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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE Esta unidade procurou oferecer aos alunos os princípios básicos da engenharia de produção, assim, o estudante terá condições de introduzir neste assunto, que é tão importante para o desenvolvimento dos processos. É abordada a evolução histórica dos modos de produção até os dias atuais, passando pelo fordismo, taylorismo, toyotismo até chegarmos aos conceitos de produção limpa para a sustentabilidade industrial contemporânea. Apresentamos também os sistemas de produção, que são elementos fundamentais de modificação na natureza da organização, e têm sido utilizado intensamente para aprimorar o processo produtividade. Expõem também os projetos de produto, projetos de processo e projetos de organização do trabalho, que são assuntos primordiais nas fases produtivas. Palavras-chave: Produção; Processo; Produtividade; Projeto. INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................. 1 SUMÁRIO ................................................................................................................... 2 APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 3 CAPÍTULO 1 - FENÔMENO DA PRODUÇÃO ......................................................... 4 1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA ............................................................................... 4 1.2 FUNÇÃO DA PRODUÇÃO .......................................................................... 12 1.3 RESPONSABILIDADES DA FUNÇÃO PRODUÇÃO ................................... 14 1.4 PRODUÇÃO LIMPA PARA A SUSTENTABILIDADE INDUSTRIAL ............ 15 CAPÍTULO 2 - SISTEMA DE PRODUÇÃO ............................................................ 19 2.1 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS ............................................. 19 2.2 CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................... 23 2.3 ENTRADA - PROCESSAMENTO - SAÍDA - RETROAÇÃO ........................ 25 2.4 OPERAÇÕES DE PRODUÇÃO ................................................................... 26 2.5 TIPOS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO ...................................................... 28 2.5.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO NA MANUFATURA .......................................... 28 2.5.2 SISTEMA DE PRODUÇÃO EM SERVIÇOS ................................................ 30 2.6 OUTROS TIPOS DE CLASSIFICAÇÕES .................................................... 31 CAPÍTULO 3 - PROJETO NAS OPERAÇÕES DE PRODUÇÃO .......................... 33 3.1 PROJETO DO PRODUTO ........................................................................... 33 3.2 PROJETO DO PROCESSO ......................................................................... 37 3.3 PROJETO DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................ 42 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 47 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 48 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO No capítulo 1, é apresentada a evolução histórica dos processos produtivos, passando pelo fordismo, taylorismo e toyotismo, e como a produção limpa vem ganhando espaço nos tempos atuais, com a questão da sustentabilidade industrial. Também é exposta a função e responsabilidade da produção nas organizações. No capítulo 2 são abordados os sistemas de produção, em que se explana que, definindo um sistema de produção com base no produto/serviço a ser produzido, você alcançará melhores resultados para seu negócio. Isso implica em procurar meios mais apropriados de se produzir aquele produto ou serviço. Tudo isso abrange a metodologia de trabalho, os equipamentos disponíveis, os processos a serem seguidos, para que sejam os mais ajustados possíveis. Entrando nesta questão, temos que ter em mente que cada empresa tem suas particularidades, como: características de seus produtos e serviços, recursos disponíveis, material humano, enfim, sua forma de produzir. E é isso que faz ficarmos admirados com o efeito do trabalho organizacional, que está presente em todo decorrer da história. No capítulo 3 discorre-se sobre projeto de produto, onde fala-se sobre conceito, projeto preliminar, avaliação e melhoria do projeto, protótipo e projeto final. Também sobre projeto de processo, que é a peça fundamental para se controlar a qualidade produtiva. Projeto de redes produtivas, onde a organização deve ter um bom relacionamento no mercado, isto a torna uma empresa com diferencial competitivo. Versa também que um arranjo físico bem planejado tem intervenção direta nos resultados satisfatórios das organizações. Fala-se também sobre projeto, divisão e comportamento no trabalho. Deste modo, acredita-se que o aluno contraia o conhecimento mínimo necessário para se introduzir no vasto mundo da engenharia de produção. 4 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1 - FENÔMENO DA PRODUÇÃO 1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA Na trajetória da humanidade, os indivíduos que causaram a transformação foram os que ousaram inventar. Não interessa em qual campo do conhecimento eles trabalhavam, o que interessa é que eles jamais se satisfizeram com o que havia na época, e procuraram encontrar uma nova maneira de se executar aquelas mesmas coisas através destas inovações que os seres humanos, e tudo o que gira em torno delas, progrediu. Não foi diferente o que aconteceu com o desenvolvimento da indústria. Através das inovações de pessoas que almejavam “sempre mais” que as formas de fabricação desenvolveram e proveram grandes progressos, colaborando para o avanço da humanidade. No desfecho do século XIV, a fabricação era reconhecida pela forma artesanal de se produzir as coisas. Neste forma de produção, o trabalho braçal era fortemente qualificado, e muitos empregados prosperavam através de um conjunto de competências, que envolviam toda forma artesanal. A maioria dos trabalhadores ambicionavam conduzir suas próprias manufaturas, transformando-se em empreendedores. As empresas eram fortemente descentralizadas, apesar de reunidas em um só lugar. As fábricas eram conduzidas por um patrão, que tinha uma relação direta com todos os compreendidos no processo: clientes, funcionários e fornecedores. Além do mais, os produtos eram confeccionadossomente quando o cliente solicitava. A manufatura artesanal pode ser entendida como um dos primeiros formatos de produção ordenada, visto que os trabalhadores colocavam data de entrega, portanto, elegiam prioridades, acatavam particularizações já estabelecidas e determinavam valores para suas encomendas. O empreendimento Panhard e Levassor (P&L) era tido como a grande indústria de automóveis da época, no ano de 1894, e era modelo de produção artesanal. 5 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A produção da P&L era manual, e seus empregados eram competentes artesões. A companhia não tinha um considerável volume de produção, produzia em torno de 1000 veículos por ano, sendo que cerca de cinquenta com o mesmo projeto, e mesmo entre estes cinquenta não havia dois veículos iguais, já que as metodologias artesanais produziam diferenças, fazendo com que o veículo se tornasse bastante caro. Este panorama provava que a produção artesanal apresentava muitas desvantagens, perfazendo com que apenas os ricos adquirissem veículos, devido aos grandiosos custos de produção. Ademais, cada automóvel era na realidade um protótipo em que os donos acabavam avaliando, pois, a sua integridade e a sua estabilidade eram imaginárias. O ano era 1698 quando Thomas Newcomen, na Inglaterra, criou a primeira máquina a vapor, posteriormente em 1765, James Watt aperfeiçoou e comercializou o primeiro motor a vapor, iniciando deste modo, a famosa Primeira Revolução Industrial e trocando, aos poucos, a produção artesanal. A Primeira Revolução Industrial mudou totalmente a cara das indústrias, com uma forte mecanização das atividades que antes eram exercidas de maneira braçal. O conceito de unidades fabris só passou a ter relevância após estas evoluções tecnológicas promoverem a passagem de mão de obra manual por equipamentos mecanizados, expandindo assim as economias de escala. Por consequência, nascem novas ideias, como: Quadro 1: Novos conceitos após a Primeira Revolução Industrial Fonte: Elaborado pelo Autor. 2019. 6 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Hoje em dia estes conceitos aparentam ser intuitivos, mas naquela ocasião não eram. A ideia de uniformização dos itens, a título de exemplo, colocado por Eli Whitney em 1790, quando teve o conceito de fabricação de armas com peças permutáveis, trouxe um imenso avanço operacional as tropas de guerra. Começou ali o registro, através de desenhos e esboços, dos produtos e processos de fabricação, nascendo o emprego de concepção de produto, de procedimentos, de instalações, de maquinários, etc. Frederick Taylor apareceu nos EUA, ao final do século XIX, como um dedicado estudante, que tinha como objetivo intensificar a produtividade nas indústrias. Seu objetivo era claro: confeccionar mais produtos, com o mínimo de recursos possíveis. Para tal, criou a famosa Administração Científica, que incide fundamentalmente em dividir as atividades em subatividades simples e trabalhar demasiadamente para tornar cada uma dessas subatividades mais eficiente. A busca constante por melhores metodologias de trabalho e processos produtivos, com a finalidade de se alcançar uma melhora na produção, com o mais baixo custo admissível, é nos dias atuais o assunto principal em todas as empresas, alterando-se somente as práticas empregues. No ano de 1910, surge com Henry Ford as concepções de produção em massa, baseadas na intuição de um possível comércio para consumidores de baixa renda e da comprovação de que a produção manual era pior forma de produção para este perfil de cliente, já que os preços eram fora de sua realidade. Ford une as considerações do intercâmbio de componentes à Administração Científica e adiciona a ideia de linhas de montagem em série. Como consequência, obtém a produção de produtos uniformizados, com pouca diferença que, a cada acréscimo na quantidade de produção, diminui o preço desta, ou melhor, obtinha economias em escala. 7 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 1: Fordismo Fonte: Gradus. Acesso em 2019. Desse modo, Ford foi capaz de comandar uma indústria que em pouco tempo se estabeleceu como a maior e mais importante do mundo, devido aos fundamentos da produção em massa. Entre as principais características da produção em massa, podemos destacar: Quadro 2: Características da Produção em Massa Fonte: Elaborado pelo Autor. 2019. 8 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. No ano de 1927, Ford deparou-se com o consumo em declínio. Este fato aconteceu pois a General Motors (GM), conduzida por Sloan, percebeu que o mercado necessitava de algo novo: a variedade. Desse modo, valendo-se dos mesmos conceitos da produção em massa, porém, com um acréscimo na variedade de automóveis, a GM começou a encabeçar o comércio de veículos, proporcionando aos consumidores, automóveis de cores e modelos diversos por um valor ligeiramente maior do que a Ford. Figura 2: Portfólio de Marcas da GM Fonte: Augusto Nascimento. Acesso em 2019. A produção em massa fez uma euforia na indústria, alcançando economias de escala, os produtos tornaram-se acessíveis a uma maior quantidade de cidadãos. Com o passar do tempo, entretanto, surgiram os problemas deste padrão de produção, como a formação de vastos estoques, a uniformização dos produtos, a alienação do operário e os elevados números de desperdício. 9 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Nesta situação, depois de 1950, apareceu um novo conceito de produção apropriado para acudir as exigências de vasta variedade e breve vida útil dos produtos, de qualidade garantida, de trabalho conforme com ao consumo e diminuição dos custos. Desta maneira, surge o Sistema Toyota de Produção (STP), que iniciou com uma ida de Eiji Toyoda, à indústria Rouge da Ford, nos EUA. Toyoda retornou dos Estados Unidos com a conclusão de que o sistema de produção em massa não serviria para o Japão, devido aos contrastes culturais, econômicos e geográficos. Desta forma, o Sistema Toyota de Produção, foi preparado intuitivamente por Taiichi Ohno, engenheiro de produção, pela precisão de satisfazer o consumo da população. Dentre as particularidades relevantes do STP, podemos mencionar:Quadro 3: Particularidades relevantes do Sistema Toyota de Produção Fonte: Elaborado pelo autor. 2019. O Sistema Toyota de Produção foi o padrão de produção que gerou a famosa produção enxuta, ou seja, toda produção feita sem desperdícios, ou melhor ainda, com o mínimo de desperdício possível. 10 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 3: Toyotismo Fonte: Toda Matéria. Acesso em 2019. A produção enxuta do STP foi muito importante para as empresas do ocidente, visto que trouxe seus conceitos e metodologias para a realidade ocidental, com intuito de converter as organizações fundamentadas na produção em massa, em organizações “sem desperdício”, para continuar a operar em períodos de variedade e contenção. No decorrer desse sistema de atualização da produção, a imagem do cliente se tornou de extremo interesse, tanto que tudo o que se faz é pensado nele. Desse modo, pode-se concluir que a satisfação do cliente é que tem movido as empresas a se empenharem a descobrir novos métodos de produção, cada vez mais capazes e ágeis, para atender da melhor forma o consumidor. Em tempos modernos, a palavra que ganhou proporção neste cenário é: flexibilidade. Hoje, muitas empresas trabalham em função da especificação detalhada do produto que o cliente deseja, sem que isso tenha impacto no processo de produção. De tal modo, que nos vemos progredindo para a produção personalizada, que de certa forma, é uma volta à produção artesanal, sem o personagem do artesão, contudo, ligado aos atuais métodos e tecnologias da produção em massa e da produção enxuta. 11 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO Quadro 4: Diferenças Entre Taylorismo, Fordismo e Toyotismo Fonte: Diferença. Acesso em 2019. 12 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.2 FUNÇÃO DA PRODUÇÃO O papel da produção na empresa corresponde à combinação de recursos designados à produção de seus produtos e serviços. Toda empresa contém uma função produção, mas nem todas a chamam assim. Ainda que o papel da produção seja essencial para a empresa, ela não é, impreterivelmente, a mais crucial, visto que existem outros tipos de funções dentro das empresas, cada qual com suas obrigações particulares. Mesmo que essas funções admitam sua parcela a fazer nas tarefas da organização, elas devem estar vinculadas com à função produção por fins organizacionais comuns. Apesar de que inúmeras empresas consigam determinar estruturas organizacionais e funções diversas, fundamentalmente as funções essenciais de uma empresa são: Quadro 5: Funções essenciais de uma empresa Fonte: Elaborado pelo autor. 2019. A seguir, um quadro que exemplifica as atividades das funções de algumas organizações: Quadro 6: Atividades das funções de algumas organizações Atividades funcionais típicas Igreja Universidade Fabricante de móveis Marketing - Convocação de - Desenvolvimento - Propaganda em 13 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. fiéis de folhetos explicativos - Despacho dos folhetos pelo correio - Preparação de feiras de recrutamento revistas - Determinação de política de preço - Venda a lojas Contabilidade e finanças - Contabilização de contribuições - Administração de recursos - Pagamento de professores e funcionários - Monitoramento dos gastos - Recebimento de anuidades - Pagamento a funcionários - Pagamento de fornecedores - Preparação de orçamentos - Administração de caixa Desenvolvimento de produto e serviço - Busca do significado da existência - Interpretação das escrituras - Desenvolvimento de novos cursos - Desenvolvimento de programas de pesquisa - Design de novos móveis - Coordenação com cores e tendências da moda Produção - Celebrações diversas, como casamentos, missas e batizados - Transmissão de conhecimento - Condução de pesquisas - Fabricação de componentes - Montagem de móveis Recursos humanos - Treinamento de padres e pastores - Treinamento de funcionários - Avaliação de desempenho - Recrutamento de funcionários - Treinamento de funcionários Compras - Compra de material de consumo - Desenvolvimento de fornecedores de vestimenta - Compra de equipamentos - Compra de material de consumo - Compra de matérias-primas, madeira, etc. - Compra de tecidos para forração Fonte: Pasqualini; et al. 2010. 14 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.3 RESPONSABILIDADES DA FUNÇÃO PRODUÇÃO Os encarregados pela função produção têm um certo compromisso com todas as atividades da empresa que colaboram para a produção ativa de bens e serviços. De modo que, eles têm tanto responsabilidades diretas (referente discriminadamente à produção), quanto responsabilidades indiretas (referente ao resto da organização). Quadro 7: Responsabilidades Diretas da Função Produção Fonte: Elaborado pelo Autor. 2019. Quadro 8: Responsabilidades Indiretas da Função Produção Fonte: Elaborado pelo Autor. 2019. 15 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Enfim, como propósito fundamental da função produção, podemos assegurar que é utilizar com eficiência seus recursos e confeccionar produtos e serviços de forma que atenda a seus consumidores da melhor maneira possível. Além do mais, ser criativa, inovadora e dinâmica para incluir novas maneiras de produzir bens e serviços de modo a dar à empresa vantagem comercial e formas de permanência a longo prazo. 1.4 PRODUÇÃO LIMPA PARA A SUSTENTABILIDADE INDUSTRIAL A produção em massa, concebida como objetivo para a indústria de todo o mundo, camuflou durante muito tempo problemas ambientais, que atingem direta e indiretamente os seres humanos. Ao longo de anos, o movimento de destruição ambiental acendeu impetuosamente, confiando-se que o desenvolvimentoeconômico, sozinho, asseguraria melhores condições de vida para a população. No entanto, notou-se que o desenvolvimento econômico sem controle estava trazendo danos irrecuperáveis à população e à natureza, e que estes danos, em um futuro próximo, iriam fazer do planeta um lugar inabitável para os seres humanos. Este cenário foi impedido, pois, a população começou a reivindicar da indústria a utilização dos melhores métodos de produção, sendo insuficiente apenas acatar a certas diretrizes ambientais, isso porque a população está, gradativamente, tomando compreensão de que a variante ambiental é primordial e que ela está relacionada a todas as pessoas, e não exclusivamente a uma parte da sociedade. Como consequência, iniciou-se a busca pela união de métodos socialmente prudentes e ambientalmente adequados, integrados às práticas clássicas de produção e de gestão industrial, propenso à vontade da população de consumir produtos ecologicamente corretos e sem desperdícios. Desde este momento então que se procurou consolidar novas metodologias de produção, mirando o melhoramento da condição ambiental, além de amenizar custos e acatar os novos desejos do cliente. Emerge portanto, a Produção Mais Limpa, cujo princípio recomenda a ação contínua de uma estratégia ambiental preventiva e associada aos processos produção, de modo a intensificar a eficiência e diminuir os riscos ao ecossistema, ademais, tornar mínimos os desperdícios, diminuir os custos, e 16 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. desenvolver a aptidão inovadora das organizações, mirando resultados competitivos, e o aperfeiçoamento dos processos industriais. Na generalidade, constata-se o estabelecimento do método de Produção Mais Limpa como uma admirável ferramenta para alavancar a competitividade, e instigar a inovação e a consciência ambiental nos setores produtivos. Perante a enorme utilização dos recursos naturais, uma quantidade cada vez maior de empresas vêm introduzindo em suas estratégias a ideia de sustentabilidade, uma vez que são centro de novas perspectivas quanto as seus encargos para com a sociedade como administradores que possuem recursos financeiros e tecnológicos para uma ação mais veloz, determinante e frontal no combate aos problemas do ecossistema. Hoje em dia, ser uma organização sustentável é fundamental, uma vez que no mesmo momento que a organização está colaborando com a sociedade, ela também se favorece. Uma administração empresarial que pratica a sustentabilidade está fundamentando-se em três elementos essenciais: o ambiental, o social e o econômico. Ambiental: toda organização usufrui de forma direta ou indireta dos recursos naturais. No momento em que a empresa assume uma atitude sustentável, ela passa a usar estes recursos de forma mais consciente. Alguns atos, por mais que pareçam pequenos, podem cooperar para reduzir vários impactos ambientais. Social: uma organização desempenha forte influência social e a partir do instante que se compromete a vender produtos, prestar serviços e exerce reações diferenciadas, nos revela qual é o seu parecer perante a população. Deste mesmo modo, a administração empresarial sustentável tem uma função imprescindível. A empresa torna-se modelo para seus colaboradores e consumidores de uma maneira geral, que são instigados a modificar as suas ações e serem mais responsáveis em relação ao meio ambiente. Econômico: da perspectiva econômica, ser uma organização sustentável pode ser também altamente lucrativo. Iniciamos pelos recursos naturais, que se usados da melhor forma, podem ter redução dos gastos. O governo já concede para as organizações sustentáveis vários incentivos fiscais, como a oportunidade de se contrair crédito facilmente e a isenção de certos impostos. 17 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A responsabilidade com o cuidado ambiental vem se tornando tema de múltiplos encontros, discussões e acordos há muito tempo; entretanto, medidas concretas precisam ser fornecidas, para assegurar o progresso da humanidade. Ciente deste quadro, métodos importantes para realizar mudanças e técnicas de desenvolvimento sustentável foram elaborados, um exemplo disso é a Produção Mais Limpa. AS TÉCNICAS DE PRODUÇÃO LIMPA O vocábulo "produção limpa", no seu surgimento, tinha como objetivo descrever o sistema de produção industrial com a principal finalidade de auto sustentabilidade das fontes renováveis de matérias-primas. Nos dias de hoje, temos a "produção mais limpa" que incentiva atividades voluntárias por parte das empresas, independente da legislação ambiental vigente. A Produção Mais Limpa é o emprego contínuo de uma estratégia ambiental preventiva e unificada aos processos de produção de bens e serviços, de modo a melhorar a ecoeficiência. Dedica-se a processos produtivos, a bens e a serviços. A implantação desta metodologia deve abranger toda organização e não somente o setor de produção. Verifica-se as diferenças entre produção mais limpa e produção limpa no quadro a seguir: Quadro 9: A concepção de Processo e Produto na Produção Mais Limpa e na Produção Limpa Fonte: Mello; Nascimento. 2002. 18 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O Conselho Nacional de Tecnologia Limpa (CNTL) apresenta algumas mudanças que as organizações podem realizar no processo ou produto, que seguem abaixo: • Housekeeping: é uma ferramenta utilizada pelas empresas, que compreende a eliminação dos desperdícios, como exemplo, podemos citar a reorganização e a limpeza de maquinários e equipamentos, e o uso prudente de matérias-primas; • Troca de matérias-primas: baseia-se na escolha de materiais mais adequados a cada tipo de produto a ser fabricado, reduzindo as perdas, além disso, temos também, a troca de materiais tóxicos por atóxicos e não renováveis por renováveis; • Alternativas tecnológicas: emprego de tecnologias mais inteligentes da perspectiva da otimização dos recursos. Utilização de controles e automação que facilitem a identificação de desperdícios no processo, etc.; • Mudança de produto: essa alternativa prevê até a extinção de uma linha produtiva, em que o produto final apresente problemas ambientais relevantes, ou uma alternativa menos severa, a alteração de um produto com propriedades nocivas por outro menos nocivo; • Replanejamento do produto: significa elaborar um novo conceito do produto, que leve em consideração a importância da variável ambiental como aspecto de diminuição de custos e novas possibilidades de negócios. Essas são algumas das ações que as organizações podem utilizar para que o impacto ambiental seja reduzido. Pode-se verificar que a maioria dos processos produtivos se modificou com o passar das décadas, para que cada vez menos as indústrias lesem o meio ambiente, por meio de seus procedimentos. Para isso, múltiplos órgãos de regulamentação e de proteção foram criados,para determinar novos conceitos para que as indústrias se afirmem cada vez mais sustentáveis, procurando fontes de recursos renováveis e inovando em seus produtos, para que estes respeitem os interesses das esferas: ambiental, econômica e social. 19 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 - SISTEMA DE PRODUÇÃO 2.1 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS Para conseguir um diferencial no mercado, as empresa têm feito diagnósticos do passado e do presente, com intuito de planejar suas ações futuras. A partir desta análise, geralmente chegam à conclusão de que se deve ter um sistema de produção eficiente e eficaz, que seja sustentável, que não tolere desperdícios. Para isso, empregam em suas organizações ferramentas de gestão integrada. Uma estratégia vencedora deve ser bem planejada e posta em prática da melhor forma possível, para isso, a empresa deve conhecer a si mesma para tomar decisões corretas, fundamentalmente estas decisões passam pelos: treinamentos, organização e métodos. Um processo de fabricação potente, com praticamente zero de desperdício, é indispensável ter uma produção enxuta, em que todos saibam exatamente o que fazer, isso possibilita enxergar as irregularidades na fábrica, para que se possa tomar as medidas preventivas/corretivas cabíveis, afim de minimizar e, se possível, eliminar os gargalos. De cunho principal em uma organização temos as informações, que fazem todas as engrenagens funcionarem, por isso, é essencial que se tenha uma boa comunicação entre os setores, para que o produto final saia como o esperado. É fundamental que as informações sejam padronizadas nos procedimentos da empresa, para assim, todos terem acesso. Comparando os sistemas atuais com os antigos, observamos que os atuais precisam ser mais competitivos e chamar mais a atenção dos consumidores finais. Sendo assim, as condições a seguir são primordiais: 20 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 4: Fatores que tornam os sistema atuais mais competitivos Fonte: Guolo; Paris. 2015. O layout adotado por cada empresa está diretamente ligado ao produto produzido e suas operações. Os maquinários são organizados de modo que não haja uma interrupção abrupta na sequência de fabricação. Além de um layout bem definido e inteligente, é imprescindível que a programação da produção seja diária. Essa programação deve ser bem elaborada e equilibrada de forma a garantir o bom andamento das atividades. Com a finalidade de transformar as atividades complexas em elementos mais simples, os sistemas modernos empregam importantes conceitos e procedimentos pautados nos bens manufaturados e serviços. Esses conceitos têm a função de verificar como está sendo conduzido cada sistema dentro da empresa. A figura a seguir mostra esses conceitos: Figura 5: Ferramentas gerenciais utilizadas na Gestão de Produção 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Fonte: Adaptado de Guolo; Paris. 2015. Alguns enfoques são vultosos para fixação de um processo em uma organização, são eles: funcionários treinados e qualificados, sistema ajustado à demanda do mercado, qualidade em todos os processos do sistema, visualização de todo processo de forma simplificada e objetiva, sistema enxuto, sem desperdícios e domínio da produção eficiente. 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Qualquer sistema produtivo deve ter como principal aspecto a abolição dos desperdícios a seguir: Figura 6: Desperdícios a serem eliminados Fonte: Guolo; Paris. 2015. 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.2 CONCEITOS BÁSICOS O sistema de produção é o fator basal de modificação na natureza da empresa, e tem sido empregado intensamente para aprimorar o processo produtividade. Esses sistemas abarcam mudanças em todas as fases do processo produtivo, vejamos algumas: • concepção do projeto; • fase de engenharia; • contato com fornecedores; • layout das máquinas; • entrega ao consumidor final. No geral, a procura por produtos e serviços é alta. Em contrapeso, a capacidade produtiva das organizações está restringida por diversos fatores, entre eles, destacam-se: • produção em excesso, além do requerido pelo cliente; • falha no requerimento de matéria prima; • falta de qualidade no processo; • demora na conclusão das atividades; • inspeção deficiente; • falta de qualidade no produto final; • serviço de entrega ineficiente. As empresas devem ter em mente então que, a busca diária pela eficiência e pela eficácia para suas organizações é de extrema importância competitiva no atual cenário, e que isso pode trazer inúmeros benefícios as suas estratégias. Para isso, determinados conceitos devem ser estudados, para melhorar a competitividade das empresas: Figura 7: Conceitos para melhorar a competitividade das empresas 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Fonte: Guolo; Paris. 2015. 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.3 ENTRADA - PROCESSAMENTO - SAÍDA - RETROAÇÃO Um sistema de produção de uma empresa pode ser composto por vários departamentos ou ainda a própria empresa fazer parte de um sistema maior. Os componentes fundamentais de um sistema são: entradas (inputs), processamento (transformação), saídas (outputs), retroação (feedback). Qualquer que seja a operação de se produzir um bem ou um serviço, passa por um processo de transformação, afim de transformar a entrada, por meio de mudanças do estado ou condição, para produzir as saídas, que são os produtos/serviços, com posterior feedback.Chegando a este fim, podemos afirmar que toda atividade produtiva pode ser encaixada no padrão: entrada-processamento-saída-retroação. Figura 8: Componentes fundamentais de um Sistema Fonte: Elaborado pelo autor. 2019. A entrada (input) é tudo que é associado ao sistema, fazendo com que ele trabalhe. Os principais tipos de entradas são: matéria-prima, informação, produto acabado de outro sistema, energia, consumidores, entre outros. O processamento (transformação) é a válvula que faz as entradas se converterem em saídas desejadas. Parte fundamental no sistema, onde ocorre o funcionamento. A saída (output) é basicamente o resultado que é entregue pelo processamento. Aquilo que o sistema produziu, podendo ser bens físicos e/ou serviços. 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A retroação (feedback) é fundamentalmente uma avaliação que as saídas proporcionam para as entradas, no sentido de convencionar para um melhor funcionamento do sistema. PARA SABER MAIS Modelo tangível: ocorre nos sistemas manufaturados, onde as transformações são físicas, e o cliente habitualmente recebe o produto depois de finalizado, podendo ser quantificado. Modelo intangível: ocorre nos sistemas de serviços onde as transformações podem ser físicas ou não. O processo só ocorre quando o consumidor faz a solicitação, desta forma ela faz parte do processo de transformação. Abaixo apresentamos uma tabela onde podemos ver alguns modelos de transformações: Quadro 10: Modelos de Transformações Fonte: Adaptado de Slack;et al., 2008. 2.4 OPERAÇÕES DE PRODUÇÃO As operações de entrada e saída são parecidas entre si no plano macro, mas entrando mais a fundo, existem algumas diferenças que são nas questões de: 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. • volume; • variedade; • variação; • visibilidade. Estas operações são importantes, pois, elas determinam as características das organizações quanto a sua produção, nos quesitos: padronização, sistematização, flexibilidade, repetição, responsabilidades dos funcionários, custo unitário do bem/produto VOLUME Quando há uma sistematização do trabalho, devido ao alto volume, o grau de repetição também é elevado, podendo gerar procedimentos padrões para cada função. O efeito mais valioso do alto volume é o alcance de custo unitário mais baixos, onde os custos fixos de produção serão rateados no grande número de produtos e serviços vendidos. VARIEDADE É relacionado à variedade de produto ou serviço que uma determinada organização tem a oferecer. Serviços exclusivos tendem a ser mais caros do que serviços rotineiros. VARIAÇÃO Consideremos a venda de sorvete. No verão as sorveterias vendem mais, muitas pessoas procuram um bom lugar para tomar aquele sorvete e se refrescar do calor. Porém, quando vem a estação do inverno, as vendas caem drasticamente. Em decorrência dessa diferença nas condições de demandas é que a operação deve repensar sua capacidade. VISIBILIDADE Tem a ver com o grau de exposição do consumidor final com a operação. Quadro 11: Tipos de operações por produto IMPLICAÇÕES IMPLICAÇÕES - Alta repetibilidade - Especialização - Sistematização - Custo unitário - Baixa repetição - Menor participação dos funcionários - Custo unitário 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. baixo alto - Flexível - Complexo - Atende às necessidades dos consumidores - Custo unitário alto - Bem definida - Rotinizada - Padronizada - Regular - Baixo custo unitário - Capacidade mutante - Antecipação - Flexibilidade - Ajustado com a demanda - Custo unitário alto - Estável - Rotineira - Previsível - Alta utilização - Custo unitário baixo - Tolerância de espera limitada - Satisfação pela percepção do cliente - Custo unitário alto - Padronizado - Pouca habilidade contato - Alta utilização dos funcionários - Centralização - Custo unitário baixo Fonte: Pasqualini; et al. 2010. 2.5 TIPOS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO Existe uma infinidade de formas de exibir as classificações dos sistemas produtivos. De certa forma, todas seguem o padrão entrada-transformação-saida. Para Slack et al., (2008) podemos classificar a atividade manufatureira em dois temas: 2.5.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO NA MANUFATURA Em relação à manufatura, consegue-se dividir em cinco tipos, tentando estabelecer relação entre volume de produção e variedade de produtos a serem confeccionados. 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. PROCESSOS DE PROJETO • Carece de recursos destinados somente a ele; • Altamente personalizado; • Alto tempo de produção; • Exemplos: prédios e estádios de futebol. PROCESSOS DE JOBBING • Diversidades de produtos e produção baixa; • Compartilhamento de recursos; • Em comparação com projeto, produzem mais itens em menor escala; • Exemplos: costureiras e fabricantes de móveis planejados. PROCESSOS EM LOTES OU BATELADAS • Operações repetidas dentro do mesmo lote; • Em relação ao jobbing possui menor variedade; • Exemplos: produção de parafusos, porcas e arruelas. PROCESSOS DE PRODUÇÃO EM MASSA • São contínuos na maioria dos casos; • Grande volume e variedade apertada; • Compartilhamento de recursos de operação; • Exemplos: linha de alimentos e automóveis. PROCESSOS CONTÍNUOS • Em comparação com produção em massa, apresenta maior quantidade e menor variedade; • Exemplos: indústria de energia e mineração. Logo abaixo, uma figura que esclarece esta classificação e a relação entre volume x variedade: 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 9: Tipos de Produção e correlação entre Volume de Produção e Variedade de Produtos Fonte: Pasqualini; et al. 2010. 2.5.2 SISTEMA DE PRODUÇÃO EM SERVIÇOS Em relação aos serviços, consegue-se dividir em três tipos, estabelecendo a mesma relação entre volume e variedade. SERVIÇOS PROFISSIONAIS • Fundamentados nas pessoas e norteados para o processo; • Alta personalização; • Alto tempo de atendimento; • Possui autonomia; • Exemplos: médicos, psicólogos, personais. LOJA DE SERVIÇOS • Trata-se de um serviço combinado, onde o destaque fica por conta do produto/processo;• Exemplos: locadoras de veículos e lojas de vendas de roupas. SERVIÇOS DE MASSA • Grande movimentação de cliente; • Pouca personalização; • Tempo limitado; 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. • Fundamentados nos aparelhamentos e norteados para o produto; • Exemplos: rodoviárias e hospitais. Logo abaixo, uma figura que elucida esta classificação e a relação entre volume x variedade: Figura 10: Tipos de Produção de Serviços e correlação entre Volume e Variedade de Serviços Fonte: Pasqualini; et al. 2010. 2.6 OUTROS TIPOS DE CLASSIFICAÇÕES Para Russomano, a produção pode ser analisada de três formas distintas: contínua ou em linha; intermitente, podendo ser repetitiva ou não; e construção de projetos. CONTÍNUA • Uma organização é caracterizada como contínua quando o tempo de operação é bem superior ao tempo de preparação do maquinário; • Exemplo: indústria de processo (siderúrgico, celulose, alimentícia). INTERMITENTE • Nesta modalidade de produção não existe uma relação determinada entre preparação e operação, sempre irá depender do produto a ser fabricado; • Pode ser intermitente repetitiva ou não; 32 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. • Exemplos: eletroeletrônicos e peças automotivas. CONSTRUÇÃO DE PROJETOS • Trata-se de produtos especificados pelo cliente; • Começa a fabricação após o envio da ordem de compra; • Exemplo: aeronaves espaciais e construções civis. Abaixo um quadro para ilustrar algumas diferenças entre essas formas de produção: Quadro 12: Diferenças entre as Formas de Produção Fonte: Pasqualini; et al. 2010. 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 3 - PROJETO NAS OPERAÇÕES DE PRODUÇÃO 3.1 PROJETO DO PRODUTO O projeto ou planejamento é assunto constituinte de quase todos os processos de produção. Contudo, a compreensão de sua magnitude e a difusão de procedimentos protocolares para seu controle e avanço têm vivido um crescente desenvolvimento. Para as empresas assegurarem a qualidade de seus produtos ou serviços é profundamente relevante a gestão de seus projetos e, em consequência, de seus produtos. Um projeto dispõe de objetivos bem claros, como a data que se começa e encerra o projeto. Em geral, o fim do projeto acontece quando as metas são alcançadas, e esses resultados estão sujeitos a aceitação dos membros interessados. Entretanto, em algumas circunstâncias, os objetivos antecipadamente firmados não são obtidos e, ainda assim, ocorre o término do projeto em razão da modificação do escopo do projeto do produto. O intuito de um projeto é fabricar um novo produto que necessitasse de ajustes ou precisasse de um novo conceito, e isso pode ser analisado em todos os segmentos do mercado. Essa confirmação é crucial para a existência do produto dentro das empresas. Normalmente um projeto de produto satisfaz as seguintes técnicas de iniciação: 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 11: Métodos de Iniciação de um Projeto de Produto Fonte: Guolo; Paris. 2015. CONCEITO Para aperfeiçoar o conceito de um produto é preciso, antes de tudo, assimilar o verdadeiro desejo do cliente, entender suas perspectivas, suas necessidades, suas ambições, convertendo essa demanda em um projeto estruturado, organizado, capaz de cumprir os objetivos e as metas antecipadamente definidas. Posteriormente, é preciso determinar as atividades, inseri-las em uma ordem coerente e apropriada, fazer uma avaliação dos recursos e do prazo preciso para finalização das tarefas. Ademais, analisar e determinar as entradas, equipamentos, metodologias e saídas de cada estágio. O procedimento de evoluir o conceito do produto é a etapa crucial para a elaboração de todos os produtos ou processos, pois, é nessa fase que se estrutura a 35 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. metodologia e a série de atividades e determina-se os relativos cargos e aplicações dentro do sistema escolhido. Nessa ocasião, são avaliadas as diferentes maneiras de fabricar o produto, com o menor custo e com o maior lucro possível. PROJETO PRELIMINAR O propósito dessa fase é providenciar a primeira versão do produto. Como os processos irão adquirir os materiais para fazer a transformação da matéria-prima em produto acabado, com as características informadas pelo cliente, é primordial fazer a padronização e documentar a configuração de processamento do estabelecido produto, com intuito de diminuir os desvios. Essa sistematização tem como objetivo apresentar o trânsito de materiais, pessoas ou informações através do processo produtivo, assim como detectar as diversas atividades que ocorreram. A seguir são apresentadas algumas ferramentas que auxiliam as atividades, com o intuito de se conseguir os melhores resultados: • Diagrama de fluxo simples – evidencia os elementos principais de um processo. • Folhas de roteiros – proporcionam esclarecimentos sobre as atividades abrangidas no processo, compreendendo a caracterização da atividade e as ferramentas principais para a confecção do produto, assim como os parâmetros e os métodos imprescindíveis para administrar a atividade ou o produto. • Diagramas de fluxo de processo – registram o andamento das diferentes atividades. Detalha os passos e etapas sequenciais de um determinado processo. • Procedimento de processamento do produto por cliente – avalia os fluxos dos produtos dos clientes, determinando as atividades que podem aparecer durante a fabricação. AVALIAÇÃO E MELHORIA DO PROJETO A avaliação e a melhoria do projeto têm como objetivo analisar o projeto preliminar e averiguar se ele tem condições de passar por modificações com a finalidade de melhorá-lo, antes que o produto seja começado no processo produtivo. Desse modo, pode-se identificar se existe uma melhor maneira de executar o 36 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.projeto, de forma mais inteligível, com menor custo, no menor tempo, sem atingir a qualidade do produto. De um forma técnica a evolução do projeto está ligada a quanto as pessoas estão dedicadas àquele projeto. Não existe melhora no projeto sem que os indivíduos mudem: mudanças de comportamentos, conceitos e atitudes. É importante a presença de pessoas interessadas em identificar e, em seguida, resolver os problemas diagnosticados nas etapas do projeto, isto é, as melhorias estão sujeitas a competência, ao comprometimento e a vontade de cada funcionário em dar o seu melhor. PROTÓTIPO E PROJETO FINAL Essa sistematização do projeto compreende em transformar o conceito do projeto em um único produto acabado, quer dizer, um protótipo que possa ser examinado. O protótipo pode ser examinado por meio de comissões ou de simulações computacionais, em que sua performance pode ser medida com um alto grau de precisão, sem ensaios práticos e gastos com maiores recursos. Simulações feitas em computadores possibilitam idealizar e modificar projeto de produtos, visando testar o produto de diversos modos, até conseguir o nível de qualidade exigido. Com o resultado alcançado, após esses testes, temos o projeto final liberado para a fabricação. Figura 12: Projeto de Produto Fonte: Guolo; Paris. 2015. 37 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3.2 PROJETO DO PROCESSO O projeto de processo é o principal elemento para a administração da qualidade de um produto, e deve ser preparado e conduzido para satisfazer a todas as etapas de fabricação do produto. A operação de um projeto se introduz com o planejamento de um estabelecido produto ou processo e encerra com as informações técnicas do produto. O projeto de processo sugere alternativas para satisfazer às exigências dos clientes correspondidas em um produto final. Projeto de processo e projeto de produto têm propriedades similares. Seu aspecto fundamental é garantir que o desenvolvimento do processo seja suficiente às partes interessadas. Seguem abaixo alguns elementos que são impactados por essa metodologia: Figura 13: Elementos Impactados pelo Projeto de Processo Fonte: Guolo; Paris. 2015. 38 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. PROJETO DE REDES PRODUTIVAS Ao minuciarmos um processo de produção de uma empresa, é possível afirmamos que ela sozinha não é nada, ou seja, não produz tudo que vai utilizar. A título de exemplo, podemos analisar uma empresa siderúrgica, que necessita de minério de ferro para produzir seus produtos e de carretas para transportar seus produtos acabados até o cliente, contudo, essa mesma empresa não extrai minério de ferro e nem é fabricante de carretas. Isso indica que as empresas, para produzirem seus produtos acabados, necessitam de bons fornecedores de matérias-primas, ferramentas e equipamentos, e precisam ter um bom relacionamento no mercado. Igualmente, as empresas só irão produzir se houverem clientes dispostos a comprar. Isto é, as empresas participam de uma rede produtiva, onde conectam indiretamente fornecedores e cliente, em que sua função é fazer a transformação da matéria-prima em produto acabado. Dessa forma, tomamos consciência de que administrar um processo produtivo se torna complicado, a partir do momento em que não temos conhecimento do fluxo de operações e logística, na qual a empresa está enquadrada. O mais relevante é entender qual a sua relação dentro dessa rede de operações. Nela estão anexados os recursos, os documentos, as metodologias, os serviços, as informações, as regras, as matérias-primas e os funcionários. Ao ilustrarmos o fluxo na rede, podemos observar que as operações estarão nos dois sentidos: fornecedor para o cliente (fluxo de bens e/ou serviços); e cliente para o fornecedor (fluxo dos pedidos e das informações). Figura 14: Representação dos Fluxos na Rede Fonte: Guolo; Paris. 2015. 39 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. ARRANJO FÍSICO (LAYOUT) Essa ideia é imprescindível e tem influência direta nos resultados do processo. Uma pequena mudança no layout pode influir beneficamente a produção, a comunicação e a saúde do funcionário. A função principal desse artifício é determinar o melhor posicionamento físico dos maquinários e dos recursos essenciais para confeccionar um produto, o qual será a ordem do processo. Modificações no layout envolvem mudanças no fluxo de produção e influenciam nos custos. A elaboração de um bom layout é fundamental para facilitar a interligação das atividades econômicas em uma linha de produção. É crucial seguir a alguns conceitos: • facilitar o fluxo de materiais e informações; • aumentar a eficiência de pessoas e equipamentos; • melhorar a visualização do processo; • reduzir os riscos de acidentes de trabalho; • melhorar as atividades para os colaboradores; • melhorar a comunicação. É complexa uma modificação no layout do processo e o tempo de planejamento é grande em razão dos recursos a serem providos. Se não for bem organizado, pode gerar perdas na produção. Um arranjo físico mal planejado e mal implantado poderá acarretar: Quadro 13: Impactos de um Arranjo Físico Mal Implantado Fonte: Elaborado pelo Autor. 2019. 40 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. No entanto, um arranjo físico bem implantado poderá oferecer: Quadro 14: Impactos de um Arranjo Físico Bem Implantado Fonte: Elaborado pelo Autor. 2019. Para aproveitar as vantagens que esse conceito pode trazer para o processo de produção, é indispensável conhecer os tipos de layouts mais usados no planejamento e na formação de novos arranjos e/ou melhoria dos arranjos já existentes. Geralmente, são as propriedades de volume e variedade de processo que definem o modelo de layout a ser empregado: • layout posicional (fixo); • layout por processo ou funcional; • layout por produto ou linear; • layout celular; • layout flexível. A seguir temos figura que ilustra alguns tipos de layouts utilizados nas empresas. 41 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 15: Tipos de Layouts Fonte: Guolo; Paris. 2015. TECNOLOGIA DE PROCESSO É uma ferramenta, cuja finalidade é aprimorar o processo deprodução de um estabelecido produto, com destaque na automatização dos processos que precisam ser melhorados para extinguir desperdícios, diminuição de produtividade ou ainda diminuir esforço repetitivo do funcionário. Esse avanço é um contundente aliado para as organizações conseguirem um diferencial produtivo perante seus concorrentes. Dessa maneira, a observação do processo é essencial para se descobrir potenciais de automatização. Certamente as empresas investem cada vez mais em profissionais capacitados, para aumentar os processos com tecnologia de produto. Sendo um aspecto primordial o estágio do produto ou processo em suas etapas de vida, ou seja, no desenvolvimento do produto. Nos novos sistemas, a automação é uma engenhosidade extraordinária de produção, cujo principal objetivo é a adaptação de diversas tecnologias para aumento da produção e desenvolvimento dos processos produtivos. Seguramente as vantagens extraídas do uso dessa ideia são prontamente vistas nas esferas econômicas e sociais. O conhecimento e o controle de novas tecnologias têm como consequência ganhos competitivos para quem as detêm e coloca em prática, já que é cada vez 42 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. maior o grau de exigência do consumidor em relação à qualidade, ao custo e ao prazo de entrega. A automação é a alternativa para que se construam padrões de qualidade mais severos em referência aos produtos, com a intenção de fidelizar o consumidor, ao passo que o nível de maleabilidade da rede produtiva sobe, oportunizando uma grande variação nos produtos, sem que haja a diminuição do consumo e da produtividade, contradizendo os conceitos comumente usados de produção em massa. 3.3 PROJETO DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO O projeto de trabalho possui função primordial para a gestão da produção, já que, a maioria das vezes, quando se conversa sobre o processo produtivo, fala-se, em resumo, sobre máquinas contemporâneas e tecnologia, mas não em relação às pessoas, sobre o ser humano envolvido nessa máquina ou nesse processo, tema muito determinante para um projeto eficiente. Com o crescente esforço de melhoria do processo e diminuição dos desperdícios, as organizações estão passando por adequações e crescimentos constantes. Dessa maneira, o projeto de trabalho também passou por muitas mudanças, como a administração científica, a divisão do trabalho, trabalho em equipe, abordagem comportamental das pessoas e ergonomia. Nessa fase são postas as perspectivas do que é aguardado e pretendido por cada funcionário, assim como demarcado o controle de cada um no processo e, e por conseguinte, na organização. Determinam-se suas atividades em relação aos outros participantes do time, o que promove uma sólida relação no desenvolvimento da cultura da organização, nos valores, nas políticas, na missão e na visão das empresas. Tem como finalidade resolver as dúvidas em relação às atividades praticadas em um determinado processo, indicando, de maneira clara, a melhor ordem de atividades, na qual é capaz de identificar os aspectos que intervêm nessa ordem, as exigências ambientais que estão abrangidas no projeto de trabalho, quais 43 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. capacidades seriam solicitadas para ser realizado, assim como qual a relação com as outras atividades, maquinários, processo e instalações. PROJETO DO TRABALHO O projeto de trabalho, cuja peculiaridade é o emprego das metodologias de trabalho dos funcionários e sua relação com as operações, descreve como os funcionários irão interagir com suas atividades, suas expectativas e suas obrigações. É integrado por diversos fundamentos independentes, ainda que pertinentes, que quando apanhados conjuntamente, determinam as atividades dos funcionários na rede produtiva/posto de trabalho. A seguir podemos observar alguns de seus principais fundamentos: Figura 16: Principais fundamentos do Projeto do Trabalho Fonte: Guolo; Paris. 2015. 44 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Para conseguir um resultado aceitável no projeto do posto de trabalho é essencial fazer um exame minucioso desse posto, com os indivíduos que entendem bem a operação, sendo crucial abranger os operadores dos maquinários. Após o exame, é necessário conferir os históricos de mudança e modificações dos postos, caso existam. Após essa sequência, segue-se com a repartição das atividades, especificando onde cada colaborador irá fornecer a sua real capacidade e as atividades distribuídas. DIVISÃO DO TRABALHO A divisão do trabalho é inteiramente atenta com o controle do trabalho feito pelos indivíduos, através da procura pela rotina e eficiência. Também pode ser avaliada e empregada excepcionalmente como averiguação e determinação da maneira como o trabalho é desenvolvido. A averiguação tem como finalidade descobrir a melhor técnica de concretização das atividades planejadas para cada funcionário, em cada posto de trabalho, ponderando todas as atividades do produto. Contudo, as atuais pesquisas referentes a esta metodologia poderiam ser encaradas como fator de mudanças para as práticas e técnicas do gerenciamento de produção industrial, para com a responsabilidade dos funcionários, visando aumentar a relação e o engajamento dos colaboradores. A pesquisa de melhoria no posto de trabalho, com base nos indivíduos, é uma ideia com o qual as organizações se atentam. Um dos grandes exemplos é a ergonomia, ciência que cuida da maneira como as pessoas respondem às condições físicas e ambientais, assim como com suas respostas fisiológicas, destinando o funcionário acertadamente a cada atividade, isto é, a divisão de atividades não pode ser efetivada sem o exame meticuloso da ergonomia. ERGONOMIA Ergonomia é a disciplina científica que estuda as relações entre o homem e a máquina, procurando a melhor interação, conforto e produtividade para o ser humano. A ambientação ocorre de maneira prática, em vista disso, as ações de padronização de sistemas não são satisfatórias, necessitando todo o incômodo ergonômico ser avaliado o mais rápido possível. As organizações precisam entender que é uma das suas primazias o máximo de produtividade, com o máximo de conforto possível, para os colaboradores, e que, 45 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. se tiver que diminuir a produtividade, em razão de um melhor conforto para os trabalhadores, isso se faz necessário, pois, a médio e longo prazos, tende a se diminuir os afastamentos e as perdas no ambiente de trabalho. Além do mais, as empresas devem incorporara sua cultura de trabalho, que os resultados operacionais devem ser alcançados sem gerar lesões de qualquer categoria a seus colaboradores, e que os gerentes da empresa devem estar empenhados com essa concepção e buscar, em seus resultados, considerar a prioridade da ergonomia em suas atuações, procurando ajustar as condições de trabalho inadequadas e geradoras de problemas, assim como avaliar esse elemento ao comprar uma nova máquina, ao idealizar nova condição de trabalho ou ao envolver-se em algum projeto de alteração das condições ou do processo de trabalho. E é fundamental contemplar que, a opinião dos funcionários precisa ser levada em conta neste processo de busca do melhor conforto no posto de trabalho. Para isso, a organização deve estabelecer atos que foquem no processo ergonômico, isto é, oferecer um conjunto de práticas capazes de apresentar, de maneira eficaz, os distúrbios e que provenham em melhoria progressiva e consistente das condições de trabalho, não somente daqueles problemas já presentes e identificados, mas também de processo que acompanhe o impacto de mudanças tecnológicas, organizacionais e de processo de trabalho sobre o conforto do funcionário. Para alcançar o nível de conforto e produtividade previsto, observando as condições sociais e de custo, as soluções ergonômicas praticadas precisam seguir a sequência abaixo: 46 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Quadro 15: Soluções Ergonômicas Fonte: Elaborado pelo Autor. 2019. COMPORTAMENTO NO TRABALHO Comportamento no trabalho é a disciplina que estuda o desempenho e o desenvolvimento das atividades dos indivíduos nas empresas e como ocorre essa interação. A empresa espera que o funcionário realize suas atividades da melhor maneira possível, em contrapartida, o funcionário espera que a empresa se comporte de modo correto e cumpra, também, da melhor maneira, sua missão, visão e seus valores. De fato há uma relação de troca entre os indivíduos e a empresa, sendo que as empresas possuem papel principal nesse relacionamento, já que conforme são atendidos os objetivos e as exigências de cada colaborador, essa relação pode passar por alterações. Se o indivíduo identifica que seus empenhos estão sendo maiores que um retorno positivo da empresa, possivelmente essa pessoa deixará a empresa em troca de um novo rumo, deste modo, o centro do planejamento e da melhoria deve ser inicialmente o indivíduo, e não a máquina. 47 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme estudado neste módulo, pudemos aprender que os modelos produção fordismo, taylorismo e toyotismo tiveram grande influência na maneira de administrar e produzir das organizações, e que estes modelos permanecem em constante evolução, visando adequar a produtividade das empresas com a demanda. Vimos que a função da produção na organização corresponde à combinação de recursos designados à produção de seus bens e serviços, e que os encarregados pela função têm responsabilidades diretas e indiretas na produção. Entendemos que os componentes principais de um sistema são: entradas (inputs), processamento (transformação), saídas (outputs), retroação (feedback). A entrada (input) é tudo que é associado ao no sistema fazendo com que ele trabalhe. O processamento (transformação) é a válvula que faz as entradas se converterem em saídas desejadas. A saída (output) é basicamente o resultado que é entregue pelo processamento. A retroação (feedback) é fundamentalmente uma avaliação que as saídas proporcionam para as entradas. Entendemos que as operações de entrada e saída são parecidas entre si no plano macro, mas entrando, mais a fundo, existem algumas diferenças que são nas questões de: volume, variedade, variação, visibilidade. Os tipos de sistemas de produção na manufatura são: processos por projeto, processos de jobbing, processos em lotes ou bateladas, processos de produção em massa e processos contínuos. E os tipos de sistemas de produção em serviços são: serviços profissionais, loja de serviços e serviços de massa. Constatamos que os projetos nas operações de produção resumem em: projeto de produto (conceito, projeto preliminar, avaliação e melhoria do projeto, e protótipo e projeto final), projeto de processo (projeto de redes produtivas, arranjo físico e tecnologia do processo) e projeto de organização do trabalho (projeto do trabalho, divisão do trabalho, ergonomia e comportamento no trabalho). 48 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. REFERÊNCIAS AUGUSTO NASCIMENTO. Acesso em 16 de set. 2019. Disponível em: <https://www.augustonascimento.com.br/o-branding-nasceu-em-1923-quando- aldred-sloan-jr-criou-o-primeiro-portfolio-de-marcas/> CHIAVENATO, I. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. 3. ed. São Paulo: Manole, 2014. DIFERENÇA. Acesso em 18 de set. 2019. Disponível em: <https://www.diferenca.com/taylorismo-fordismo-e-toyotismo/> GRADUS. Acesso em 16 de set. 2019. Disponível em: <https://www.gradusct.com.br/fordismo/> GUOLO, A. L.; PARIS. W. S. Gestão da Produção. 1. ed. v. 1. 204p.Curitiba: Universidade Positivo, 2015. MELLO, M. C. A.; NASCIMENTO, L. F. Produção mais limpa: um impulso para a inovação e a obtenção de vantagens competitivas. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2002. PASQUALINI, F. et al. Gestão da Produção. Coleção Educação a Distância. Série Livro-Texto. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. UNIJUÍ. 2010. PAVAO. A. C.et al. Conceitos de produção limpa para a sustentabilidade industrial. Anais da semana acadêmica, científica e cultural da Faculdade Sudoeste Paulista. Itapetininga. 2016. RUSSOMANO, V. H. Planejamento e Controle da Produção. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1995. SLACK, N. et al. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2008. TODA MATÉRIA. Acesso em 16 de set. 2019. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/toyotismo/> https://www.augustonascimento.com.br/o-branding-nasceu-em-1923-quando-aldred-sloan-jr-criou-o-primeiro-portfolio-de-marcas/ https://www.augustonascimento.com.br/o-branding-nasceu-em-1923-quando-aldred-sloan-jr-criou-o-primeiro-portfolio-de-marcas/ https://www.diferenca.com/taylorismo-fordismo-e-toyotismo/ https://www.gradusct.com.br/fordismo/ http://lattes.cnpq.br/5792214948229303 https://www.todamateria.com.br/toyotismo/