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MEDIAÇÃO SÍNCRONA Começaremos em instantes! João Gabriel Bernardo Leandro • Doutorado em Ciências Farmacêuticas (UFRJ) com período sanduíche na Université Laval (Québec, Canada). • Mestrado em Ciências Farmacêuticas (UFRJ). • Especialização em Nutrição Clínica (UFRJ). • Graduação em Nutrição (UVA). AULA 3 BIOQUÍMICA GERAL E METABÓLICA Unidade 1 – Biomoléculas: • Estrutura e função de lipídeos. Unidade 2 – Metabolismo de biomoléculas: • Enzimas. • Anabolismo e catabolismo aminoácidos. Anabolismo de catabolismo de lipídiosU2T3 ● As vias anabólicas de lipídios variam de acordo com o lipídio a ser produzido. Ácidos graxos, glicerofosfolipídios, triacilgliceróis, esteróis — cada lipídio é produzido por uma rota metabólica diferente, específica para ele. ● Os ácidos graxos são produzidos a partir de acetil-CoA. acetil-CoA Acetil-CoA Carboxilase (ACC) grupo acetila malonil-CoA grupo acetila grupo malonila ‣ Anabolismo de lipídiosU2T3 Cada grupo malonila e acetila (ou acilas maiores) é ativado por um tioéster que os une a ácido graxo-sintase, um sistema multienzimático descrito no texto a seguir. 1) A condensação de um grupo acila ativado (o grupo acetila da acetil-CoA é o primeiro grupo acila) e dois carbonos derivados da malonil-CoA, com a eliminação de CO2 do grupo malonila, alonga a cadeia acila em dois carbonos. O mecanismo da primeira etapa dessa reação está mostrado para ilustrar o papel da descarboxilação em facilitar a condensação. O produto β-cetônico dessa condensação é, então, reduzido em três etapas seguintes praticamente idênticas às reações de β-oxidação, mas na sequência inversa; 2) o grupo β-cetônico é reduzido a um álcool, 3) a eliminação de H2O cria uma ligação dupla e 4) a ligação dupla é reduzida, formando o grupo acila graxo saturado correspondente. ‣ Anabolismo de lipídiosU2T3 ● A molécula de malonil-CoA (que possui três carbonos) é convertida em outra com quatro carbonos, que é utilizada agora no lugar do malonil-CoA e, após nova rodada das quatro reações, passa a ter seis carbonos. ● Essa atividade se repete ainda outras vezes até a formação de uma molécula final de ácido graxo de 16 carbonos, chamada palmitato. ● Depois de produzido o palmitato, sistemas de alongamento de ácidos graxos promovem a adição de mais carbonos ao ácido graxo para a produção de ácidos graxos de cadeia longa. ● Processos de dessaturação também podem ocorrer, gerando ácidos graxos poli-insaturados. ● Todo esse processo ocorre no citosol das células e, para ocorrer, depende de energia química fornecida por ATP e NADPH. ● O acetil-CoA utilizado nesse processo é uma molécula produzida na mitocôndria. ● Como a biossíntese de ácidos graxos ocorre no citosol, o acetil-CoA precisa ser transportado da mitocôndria para o citosol. ● Para isso, o acetil-CoA é metabolizado em citrato e então o citrato é transportado para fora da mitocôndria. ● Fora da mitocôndria, o citrato é metabolizado em acetil-CoA e oxalacetato, que então é convertido em malato. ● O malato é transportado de volta para a mitocôndria para regenerar a concentração de moléculas que saíram dessa organela. ‣ Anabolismo de lipídiosU2T3 ‣ Anabolismo de lipídiosU2T3 ● Os triacilgliceróis e os glicerofosfolipídeos possuem os ácidos graxos e o glicerol-3-fosfato como precursores comuns. ● O glicerol-3-fosfato pode ser produzido pela célula ou derivar da molécula di-hidroxicetona-fosfato (DHAP), um intermediário metabólico da glicólise. ● Uma vez pronto, o glicerol-3-fosfato sofre ação da enzima aciltransferase, que adiciona dois ácidos graxos ao glicerol-3-fosfato. A partir daí: ○ O fosfato pode ser retirado e um terceiro ácido graxo pode ser adicionado em seu lugar, formando o triacilglicerol. ○ Ao fosfato pode ser adicionado um radical, como uma serina, e será formado um glicerofosfolipídio. radical ‣ Anabolismo de lipídiosU2T3 A biossíntese de colesterol ocorre em uma sequência de quatro etapas: ● Na primeira, três acetatos são condensados para formar mevalonato. ● Na segunda, o mevalonato é ativado em isopreno. ● Na terceira etapa, seis moléculas de isopreno formam um polímero chamado esqualeno. ● Na quarta e última etapa, o esqualeno passa por ciclização, formando o núcleo esteroide de três anéis de seis carbonos e um anel de cinco carbonos. ‣ Catabolismo de lipídiosU2T3 A via da β-oxidação: ● Acontece em 4 passos: oxidação, hidratação, oxidação, quebra. ● Em cada passagem por essa sequência de quatro passos, um resíduo acetila (sombreado em cor salmão) é removido na forma de acetil-CoA da extremidade carboxílica da cadeia acila – nesse exemplo, o palmitato (C16), que entra como palmitoil-CoA. ● Os elétrons da primeira oxidação passam através da flavoproteína ETF e, subsequentemente, através de uma segunda flavoproteína, para a cadeia respiratória. ● Os elétrons da segunda oxidação entram na cadeia respiratória por meio da NADH-desidrogenase. ‣ Catabolismo de lipídiosU2T3 ● Mais seis passagens pela via da β-oxidação produzem mais sete moléculas de acetil-CoA, a sétima vinda dos dois últimos átomos de carbono da cadeia de 16 carbonos. ● Oito moléculas de acetil-CoA são formadas no total. ● A acetil-CoA pode ser oxidada no ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico), doando mais elétrons para a cadeia respiratória. ‣ Catabolismo de lipídiosU2T3 O catabolismo de glicerofosfolipídeos ocorre, inicialmente, pela ação de enzimas chamadas fosfolipases. Essas enzimas são capazes de quebrar o fosfolipídio, liberando: ● Ácidos graxos (que podem seguir para a β-oxidação). ● Glicerol-fosfato (que pode ser utilizado na glicólise). ● O radical (que tem um destino de acordo com o tipo de radical). Glicerofosfolipídeo radical ‣ Catabolismo de lipídiosU2T3 ● O colesterol é uma molécula que é excretada pelo nosso corpo. Para isso, ele é transportado por lipoproteínas, como Quilomicron, LDL e VLDL para o fígado. ‣ Catabolismo de lipídiosU2T3 ● No fígado, o colesterol pode ser esterificado, sendo utilizado na composição da bile. ● Pela bile, o colesterol é secretado no trato gastrointestinal para auxiliar o processo de emulsificação e absorção de gorduras oriundas de dieta. ● Parte do colesterol acaba sendo eliminado nas fezes, principalmente em dietas ricas em fibras que nosso corpo não é capaz de absorver. ● No entanto, uma boa parte do colesterol é reabsorvida, principalmente se a dieta for rica em gorduras, que nosso corpo consegue absorver. ‣ Catabolismo de lipídiosU2T3 Anabolismo e catabolismo de carboidratosU2T4 ● A principal molécula utilizada como fonte de energia pelo nosso organismo são os carboidratos. ● Todas as células do nosso organismo são capazes de utilizar carboidratos e tal é a importância dessa biomolécula que, se em excesso, nosso organismo armazena glicose na forma de uma macromolécula: o glicogênio. Grânulos de glicogênio em um hepatócito ‣ Anabolismo de carboidratosU2T4 ● O anabolismo de glicogênio ocorre em dois tipos celulares no nosso corpo: miócito e hepatócito. ● No miócito, o glicogênio é produzido e armazenado como forma de atender a demanda energética quando o músculo entra em atividade e a glicemia cai. ○ Esse estoque de glicose permite que o músculo permaneça trabalhando até que as reservas lipídicas sejam acionadas e os ácidos graxos dos adipócitos cheguem até o músculo. ● O outro tipo celular é o hepatócito. Sensível à variação da glicemia, o hepatócito: ○ Estoca glicose na forma de glicogênio quando há hiperglicemia. ○ Quebra seu glicogênio para liberar glicose no sangue quando há hipoglicemia. ‣ Anabolismo de carboidratosU2T4 ● A síntese de glicogênio, chamada de glicogênese, é iniciada por uma enzima chamada glicogenina. ● Essa enzima pega glicose da molécula UDP-glicose e monta uma cadeia de oito glicoses ligadas. ● Pronta a cadeia inicial, a glicogenina mantém-se ligadas a elas e outras enzimas atuam para aumentar a cadeia de glicoses. ‣Anabolismo de carboidratosU2T4 O processo ocorre pela ação de cinco enzimas: ● A primeira enzima é uma cinase (hexocinase no músculo, glicoquinase no fígado) que fosforila a glicose em glicose-6-fosfato. ● A segunda enzima é a fosfoglicomutase, que muda o fosfato do carbono 6 para o carbono 1 da glicose, produzindo glicose-1-fosfato. cinase fosfoglicomutase Glicose Glicose-6-fosfato Glicose-1-fosfato ‣ Anabolismo de carboidratosU2T4 ● Em seguida, a glicose-1-fosfato é adicionada ao UDP e libera pirofosfato (PPi) pela ação da enzima UDP-glicose pirofosforilase, a terceira enzima dessa via. Glicose-1-fosfato UDP-glicose UDP-glicose pirofosforilase UDP PPi UDP ‣ Anabolismo de carboidratosU2T4 ● A quarta enzima é a glicogênio sintase, que liga-se a uma cadeia de glicoses e transfere a glicose da UDP-glicose para essa cadeia. ‣ Anabolismo de carboidratosU2T4 ● A quinta e última enzima é a enzima ramificadora de glicogênio, que pega de seis a sete glicoses já ligadas entre si da cadeia principal e as liga em uma ramificação. ‣ Catabolismo de carboidratosU2T4 O catabolismo de glicogênio é conhecido como glicogenólise. Nessa via, participam três enzimas: ● A glicogênio fosforilase catalisa reações de quebra das ligações entre as glicoses de cadeias principais do glicogênio (ligações α1→4) e sua ação é sempre pela extremidade não redutora da cadeia. Assim, é liberada uma molécula de glicose- 1-fosfato. ● A enzima desramificadora de glicogênio, transfere essas três glicoses da ramificação para a cadeia principal e libera a glicose da ramificação com a ligação α1→6. Uma vez sem ramificação, a glicogênio fosforilase volta a catalisar a quebra da cadeia, liberando mais glicoses. ● A fosfoglicomutase atua nas moléculas de glicose 1-fosfato para convertê-las em glicose 6-fosfato. Glicogênio fosforilase Enzima desramificadora de glicogênio Fosfoglicomutase Glicose-6-fosfatase Glicose-6-fosfato GlicoseGlicose-1-fosfato Glicose-1-fosfato Ligação α(1→6) Ligação α(1→6) Hidrólise adicional Núcleo do Glicogênio Núcleo do Glicogênio Núcleo do Glicogênio Próxima aula: ● Unidade 3: ○ Glicólise e produção de acetil-CoA. ○ Ciclo de Krebs. Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Anabolismo de catabolismo de lipídios ‣ Anabolismo de lipídios ‣ Anabolismo de lipídios ‣ Anabolismo de lipídios ‣ Anabolismo de lipídios ‣ Anabolismo de lipídios ‣ Catabolismo de lipídios ‣ Catabolismo de lipídios ‣ Catabolismo de lipídios ‣ Catabolismo de lipídios ‣ Catabolismo de lipídios ‣ Catabolismo de lipídios Anabolismo e catabolismo de carboidratos ‣ Anabolismo de carboidratos ‣ Anabolismo de carboidratos ‣ Anabolismo de carboidratos ‣ Anabolismo de carboidratos ‣ Anabolismo de carboidratos ‣ Anabolismo de carboidratos ‣ Catabolismo de carboidratos Número do slide 24 Número do slide 25