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ATENDIMENTO A CRIANÇA POLITRAUMATIZADA DEFINIÇÃO A definição de politrauma é bastante simples sendo dada como um conjunto de lesões traumáticas simultâneas em diversas regiões, órgãos ou sistemas do corpo em que no mínimo um desses traumas podem colocar o paciente em risco de morte. EPIDEMIOLOGIA As causas para ocorrência de traumatismos são inúmeras e de diversas formas que podem levar a lesões múltiplas e simultâneas como casos de atropelamentos, quedas, além de afogamentos e tentativas de suicídios ou homicídios podem prejudicar diversos órgãos e sistemas do corpo. Mais especificamente quanto as crianças, o principal tipo de traumatismo é o traumatismo crânio encefálico que é a principal causa de morte ou óbito na população infantil e está associada a morbidade bastante significativa, ou seja, o Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) é muito presente e provoca elevada quantidade de mortes em crianças. TRATAMENTO O tratamento de uma criança politraumatizada parte do princípio de um tratamento eficaz, a partir de avaliação rápida, eficiente e principalmente sistematizada. É nesses casos necessários que protocolos de atendimento sejam seguidos de maneira perfeitamente correta, seja na fase pré-hospitalar desde do momento em que os profissionais tiveram contato com a criança até a fase intra hospitalar de tratamento. Um tratamento de referência, sistematizado de qualidade com atenção suficiente, rapidez e medidas de suporta para a vida são fundamentais e melhoram não só a qualidade do tratamento como também todo o prognostico daquela criança. Lembrando que uma criança politraumatizada tem inúmeras lesões e traumas, corre risco de morte por conta de pelo menos uma dessas lesões e necessita de um atendimento e suporte de qualidade fundamental seja em qualquer âmbito de saúde, sendo a primeira hora daquele atendimento denominado de HORA DE OURO. Lembrando que as crianças possuem peculiaridades tanto em sua anatomia como em sua fisiologia em relação aos adultos, fatos esses que podem prejudicar o atendimento dessa criança e deve atentar aos médicos e profissionais. Como por exemplo, essas crianças possuem cabeça grande em relação ao corpo, o que torna casos de TCE comuns em politraumatismos ainda mais graves. Essas crianças possui um pescoço mais curto o que pode dificultar na tentativa de imobilização, assim como uma musculatura cervical é menos desenvolvida, protegendo menos a coluna cervical e aumentando as chances de lesões naquela região. Outras alterações como a cavidade oral ser pequena e a língua grande em relação a essa cavidade faz com que se tenha dificuldades em visualizar a epiglote, dificuldades em retirar corpos estranhos ou obstrutivos do local, além da laringe apresentar uma posição cefálica e a traqueia é mais curta o que dificulta ainda mais processos naqueles locais e os lactentes apresentam uma respiração nasal como predominante. A caixa torácica da criança é menor, fazendo com que os órgãos nobres como coração e pulmão fiquem menos bem protegidos, aumentando a chance de ocorrência de lesões nesses locais, os grandes vasos e o mediastino não são tão fixos igual nos adultos, aumentando as chances de ocorrer pneumotórax hipertensivo por compressão da veia cava e dificuldade do retorno venoso. A superfície corpórea nas crianças são maiores aumentando a perda de calor, e logo aumentando as chances de ocorrência de hipotermia e a maior dificuldade de interação com a criança também deve ser levada em conta e torna-se um prejuízo durante todo o atendimento. A morbidade em crianças politraumatizada são grandes e os óbitos podem ser classificados da seguinte maneira em óbitos imediatos, óbitos posteriores a 4 horas e óbitos tipo tardio. Os óbitos imediatos como o próprio nome já diz são os óbitos que ocorrem imediatamente após o trauma da criança geralmente por afetarem o tronco encefálico, ou os centros respiratórios, medula espinhal, grandes vasos coração, órgãos nobres, e assim por diante. Os óbitos ocorridos após 04 horas geralmente estão mais relacionados com casos de hemorragias severas em que não foi possível controlar, traumas no sistema respiratório ou em órgãos abdominais e no sistema nervoso central em que o prognostico é extremamente complexo. E os óbitos ocorridos tardiamente são aqueles em geral que ocorreram por causas infecciosas ou geralmente por falência de múltiplos órgãos resultantes da lesão primaria sendo que essas crianças já estão por muito tempo em um âmbito hospitalar de internação intensiva. Casos como um quadro séptico, lesões em rins e fígado, são exemplos de lesões que podem resultar em falências de múltiplos órgãos. É por esse motivo que deve-se salientar a importância do atendimento pré-hospitalar nesses casos já que a maioria esmagadora dos traumas e lesões são tratáveis entre essa primeira hora de ouro do atendimento, antes da criança chegar ao hospital. É por isso chamada de HORA de OURO. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR O atendimento pré-hospitalar consiste no atendimento mais importante na criança politraumatizada e tem como objetivo primordial manter aquela criança o mais estável possível até que se chegue ao hospital mais próximo para que realize todo o suporte necessário. É no atendimento pré-hospitalar que se realiza protocolo ABCDE de atendimento visando alguns objetivos: deve-se manter as vias aéreas daquela criança funcionando bem, ou seja, manter as vias aéreas livres para que a criança consiga respirar adequadamente, deve-se manter toda a circulação da criança de maneira ideal controlando tipos de sangramentos e possíveis choques, deve-se realizar a imobilização daquela criança a fim de evitar movimentos que venham a provocar lesões definitivas na coluna e nas regiões cervicais por exemplo e por fim deve-se realizar o transporte imediato daquela criança ao hospital que seja o mais próximo possível. As metas do atendimento pré-hospitalar são resumidas da seguinte maneira: deve-se tratar o trauma objetivamente e rapidamente, otimizando o tratamento no local ocorreu o trauma como controlando sangramentos, melhorando as vias aéreas ou imobilizando regiões de lesões, deve-se avisar o hospital que vai receber aquela criança, e deve-se diminuir o máximo possível o tempo de permanência da criança no local do trauma, encaminhando o mais rápido possível para o centro de trauma pediátrico. Lembrando que em casos de desastres deve-se privilegiar aquelas que possuem maior chance de sobrevida. EXAME PRIMÁRIO NO ATENDIMENTO O tratamento pré-hospitalar possui um característica de ser o mais rápido possível, sistematizado com o objetivo de manter as condições vitais as melhores possíveis. Todo o protocolo é realizado por meio do protocolo ABCDE do trauma conforme descrito na imagem anterior, sendo um protocolo fundamental para melhorar o prognostico. A – (Airway) é necessário manter as vias aéreas maneira mais pérvia possível assim como a proteção a coluna da criança principalmente por meio de imobilização. B – (Breathing) consiste em manter a respiração e ainda a ventilação de maneira adequada, por meio logicamente do controle e manutenção das vias aéreas, assim como em evitar taquipnéia e bradipnéia prevenindo ocorrência de quadros de acidose e alcalose respiratória. C – (Circulação) deve-se controlar a presenças hemorragia e sangramentos, mantendo a circulação controlada nessa criança, e se possível realizar ainda o dois acessos venosos para melhor controle da circulação. D – (Disability) realizar uma avaliação neurológica como avaliar a responsividade daquele paciente, assim como ter que fazer a Escala de Coma de Glasgow a fim de avaliar o grau de consciência daquele paciente. E – (Exposição) consiste em despir o paciente a fim de ver todo o corpo e identificar possíveis traumas e lesões que não eram vistos, expor o paciente, assim como realizar a prevenção de hipotermia,cobrindo o paciente após fazer a checagem de outras lesões pelo corpo já que hipotermia pode provocar aumento da acidose e consequentemente da hipóxia tecidual. A – MANUTENÇÃO DAS VIAS AÉREAS As vias aéreas são os componentes mais críticos do ABCDE e por isso são os primeiros pontos a serem observados em que o prejuízo das vias aéreas impedem a entrada de ar e oxigênio, comprometendo todos os outros processos de atendimento e todos os outros sistemas do organismo já que o oxigênio é indispensável para a manutenção da vida daquele paciente. Deve-se aspirar corpos estranhos, sangue, retirar objetos ou quaisquer outros componentes que venham a ser um prejuízo ou barreira para as vias aéreas se manterem ou abertas ou mais pérvias possíveis. Procura-se sempre se atentar a fraturas faciais, mandibulares ou na traqueia ou na laríngea ou em ambas já que os riscos de ocorrer um comprometimento das vias aéreas são maiores. Não deve-se nunca hiperextender o pescoço ou hiperfletir a cabeça ou rodar a cabeça e o pescoço já que pode fazer com que o paciente tenha um agravamento das lesões na região. Sendo primordial nesses casos a imobilização das regiões cervicais e da coluna vertebral com quantidade mínima de movimentos e sempre elevar a mandíbula ou levantar o queixo da criança para permitir que vias aéreas mais pérvias possíveis. Em casos mais graves pode-se ser necessário intubação do paciente, principalmente em casos de parada respiratória falência respiratória com bradipnéia prolongada, ausência de movimentos respiratórios, diminuição drástica de toda a frequência respiratória, presença de acidose na criança casos de obstrução de vias aéreas em que não conseguiu a retirada do objeto, Escala de Coma de Glasgow menor ou igual a 8 é obrigatório a intubação da criança. Nunca deve se arrepender de realizar uma intubação, mas sim realizar sempre que necessário juntamente com uma ventilação com bolsa, máscara e oxigênio naquela criança que necessita de intubação. Em alguns casos, deve-se ser necessário realizar a sedação ou analgesia, que devem ser extremamente muito bem dosada, principalmente casos de pacientes com depressão respiratória ou pré falência já que dependendo da dose de sedativo pode agravar esse quadro e provocar uma parada cardiorrespiratória. A Sequência Rápida de Intubação é muito bem vinda em casos principalmente de TCE ou Traumatismo Craniano Encefálico que consiste justamente intubação associada ao uso de sedativos e analgésicos a fim de diminuir nesses casos a pressão intracraniana, promover relaxamento dos músculos permitindo melhor visualização das vias aéreas e diminuindo a pressão arterial sistêmica. No caso da coluna vertebral é necessário extrema cautela já que existem diferentes tipos de lesões que levam a um comprometimento diferente, assim como abordagens que são diferentes: pode ocorrer comprometimento tanto da anatomia como da fisiologia. O comprometimento do tipo anatômico ocorre geralmente quando se tem lesão óssea na coluna vertebral, perceptível ao exame radiológico e é menos grave do que o comprometimento funcional em que se tem lesão justamente na medula espinhal o que não é visível ao exame radiológico mas é responsável por uma quantidade elevada de óbitos já que a medula é um órgão que coordena inúmeras atividades fisiológicas. B – RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO A letra B do ABCDE refere-se a respiração e a ventilação em especifico, aos movimentos respiratórios, sendo essa fase do atendimento pré-hospitalar dependente da fase anterior já que uma respiração e ventilação só estarão com um funcionamento correto caso as vias aéreas estejam de certa maneira pérvias, com a entrada de ar ocorrendo. Nessa fase do atendimento é observado os movimentos do pulmão e também a expansibilidade da caixa torácica já que lesões nesses locais podem comprometer todo os movimentos respiratórios, mesmo que as vias aéreas com estejam pérvias o suficiente, como em casos de sangue no pulmão, lesões na caixa torácica e assim por diante. Para avaliar a funcionalidade dos movimentos respiratórios é feito então uma inspeção, percussão e ausculta pulmonar básica. Na inspeção é possível observar a expansibilidade tórax, os movimentos respiratórios, se apresenta dificuldades ou um esforço respiratório, presença de tiragem, de lesões no pulmão ou na caixa torácica, desvio de traqueia, além de hematomas, perfuramentos, sangramentos. Já durante a palpação é possível observar enfisemas subcutâneos, além de lesões na costela, desvios de tórax. Na percussão é possível timpanismo, se o som é maciço ou não e na ausculta é possível observar se o murmúrio está presente, se existem ruídos, sons estranhos, presença de liquido pulmonar, burburios e assim por diante. Se for percebido dificuldade respiratória, ausência de um murmúrio vesicular em um dos lados, ou em ambos lados ou murmúrio diminuído deve-se suspeitar de hemotórax que consiste na presença de sangue entre o pulmão e a caixa torácica ou suspeita-se de um pneumotórax do tipo hipertensivo que consiste na presença de ar entre as duas camadas da pleura é necessário a realização de drenagem torácica. Coloca-se o dreno entre o 4º e 5º espaço intercostal (EIC) na linha axilar média com um dreno proporcional aquela criança realizando então a drenagem do liquido ou do ar que provoca o quadro agravante. Em casos de pntx do tipo hipertensivo pode-se realizar uma toracocentese ou uma punção de alivio. Deve-se evitar a distensão gástrica que consiste em uma expansão da parede abdominal, por meio do uso sondas nasogastrica e orogástrica que também impede que essa criança vomite e realize uma broncoaspiração que venha a complicar ainda mais o caso. Lembrando que em casos de lesão fácil grave não deve-se realizar uso de sondas já que podem aumentar as chances de migração das sondas para o SNC. E realizar OBRIGATORIAMENTE a oximetria de pulso como monitorização de oxigênio e dos movimentos pulmonares ideais. C – CIRCULAÇÃO E HEMORRAGIA Os objetivos do item C consiste em controlar a circulação e manter a hemodinâmica sanguínea, é necessário que se realize o controle da hemorragias externas, assim como um suporte da função cardiovascular e perfusão sistêmica ideal evitando a perda de sangue extrema, além de causar uma restauração e manutenção do volume sanguíneo de maneira adequada. É nessa fase do atendimento que se tem a realização e manutenção da quantidade sangue a fim de garantir perdas grandes e boa perfusão sanguínea na criança evitando lesões teciduais e falência de órgãos por conta de isquemia e hipóxia consequentemente. É necessário se atentar a sinais como boa perfusão dedos e em membros inferiores como por exemplo cianose nas extremidades, presença de sangue na caixa torácica, ainda o estado mental daquele paciente, se muito agravado é um indicativo de má perfusão cerebral, diminuição débito urinário pode ser indicativo de má perfusão renal, assim como a presença de edemas pode ser indicativo de um retorno venoso prejudicado. Lembrando que a principal causa de morte passível de ser evitada é justamente a falta de diagnóstico no manejo de sangramentos internos resultantes de trauma abdominal fechado, ou seja, aquele paciente que teve um impacto de grande porte no abdômen, com marcas evidentes parede abdominal não são tratados e apresentam hemorragia na região abdominal não visível já que são internas levam a morte do paciente após mais ou menos 4 horas do trauma. A intervenção cirúrgica pode ser necessária em muitos dos casos de hemorragias internas e nos casos de hemorragia externa pode ser resolvida realizando a compressão das feridas e dos locais de sangramento, fraturas desalinhadas em ossos longos e lesões tegumentares. Alguns sinais são indicativos de hemorragias severas e da perda de sangue importante, geralmente ocorrem casos de perda de até 15% de volume sanguíneoindicando uma má perfusão tecidual, e consequentemente uma hipóxia acentuada: elevação da FC, diminuição do pulso periférico extremidades frias, aumento do tempo de enchimento dos capilares e diminuição do nível de consciência como casos de agitação repetina ou sonolência elevada podem ser os sinais indicativos de hemorragias graves e perda de sangue associada com privilegio dos órgãos nobres. Lembrando que a diurese é um indicativo de boa perfusão e de manutenção da hemodinâmica sanguínea sendo em torno de 1 ml/kg/hora controlada por meio de uma sonda vesical de demora. E a hipotensão é um sinal tardio grave da perda sanguínea elevada, sendo que ocorre apenas na perda de 30% do volume sanguíneo, e logo, a reanimação fluídica deve ocorrer antes dos quadros de hipotensão. E o acesso vascular torna-se fundamental nesses casos em geral sendo indicado dois acessos venosos com cateteres de grande calibre em membros superiores. Caso não seja possível o acesso venoso, realizar via intra óssea em cerca de três locais especialmente: na tuberosidade da tíbia, na região da bacia e no maléolo medial com uma agulha óssea própria. E em alguns casos que não seja necessário intervenção de carater mais imediato é recomendado um acesso venoso central com as técnicas de Seldinger ou por meio de uma dissecção. Em casos mais específicos de Má Perfusão Sanguínea com PA normal é considerado um quadro choque compensado em que se deve adotar medidas específicas sistematizada assim como todo o atendimento até entanto: 1. se não houver aumento de PA ou alterações, deve-se realizar bolus cristaloide ou seja, soluções salinas como o soro fisiológico para reposição de liquido com cerca de 20 ml por kg durante 10 a 20 minutos, fazendo reavaliação após o fim do procedimento. 2. Se após 2 bolus cristaloides não houver alteração nessas perfusão inadequada é indicado que realize administração de hemácias de 10 ml por kg. 3. Se mesmo assim não houve melhora, houve controle de hemorragias externas, é necessário investigar a presença de hemorragias internas principalmente aquela localizada no abdômen, tórax e na pelve. D – AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA O exame neurológico é fundamental para determinar as condições mentais daquele paciente em que condições de gravidade com níveis baixos de consciência podem levar a demonstração por exemplo de quadros de má perfusão dos tecidos, quadros de hemorragias internas, além de ter uma necessidade de intubação em casos de Glasgow igual ou inferior a 8 apresentando comprometimento tanto do sistema nervoso central como evidenciando mortalidade e sequelas aumentadas com maiores gravidades. Lembrando que o rebaixamento do nível de consciência pode ser resultado de um trauma direto no cérebro como sangramento, edemas, aumento da pressão craniana ou como já comentado, resultado de má perfusão cerebral que leva a quadros graves de isquemia, hipóxia e ainda de óbito imediato ou nas próximas 4 horas do trauma. E – EXPOSIÇÃO DO PACIENTE Deve-se retirar as roupas para facilitar a execução de todos os procedimentos, assim como facilitar a inspeção de todo o corpo, verificando a presença de lesões e traumas em determinadas regiões que estavam cobertas pela roupa do paciente. Monitorar sempre a temperatura, lembrando que crianças possuem a superfície corpórea aumentada o que aumenta as chances de perda de calor e de hipotermia, além ainda de oferecer calor radiante e até cobertores elétricos se for necessário. Alguns erros bastante comuns: não retirar a roupa daquele paciente, estimativa de errada de peso, não imobilização do pescoço, infusão de líquidos sem aquecimento prévio e não ofertar O2 nos primeiros minutos. A monitorização cardíaca deve ser continua, assim como a sondagem das vesículas ou sondagem vesical que apresenta algumas das contra indicações importantes: sangue meato peniano, equimose perineal, sangue no escroto e fratura pélvica. EXAME SECUNDÁRIO O exame secundário ocorre após o procedimento primário que consiste no protocolo ABCDE. Inicia-se exame físico completo juntamente com a história clínica da criança, e reavaliar todos os sinais vitais agora com o paciente mais estabilizado, avaliar comorbidades, alergias e uso ou não de fármacos. Deve-se ainda solicitar o Raio-X principalmente cervical, de tórax e de bacia para identificar possíveis lesões ou ainda anormalidades, palpar os ossos em busca de fraturas que estão ocultas e avaliar e tratar a dor do paciente sem uso de sedativos. E quanto ao transporte da criança politraumatizada deve- se realizar o atendimento adequado, manter as vias aéreas pérvias, monitorar todos os parâmetros vitais e ainda o mais importante que é evitar a deterioração do paciente que está sendo transferido. Sendo alguma das situações que indicam transferência para a UTI: via respiratória está instável, hemorragia descompensada, comprometimento respiratório, choque descompensado e um risco elevado para ocorrência de hemorragias internas. Outros parâmetros que indicam transferência para a UTI especificamente: ECG menor que 12, com monitorização intracraniana necessária, fratura instável de vertebra e um trauma na extremidade com possível comprometimento arterial do membro.
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