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ANEMIAS CARENCIAIS As anemias carenciais, em especial pela carência de ferro são consideradas condições patológicas e não são normais em nenhuma faixa etária, estando geralmente associada à causas múltiplas, provocando uma hipóxia tecidual já que menores quantidades de hemácias disponível para levar o oxigênio aos tecidos periféricos e até centrais. No Brasil, a principal deficiência é a de ferro, provocando quadros de anemias ferropriva sendo a principal causa de anemias e de carência nutricional no país. Além dos casos de anemias, piora a qualidade de vida dos portadores da doença e provoca alterações no desenvolvimento, além de provocar aumento da morbidade e mortalidade como um todo na população, especialmente em crianças. FERROPENIA Como o próprio nome já diz, ferropenia consiste própria deficiência de ferro, sendo a deficiência mais comum na infância. A prevalência mundial dessa deficiência é cerca de 32% sendo a faixa etária mais acometida abaixo dos 2 anos de idade e nas gestantes. E mais frequente em países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. O ferro é um nutriente essencial do organismo, sendo que 75% está ligado a proteínas do grupo Heme em especial a hemoglobina e a mioglobina. Outros 22% estão associado a proteínas de estoque como a ferritina e a hemossiderina e por último, os 3% são ligados a sistemas enzimáticos do tipo críticos como a catalase e citocromos. É importante salientar que a grande maioria de ferro está associada aos glóbulos vermelhos, hemoglobina e consequentemente ao transporte de gases para os tecidos e vice versa. As crianças são mais suscetíveis a ocorrência de anemias principalmente por conta da necessidade de ferro e de sua forma de obter o nutriente. Cerca de 30% do ferro nessas crianças devem ser obtidos da dieta, e o consumo do ferro é elevado nas crianças por conta da necessidade que se tem de incorporação de ferro na massa muscular para que ocorra o desenvolvimento adequado. Nos adultos, cerca de 95% do ferro é obtido a partir do reaproveitamento da destruição de hemácias antigas por macrófagos no baço e 5% das necessidades diárias são obtidas na dieta. Sendo por esse motivo que se diz que a anemia principalmente em crianças é um problema de saúde pública no mundo. As principais ações do ferro estão relacionadas como já foi dito anteriormente com o transporte de gases tanto do O2 como do CO2 pelo organismo, além disso, participa ainda das reações de oxidação e redução, interage com oxigênio e forma produtos intermediários que podem agir como os radicais livres, cofator de enzimas responsáveis formação do ATP, regula etapas do sistema imunológico e também age em alguns processos do sistema nervoso central como a mielinização. Os recém-nascidos a termo apresentam um estoque de 75 mg de ferro por kg, sendo que a grande maioria do ferro é transferido ao feto durante o terceiro trimestre gestação, sendo justamente por esse motivo que recém-nascidos prematuros recebem uma atenção especial quanto esses valores de ferro no organismo. A HB fetal é alta, sendo de cerca de 15 – 17 g/gl e os estoques de ferro são suficiente para manter os níveis adequados até o terceiro mês de vida daquele recém-nascido. FATORES DE RISCO PARA FERROPENIA Existem alguns fatores de risco para desenvolvimento de um quadro de ferropenia por recém-nascidos: sendo esses fatores subdivididos em perinatais, lactentes, relacionada aos recém-nascido e sua dieta principalmente. Os perinatais constituem aqueles anteriores nascimento do feto como em casos de deficiência materna de ferro, de hemorragia materno-fetal e outros eventos hemorrágicos durante a gravidez, a própria prematuridade ou ligadura precoce ao nascimento, baixo peso ao nascer e ainda em casos mais raros a administração de eritropoietina para a anemia da prematuridade. Os fatores lactentes podem ser subdivididos em fatores do tipo dietéticos, ou seja, que correspondem a dieta daquela criança como a não realização da profilaxia de ferro, além de utilizar formulas infantis com baixa concentração desse ferro, leites não enriquecidos com ferro e ausência ainda de alimentos ricos em ferro na dieta. Já os fatores do tipo lactentes não dietéticos estão relacionados a doenças no trato gastrointestinal que prejudicam a absorção do ferro e perdas gastrointestinais ou inflamatórias que levam a perda de ferro em excesso. Lembrando que em crianças maiores de 1 anos, os fatores do tipo dietéticos são os mais comuns, principalmente o consumo excessivo de leite de vaca (acima de 720 ml por dia), ausência de alimentos ricos em ferro na dieta, e ainda os fatores não dietéticos como perdas gastrointestinais em casos de parasitoses ou alergias à proteína do leite de vaca, doenças desabsortivas e obesidade. PREVENÇÃO DA FERROPENIA A prevenção da ferropenia consiste justamente consumo de ferro por meio da dieta ou por meio de ferro em gotas indicados aos recém-nascidos e crianças, sendo de certa forma imprescindível a ausência de ferro na dieta. A absorção do ferro depende da forma da molécula ferro se encontra no organismo, sendo a forma “HEME” aquela que deriva da hemoglobina, mioglobina e outras proteínas heme presentes em alimentos de origem animal sendo a absorção de ferro equivalente a 10 a 30%, principalmente em carnes, vísceras e vegetais escuros. Os principais tipos de alimentos são fígado, carne vermelha e feijão. A forma “NÃO HEME” equivalente a cerca de 1 a 7% dessa absorção total é encontrada em vegetais, sofrendo certa influência de fatores de inibição ou fatores inibitórios que serão discutidos posteriormente já que existem alguns tipos de alimentos que se consumidos juntamente com os alimentos ricos em ferro podem atuar facilitando ou ainda dificultando a absorção de ferro. A absorção do ferro no duodeno ocorre especialmente via os enterócitos em que esse ferro atinge a circulação na forma de Ferro ++, sofrendo oxidação para a forma férrica de Ferro +++ e se liga posteriormente a transferrina que é a enzima responsável por transportar ferro aos tecidos. O Ferro antes de se ligar a transferrina é absorvidos tanto a forma Heme como a forma não Heme por meio ferritina que através do consumo de ATP se liga à Ferroportina em momentos que os valores séricos de Ferro estão abaixo do desejado, essa proteína liga-se a ferritina e ativa complexo Ferro +++ + transferrina para levar ferro aos tecidos. No entanto, quando os valores de ferro estão elevados, essa Ferroportina é ligada a Hepcidina inativando a entrada de ferritina e assim, inativando o complexo Ferro +++ junto com a transferrina e não é levado ferro aos tecidos. Os fatores facilitadores na absorção de ferro são as carnes como as carnes vermelhas, aves e peixes, além de vísceras como o fígado, frutas ricas em vitamina C como laranja, limão, mamão e goiaba, outros ácidos orgânicos e alguns aminoácidos como histidina, lisina e cisteína. Os fatores inibidores que são aqueles que diminuem essa absorção de ferro como fitatos como grãos como feijão e lentilha, cereais como aveia, farelo de trigo e cevada, as fibras, compostos fenólicos como o chá preto, café, além do chocolate e refrigerantes, os oxalatos como as folhas verdes e proteínas como a caseína e a fosvitina do ovo. OBS: popularmente é recomendado o consumo de feijão e derivados por contem quantidades elevadas de ferro, no entanto, esses alimentos também contém fitatos que são prejudiciais na absorção de ferro, sendo por esse motivo que recomenda-se deixar o feijão cerca de 8 horas antes da refeição de molho, a fim de desprezar o fitatos e apenas absorver o ferro durante a alimentação. A SBP recomenda o rastreamento universal de anemia por ser uma doença silenciosa altamente prevalente, com uma possibilidade de sequelas graves e irreversíveis, sendo o diagnóstico relativamente fácil, assim como o tratamento extremamente fácil eeconômico. Recomenda-se que se faça o hemograma para todas as crianças com 9/12 meses aos 18 meses e anual até os 05 anos de idade. SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE FERRO Lembrando que a deficiência de ferro durante os primeiros anos de vida prejudica os processos de desenvolvimento cerebral daquela criança já que o ferro possui importante papel no processo de mielinização, processo de formação de sinapses e neurotransmissores, e ainda na formação de dendritos e estruturas neuronais importantes para que ocorra sinapses e transmissões nervosas. As consequências clínicas para deficiência de ferro levam ao aparecimento de desordens comportamentais, além de déficits de memória e aprendizagem. Habilidade cognitiva desenvolvimento psicomotor, atraso no desenvolvimento intelectual, déficit de atenção, queda do rendimento nas escolas, diminuição da capacidade intelectual são todos os pontos prejudicados pela deficiência de ferro. Se não for diagnosticado a tempo, podem tornar irreversíveis tanto em funções cognitivas, motora, auditivas e visuais. Cerca de 200 milhões de crianças menores de 5 anos não atingem o potencial de desenvolvimento por conta dessa ausência de ferro, dificultando a inserção na sociedade. Além de atuar no desenvolvimento cerebral, o Ferro atua ainda na resposta imunológica do organismo, logo, toda a redução de ferro ou deficiência dele faz com que se tenha um déficit na resposta imune já que menores quantidades de ferro levam: a uma menor atividade bactericida tanto dos macrófagos como dos neutrófilos, além de diminuir a produção de linfócitos, IL-2 e IL-6 no organismo. Tornando o indivíduo mais suscetível a infecções, e quanto maior as infecções, menores serão a absorção de ferro, levando a um ciclo vicioso que só piora gradativamente. ANEMIA FERROPRIVA É uma condição clínica que afeta cerca de 24,8% de toda a população mundial, sendo que a deficiência de ferro é 2,5 vezes maior do que a presença de anemia, ou seja, é muito mais comum que se tenha deficiência de ferro do que os casos de anemia segundo a OMS. É um problema de saúde pública no Brasil e no Mundo, afeta todas as faixas etárias podendo atingir cerca de 50% das crianças nos países em desenvolvimento. Os sintomas e sinais de um quadro de anemia ferropriva são: fome oculta, alterações de pele, mucosas e anexos como palidez, glossite, atrofia das papilas linguais, além de fadiga, inapetência, fraqueza, perversão do apetite, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, suscetibilidade a infecções, déficit de crescimento, redução também função cognitiva e disfunção na termorregulaçao. Pica: desejo intenso por itens não alimentares tais como a argila, papel, pedra, arroz cru e sabonete. Existem um tipo de transtorno denominado de Síndrome de Pica que é um transtorno caracterizada pelo desejo de comer justamente objetos que não são alimentícios. Pagofagia: desejo intenso por comer gelo, é primeiro item que melhora após a reposição de ferro. A evolução de uma deficiência de ferro até gerar o quadro de anemia ferropriva é evidenciado por três estágios, que são distintos entre si: o primeiro, o segundo e o terceiro estágio, lembrando que a deficiência de ferro é muito mais comum que a anemia ferropriva, e um quadro não tratado de deficiência de ferro pode progredir para uma anemia. O primeiro estágio é caracterizado por uma diminuição do valor sérico de ferro no organismo, principalmente pelos depósitos de ferro no fígado, no baço e na medula óssea, o diagnostico dessa etapa é realizado a partir de valores de ferritina alterados e baixos, geralmente menores que 12 microgramas por litro em crianças menores de 5 anos e de 15 microgramas por litro em crianças maiores de 5 anos de idade. Vale ressaltar que nesse primeiro estágio não tem sintomas específicos e não há alterações fisiológicas, e os valores de ferritina podem estar alterados pela presença de doenças hepáticas e processos infecciosos também. O segundo estágio consiste na redução do ferro sérico no organismo, sendo que toda reserva já foi consumida, e os valores de ferritina estão extremamente baixos, como os valores de transferrina também estão diminuídos, apesar de haver um aumento da capacidade de ligação tentativa de levar mais ferro aos tecidos, a função fisiológica passa a ser comprometida. E o terceiro estágio é caracterizado por um quadro anemia ferropriva propriamente dita em que a deficiência de ferro leva a redução das hemácias, assim como dos valores de hemoglobina e hematócrito gerando quadro também de anemia hipocromia e microcíticas, além de anisocitose com RDW > 14%. No hemograma irá indicar os valores e as seguintes alterações: - Hipocrômica: CHCM diminuído (32-36) - Microcítica: VCM diminuído (83-89) - Anisocitose: RDW aumentado (14%) - Leucopenia e Plaquetose podem estar presentes - Hipoploriferativa: queda de reticulócitos - Ferro Sérico: < 30 mg/dL - Capacidade de ligação com transferrina: aumentada - Saturação de transferrina: < 16% Lembrando que a ferritina é um transportador intracelular de ferro e principal forma de reserva, sendo que ferritina circulante está diretamente relacionada aos estoques de ferro no organismo. Os valores variam conforme a idade da criança, sendo menores de 05 anos de 12 mcg/dL e as crianças acima de 05 anos valores de 15 mcg/dL. Tendo em mente sempre que os valores podem estar alterados por conta de quadros infecciosos, sendo necessário pedir as dosagens de Proteína C reativa e alfa glicoproteína, já que em quadros infecciosos a ferritina pode atingir 30 mcg/dL. PREVENÇÃO DA DEFICIÊNCIA DE FERRO Antes de realizar o tratamento, é necessário realizar toda a prevenção quanto a presença do ferro para a criança, em que medidas simples podem auxiliar no combate a esse tipo de deficiência: o primeiro é a educação alimentar e a educação nutricional de forma a incentivar o aleitamento materno, sendo contraindicado leite de vaca até cerca de 12 meses, orientar a introdução de alimentos ricos ferro e com elevada biodisponibilidade como carnes e vísceras, e restringir aqueles alimentos que são inibidores como café chá e chocolate, além de estimular o consumo dos alimentos potencializadores como carnes e vitamina C. Realizar a fortificação dos alimentos com uso de alimentos de fácil acesso, baixo custo e pertencente à dieta habitual sem ter seu paladar ou aspectos alterados, além de serem adicionados com compostos com boa disponibilidade. E o uso de formulas enriquecidas com ferro e leites forte em crianças que não puderam realizar o aleitamento materno durante o período de amamentação. E é muito importante ainda realizar o controle de infecção principalmente o monitoramento de infecções agudas que envolvem o trato respiratório e gastrointestinais, além de vias urinarias que venham a prejudicar a absorção de ferro sendo necessário a solicitação de exames e profilaxia de vermífugos polivalente, além de ampliação de toda a rede de saneamento básico e acesso à agua tratada. Outras estratégias governamentais como o “NutriSus” que distribui saches de ferro em pó para colocar na comida das crianças, fortificação da agua potável com ferro, assim como a farinha de milho e a farinha de trigo no Brasil. São inúmeras diretrizes que venham a garantir uso profilático do ferro para prevenir a deficiência. Atualmente, independentemente do tipo de aleitamento que a criança realiza seja aleitamento materno exclusivo, aleitamento materno com fórmula, aleitamento fórmula exclusiva, toda e qualquer criança que apresenta fatores de risco é realizado a prevenção com enriquecimento de ferro a partir dos 03 meses. Se não apresentar nenhum fator de risco é introduzido o ferro com 06 meses. RNPT com peso < 1000 gramas: 4 mg/kg/dia a partir de 01 mês de vida até 01 ano. Após 01 ano dose de 1 mg/kg/dia até completar 02 anos. RNPT com peso 1000 – 1500 gramas: 3mg/kg/dia a partir de 01 mês de vida até 01 ano. Após 01 ano dose de 1 mg/kg/dia até completar 02 anos. RNPT 1500 – 2500 gramas: 2 mg/kg/dia a partir de 01 mês de vida até completar 01 ano. Após 01 ano dose de 1 mg/kg/dia até completar 02 anos. RNT com peso menor que 2500 gramas: 2 mg/kg/dia após 01 mês de vida até 01 ano. Após 01 ano dose de 1 mg/kg/dia até completar 02 anos. OBS: os recém-nascidos prematuros que receberam mais de 100 ml de concentração de hemácias durante todo os processos de internação devem ser avaliados individual pois podem não necessitar de suplementação de ferro com 30 dias de vida, mas sim posteriormente. TRATAMENTO DA DEFICIÊNCIA DE FERRO O tratamento inicia-se justamente com a identificação de um quadro de anemia ferropriva segundo características citadas anteriormente que indicam anemia ferropriva na criança, não sendo necessário a transfusão sanguínea. Deve-se inicialmente orientar em relação a dieta daquela criança, assim como os alimentos fundamentais que são ricos e facilitadores na absorção do ferro. Posteriormente é indicado passar suplementação de ferro via oral ou via endovenosa se necessário. O ferro elementar via oral é prescrito com uma dose de 3 a 6 mg/kg/dia, sendo oferecido entre as refeições, nunca junto com o leite já que ele diminui a absorção, sendo ideal oferecer juntamente com o suco de laranja por exemplo, não se esquecendo nunca da dieta balanceada e rica em ferro, sendo o principal aliado no combate a anemia. Pode prescrever o medicamento a base de ferro por no mínimo 08 semanas até 06 meses, atingindo a meta de ferritina de 15 mcg/dL. Assim como o sulfato ferroso, os sais férricos como é caso do ferro polimaltosado, aminoquelato e carbonila possui efeitos adversos que prejudicam a adesão ao tratamento apesar de não sofrerem alterações na dieta, diferente do sulfato ferroso. Já o Ferro quelato é atualmente o ferro oral mais indicado devido a maior disponibilidade, não prejudica com a dieta ou alimentos ingeridos e principalmente por apresentar menores indicies de toxicidade local e de efeitos adversos contra a mucosa intestinal por exemplo. Sua adesão a esse tratamento é muito maior do que do sulfato ferroso e dos sais férricos. A resposta em geral ao ferro é bastante boa, e toda essa suplementação ao tratamento deve ser realizada por no mínimo 03 meses. Caso o quadro não melhore mesmo com a suplementação de ferro e melhora na dieta daquele paciente, é preciso suspeitar de casos de talassemia ou de traços talassemicos. “A talassemia é um distúrbio sanguíneo hereditário caracterizado pela redução das proteínas que carregam oxigênio no sangue (hemoglobina) e da quantidade normal de glóbulos vermelhos no corpo. Os sintomas incluem fadiga, fraqueza, palidez e crescimento lento. Os casos leves não precisam de tratamento. Já os casos graves podem necessitar de transfusões de sangue ou de um transplante de células-tronco de um doador.” E o uso de ferro endovenoso é bastante raro de ser usado com exceção de casos bastante específicos como casos de intolerância ao ferro oral, falha na resposta ao ferro oral, resposta terapêutica mais rápida e recusa a transfusão de hemácias. Lembrando que ferro via intramuscular NUNCA deve ser utilizada.
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