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Análise de Proteínas – Método de Kjedahl 
 
1. Introdução - A determinação de protídios (proteínas) baseia-se na determinação de nitrogênio. A composição 
das proteínas por aminoácidos, o teor de nitrogênio (dos grupos amino) pode ser diretamente correlacionado 
como conteúdo proteico da amostra. A determinação geralmente é feita pelo processo de digestão Kjeldahl. Este 
método, idealizado em 1883, tem sofrido numerosas modificações e adaptações, porém sempre se baseia em três 
etapas: digestão, destilação e titulação. A matéria orgânica é decomposta e o nitrogênio existente é finalmente 
transformado em amônia. Sendo o conteúdo de nitrogênio das diferentes proteínas aproximadamente 16%, 
introduz-se o fator empírico 6,25 para transformar o número de g de nitrogênio encontrado em número de g de 
proteínas. Em alguns casos, emprega-se um fator diferenciado de 6,25. Amostras contendo nitratos podem 
perdê-los durante a digestão. Nestes casos, deve-se adicionar ácido salicílico ou fenol (cerca de 1 g), os quais 
retêm os nitratos, como nitro-derivados. Procede-se então à digestão. 
 
Digestão – A matéria orgânica existente na amostra é decomposta com ácido sulfúrico e um catalisador, onde o 
nitrogênio é transformado em sal amoniacal. 
Destilação – A amônia é liberada do sal amoniacal pela reação com hidróxido e recebida numa solução ácida de 
volume e concentração conhecidos. 
Titulação – Determina-se a quantidade de nitrogênio presente na amostra titulando-se o excesso do ácido 
utilizado na destilação com hidróxido. 
 
2. Material 
Balança analítica, frascos de Kjeldahl de 500 a 800 mL, bloco digestor, balão de destilação, frasco Erlenmeyer 
de 500 mL, bureta de 25 mL, espátula, papel de seda e pipeta graduada de 25 mL ou pipetador automático. 
 
3. Procedimento – Pese de 1 a 3g da amostra. Transfira para o balão de Kjeldahl (papel+amostra). Adicione 25 
mL de ácido sulfúrico e cerca de 6 g da mistura catalítica. Leve ao aquecimento no bloco digestor, até a solução 
se tornar azul-esverdeada e livre de material não digerido (pontos pretos). Aqueça por mais uma hora. Deixe 
esfriar. Caso o laboratório não disponha de sistema automático de destilação, transfira quantitativamente o 
material do balão para o frasco de destilação. Adicione 3 gotas do indicador fenolftaleína e 1 g de zinco em pó 
(para ajudar a clivagem das moléculas grandes de protídios). Ligue imediatamente o balão ao conjunto de 
destilação. Mergulhe a extremidade afilada do refrigerante em 25 mL de ácido bórico, contido em frasco 
Erlenmeyer de 500 mL com 3 gotas do indicador vermelho de metila. Adicione ao frasco que contém a amostra 
digerida, por meio de um funil com torneira, solução de hidróxido de sódio a 30% até garantir um ligeiro 
excesso de base. Aqueça à ebulição e destile até obter cerca de (250-300) mL do destilado. Titule diretamente a 
solução de hidróxido de amônio com a solução de ácido clorídrico 0,1 M, utilizando o mesmo indicador do 
método. 
 
Cálculo: 
% Nitrogênio total = V x N x f x 0,014 x 100 % Proteína = % Nitrogênio total x F 
 Peso da amostra 
 F = fator de correção da relação nitrogênio/proteína de acordo com o produto (Fator geral = 6,25) 
 
4. Referência 
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1: Métodos químicos e físicos 
para análise de alimentos, 3. ed. São Paulo: IMESP, 1985. p. 4950.

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