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VAMOS FALAR DE COMPETÊNCIA Licensed to ISMAEL NUNES DA SILVA FILHO - mael.nsilva@uol.com.br - 414.534.538-06 SST Santos, Michel Vamos falar de competência / Michel Santos Ano: 2020 nº de p. : 09 Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados. Licensed to ISMAEL NUNES DA SILVA FILHO - mael.nsilva@uol.com.br - 414.534.538-06 Vamos falar de competência 3 Apresentação Neste momento vamos ver os conceitos de competências, suas formas de compreensão e aplicação no desenvolvimento humano. Vamos estudar que as competências partem do CHA – conhecimento, habilidades e atitudes – que juntas, contribuem para a capacitação profissional e muito estudada no contexto da administração e gestão de pessoas. Vamos também estudar sobre a dinâmica de grupos, a forma de constituição e relações interpessoais com as pessoas no ambiente de pessoas. Veremos que grupos são diferentes de equipes, a partir do contexto de observação e trabalho. Vamos estudar as etapas de formação de grupos, bem como alguns modelos de toma de decisão importantes quando trabalhamos com pessoas e relacionamos com competências. Conceito de Competências (Análise do CHA) O conceito de competência faz parte da nossa vida pessoal e profissional já há algum tempo, pois, com o desenvolvimento de novas funções e atividades nas empresas, tornou-se fundamental a evolução de nossos conhecimentos, habilidades e atitudes para que possamos manter a empregabilidade. Podemos definir esse conjunto de fatores como competências individuais. Você já ouviu gestores e colegas determinarem se uma pessoa é ou não competente em algo, não é mesmo? Mas o que é ser competente ou demonstrar competência? Ser competente significa ter um conjunto de aptidões adequadas para se diferenciar dos seus colegas e atingir os resultados esperados. Atenção Licensed to ISMAEL NUNES DA SILVA FILHO - mael.nsilva@uol.com.br - 414.534.538-06 4 Esse conjunto é composto pelos conhecimentos que podem ser desenvolvidos por meio do aprendizado acadêmico ou do aprendizado pela experiência, e que podemos definir como saber; também pelas habilidades consideradas como a capacidade em fazer determinada atividade ou saber fazer; ainda, pelas atitudes, que são definidas como ação que te leva a querer fazer. Existe ainda uma subdivisão das competências entre competências técnicas (aquelas definidas pelo conhecimento de um sistema, um processo, uma língua estrangeira, por exemplo) e as competências comportamentais (aquelas consideradas de fundamental importância para as organizações, como tomada de decisão, comunicação verbal e escrita, controle emocional etc.). Vamos imaginar a seguinte situação: você encontrou uma receita de pão caseiro que sua avó fazia e resolveu colocar em prática um pouco do que aprendeu com ela para ver como se saía. Leu a receita, separou os ingredientes e partiu para a ação. Fazendo pão Plataforma Deduca (2018). Ao fazermos uma analogia com as competências, podemos identificar que a receita demonstra o seu conhecimento técnico sobre o assunto, pois determina o material necessário e a forma de fazer o produto; colocar a mão na massa e executar a receita determina sua capacidade/habilidade em fazer o pão; ter a iniciativa de tirar a receita do papel demonstra que você teve atitude em fazer o pão. Depois que o pão ficou pronto, você consegue perceber qual sua competência na área da panificação que será determinada pelo resultado obtido. O pão ficou saboroso? Assou no tempo certo? Teve algum passo da confecção da receita que Licensed to ISMAEL NUNES DA SILVA FILHO - mael.nsilva@uol.com.br - 414.534.538-06 5 você poderia ter feito melhor? Ao avaliar seu desempenho, você consegue perceber se faltou conhecimento ou habilidade. Ter em mãos a receita do pão nem sempre será suficiente para ter sucesso na ação. Ter a habilidade de sovar o pão da maneira correta pode não ser eficaz se você esquecer de acrescentar o fermento na hora certa. Além da receita e da experiência em fazer pães, o principal ponto para que o resultado seja verificado é a vontade em fazer o pão. Assim é com tudo em nossa vida – não basta ter apenas conhecimento e habilidades naquilo que fazemos, é preciso ter força de vontade e atitude para realizar as atividades. O que é Gestão por Competências? Dentro de uma organização onde estão reunidas pessoas com diferentes competências individuais, faz-se necessário o levantamento de quais são as principais competências para que a organização atinja seus resultados: a estas chamamos de competências organizacionais. Essas competências são observadas quando processos foram estabelecidos e os conhecimentos dos colaboradores, sejam eles tácitos (aquilo que não está declarado, mas que se subentende ou não), são colocados em ação. Para que as competências organizacionais sejam definidas, é fundamental realizarmos o levantamento das competências técnicas para as funções ou cargos na empresa. Essas competências podem ser dividas em essenciais e básicas (GRAMIGNA, 2007). Competências COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS São as observadas pelos clientes e que têm relevância para o negócio. Exemplo: foco no cliente e atendimento com qualidade. COMPETÊNCIAS BÁSICAS São perceptíveis internamente na empresa, primordiais para suportar o funcionamento da organização. Podemos citar Como exemplo: flexibilidade e relacionamento interpessoal. São as competências básicas que dão a base e sustentam a produtividade. Fonte: Elaborado pelo autor (2020) Empresas são feitas de pessoas. Pessoas que se organizam em setores ou departamentos e que constantemente interagem com outras áreas. Essa Licensed to ISMAEL NUNES DA SILVA FILHO - mael.nsilva@uol.com.br - 414.534.538-06 6 organização de pessoas pode ser considerada um grupo ou uma equipe, dependendo da forma como o relacionamento e a confiança foram estabelecidos. Antes de ser uma equipe, um grupo de pessoas se forma. Em cada grupo, as pessoas possuem papéis e responsabilidades diferentes. Estes papéis e responsabilidades podem ser determinados pela gestão ou ainda entre os próprios participantes. Atenção A forma mais assertiva para a definição do que cada um fará no grupo deve levar em consideração as competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) de cada indivíduo, ou seja, o quanto ele sabe sobre o assunto, o quanto ele sabe fazer e o quanto ele quer fazer. Experiências anteriores e resultados positivos são outros aspectos importantes para a divisão de tarefas nos grupos. Mas, para chegar a este ponto, no qual cada um sabe o que deve ser feito com segurança e alto desempenho, existe um caminho a ser percorrido. Formação dos grupos De acordo com Vergara (2016), a formação de grupos passa por três etapas: Etapa 1: é o momento de formação de um grupo, quando pessoas que não se conhecem ou não realizaram atividades em conjunto passam a fazer parte do mesmo grupo; o ambiente fica agitado e confuso, a comunicação nebulosa e os relacionamentos ainda são superficiais. Etapa 2: é chamada de turbulência e pode ser percebida quando, passado o momento de reconhecimento entre os colegas, já se tem uma percepção melhor das fortalezas e fraquezas de cada um. Há alguns conflitos e ataques, resistências e desistências. Vale ressaltar que este momento poderá ser Licensed to ISMAEL NUNES DA SILVA FILHO - mael.nsilva@uol.com.br - 414.534.538-06 7 decisivo para o futuro do grupo de acordo com a forma que as pessoas chave deste grupo inferirem na forma de lidar com esta competição. Etapa 3: é chamada de normalização quando as regras e normas internas são definidas a fim de estabelecer a identidade deste grupo. Momento de criatividade e flexibilidade, resolução de conflitos e busca pela coesão. Com o apoio de pessoas chave, o grupo se organiza em relação às atividades, atribuições e responsabilidades. Se necessário, determina processos e fluxos de trabalho. Há diferentes maneiras de se constituirgrupos: eles podem ser formados para realizar uma tarefa específica, como por exemplo, pessoas de diferentes setores trabalharem em um projeto da organização; existem os grupos formais com atribuições específicas para exercerem as tarefas necessárias na execução de um trabalho; grupos de interesse que é a reunião de pessoas que se unem para buscar um objetivo comum, mas de interesse individual, o grupo de amigos que surge por semelhança e ainda grupos informais que são aqueles criados a partir de um desejo social. Decisões precisam ser tomadas o tempo todo. Atenção Quando a decisão é individual, você é o único responsável pelo resultado da sua escolha. Mas quando se trabalha em grupo e uma decisão precisa ser tomada, se faz necessário pensar em algumas possibilidades: está claro para o grupo qual o principal objetivo em se tomar a decisão? Todas as alternativas para resolver a questão foram apresentadas? Foram realizadas rodadas com todos os participantes do grupo para contribuição de ideias e soluções? Quais são os prós/ contras de cada opção? Qual é a opção mais realista neste momento? Qual a opção que provavelmente resolverá o problema a longo prazo? Quais critérios serão determinantes para identificar se a solução foi ou não bem sucedida? Foram avaliados os impactos e urgência desta decisão? Licensed to ISMAEL NUNES DA SILVA FILHO - mael.nsilva@uol.com.br - 414.534.538-06 8 Após estes e outros questionamentos pertinentes, é preciso planejar a implantação das ações, por meio de ferramentas de controle como o 5W2H, por exemplo, monitorar e avaliar os resultados dentro dos prazos estabelecidos. Tomada de decisão MODELO AÇÕES UNANIMIDADE Todos concordam com a decisão tomada. MAIORIA Mais de 50% dos participantes concordam. PLURALIDADE Parte do grupo decide, mesmo que não haja maioria. AUTORIDADE Todos debatem sobre o assunto, mas apenas uma pessoa decide pelo grupo, que pode ser o especialista no assunto, por exemplo. CONSENSO Neste formato se discute e se negocia até que todos os envolvidos compreendam e concordem com a decisão. Fonte: Elaborado pelo autor (2020) Todos os modelos têm prós e contras, e talvez uma boa solução seja combinar ideias; em vez de desistir de uma ideia e escolher outra, o grupo deve procurar maneiras de programar as duas ou as juntar numa solução. Licensed to ISMAEL NUNES DA SILVA FILHO - mael.nsilva@uol.com.br - 414.534.538-06 9 Fechamento Estudamos a importância das competências dos profissionais para o sucesso de uma empresa. Vimos que as competências estão relacionais com os conhecimentos de uma pessoa (o saber), as habilidades (o fazer) e as atitudes (o ser). A partir disso, é possível conhecer melhor os funcionários, criar programas de treinamento e desenvolvimento, bem como poder utilizar cada pessoa da melhor forma dentro da empresa. Além disso, estudamos a formação dos grupos, suas etapas de constituição e aplicação no contexto das empresas. Além disso, vimos que grupos são diferentes de equipes de trabalho, por conta das relações sociais e profissionais que os diferem. E por fim, vimos cinco modelos de tomada de decisão que contribuem na gestão de competências, no desenvolvimento das equipes e na gestão de pessoas. Referências GRAMIGNA, M. R. Modelo de Competências e Gestão de Talentos. 2. ed., London: Pearson, 2007. VERGARA, S. C. Gestão de Pessoas. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2016. Licensed to ISMAEL NUNES DA SILVA FILHO - mael.nsilva@uol.com.br - 414.534.538-06
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