Buscar

Materiais e Aplicações de Suturas - Técnica Cirúrgica Veterinária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

● Propriedades do Fio: Deve possuir boa se-
gurança no nó, adequada resistência tênsil, fácil 
manuseio, baixa reação tecidual, fácil esteri-
lização, baixo custo, zero ação carcinogênica ou in-
fecciosa, calibre fino e regular e resistente ao meio 
de atuação. 
 ➤ Configuração Física: Envolve a composição 
e tipo filamentar. 
 ➤ Capilaridade: É a capacidade de transferên-
cia de fluidos pelo fio. Quanto mais alto, maior a 
chance de risco infeccioso. 
 ➤ Absorção: É o poder de captação de fluido 
pelo fio. Está intimamente relacionado à capila-
ridade, e quanto mais alto maior a capacidade de 
retenção de microrganismos. 
 ➤ Aderência Bacteriana: É a capacidade do 
fio de possibilitar a retenção de bactérias na sua 
superfície ou interstício. 
 ➤ Diâmetro: É o calibre do fio, determinado em 
milímetros e expresso em zeros. Quanto menor, 
mais zeros. É uma propriedade importante na 
escolha, visto que, se pequeno demais, exige ma-
ior número de suturas e reação à corpo estranho; 
se grande demais, há brutalidade na força tênsil. 
 ➤ Força Tênsil: É a força necessária para rom-
pimento do fio, configurando a resistência do fio. 
 ➤ Força do Nó: É a força necessária para que 
um nó escorregue ou desfaça. 
 ➤ Elasticidade: É a capacidade do fio de reto-
mar à sua forma original após tracionado. 
Possibilita adequação à ferida e evita o afrouxa-
mento. 
 ➤ Plasticidade: É a capacidade do fio de se 
manter em nova forma após tracionado. 
 ➤ Memória: É a plasticidade e elasticidade após 
realização do nó. Se for de alta memória, costu-
mam desatar o nó e retomar à forma original. 
 ➤ Pliabilidade: É a facilidade de se dobrar o fio 
e cerrar o nó. Está relacionado à força do nó. 
 ➤ Atrito: É a capacidade de deslizamento do fio 
pelos tecidos. Quanto maior o coeficiente, maior é 
a raspagem e força do nó. Quanto menor, mais fá-
cil é reposicionar o nó. 
● Classificação do Fio: 
 ➤ Quanto a Origem: Podem ser animal, mine-
ral, vegetal ou sintético de acordo com sua maté-
ria prima. 
 
 ➤ Quanto o Fi-
lamento: Podem 
ser monofilamen-
tados ou multifila-
mentados (torci-
dos ou trançados). 
 
Multifilamentados Monofilamentados 
↑ Capilaridade ↓ Capilaridade 
↑ Absorção ↓ Absorção 
↑ Aderência Bacteriana ↓ Aderência Bacteriana 
↑ Força Tênsil ↓ Força Tênsil 
↑ Força do Nó ↓ Força do Nó 
↑ Pliabilidade ↓ Pliabilidade 
↑ Atrito ↓ Atrito 
Obs.: Quadro de Tendência Generalizado! 
 ➤ Quanto a Absorção: Se dividem em: 
 ☞ Não Absorvíveis: Não são degradados e por 
isso são capazes de manter a força tênsil por mais 
de 60 dias. 
 
Seda: É de origem animal. É multifilamen-
tado e pode ser tratado com óleo, cera ou silicone 
para diminuição da capilaridade. Perde sua força 
tênsil e até é capaz de ser absorvido, porém 
somente em 2 anos. Vantagens: baixo custo, boa 
pliabilidade, fácil aquisição, bom manejo. Desvan-
tagens: alta capilaridade, produz ulceração gas-
trintestinal, pode desenvolver litíases se no trato 
urinário, não deve ser usado em mucosa de vísce-
ras e feridas contaminada, elevada reação teci-
dual. 
Algodão: É de origem animal. É multifilamen-
tar e foi amplamente usado durante a Segunda 
Guerra, mas atualmente não é mais utilizado em 
rotina. Vantagens: baixo custo, fácil aquisição, pli-
abilidade. Desvantagens: alta capilaridade e rea-
ção tecidual (granulomas e fístulas). 
Nylon: É de origem sintética. É de apresen-
tação monofilamentar, com perda de 30% da força 
tênsil em 2 anos; e multifilamentar com perda de 
100% após 6 meses. Vantagens: baixa reação teci-
dual, ampla aplicação, baixa risco de infecção, sem 
capilaridade, inerte, baixo custo e alta resistência. 
Desvantagens: não pode ser usado em cavidades 
serosas ou sinoviais por conta da fricção, possui 
manuseio difícil, baixa segurança do nó, é escor-
regadio, com alta memória e necessidade de 5 
nós. 
Polipropileno (Prolene®): É de origem sintéti-
ca. É um polímero monofilamentar de propileno, 
um derivado do gás propano. É indicado para 
tendão, ligamento e cápsula articular, visto ma-
nipulação fácil. Vantagens: força tênsil inferior ao 
nylon, maior segurança do nó, inerte, boa re-
tenção de força e resistente à infecção. Desvan-
tagens: alto custo e escorregadio. 
Caprolactam Polimerizado (Supramid®, Vetafil®): 
É de origem sintética. É multifilamentar, revestido 
e indicado para uso na pele. Vantagens: força 
tênsil superior ao nylon, alta resistência, pouca 
reação tecidual. Desvantagens: alto custo, risco de 
rompimento da bainha externa e contaminação. 
Poliéster (Ti-Cron®, Mersilene®): É de origem 
sintética. É um polímero sintético (teflon, dacron) 
e multifilamentado. Pode ser revestido por silico-
ne. É muito utilizado em cirurgias cardiovasculares 
Vantagens: é o mais forte dos não metálicos e per-
de pouca força tênsil. Desvantagens: maior reação 
tecidual entre os sintéticos, não deve ser usado 
em feridas contaminadas, pobre segurança dos 
nós. 
Aço Inoxidável: É de origem metálica. É o 
mais utilizado dos metálicos e se apresenta na 
forma de fios, para redução de fraturas; ou 
agrafes, para grampeamento em grandes animais. 
Vantagens: resistentes, inertes, fácil esterilização, 
baixa fricção, não capilar, cicatriz mínima, menor 
reação tecidual e aplicação rápida (agrafes). Des-
vantagens: nós difíceis, atrito alto com tecido, 
extremidades irritadiças, permanente, uso de ins-
trumentos especiais e brutalidade. 
 ☞ Absorvíveis: Sofrem degradação por fagoci-
tose e perdem sua força tênsil em menos de 60 
dias. Costumam ser utilizados internamente para 
evitar novo procedimento para retirada. 
Categute: É de origem animal. É obtido da 
submucosa do intestino delgado de carneiros ou 
bovinos, sendo composto por colágeno puro 
tratado com formaldeído. Devido a sua 
composição, desencadeia exarcebada reação 
inflamatória de corpo estranho. Além disso, é 
multifilamentar e possui alta capilaridade. Seu uso 
é desencorajado. Vantagens: relativamente forte, 
fácil de manusear. Desvantagens: impróprio para 
suturas externas, capilaridade alta, perda de força 
tênsil, dilatação e enfraquecimento se úmido, rea-
ção de corpo estranho e sensibilização. 
Ácido Poliglicólico (Dexon®): É de origem sinté-
tica. É um polímero multifilamentar que pode ser 
recoberto por triclosan. É absorvido completa-
men-te em 60-90 dias, com mínima absorção nas 
primeiras 2 semanas. Vantagens: bom manuseio, 
ampla aplicação, boa tolerância em feridas conta-
minadas. Desvantagens: alto custo. 
Poliglactina (Vicryl®): É de origem sintética. É 
um polímero multifilamentar hidrofóbico e mais 
resistente à hidrólise que o ác. poliglicólico. Tam-
bém pode ser revestido com triclosan. Perde 50% 
da sua força tênsil de 2-3 semanas. Vantagens: 
baixa reação, ampla aplicação, boa tolerância em 
feridas contaminadas. Desvantagens: alto custo. 
Poliglecaprone (Caprofyl®, Monocryl®): É de ori-
gem sintética. É monofilamentar e tem alta força 
tênsil inicial, além de pouca reação tecidual. 
Também pode ser recoberto com triclosan. É com-
pletamente absorvido em 90-120 dias. Vantagens: 
alta força tênsil, excelente flexibilidade, pouca 
reação. Desvantagens: perda rápida de força tên-
sil (75% em 14 dias). 
Polidioxanona (PDS®): É de origem sintética. É 
monofilamentar e de maior flexibilidade, porém 
sofre degradação por hidrólise. Mantém 50% da 
sua força tênsil após 5-6 semanas e é comple-
tamente absorvido em 180 dias. Vantagens: perde 
86% da força após 56 dias, resistência tênsil maior 
que ác. poliglicólico e poliglactina, maior flexibili-
dade dos sintéticos absorvíveis. Desvantagens: 
alto custo. 
Polidioxanona (PDS®): É de origem sintética. É 
monofilamentar e de maior flexibilidade, porém 
sofre degradação por hidrólise. Mantém 50% da 
sua força tênsil após 5-6 semanas e é comple-
tamente absorvido em 180 dias. Vantagens: perde 
86% da força após 56 dias, resistência tênsil maior 
que ác. poliglicólico e poliglactina, maior flexibili-
dade dos sintéticos absorvíveis. Desvantagens:alto custo. 
Poligliconato (Maxon®): É de origem sintética. 
É um copolímero monofilamentar com caracte-
rísticas semelhantes à polidioxanona, porém com 
excelente segurança no nó. É absorvido em 6-7 
meses. Vantagens: boa força tênsil, pouca ou ne-
nhuma absorção durante o período crítico de 
cicatrização . Desvantagens: alto custo. 
Glicômero (Biosin®): É de origem sintética. É 
um composto monofilamentado mais resistente 
que a poliglactina. Sua absorção é em 90-110 dias. 
Poliglitone (Caprosyn®): É de origem sintética. 
É um polímero monofilamentar rapidamente 
absorvível. 
● Reação Tecidual: Todo fio de sutura é um 
corpo estranho, portanto, é importante se utilizar 
do menor calibre possível para o procedimento. A 
reação ao fio começa propriamente entre o 2º e 7º 
dia após seu implante. 
 ➤ Progressão: Infiltrado celular de polimorfo-
nucleados, leucócitos, linfócitos e monócitos de 1-
4 dias. Presença de macrófagos e fibroblastos de 
4-7 dias. Tecidos fibrosos com inflamação crônica 
após 7 dias, porém fios inabsorvíveis mantem 
resposta mínima. Formação de cápsula fibrosa em 
torno do fio no 28º dia. 
 ➤ Reação Excessiva: Desenvolve retardo na 
cicatrização, formação de aderências, risco infec-
cioso, abcessos, fístulas e eliminação espontânea 
dos fios. 
 ● Seleção do Fio: A resistência do fio deve ser 
pelo menos igual à resistência do tecido, sendo a 
pele e fáscia > estômago e intestino > bexiga. 
Pele 
Nylon monofilamentado 
Polipropileno 
Subcutâneo Absorvíveis sintéticos 
Fáscia 
Inabsorvíveis (prologado) 
Absorvíveis sintéticos 
Músculo 
Sintéticos 
Nylon ou prolipropileno (miocárdio) 
Vísceras Ocas 
Absorvíveis sintéticos 
Inabsorvíveis monofilamentares 
Tendão 
Nylon 
Aço inoxidável 
Polidioxanona 
Poligliconato 
Vasos 
Polipropileno 
Nylon 
Nervo 
Polipropileno 
Nylon 
● Materiais de Suturas: São utilizados porta-
agulhas, agulhas, fios, grampos e grampeadores, 
pinças anatômicas e tesouras. 
 ➤ Porta-Agulhas: São utilizados para prender 
as agulhas de maneira fixa durante a execução da 
sutura. 
 ☞ Mayo-Hegar: É ideal para suturas em pro-
fundidade devido a suas hastes longas e estreitas. 
Se utilizado em transfixação de estruturas rígidas 
é recomendado manuseio espalmado. 
Fios absorvíveis sintéticos devem ser evitados 
em locais com presença de amônia, visto que 
acelera sua degradação. 
 
 ☞ Mathieu: É ideal para trabalho em superfície, 
sendo manipulado em posição espalmada. 
 
 ☞ Gillies: Apresenta uma tesoura incorporada 
para secção da ligadura sem necessidade de trocar 
o instrumento. 
 
 ➤ Agulhas: Acoplam os fios para introdução na 
borda. Podem variar de acordo com a necessidade 
do tecido e tipo de fio. 
 ☞ Partes: As agulhas apresentam 3 partes dis-
tintas: 
Fundo: É a parte de conexão com o fio. Pode 
ser cego/rombo, quando semelhante à agulha de 
costura; falso/aberto, quando o fio é conectado 
por pressão e não há abertura; e benjamin, quan-
do é cego e com prolongamento de abertura. 
Corpo: É a parte entre o fundo e a ponta. Po-
de ser cilíndrico, achatado, triangular ou trapezói-
de. 
 
Ponta: É a parte de penetração. Pode ser 
cônica/cilíndrica, usada para subcutâneo e fáscia; 
triangular/bifacetada, usada no cutâneo; espatu-
lada, usada na oftalmologia; e cega, usada para 
dissecação de tecido friável e sutura de órgãos pa-
renquimatosos. 
 
 ☞ Classificação: As agulhas apresentam 2 divi-
sões: 
Trauma: Podem ser traumáticas, quando o-
casiona trauma tecidual devido à diferença entre 
o diâmetro da agulha e do fio; ou atraumática, 
quando os fios já estão encastoados no fundo falso 
da agulha 
Curvatura: Podem ser retas, usadas sem 
ajuda do porta-agulhas e em locais acessíveis; ou 
curvas, quando 
usadas pelo 
porta-agulhas e 
em campos 
cirúrgicos 
pequenos e 
profundos. 
 
Especiais: Reverdin, uma agulha que per-
mite inserção e fixação facilitada do fio por possuir 
uma cânula. Guerlach, utilizada na correção do 
prolapso vaginal ou uterino em vacas. 
 
● Suturas: Manobra de mantença das bordas e 
superfícies coaptadas para manter o processo de 
cicatrização por primeira intenção. 
 ➤ Conceitos Gerais: A eficiência, segurança e 
rapidez de execução de uma sutura são aspectos 
fundamentais pera um bom resultado. 
 ☞ Manipulação: Deve ser delicada para não di-
ficultar a cicatrização. As bordas devem ser bem 
expostas com auxílio de pinças para entrada e 
saída adequada da agulha. 
 ☞ Colocação Instrumental: A agulha deve estar 
sempre presa pela parte média do corpo do porta-
agulha. 
 ☞ Sentido: As suturas contínuas geralmente se 
realizam da direita para a esquerda, se transver-
sais são feitas da parte proximal para a distal. Se 
as suturas forem separada, o fechamento se inicia 
na região central da ferida, distribuindo-se nas 
laterais de maneira alternada. 
 ☞ Transfixação: Pode ser feita em um tempo 
quando as bordas estão próximas e o tecido é 
macio. Se estiverem afastadas ou em tecido rígido, 
é realizada em dois tempos. 
 ☞ Nó: Em suturas contínuas é feito um inicial e 
um final; já em separadas, é feito uma única vez ao 
término de cada ponto. A ponta do fio deve ser de 
pelo menos 2mm para evitar soltura. 
 ➤ Classificações: 
 ☞ Profundidade: Pode ser superficial quando 
na pele e subcutâneo; ou profunda, quando 
abaixo do plano aponeurótico. 
 ☞ Planos Anatômicos: Pode ser por planos, 
quando os pontos abrangem camada por camada 
de tecido para eliminar espaço morto; em massa, 
quando inclui todos os planos em um único ponto 
e servindo de sustentação; ou mista, quando com-
bina ambas as técnicas. 
 ☞ Finalidade: Hemostática, quando visa coibir 
ou prevenir hemorragia; união, quando reestabe-
lece a integridade anatômica e funcional; sus-
tentação, quando são de apoio para manutenção 
de uma estrutura; e estética, quando obtém ótimo 
confrontamento entre planos para cicatriz 
perfeita. 
 ☞ Espessura do Tecido: Pode ser perfurante 
total quando atravessa toda a parede; ou parcial 
quando atravessa somente uma parte da espessu-
ra. 
 ☞ Posição das Bordas: Pode ser alterada a de-
pender da sutura utilizada. 
Aposicional: É de justaposição das bordas 
sem desnível entre elas. Geralmente usada em pe-
le. 
Inversão: Desloca as bordas para o interior e 
não permitem visualização delas e nem do fio. É 
geralmente usada em vísceras ocas para isolar a 
parte interna. 
Eversão: As bordas se voltam para fora, 
mantendo contato entre interiores. É aplicada em 
suturas vasculares ou peles escamadas. 
 ☞ Pontos Separados: A alça de fio corresponde 
a um nó, sendo de lenta elaboração, mas seguras 
no caso de soltura. 
Ponto Simples: É o mais utilizado, proporcio-
na oclusão anatômica segura e tensão precisa, 
sendo aposicional. Usada em qualquer tecido de 
pouca tensão, como pele, subcutâneo, fáscia, va-
sos, nervos e trato gastrintestinal. O nó deve se 
posicionar ao lado da linha de incisão. 
 
Sutura de Relaxamento: Executada como o 
ponto simples, porém a cada 2-3 pontos é 
realizado um novo ponto com distância da borda 
maior. Reduz a tensão e é utilizado em feridas 
grandes com dificuldade de aproximação ou para 
evitar acúmulo de líquido. 
 
Wolff Interrompido: Ao atravessar as bordas 
da ferida, a agulha retorna em sentido inverso ao 
anterior. É um ponto de eversão e de alta tensão, 
usado para hemostasia, ferimentos extensos em 
peles de grande animais, e correção de hérnias e 
aponeuroses. 
 
Donatti: Os primeiros pontos de implan-
tação são distantes da borda, e os de retorno são 
próximos. É usada na pele junto ao subcutâneo 
para sustentação e aposição. Garante uma per-
feita vascularização da ferida, mas exige mais 
material e tempo. 
 
Wolff Captonado: É a sutura de Wolff in-
terrompida com a utilização de tubos de borracha, 
silicone ou gaze. É utilizada para evitar que a alça 
do fio seccione a pele nas suturas de tensão. 
Encavilhada: É a sutura de Donatti com a 
utilização de cilindros de silicone,borracha ou 
gaze. Permite suprimento vascular adequado em 
suturas com tensão. 
Sultan: É utilizada em regiões com resis-
tência a grandes tensões. Pode ser usada também 
em perfurações por agulha hipodérmica no esva-
ziamento de gases intestinais. 
 
Lembert: É uma sutura gastrintestinal clás-
sica por ser invaginante. Aqui, a parede da víscera 
é automaticamente invertida com um nó não tão 
apertado. 
 
Swift: É uma sutura simples invertida, assim 
mantém as pontas para dentro, impedindo a 
aderência da sutura com outras vísceras. Utilizada 
no esôfago. 
 
Jaquetão: É uma sutura de sobreposição 
para correção de hérnias; 
 
 ☞ Pontos Contínuos: Há somente um nó inicial 
e um final, sendo de elaboração rápida. 
Simples Contínua: É uma sutura usada em 
tecidos elásticos de pouca tensão como vasos, 
músculos, aponeuroses, subcutâneo e pele. 
 
Reverdin: É uma sutura simples, porém após 
a passagem da agulha pelos tecidos, ela é passada 
por dentro do laço pré-formado. Dá firmeza. 
 
Wolff Contínuo: É a sutura de Wollf, porém 
realizada de maneira contínua. 
 
Schimieden: A agulha passa de dentro para 
fora, mantendo as bordas bem confrontadas, sem 
inversão. É utilizada em seromucosas como pri-
meira sutura de órgãos ocos. 
 
Intradérmica Zigue-Zague: A agulha perfura o 
tecido intradérmico, o aproximando de maneira 
aposicional. 
 
Cushing: É inva-
ginante, não perfuran-
te total e não conta-
minada utilizada em 
órgãos ocos. Inverte a 
mucosa e aproxima a 
serosa. 
Connell: É a mesma técnica de Cushing, po-
rém realizada em seromucosa. 
Bolsa de Fumo: É posicionada em círculo ao 
redor de uma abertura. Não penetra na mucosa e 
é usada para fechar abertura no trato gastrintes-
tinal, apertar ca-
nais ou orifícios 
para hemostasia, 
isolar cavidades e 
ficas tubos de 
lavagem 
 
Parker-Kerr: É utilizada para fechar o coto de 
uma víscera oca. É uma sutura de Cushing 
realizada sobre uma pinça posicionada na extre-
midade, que é retirada vagarosamente. Usada em 
anastomose jejuno-cecal e íleo terminal no cavalo. 
 
 ☞ Suturas Tendíneas: 
Bunnell: Justapõe tendões rompidos e é 
pouco utilizada pela dificuldade e dano vascular. É 
resistente e exige pouco material de sutura, utili-
zando nylon ou polipropileno. 
 
 ➤ Complicações: 
 ☞ Deiscência: Ocorre quando a sutura não 
consegue manter as bordas unidas até que elas 
adquiram resistência suficiente. 
 ☞ Infecção: Ocorre em 2-5% de todas as feri-
das cirúrgicas. 
 ☞ Granulomas: É o encistamento sólido, dolo-
rido e palpável ao redor da ligadura, resultante de 
processo inflamatório. 
 ☞ Aderências: É a fusão do tecido com o fio, 
constituindo sequela importante em cirurgias ab-
dominais.

Continue navegando