Prévia do material em texto
Puerpério - imediatamente apos a expulsao fetal ate 6 semanas pós parto - acompanhamento com fenômenos involutivos locais (útero, vagina, períneo e mama) e sistêmicos Avaliação no pós parto - Involução uterina - Loquiação - Trajeto de parto (cesárea ou normal) - Sinais de TVP - Função intestinal e urinária - Amamentação *idade gestacional - dilatação +- 2 Fenômenos involutivos locais - útero Involução uterina - 1cm/dia - ate 3o dia - 0,5cm/dia ate tangenciar borda superior da sínfise púbica, acompanhadas ou não de cólicas - hipoinvoluçao - hiperinvolunçao Colo Permeabilidade - primíparas - impérvio após 5o dia - multíparas - impérvio após 10o dia Aspecto - orifício externo - lacerações/comissuras - flacidez Loquiaçao Classificação - vermelho ou sanguíneos (lochia rubra ou cruenta) - até 4o dia pós parto - escuros ou serossanguinolentoo (lochia fusca) - 3o ao 5o dia pós parto - amarelos (lchia flava) - 5o ao 10o dia - alba - após 10o dia *volume - 225 a 500ml na primeira semana Sinais de TVP Sinal de homans: dor na panturrilha a dorsoflexao do pé Sinal da bandeira: menor mobilidade a palpação da panturrilha acometida (‘’empastamento’’) Sinal de bancroft: dor a palpação da musculatura da panturrilha contra a estrutura óssea Fenômenos involutivos sistêmicos Coagulabilidade - elevação dos níveis de fibrinogênio e de fator VIII - risco de fenômenos tromboemboliticos - fatores predisponentes: cirurgia, varizes, imobilização Aumento dos leucócitos (10 - 20 mil) Função intestinal e urinária Fenômenos involutivos sistêmicos Urinário - traumas/edema uretral: retenção urinária no puerpério imediato - fluxo plasmatico renal, filtração glomerular e taxas de ureia e creatinina - retorno em 4-8sem - função ureteral: normalização em 6-12sem Gastro - correção da topografia gastrica pela descompressão abdominal - retorno dos movimentos intestinais - regressão da gengivite gravídica Desvios patológicos do puerpério - morbidade febril puerperal é definida com a presença de temperatura de, no mínimo, 38 oC durante dois dias consecutivos, entre os primeiros 10 dias pós-parto, em pelo menos quatro tomadas diárias por via oral (excluídas as 24 horas iniciais) - Mastite; ITU; Pneumonia; Endometrite ITU - fatores de risco para infecção urinária puerperal a sondagem vesical, cesariana ou parto operatório, anestesia peridural e índice de massa corporal (IMC) elevado - febre + dor costovertebral + nausea e vomitos; - tratamento: primeira linha (compatível com a amamentação): Nitrofurantoína 100mg de 6/6h por 5-7 dias; Sulfametazol-trimetropima 800-160mg de 12/12h por 3-5 dias Endometrite - Infecção da decídua (endométrio gestacional) - Sepse puerperal = infecção do trato genital entre o início da ruptura das membranas ou o parto até o 42o dia pós-parto = febre + 1 presente: 1. Dor pélvica 2. Secreção vaginal anormal 3. Odor anormal dos lóquios 4. Atraso na redução do tamanho do útero - primeiros sinais clínicos de corioamnionite podem incluir febre, taquicardia materna, dolorimento uterino e drenagem vaginal purulenta - calafrios que acompanham a febre sugerem bacteremia ou endotoxemia - cesariana é a primeira e mais frequente causa, especialmente se for feita em trabalho de parto, que aumenta em cinco vezes se comparada a uma cesariana eletiva fora do trabalho de parto - fatores de risco pré-operatórios para a infeção cirúrgica incluem diabetes, obesidade, uso prolongado de esteroides sistêmicos, tabagismo e infecções preexistentes, como infecção intra- amniótica ou vaginose bacteriana, tempo do procedimento cirúrgico e o uso de material alergênico, como suturas, aumentam ainda mais o risco de infecção, parto operatório ou traumático, a retenção de fragmentos placentários no útero e a hemorragia pós-parto são outros fatores de risco - gentamicina 240mg/dia até 70kg ou 320mg/dia acima de 70kg, IV, dose única diária, associada à clindamicina 600mg, IV, de 8/8h - se a mãe não estiver amamentando, a clindamicina pode ser substituída pelo metronidazol; gentamicina 240-320mg/dia, IV, dose única diária, associada a metronidazol 250mg, VO, de 6/6h; ou 500mg, IV, de 8/8h Depressão pós parto - episódio depressivo maior ou de intensidade grave a moderada presente nos primeiros meses após o nascimento - DPP está associada a maior risco de descontinuação da amamentação, conflitos familiares e negligência em relação às necessidades físicas e psíquicas da criança - fatores genéticos e epigenéticos estão significativamente envolvidos na etiologia da DPP, entre os principais fatores de risco, destaca-se o episódio depressivo na gravidez - outros fatores de são baixa autoestima, estresse constante no cuidado filial, manifestações psiquiátricas ansiosas pré-natais e suporte social inadequado - mulheres com história de DPP, há 25% de risco de recorrência na gestação subsequente - atualmente, o rastreamento da DPP por meio de instrumento validado, é recomendado Lembrar *Psicose pós parto *Transtorno bipolar pós parto *Transtorno de ansiedade pós parto