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ANGINA ESTÁVEL E INSTÁVEL Amanda Porcino Miguel: 201802322681 Eliana Oliveira do Santos: 201509182021 Marisa Ornellas Emmerick: 201907310029 Monara Galvão Leite: 201402168373 Rogéria Rodrigues Evanir: 201403466467 Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY A angina é uma síndrome clínica caracterizada por dor ou desconforto em qualquer das seguintes regiões: tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou membros superiores, sendo tipicamente desencadeada ou agravada com atividade física ou estresse emocional e atenuada com uso de nitroglicerina e derivados. A dor costuma ser descrita como um aperto ou uma sensação de pressão no peito e é tipicamente desencadeada por esforço ou emoção e surge quando o miocárdio (músculo do coração) recebe menos sangue que o necessário para o seu normal funcionamento. Quando o paciente fica em repouso ou faz uso de nitrato sublingual, a dor desaparece. A angina usualmente acomete portadores de DAC (Doença Aterosclerótica Coronariana) com comprometimento de, pelo menos, uma artéria epicárdica. Entretanto, pode também ocorrer em casos de doença cardíaca valvar, cardiomiopatia hipertrófica e hipertensão não controlada. Pacientes com coronárias normais e isquemia miocárdica relacionada ao espasmo ou disfunção endotelial também podem apresentar angina. O universo de pacientes que apresenta DAC vem aumentando progressivamente em todo o mundo, uma vez que eles vivem mais em decorrência do tratamento dos quadros agudos, o que é verificado, no Brasil, pela tendência à redução de mortes por causa isquêmica do coração. No Brasil, temos, pelo menos, 900.000 brasileiros com angina do peito e cerca de 18.000 novos casos da doença ao ano, baseados num total de 30 casos de angina estável para cada caso de infarto agudo hospitalizado em um ano. Estas diretrizes pretendem orientar a investigação e o tratamento de uma população de anginosos, bem como daqueles assintomáticos portadores da doença. A angina é também classificada: ANGINA ESTÁVEL A angina estável é um quadro de dor no peito típica e previsível, que surge quando o paciente faz alguma atividade física ou sofre algum estresse emocional. A dor desaparece após alguns minutos em repouso ou quando o paciente utiliza um medicamento dilatador das artérias coronarianas, como nitrato sublingual. O que caracteriza uma angina como estável é o fato dela ter curta duração (menos de 20 minutos) e ser desencadeada sempre por esforços físicos de intensidade semelhantes, mantendo-se na mesma classe por vários meses ou anos, de forma que o paciente mais ou menos saiba o tipo de esforço que pode fazer sem desencadear dor. ANGINA INSTÁVEL A angina instável pode ser divida em três grupos, conforme certas características clínicas: angina em repouso(usualmente com duração > 20 min, ocorrendo há cerca de 1 semana), angina de aparecimento recente [com pelo menos gravidade III (Limitação marcada da atividade física normal. A dor pode surgir ao andar apenas um quarteirão em terreno plano ou subir um lance de escadas) na Classificação da Sociedade Canadense de Cardiologia, e com início há 2 meses], angina em crescendo (previamente diagnosticada, que se apresenta mais frequente, com episódios de maior duração e com limiar menor). Distinguir clinicamente uma angina instável de um infarto agudo do miocárdio é muito difícil, pois os sintomas são praticamente iguais. Para tal, costumam ser necessários o eletrocardiograma e a dosagem das enzimas cardíacas. Os pacientes com angina instável apresentam elevado risco de evoluírem para infarto agudo do miocárdio a curto/médio prazo Os fatores de risco para angina são basicamente os mesmos da aterosclerose. Os principais são: Obesidade. Diabetes mellitus. Colesterol alto. Sedentarismo. Tabagismo. Hipertensão arterial. Idade acima de 50 anos. História familiar de doença isquêmica cardíaca. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Sintomas da angina estável Dor de curta duração, geralmente menor que 5 minutos. Previsível. Semelhante a outros episódios de angina estável. Desencadeada por esforço e aliviada com repouso ou nitrato sublingual Sintomas da angina instável Dor que surge subitamente, mesmo em repouso. Imprevisível. Duração maior que 20 minutos. Diferente das crises anteriores de angina. Não desparece com nitratos. Apresenta outros sintomas associados, como falta de ar, sudorese e mal-estar. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico da angina pode ser feito com base apenas nas características clínicas da dor e no histórico pessoal do paciente. Estudos mostram que a taxa de acerto é de 93% quando o paciente tem múltiplos fatores de risco e apresenta sintomas típicos da angina. Porém, a investigação não acaba no momento do diagnóstico. A angina é um sinal de isquemia cardíaca, sendo um forte fator de risco para o infarto do miocárdio. Por isso, todo paciente com angina costuma ser avaliado inicialmente com eletrocardiograma, prova de esforço e ecocardiograma, que servem para avaliar a gravidade da doença isquêmica. Se os testes citados acima sugerirem que o paciente apresenta elevado risco de evoluir para infarto do miocárdio, ele deve ser submetido a um cateterismo cardíaco, também chamado de cineangiocoronariografia. Diagnóstico da angina instável: A angina instável deve ser encarada como um infarto. O paciente precisa ser atendido, de preferência, em um serviço de emergência. O diagnóstico diferencial é feito através da dosagem das enzimas cardíacas, principalmente da troponina, que é um marcador de necrose do tecido cardíaco. No caso de infarto, a troponina costuma estar elevada, enquanto na angina instável ela encontra-se dentro dos valores de referência. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY TRATAMENTO: O tratamento dos pacientes com angina se baseia em um tripé: MUDANÇAS DE ESTILO DE VIDA perder peso, melhorar a dieta, praticar atividade física (com orientação do cardiologista), controlar a pressão arterial e o diabetes, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e evitar o estresse, parar de fumar, etc Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND MEDICAMENTOS: O tratamento farmacológico da angina é feito habitualmente com medicamentos antianginosos, que atuam na prevenção e no controle das crises de dor, e com inibidores da agregação plaquetária, que reduzem o risco de trombose e de infarto agudo do miocárdio. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND 1. Nitratos Nitratos são medicamentos antianginosos. São frequentemente usados na prevenção da dor e no tratamento das crises agudas de angina, pois eles relaxam e dilatam os vasos sanguíneos, permitindo que mais sangue flua para o músculo cardíaco. Já existem nitratos em forma de adesivo transdérmico, que podem ser utilizados para prevenir as crises de dor anginosa. 2. Beta-bloqueadores Os medicamentos da classe dos beta-bloqueadores também devem ser utilizados pelos pacientes com angina. Os beta-bloqueadores atuam reduzindo a frequência cardíaca, a contratilidade do coração e a pressão arterial, principalmente durante o exercício. Todos os tipos de betabloqueadores parecem ser igualmente eficazes no controle da angina de esforço. 3. Bloqueadores dos canais decálcio Em geral, os bloqueadores dos canais de cálcio são usados em combinação com beta-bloqueadores ou como um substituto destes quando eles são contraindicados ou causam efeitos colaterais intoleráveis. Os bloqueadores dos canais de cálcio provocam vasodilatação coronária, reduzem a pressão arterial e a contratilidade cardíaca. 4. Ranolazina A ranolazina é um antianginoso relativamente novo, que pode ser utilizado em substituição ou em associação com os beta-bloqueadores. 5- Aspirina ou clopidogrel A aspirina e o clopidogrel são medicamentos que inibem a agregação das plaquetas. Esse efeito ajuda a reduzir o risco de infarto agudo do miocárdio, pois a agregação plaquetária é o primeiro passo na formação de trombos que obstruem por completo a artérias coronárias e provocam necrose miocárdica. 6- Estatinas Estatinas são medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de colesterol. A longo prazo, as estatinas previnem e reduzem a aterosclerose, tendo efeito positivo na prevenção do infarto do miocárdio. PROCEDIMENTOS MÉDICOS Nos pacientes com angina instável ou naqueles com angina estável que não melhoram com o tratamento farmacológico, o cateterismo cardíaco está indicado. Se durante o cateterismo o cardiologista identificar alguma artéria coronária gravemente obstruída, ele pode fazer uma angioplastia, que é uma técnica que restabelece o fluxo sanguíneo. Nos pacientes com múltiplas lesões nas artérias coronárias, o tratamento mais indicado é a cirurgia de revascularização miocárdica, conhecida popularmente como ponte de safena. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-ND Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA REFERÊNCIAS https://www.mdsaude.com/cardiologia/angina/#:~:text=J%C3%A1%20a%20angina%20inst%C3%A1vel%20%C3%A9,e%20n%C3%A3o%20melhora%20com%20repouso. Artigo: Diretrizes de Doença Coronariana Crônica – Angina Estável
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