (pequeno ponto preto acompanha a visão) o Pode ser central ou periférico, a depender da localização da lesão na retina. → AMBLIOPIA: redução da acuidade visual. → AMAUROSE: perda funcional da visão - perda da discriminação de pontos (pode ser definitivo ou não, como na catarata) → DIPLOPIA: visão dupla. o MONOCULAR: causas oftalmológicas como luxação do cristalino, catarata e colaboma da íris. o Binocular: alteração da motricidade ocular extrínseca - estrutural ou por lesão nos NC. • Olhos desalinhados horizontalmente: mesmo objeto é visto um ao lado do outro. Nervos cranianos lesados: III e VI. • Verticalmente: lesão dos NC III e IV; mesmo objeto é visto acima do outro. → NISTAGMO: movimento oscilatório dos olhos verticalmente ou horizontalmente. o Presença de 2 componentes: rápido e lento. → HEMIANOPSIA: perda de metade do campo, geralmente bilateral. o HOMÔNIMA: perda de metade do campo visual. o HETERÔNIMA: campos visuais não correspondentes. legenda: cada NERVO ÓPTICO contém fibras da retina nasal (medial) e temporal (lateral). o retina temporal: responsável pela captação da informação visual do campo nasal ipsilateral; o retina nasal capta informação do campo visual temporal ipsilateral; Nervo óptico projeta-se inicialmente para o hipotálamo, para formar o QUIASMA ÓPTICO (contém o cruzamento das fibras da retina nasal de cada NC II - decussação). TRATOÓPTICO contémfibras nasais contralaterais e fibras temporais ipsilaterais; se projeta para diencéfalo. Aplicação clínica: lesão da via óptica 1. lesão de nervo óptico causa cegueira completa ipsilateral. 2. HEMIANOPSIA HETERÔNIMA BITEMPORAL - lesão no quiasma óptico: comprometimento das fibras que decussam (retinas nasais), logo, haverá perda dos campos visuais temporais. 3. HEMIANOPSIA HOMÔNIMA À ESQUERDA/CONTRALATERAL - lesão do tratoóptico: perda do campo visual nasal ipsilateral (por comprometimento da retina temporal ipsilateral) e temporal contralateral (retina nasal contralateral comprometida). https://www.youtube.com/watch?v=uHVlAkuVg IA&ab_channel=anatomiapapelecaneta → QUADRANTOANOPSIA: perda de um quadrante do campo visual. SINTOMAS AUDITIVOS DISACUSIAS → HIPOACUSIA o SURDEZ: perda de uma das faixas audíveis. o ANACUSIA: perda de todas as faixas audíveis. o PARACUSIA: ouve-se sons que não existem naquele momento. → HIPERCUSIA o AUTOFONIAS: sensação de ouvido tapado ou entupido. o ALGIACUSIA: dor por processo inflamatório; zumbido/tinitus. TONTURA CARACTERÍSTICA → VERTIGEM (rotatória): manifestação mais frequente; origem do sistema vestibular (receptores informam ao SNC a posição e os movimentos da cabeça). o ex: labirintite (distúrbio no ouvido interno). → DESEQUILÍBRIO: lesão cerebelar (encarregado da coordenação muscular). → ESCURECIMENTO VISUAL (lipotímia ou pré- síncope): baixo fluxo sanguíneo cerebral transitório - origem neurocardiogênica. o LIPOTÍMIA: escurecimento da visão, mas paciente não tem a perda de consciência, como no desmaio. o SÍNCOPE: desmaio. → SENSAÇÃO DE “CABEÇA VAZIA” (inespecífica): deve-se perguntar sobre ansiedade e depressão. MODO DE INSTALAÇÃO → SÚBITA: espontânea (AVC) ou por posição da cabeça (VPPB - Vertigem posicional paroxística benigna). → PROGRESSIVA: neoplasia. SINTOMAS ASSOCIADOS → VÔMITOS e NÁUSEAS: origem vestibular (mais intensa) ou cerebelar. → SUDORESE e PALPITAÇÃO: origem cardiogênica; deve-se pensar em síncope e lipotímia. CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DA VERTIGEM → VPPB: disfunção dos canais semicirculares da cabeça; instabilidade sobrevém apenas em certas posições da cabeça. → VIRAL: por infecção. → DOENÇA DE MENIÈRE (viral-labirintite): distúrbio caracterizado por ataques recorrentes de vertigem incapacitante; comum em idosos. Vertigem + zumbido + hipoacusia. → TÓXICA: por etanol e medicamentos. https://www.youtube.com/watch?v=uHVlAkuVgIA&ab_channel=anatomiapapelecaneta https://www.youtube.com/watch?v=uHVlAkuVgIA&ab_channel=anatomiapapelecaneta DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO → TREMOR: oscilações rítmicas, involuntárias que envolvem todo ou parte do corpo. (Tremor essencial - 1ª causa mais comum e Parkinson - 2ª causa mais comum) o REPOUSO: ritmo lento e regular; assimétrico (tremor numa mão é pior que na outra - Parkinson); aparecimento durante o repouso do segmento interessado. o POSTURAL: aparece durante a manutenção de uma atitude; bilateral simétrico - tremor essencial; tremor de ação postural. o DE INTENÇÃO: aparece no decurso do movimento - para pegar objeto, mãos tremem simetricamente (sugere tremor essencial); tremor de ação cinético.
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