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O RH no Metaverso: Possibilidades e Impactos

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TEXTO COMPLEMENTAR 
 
Disciplina: Dinâmica das Relações Interpessoais 
Professor: Gustavo Nascimento 
 
O RH NO METAVERSO 
 
Empresas dos mais diferentes segmentos já estão se posicionando no tabuleiro 
do Metaverso, o universo digital onde, se a tendência se confirmar, vamos 
replicar nossa vida, nossos interesses e relações, e onde parece que, muito em 
breve, vamos viver e trabalhar uma parte do nosso tempo. Para entender as 
possibilidades no Metaverso e o seu impacto na área de Recursos Humanos, a 
ABRH-SP promoveu, na última terça, uma masterclass sobre o tema com o 
especialista em inovação e transformação digital Walter Longo, sócio-diretor da 
Unimark Comunicação, empreendedor digital e palestrante internacional. 
Como ele explicou, as redes sociais foram um treinamento inicial da população 
para o Metaverso, que é um grande filtro do Instagram onde parecemos sempre 
muito melhores do que efetivamente somos e onde poderemos ser o que 
quisermos. “Essa possibilidade ilimitada é que fascina tanta gente. Além disso, 
estamos todos atrás de um mundo mais inclusivo, justo e de aceitação das 
diferenças, e o Metaverso parece ser um lugar mais democrático onde todo 
mundo pode ser o que quiser, independentemente de suas limitações. 
Como o termo cunhado pelo escritor Neal Stephenson significa um ambiente 
onde será possível replicar nossa vida, nossos interesses, rotinas e relações no 
universo digital, poderemos, por exemplo, construir uma casa, passear no 
shopping, fazer compras, frequentar bares, namorar, enfim tudo aquilo que a 
gente realiza no mundo físico. 
Por isso, empresas dos mais diferentes segmentos já estão marcando território 
no Metaverso. A Nike, por exemplo, começou a vender tênis virtuais (Crypto 
Sneakers) para que os avatares usem, cobrando evidentemente menos que um 
tênis no mundo virtual, mas mesmo assim faturando. A Mercedes comercializa 
automóveis para que os avatares passeiem pelas cidades; a Gucci tem feito 
desfiles e várias outras grifes famosas estão nesse caminho. Há uma crescente 
indústria imobiliária digital, cidades estão surgindo, incorporadoras e 
construtoras lançando divisões no novo mundo. Dubai, por exemplo, criou a 
primeira cidade do Metaverso que é uma réplica fiel de sua planta, renderizada 
em 3D. 
“Dentre os grandes players que disputam de territórios no Metaverso, os 
produtores de games estão na frente porque já são locais onde é possível 
encontrar pessoas e socializar. Aos poucos, plataformas de games como 
Fortinet e Roblox estão fundindo jogos, shows e redes sociais num só ambiente. 
Os novos games estão substituindo não apenas os games antigos, mas também 
a TV, a Netflix e Instagram”, ressaltou Longo. 
Entretanto, não são apenas as marcas famosas que estão interessadas nesse 
mundo de infinitas possibilidades. Uma montanha de empresas de produtos 
cotidianos também tem entrado nessa corrida do ouro. Já há, inclusive, 
casamentos dentro do Metaverso, com, acredite, patrocinadores. 
Impactos no mundo do trabalho 
Uma das previsões destacadas por Longo é a de que milhões de novos 
empregos poderão ser gerados no Metaverso para pessoas com deficiência, o 
que vai ao encontro do desejo atual por uma sociedade mais inclusiva. O 
Metaverso também poderá ser uma adição muito importante para fixar a cultura 
corporativa no trabalho remoto, porque, com todo mundo trabalhando a 
distância, a cultura corporativa acaba sendo reduzida. “Isso pode mudar com as 
reuniões sendo feitas com os avatares cada vez mais parecidos com as pessoas, 
o que altera o conceito de trabalho remoto. Ou seja, vamos sair do Meeting ou 
do Zoom diretamente para o Metaverso.” 
Ele citou experiências que já vêm sendo feitas por empresas como a da 
Accenture, que criou recentemente o Nth Floor, um escritório virtual no 
Metaverso para que os seus mais de 500 mil trabalhadores do mundo inteiro 
possam trabalhar nesse espaço rotineiramente, gerando uma oportunidade 
inédita de engajamento e interação. Eles podem reservar uma sala para fazer 
uma apresentação, trabalhar lado a lado com outros colegas e encontrar com os 
seus clientes, apesar de estarem na própria casa. 
Entre as oportunidades de negócios que deverão ser geradas, Longo disse que 
quatro merecem atenção especial do RH: o trabalho remoto com muito mais 
sensação de proximidade como já citado; a gamificação dos processos para 
incentivar e engajar as pessoas; o treinamento para aumento da produtividade; 
e as possibilidades nas áreas de educação e cultura. 
A capacidade de individualizar relações também será determinante para a 
gestão de Recursos Humanos no Metaverso, pois teremos uma nova lente 
colocada na câmera da nossa realidade. No Metaverso cada um terá uma vida 
diferente e toda essa vida gerará uma infinidade de dados que ajudarão a 
entender melhor as pessoas, sejam clientes ou colaboradores. 
“Recomendo a todos que trabalham com RH acompanharem muito de perto 
essas mudanças e tendências, porque estamos com um grupo de colaboradores 
cada vez mais jovem e os jovens são os early adopters, que estão indo de 
maneira cada vez mais acelerada para esse mundo. É preciso começar a fazer 
reuniões dentro do Metaverso, convidar os colaboradores para treinar, 
verificando a vantagem entre as pessoas ao redor de uma mesa com os seus 
avatares em relação ao Zoom. Vamos acompanhar de perto o que parece ser 
uma tendência irreversível porque não podemos estar atrasados”, aconselhou o 
especialista. 
 
ABRH-SP. O RH no metaverso, 2022. Disponível em: 
https://abrhsp.org.br/conteudo/noticias/o-rh-no-metaverso. Acesso em: 18 abr. 
2022.

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