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– Definições da assistência ao parto - Recomendado: pacientes de baixo risco - Não recomendado: não deve fazer rotineiramente em nenhuma paciente - Recomendado somente em contexto específico - Recomendado somente em contexto rigoroso de pesquisa 1º Estágio do trabalho de parto - É marcado pelo início das contrações que vão até 10cm de dilatação - Pode ser dividido em fase latente e fase ativa - A fase latente é definida como período de duração incerta (onde não pode mensurar a duração) - A atividade uterina é progressivamente mais intensa levando a dilatação e apagamento do colo. - Na fase latente em geral é utilizada os 5cm de dilatação, no caso, se a paciente ainda não possui 5cm de dilatação e não possui as contrações efetivas para a expulsão, é considerado fase latente. - Fase ativa: é a fase em que a paciente está com 5cm de dilatação ou mais (até 10cm), nessa fase já é possível temporizar a duração. - Multíparas (mulheres que já tiveram mais de 1 filho) até 10 horas e primíparas 12 horas. 2º Estágio do trabalho de parto - É o período expulsivo: consiste desde a paciente ter 10cm de dilatação até o nascimento do feto, pode esperar até 2 horas de período expulsivo. - Período expulsivo prolongado: mais de 3 horas de período expulsivo. 3º Estágio do trabalho de parto - É o momento do secundamento ou dequitação, que consiste na expulsão da placenta 4º Estágio do trabalho de parto - É o período desde a saída da placenta até 1h de pós-parto - Tem extrema importância as grandes chances de hemorragias pós-parto - Nesse período é onde tem mais chances de complicações. RECOMENDAÇÕES - A OMS recomenda que as orientações sejam seguidas de acordo com o estágio do parto. – Em todo trabalho de parto + 1º Estágio do trabalho de parto 1. Cuidados de maternidade respeitosos mantendo a dignidade, privacidade, confidencialidade, garantindo a ausência de maus tratos e possibilitando apoio. No caso, a paciente pode escolher como será prestada a assistência ao parto desde que não faça mal a ela e ao bebê. 2. Comunicação eficaz entre os prestadores de cuidados e as parturientes 3. Garantia de acompanhante durante todo o trabalho de parto 4. Usar as definições do estágio do TP: 1º Estágio Latente até 5cm e ativo maior que 5cm 5. Duração normal do primeiro estágio é controversa e variável, a OMS recomenda que não defina uma duração para a fase latente e a fase ativa não se prolonga além de 10h em multíparas e 12h em primíparas. 6. Controle intermitente do BCF com sonar ou Pinard a cada 15 a 30 minutos. Avaliação do bem-estar fetal 7. Toque vaginal a cada 4 horas. Na fase inicial pode ser feito a cada 4h 8. Opções para o alívio da dor: farmacológicas: analgesia epidural ou opioides parenterais/ não farmacológico: massagem, compressas e relaxamento (banheira aquecida). 9. Permitir que a paciente faça ingestão de líquidos e alimentos 10. Encorajar a movimentação e posição vertical Auxilia na melhor dinâmica do parto, melhora o controle da dor e contrações NÃO RECOMENDADO - 1º ESTÁGIO 1. Usar o critério de evolução de dilatação cervical inferior a 1cm/h na fase ativa para identificar o risco de resultados adversos OU como critério isolado para indicar intervenções (cesariana/ocitocina) E não são recomendadas intervenções de rotina na fase latente Dilatação até 5cm > Se ela não dilatar 1cm por hora, não é preciso intervir) 2. Realizar pelvimetria clínica de rotina na admissão 3. Tricotomia ou enema Não é preciso realizar lavagem intestinal 4. Realizar cardiotocografia de rotina na admissão ou contínua no trabalho de parto em gestações saudáveis Gestações seguras e saudáveis é possível acompanhar fazendo a ausculta intermitente com o sonar a cada 15 a 30m Cardiotocografia rotineiramente em pacientes que não precisam, aumenta o risco de procedimentos, deve ser feito somente com indicação clínica. – 5. Embrocação vaginal de rotina com antissépticos Você realiza a higienização do períneo no momento do parto, mas não faz embrocação vaginal 6. Manejo ativo para prevenir trabalho de parto prolongado (amniotomia ou ocitocina) É preciso acompanhar os partos de baixo risco e não é necessário romper bolsa ou infundir ocitocina nessas pacientes sem necessidade. 7. Ocitocina de rotina quando realizada analgesia de parto A analgesia pode atrapalhar a força e contrações durante o trabalho de parto, porém não pode ser feito ocitocina de rotina só pode fazer se a contratilidade estiver afetada 8. Antiespasmódicos ou fluídos endovenosos para evitar atrasos no trabalho de parto Não pode ser feito rotineiramente e principalmente em gestações de baixo risco > menos intervenções possíveis) 9. QUALQUER SINAL DE SOFRIMENTO FETAL, DESCOMPENSAÇÃO MATERNA E NÃO EVOLUÇÃO DO TP É necessário intervir no caso específico e não deve ser feita de forma rotineira. Recomendações do 2º Estágio do trabalho de parto É o estágio onde a paciente está no período expulsivo, onde chegou a 10cm de dilatação 1. Considerar que o 2º estágio tem duração variável, sendo que normalmente é inferior a 2 horas em multíparas e 3 horas em nulíparas É observado que esse período dura menos de 1 hora em partos normais 2. A posição do parto é de escolha da paciente, mesmo com analgesia 3. Orientar a paciente realizar o puxo apenas seguindo seu próprio impulso É a pressão que a paciente faz para auxiliar a contração, onde a paciente deve fazer apenas quando sentir vontade e deve ser feita junto com as contrações para ter mais efetividade 4. Uso de técnicas para reduzir o trauma perineal, como massagem perineal, compressas quentes e a proteção perineal com as mãos Durante o 2º estágio enquanto a apresentação fetal está ocorrendo no períneo, podem ser feita as técnicas para reduzir o trauma perineal 5. Controle intermitente do BCF com sonar ou Pinard a cada 5 minutos NÃO RECOMENDADO – 2º Estágio do trabalho de parto 1. Uso rotineiro ou liberal da episiotomia As lacerações perineais só devem ser feitas de forma seletiva e não deve ser feita de forma rotineira 2. Pressão manual no fundo do útero – A manobra de Kristeller (compressão manual de fundo do útero) não deve ser feita porque pode causar uma série de lesões na mãe, feto, perineal e para os órgãos Recomendações 3º Estágio do trabalho de parto 1. Administração em todas as pacientes de ocitocina (10UI IM). Se não estiver disponível pode usar: Ergometrina, Metilergometrina ou Misoprostol (uterotônicos) A causa de mortalidade é hemorragia uterina e utilizando uterotônicos após a saída do feto e placenta, a hemorragia puerperal é prevenida ERGOMETRINA e METILERGOMETRINA SÃO CONTRAINDICADOS EM PECIENTES COM HAS E PRÉ ECLAMPSIA 2. Tração controlada do cordão No período da dequitação é recomendado o clamp do cordão associada a uma tração controlada do cordão que irá auxiliar no desprendimento da placenta, essa manobra diminui hemorragia 3. Retardar o clampeamento do cordão, se não houver contraindicação (esperar pelo menos 1 minuto) Pode esperar um tempo para realizar o clampeamento do cordão de 2 a 3 minutos, com isso o sangue continua fluindo pelo cordão umbilical e pode prevenir anemia no RN Paciente HIV positivo = clampeamento precoce para evitar transmissão vertical Pacientes com sofrimento fetal, descolamento prematuro de placenta = clampeamento tardio prejudica no desenvolvimento NÃO RECOMENDADO – 3º Estágio do trabalho de parto 1. Massagem uterina contínua em paciente que recebeu ocitocina A massagem uterina é para diminuir sangramento e se ela evoluiu bem no TP e recebeu ocitocina, não há indicação para massagem uterina Só deve ser feita se a paciente NÃO TIVER RECEBIDO OCITOCINA OU caso a paciente CONTINUE SANGRANDO MESMO COM OCITOCINA Pacientes que evoluíram para ATONIA UTERINA e estão SANGRANDO, pode ser feita a massagemuterina
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