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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JUNDIAÍ 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA COM ÊNFASE EM 
TRANSPORTE 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo sobre Modal Dutoviário da disciplina 
“Modais de Transporte” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAI 
 
2022 
 
 
 
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JUNDIAÍ 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA COM ÊNFASE EM 
TRANSPORTE 
 
 
 
 
Estudo sobre Modal Dutoviário da disciplina 
“Modais de Transporte” 
 
 
 
FRANCIELLE APARECIDA BUENO – RA1140742211005 
 IZABELLA APARECIDA BUENO – RA1140742211014 
CAIO FERNANDEZ SERRA – RA1140742211030 
 LEONILDO FERREIRA DA SILVA JUNIOR – RA1140742211038 
LETICIA MARIA THEODORO – RA1140742211024 
THALES FERNANDES FERREIRA DOS SANTOS –RA1140742211007 
 
 
 
 
Prof. Orientador Cláudio F. Rossoni 
 
Trabalho apresentado à Faculdade de 
Tecnologia de Jundiaí, como parte dos requisitos para 
a primeira avaliação da disciplina do 2° semestre do 
curso de Tecnólogo em Logística com ênfase em 
Transportes. 
 
 
JUNDIAI 2022 
Resumo 
 
Este trabalho tem por objetivo mostrar as características do modal Dutoviário, 
suas vantagens e desvantagens. 
O presente trabalho apresenta também gráficos e mapas para melhorar 
compreensão da teoria aliada à prática. 
 
Palavras chave: Modal XXXX, YYYYY, ZZZZZZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
 
 
This work has as objective to present characteristics of modal Pipeline, its 
advantages and disadvantages. 
The present word presents also graphs and maps for better understanding of its 
practical process. 
 
Key words: Modal XXXXXX, YYYYY , ZZZZZ 
 
 
 
Introdução evolução histórica do transporte dutoviário 
Quando falamos do modal de transportes dutoviário, a primeira coisa 
que vem em mente são meros dutos que são utilizados para transportes de 
minérios e substâncias derivadas e não derivadas do petróleo, atualmente 
são exatamente isso e mais alguns. 
 Mas não adianta nos aprofundarmos nesse respectivo assunto sem ao 
menos saber as origens, de onde veio os primeiros dutos? e para quais 
pressupostos eram eles? 
 
 Aquedutos Romanos 
 Com o propósito de abastecer as civilizações, com a falta de um 
gerenciamento ou controle de qualidade da água, sim desde nossos 
primórdios já havia uma preocupação em relação a gerenciamento e 
qualidade da água, não é atoa que até os dias de hoje levamos bastante a 
sério esse assunto. 
 Segundo Campos e Studart (1996 apud Grigg, 2001, p. 2) nos diz “[...] 
aplicação de medidas estruturais e não estruturais para controlar os 
sistemas hídricos, naturais [...] para que se obtenham controles no 
escoamento e na qualidade das águas”. 
 Em 312 a.C, os romanos iniciaram a construção do primeiro aqueduto 
chamado Aqua Appia. Logo mais tarde construíram o aqueduto Anio Vetus 
em 352 a.c, logo em seguida eles constroem inúmeros aquedutos até se 
torna uma rede hidráulica para o abastecimento das civilizações, quando 
se reduzia o atendimento da demanda, logo se procuravam novas fontes, 
aqueles responsáveis por tais tarefas eram chamados “caçadores de 
água”, nos dias atuais há muitos monumentos de aquedutos em Roma. 
 
Aquedutos Portugueses 
A vinda dos aquedutos portugueses começou com uma grande 
escassez de água potável na capital de Portugal, e foi um dos importantes 
fatores a serem utilizado para o abastecimento ao longos dos séculos, uma 
das consequências para essa falta de água foi a grande sede na população 
e o alto índice de incêndios na cidade e com isso grandes perdas de 
estruturas físicas, segundo Rodrigues (2013, p. 29) “Com esses incêndios 
não se perdiam apenas casas e edifícios públicos, perdia-se a orientação 
e o raciocínio de cada um, o que deixava toda a população na mais absoluta 
miséria” 
Contudo houve-se a chegada do povo romano na região das 
margens do rio Tejo localização bastante estratégica que manteve a 
sobrevivência dos nativos por vários períodos até a chegada de Roma por 
volta de 195 a.c que permaneceram por volta de 6 séculos. 
Com o povo de Roma estabelecido, vieram alguns costumes, que 
foram bastante impulsionadores para a região. 
 
Com a chegada do povo romano vieram também os seus modos e hábitos de vida 
estabelecidos por Roma. O culto da água era um deles, designava uma nova forma de 
pensar e de tratar da higiene das pessoas, dos seus pertences e dos locais que habitavam. 
Este novo hábito, [...] originou a busca de novas fontes de água potável. Estava em causa 
o cumprimento das necessidades do quotidiano e a alimentação de todos os edifícios 
públicos, que de água necessitavam: balneários, termas, fontanários. (Rodrigues, 2013, p. 
31) 
 
Com início dessas buscas por fontes de águas potáveis, e como os 
romanos já tinham essa experiencia com “caçadores de água” isso foi de 
grande importância para a construção do aqueduto das águas livres no 
século XVIII, os romanos projetaram um aqueduto chamado de aqueduto 
da Gargantana e utilizaram das águas da ribeira de Carenque. 
O aqueduto teve a sua origem na barragem romana no vale de Carenque e descia 
o mesmo segundo a morfologia da encosta onde foi implantado. Para isso utilizava todo o 
sistema de curvas de nível da respectiva encosta. Embora a estrutura existente do 
aqueduto esteja muito danificada, é possível descrevê-lo apresentando as soluções e 
técnicas de transporte de água utilizadas pelos romanos que serão tidas em conta nas 
decisões projectuais aquando da construção do Aqueduto das Águas Livres. (Rodrigues, 
2013, p. 32) 
 
 
Com o passar dos séculos o poder da cidade de Lisboa foi passado 
por muitos costumes e tradições desde romanos até alguns bárbaros 
muçulmanos até a restauração de Portugal em 1640, onde houve um 
grande esforço para encontrar estabilidade econômica, política, militar, 
social e artístico. 
 
A estabilidade política e económica regressam a Portugal e o estilo barroco transforma-
se, do experimentalismo inicial, para um estilo inovador que irá transformar a cidade de 
Lisboa profundamente. Portugal gozava assim da abertura necessária para acolher 
artistas de várias nacionalidades. João Antunes e João Frederico Ludwing são artistas 
deste tempo que marcaram a evolução do barroco em Portugal. (Rodrigues, 2013, p. 46) 
 
Em 1706 há um novo início onde os problemas com abastecimento 
de água em Lisboa poderá se vinda com a subida de D. João V ao trono de 
Portugal, e como Portugal já havia se estabilizado em todos os aspectos e 
já havia encerrados os conflitos europeus D. João V dá início as 
construções do tão sonhado aqueduto que a cidade de Lisboa tanto 
necessitava 
 
como forma de o tentar solucionar, D. João V utiliza os estudos, as medições e todos os 
cálculos até então realizados sobre a Água de Belas e ordena o início da construção do 
Aqueduto das Águas Livres no dia 12 de maio de 1731 de modo a terminar com a secura 
e a falta de protecção contra os incêndios. (Rodrigues, 2013, p.48) 
 
Com a construção do aqueduto em andamento a cidade de Lisboa 
manteve-se a utilizar os métodos antiquados de abastecimento de agua 
com poços, cisternas e auxilio de homens chamados de aguadeiros de 
Lisboa, os aguadeiro era um trabalho bastante exaustivo pois era um 
trabalho 100% manual onde homens carregavam vasilhames de água pela 
cidade e ficavam de prontidão para atender a qualquer emergência de 
incêndio na cidade segundo Rodrigues: “Os aguadeiros eram em grande 
número galegos e eram facilmente identificados pela sua forma de falar e 
pela sua maneira típica de vestir” (2013, p. 48) 
A finalização do aqueduto das águas livres ocorreu após 13 anos em 
1744, a cidade de Lisboa teve uma grande versatilidade como auxílio 
desse meio de transporte de água para a capital de Portugal onde o se 
localizava um chafariz onde o povo ia fazer a retirada de água, em 1834 se 
construíram um grande reservatório chamado “reservatório da mãe de água 
das Amoreiras” e com isso o abastecimento da capital de Portugal fica 
regularizado. 
 
O Aqueduto das Águas Livres é uma obra de engenharia de pedra que tem como objectivo 
trazer a água da ribeira de Carenque, no sítio de Belas, para a cidade de Lisboa, lugar 
distante onde água é um elemento em falta. Percorre um total superior a sessenta 
quilómetros. Cruza vales e rios, por vezes em grandes arcarias e por outras tantas no 
subsolo, perfurando as várias colinas que atravessa na sua implantação (Rodrigues, 2013, 
p. 52) 
 
Aquedutos no Brasil 
Os aquedutos no Brasil originaram-se na cidade de Rio de Janeiro, 
com o aqueduto da carioca no século XVIII, ficou popularmente conhecido 
como Arcos da Lapa, onde iniciou os estudos para a idealização em 1600, 
e a efetivação do projeto fora finalizada em 1723, com o intuído de 
transportar água da nascente do rio Carioca para abastecer a cidade de 
Rio de Janeiro, em 1744 o governador Gomes Freire de Andrade, ordenará 
que fosse reconstruída os arcos da Lapa por motivos que os matérias 
utilizados no primeiro projeto não eram duradouro, e com a nova versão do 
arcos da Lapa fosse inspirado no aqueduto das aguas livres de Lisboa em 
Portugal. 
 
As matérias-primas utilizadas foram Pedra e Cal. Misturadas com o óleo, criou-se uma liga 
de concreto resistente que trouxe segurança para a construção. Esse composto utilizado 
nos Arcos da Lapa era a principal base da construção civil da época, utilizado em obras 
de fortes, igrejas e outras edificações que precisavam ser robustas. Foi nesse período que 
o Chafariz do Largo da Carioca foi construído. A fonte foi esculpida em Lisboa e enviada 
de navio para o Rio de Janeiro. Ela tinha dezesseis bicos ornamentais de bronze e um 
brasão das armas de Portugal no topo. Além desse chafariz, foram construídas outras 
fontes ao longo da construção. (Cruz, 2019) 
 
 
 
Início da história dos dutos no Brasil 
 
Com o aumento exponencial do transporte de altos volumes como o 
petróleo e seus derivados, o uso de dutos para o transporte dos mesmo foi 
cogitado no governo de Getúlio Vargas em 1938 no conselho nacional do 
petróleo, a intenção era ligar dutos no porto de Santos até São Paulo para 
maximizar o transporte dos matérias derivados do petróleo, houve-se um 
estudo que teve inicio em 1926 e durou 7 anos para se finalizar e começar 
os projeto da implantação em 1946 onde ligasse as duas cidades e 
expandisse até campinas. 
As décadas de 40 e 50 foram de construção de terminais e refinarias nas regiões sul, 
sudeste e nordeste e com a criação da PETROBRAS em 1953, o transporte de derivados 
por dutos foi intensificado com implantação de faixas na região de produção da Bahia. 
(Coelho, 2009, p. 24, aput ANTT, 2006) 
 
O transporte de dutos além de ser menos poluente ele permite-se 
retirar alguns caminhões de circulação das rodovias, viabilizando o trânsito 
e emitindo menos gases poluentes. 
além de não contribuir com a poluição e propiciar maior segurança, trouxe para a cidade 
de Belo Horizonte, por exemplo, a façanha de retirar em média 1.000 caminhões de 
circulação diariamente das estradas, favorecendo a população e o meio ambiente (Coelho, 
2009, p. 23) 
Vantagens e desvantagens de operar com dutos 
 
Vantagens. 
• Transporte com bastante segurança. 
• Pode transportar grande quantidade de carga. 
• Transporte por longas distâncias 
• Facilidade de implantação. 
• Alta confiabilidade. 
• Baixo consumo de energia e baixos custos operacionais. 
 
Desvantagens 
• Transporte lento (com velocidade de 2 a 8 km/h) em relação aos outros. 
• Pouca flexibilidade de destinos e de produtos. 
• Custo fixo alto. 
• Riscos de acidentes ambientais em grandes proporções. 
• Necessita de autorizações ambientais. 
 
Tipos de dutos 
1. Subterrâneos: dutos não visíveis, pois estão localizados abaixo da terra 
2. Aparentes: dutos visíveis encontrados geralmente nas estações de 
abastecimento. 
3. Aéreos: dutos construídos no ar nos terrenos que apresentam relevo 
acidentado, bem como para atravessar um rio ou um vale. 
4. Submarinos: dutos submersos no fundo do mar, geralmente utilizados 
para o transporte de petróleo nas plataformas marítimas. 
 
 
Fonte: Google Imagens (24 de julho de 2019) 
 
Tipos de Dutos Encapsulados 
Pneumatic Capsule Pipeline (PCP): usa como veículo, cápsulas sobre 
rodas para levar a carga por meio de um duto cheio de ar. Este ar é 
usado para empurrar a cápsula dentro do duto para um PCP de 3 pés de 
diâmetro, cada cápsula pode levar 2 toneladas de carga, viajando a 
aproximadamente 25 mph sem necessidade de parada. Elas se movem a 
aproximadamente a mesma velocidade média diária de um caminhão. 
Produtos de auto valor, como correspondência e encomendas também 
pode ser transportado pelo PCP. 
Hydraulic Capsule Pipeline (HCP): usa cápsulas sem rodas para 
transportar cargas por meio de um duto cheio de água. A água é usada 
para empurrar a cápsula dentro do duto. HCP viaja de 6 a 10 pés por 
segundo dentro do duto, o qual torna muito mais lento do que o PCP. No 
entanto o HCP pode transportar muito mais carga com o mesmo diâmetro. 
Ele também usa menos energia do que o PCP, o que torna mais 
econômico. Consequentemente, o HCP é mais indicado para transportar 
materiais como grãos e outros produtos agrícola, resíduos sólidos 
municipais e outros produtos de baixo valor. 
Coal Log Pipeline (CLP): É utilizado para o transporte de carvão usando 
dutos. Trata-se de um tipo especial de HCP em que as cápsulas são na 
forma de um cilindro de carvão compactado, em que podem estar em 
contato direto com a água e o duto. No processo do CLP o carvão da 
mina é compactado em cilindros com diâmetros de 5 a 10% menor do que 
o duto por meio do qual o carvão será transportado. O comprimento de 
cada cilindro é usualmente 2 vezes o diâmetro. 
Como usa água, a relação carvão/água no CLP é de 3 a 4 dependendo 
do comprimento do duto. Neste meio 1 libra de água pode transportar de 
3 a 4 de carvão em um CLP. Por serem compactados em altíssimas 
pressões, os cilindros absorvem muita pouca água em seu trajeto e não 
se desmancham. 
 
Fonte: google imagens (maio de 2012-issn). 
 
 
 
Segurança dos Dutos Encapsulados 
Os dutos são, de longe, o meio de transporte de carga mais seguro. Por 
instância, a cada ano nos Estados Unidos, enquanto morrem mais de 500 
pessoas em acidentes ferroviários, em todos os tipos de dutos 
combinados morrem menos de 30 pessoas. No caso dos dutos 
encapsulados este número é bem menor, uma vez que este meio não 
transporta cargas inflamáveis ou explosivas. Nos Estados Unidos, dutos 
de todos os tipos, transportam mais carga (líquidos, gases e sólidos) a 
cada ano, medidos em ton-milha, do que cargas transportadas por 
caminhões e trens juntos. Este modo de transporte já é experimentado 
em vários países há muitos anos, e no que diz respeito a cargas líquidas 
ou pastosas, este meio sempre apresentou maior rendimento e segurança 
do que os demais concorrentes. Uma nova ideia seria a de usar cápsulas 
para transportar cargas sólidas por meio de dutos, impulsionadas por 
motores elétricos pneumáticos ou conjuntos motobombas elétricos. A 
ideia de se inserir a cápsula neste contexto pode ser explicada pelo fato 
de algumas cargas não poderem ser misturadas com o fluido 
transportador ou mesmo, não poderem estar em contato direto com as 
paredes da tubulação, devido ao desgaste provocado pelo atrito entre 
estas partes. Neste contexto, o transporte por meio de dutos 
encapsulados contribuiria desobstruindo estradas e vias urbanas, que 
como já foi dito, permanecem congestionadas a maior parte do tempo. 
Palavras-chave:Logística, transporte, dutos. 
 
Aplicação e funcionamentos dos dutos 
O custo de implantação de uma malha dutoviária é elevado em função da 
mão de obra na implantação, mas é uma alternativa considerada 
economicamente viável para o abastecimento contínuo de matriz 
energética, pois permite rapidez na comunicação entre os pontos de 
entrega e segurança do transporte. 
 
As décadas de 40 e 50 foram de construção de terminais e refinarias nas regiões sul, 
sudeste e nordeste e com a criação da PETROBRAS em 1953, o transporte de 
derivados por dutos foi intensificado com implantação de faixas na região de produção 
da Bahia. (ANTT, 2006). 
 
De meados do século passado até os dias de hoje, com o crescente 
consumo da energia elétrica e o risco de “apagões”, o governo federal 
tem investido solidamente em industrias termoelétricas, e 
consequentemente na malha dutoviária brasileira como fonte de energia, 
com implantação de novas faixas até na Amazônia para o escoamento de 
hidrocarbonetos na maior tropical do planeta. Inclusive, é crescente a 
cada dia a quantidade de empresas que investem no gás natural, por 
exemplo, como principal matriz energética no seu setor produtivo. 
 
Funcionamento 
Entende-se por transporte dutoviário aquele efetuado no interior de uma 
linha de tubos ou dutos realizado por pressão sobre o produto a ser 
transportado ou por arraste deste produto por meio de um elemento 
transportador. Assim, toda dutovia deve ser constituída de três elementos 
essenciais: os terminais, com os equipamentos de propulsão do produto; 
os tubos e as juntas de união. 
Neste modal, a diferença dos demais, o veículo que efetua o 
transporte é fixo enquanto o produto a ser transportado é o que se desloca, 
não necessitando assim, na maioria dos casos, de embalagens para o 
transporte. 
 
Bombeamentos 
Uma operação de bombeamento consiste na ativação de uma 
determinada rota, definindo qual vazão é utilizada, qual o produto é inserido 
no duto e o intervalo de uma operação. 
Uma operação de bombeamento é definida como b= (r, v, p, ti, tf). 
onde R é a rota que está sendo ativada, V é a vazão utilizada, P e o produto 
que está sendo inserido no duto e Ti e Tf definem os instantes inicial e final 
do período da operação, respectivamente. 
Uma operação de bombeamento esta sempre associada a um 
produto na área de origem, mas pode ter como consequência o 
recebimento de mais de um produto na área de destino. 
A única forma de movimentar os produtos que estão contidos em 
um duto é através de operações de bombeamento realizadas a partir das 
áreas estes bombeamentos seguem sempre uma rota de fluxo, que é 
definida pela área que inicia o bombeamento e uma sequencia de um ou 
mais dutos. 
Estes dutos são alinhados em cada área intermediaria, de forma 
que o fluxo proveniente de um deles é repassado integralmente ou 
parcialmente ao seu sucessor. A passagem parcial do fluxo é ocasionada 
por uma opcional retirada do produto na área intermediaria, em uma 
operação conhecida como sangria. 
Por restrições operacionais, apenas umas sequencias de dutos 
podem ser utilizadas como rodas de fluxo durante a operação da rede. 
Cada rede define o conjunto de rotas de fluxo possíveis, assim como as 
vazões que podem ser utilizadas nessas rotas. Os valores possíveis de 
vazão para uma rota são uma função da vazão de operação individual de 
cada bomba e da forma como elas podem ser combinadas. 
 
 
Fonte: google imagens (2018) 
 
 
Construção e Implantação de dutos: 
Uma dutovia é constituída de três elementos essenciais: os terminais, com 
os equipamentos de propulsão, os tubos e as juntas de união (Guerreiro, 
2006). Pode ser constituída de tubos de aço, ferro fundido, concreto, 
cerâmica e plásticos; os diâmetros variam de centímetros a metros, 
dependendo de sua finalidade. As dutovias terrestres são obras superficiais 
e lineares de engenharia, envolvendo quase sempre apenas o horizonte de 
solo e a rocha decomposta (instaladas em valas de até 8 metros de 
profundidade). Podem variar de centenas a milhares de quilômetros, 
podendo, atravessar regiões de grande diversidade morfológica, rios, 
ambientes costeiros e regiões metropolitanas. Assim, interceptam 
diferentes formações geológicas com suas respectivas peculiaridades o 
que exige soluções diversas para cada tipo de ambiente (Junior & Marques, 
1998). 
Nogueira Júnior & Marques (1998) sugerem que as atividades associadas 
à implantação de dutovias sejam estruturadas em cinco grandes fases: 
• Escolha do traçado 
• Viabilidade técnico-econômica 
• Projeto 
• Construção 
• Conservação 
A logística de construção e montagem deve determinar a sequência de 
montagem que em geral difere em cada tipo de obra, seja urbana, rural, 
mista e obras especiais. As principais etapas da montagem do duto são: 
• Identificação da Faixa de domínio e abertura de pista; 
• Inspeção de tubos; 
• Desfile de tubos; 
• Curvamento de tubos; 
• Soldas; 
• Inspeção das soldas; 
• Revestimento do duto; 
• Aplicação de métodos construtivos; 
• Abertura de vala; 
• Abaixamento do duto; 
• Cobertura do duto. 
 Os métodos construtivos para dutos podem ser não destrutivos ou 
destrutivos. Os principais métodos não destrutivos são: 
a) Perfuração a trado (“pipe jacking with auger boring” ou, simplesmente 
boring machine) – Introdução do duto, com auxílio de uma força de 
cravação, através de um furo feito a trado, utilizando um equipamento 
especial (Boring Machine); 
b) Cravação (“percussive moling”) – Introdução do duto, à força de percussão, 
através do solo, é utilizado, preferencialmente, para cruzamentos curtos em 
solos pouco consistentes; 
c) Túnel – Execução de uma escavação com seção em arco com a utilização 
de chapas de aço corrugadas, montadas, progressivamente, com 
andamento da escavação de modo a evitar o desmoronamento do solo; 
d) Tubovia com pontilhão e galeria – Caracteriza-se pela construção de uma 
Tubovia sob um pontilhão ou dentro de uma galeria subterrânea; 
e) Furo direcional – Caracteriza-se pela perfuração do solo a grande 
profundidade e por considerável extensão, feita por um equipamento 
especial, através da qual é instalado o tubo-condução. 
 O método destrutivo mais importante é abertura de vala e se caracteriza 
por alojar o duto dentro de uma cava, rasgada a céu aberto. 
No caso da utilização da vala aberta, a FUNEP (2011) recomenda que as 
seguintes medidas sejam tomadas: 
• Elaborar projeto adequado considerando o eixo da vala, sua profundidade 
e largura, suas curvas e as seções da tubulação a ser implantada; 
• Executar a escavação com controle topográfico para garantir a correta 
geometria da vala; 
• Cadastrar e investigar as ocorrências de surgências d´água durante a 
escavação da vala. 
• Providenciar as obras de drenagem do fundo da vala (colchão de areia, 
dreno cego, etc); 
• Proceder à abertura das valas após a preparação da coluna de tubos para 
o abaixamento; 
• Cercar e sinalizar adequadamente as obras de execução das valas; 
• Dispor de maneira adequada os materiais escavados excedentes. 
Segundo Rocha et al. (2008), a instalação de uma tubulação por perfuração 
direcional, compreende basicamente três etapas: furo piloto, alargamento 
do furo e puxada da tubulação. 
 Na etapa do furo piloto, é realizada a perfuração inicial, ligando os pontos 
entre os quais se deseja instalar a tubulação (entrada e saída). Nesta 
etapa, uma coluna de perfuração composta por uma cabeça de corte, um 
sistema de navegação e hastes de ligação, realiza o furo, utilizando 
jateamento de fluido de perfuração, junto com a força mecânica fornecida 
pela perfuratriz. 
Deve ser elaborado um projeto específico para sinalização da rodovia, 
cabendo à gerência providenciar todos os recursos necessários. A 
supervisão deve providenciar o cumprimento desse projeto na íntegra. 
 Todos os serviçosexecutados deverão atender às APRs (Análise 
Preliminar de Risco), que são realizadas para cada atividade executada nas 
frentes de trabalho. A APR especifica cada atividade e deve ser divulgada 
pelo DDSMS (Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde), antes 
do início dos trabalhos. Qualquer dúvida em relação ao processo a ser 
executado, ou quanto às medidas de segurança a serem adotadas, deve 
ser esclarecida pelo Encarregado e pelo Técnico de Segurança da frente 
de trabalho, respectivamente, antes do início das atividades. 
 A área de atividade deve ser restrita aos funcionários envolvidos nos 
trabalhos. Durante os serviços, os funcionários deverão estar munidos dos 
EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) necessários e usar botas de 
cano longo, pelo risco de exposição a animais peçonhentos. 
 As condições do terreno devem ser avaliadas antes do trânsito de 
máquinas pesadas, bem como a identificação da existência de 
interferências aéreas e/ou subterrâneas. Os funcionários que estiverem 
atuando em cruzamentos de vias públicas ou sinalizando acessos às 
frentes de serviços, devem fazer uso de colete ou tiras refletivas nas 
regiões do tórax e costas. 
 Em todos os casos precisam ser providenciadas e instaladas placas de 
advertência e orientação, além da presença constante de sinalizadores e 
proteções de cercas nas laterais da rodovia ou estrada. 
 A construção de um duto consiste de um processo sequencial, envolvendo, 
basicamente, as atividades de implantação de canteiros e alojamentos, 
construção e/ou melhoria de acessos, desmatamento da faixa de servidão, 
escavação da vala, movimentação e estocagem de materiais/desfile da 
tubulação, soldagem da tubulação, abaixamento da tubulação e cobertura 
da vala, limpeza/recomposição da faixa, teste hidrostático, proteção 
catódica, instalação de bloqueio, construção das estações de medição e de 
limitação de pressão (Alves). 
 
Gerenciamento de Estações 
Entende-se por transporte dutoviário aquele efetuado no interior de uma 
linha de tubos ou dutos realizado por pressão sobre o produto a ser 
transportado ou por arraste deste produto por meio de um elemento 
transportador. Assim, toda dutovia deve ser constituída de três elementos 
essenciais: os terminais, com os equipamentos de propulsão do produto; 
os tubos e as juntas de união destes. 
A plausibilidade de dutovias, para os países em desenvolvimento, 
encontra-se na sua capacidade de atravessar até os terrenos mais difíceis, 
ser praticamente inafetada pelo tempo e fornecer transporte de petróleo e 
seus derivados a baixos custos unitários. Onde os volumes são 
suficientemente grandes, a dutovia é mais econômica, para estes fins, do 
que outras formas de transporte. Os custos de terra são mantidos ao 
mínimo enterrando-se o cano a uns 90 centímetros ou mais profundamente 
para se evitar interferência com outras utilizações da terra. (OWEN, 1974 
apud DETG-UFMG, 2003, p.22) 
Neste modal, à diferença dos demais, o veículo que efetua o transporte é 
fixo enquanto que o produto a ser transportado é o que se desloca, não 
necessitando assim, na maioria dos casos, de embalagens para o 
transporte.O percurso de uma tubulação é condicionado apenas às 
possibilidades do emprego dos equipamentos especializados no seu 
lançamento, e às facilidades de futuro acesso para sua inspeção e 
manutenção. Ao contrário das rodovias e ferrovias onde as rampas 
máximas dificultam bastante a escolha do modal, as tubulações podem ser 
lançadas em rampas de até 90º, como no caso de gasodutos, tornando o 
trajeto entre os pontos extremos o mais direto possível. 
Sua operação não conhece o entrave de alternâncias diurnas e noturnas, 
nem contingências climáticas e atmosféricas, adaptando-se, assim, ao 
trabalho contínuo e também sua tubulação, que em geral é enterrada a uma 
profundidade mínima de 80 cm, torna o transporte por dutos praticamente 
sem riscos. 
O transporte por dutos necessita de um mínimo de energia em relação à 
massa transportada a ser empregada exclusivamente na transferência do 
produto. Esta vantagem é ainda melhorada com a supressão da 
necessidade do retorno de embalagens vazias ao ponto de carregamento 
e pela economia de derivados de petróleo, uma vez que o acionamento das 
bombas, em geral, é feito através de motores elétricos. 
Os custos operacionais são quase nulos, devido ao baixo consumo de 
energia e pela mão de obra utilizada na operação. Os custos operacionais 
limitam-se apenas a manutenção preventiva dos dutos e propulsores para 
que seja mantida a continuidade do processo e ofereça qualidade na 
operação, impossibilitando riscos ao meio ambiente. 
 
 
Manutenção e descontaminação de dutos 
Segundo a ASME B31.8S-2004 (2004), o primeiro passo para poder evitar 
acidentes, é identificar as ameaças à Integridade do gasoduto. Os 
acidentes em gasoduto foram analisados e classificados por um Comitê 
Internacional – Pipeline Research Committee International – e identificaram 
22 causas para acidentes. Uma das causas reportadas é a “Desconhecida”; 
as outras 21 estão classificadas em nove categorias, que são as seguintes. 
• Corrosão externa; 
• Corrosão interna; 
• Corrosão sob tensão; 
• Defeitos de fabricação no duto; 
• Defeitos de fabricação na solda; 
• Falha em equipamentos: eventos associados a defeitos ou mau 
funcionamento de válvulas, 
• flanges e juntas, bem como desgaste ou fadiga do material; 
• Falha operacional: eventos associados com falhas dos operadores, os 
quais podem ser decorrentes das atividades indevidas como, por exemplo, 
erros nas manobras de válvulas; 
• Ações da natureza: eventos associados com ação da natureza, tais como: 
erosão, deslizamentos de terra ou movimentação do solo, catástrofes 
climáticas; 
• Ações de terceiros: eventos associados desde a perfuração não intencional 
da linha por empreiteiras, durante obras de engenharia, na faixa do duto, 
até atos de vandalismo. 
• Procurando impedir tais fatos, as empresas de transporte dutoviário 
executam uma série de procedimentos planejados, para evitar os acidentes 
e suas consequências. Para Correa e Ferreira (2004), o Programa de 
Integridade consiste de um conjunto de ações organizadas e gerenciadas, 
com o objetivo de aumentar a segurança operacional. As principais 
atividades em um programa de integridade, são: 
• Avaliação do nível de corrosão dos produtos movimentados, teor de H2O, 
CO, etc.; 
• Programa de injeção de inibidores de corrosão; 
• Acompanhamento da proteção catódica; 
• Avaliação do revestimento externo; 
• Programa de inspeção geotécnica das faixas; 
• Avaliação da interação solo-duto; 
• Atividades de acompanhamento do relacionamento com comunidades; 
• Atividades de prevenção da ação de terceiros sobre os dutos; 
• Programa de inspeção com PIG instrumentado; 
• Análise e gerenciamento de defeitos; 
• Execução de reparos; 
• Teste hidrostático; 
• Análise de risco e confiabilidade; 
• Gerenciamento das atividades anteriores e, consequentemente, definição 
das condições operacionais. 
As causas mais frequentes de acidentes em dutos, são as Corrosões e as 
Ações de Terceiros, sendo estas últimas, junto às Ações da Natureza, as 
ameaças que estão diretamente relacionadas à Faixa de Servidão. 
A ameaça por terceiros é independente do tempo; então, mesmo em 
trechos sem o histórico de acidentes, os danos podem ocorrer. É 
necessário um forte programa de prevenção, incluindo inspeções e 
conscientização, especialmente para áreas de risco, com usos de solo 
específicos, como áreas de agricultura ou exploração mineral. Para as 
ações da natureza, o programa que visa à integridade, deve estabelecer 
critérios e rotinas para o mapeamento, classificação, inspeção, 
monitoramento e manutenção ao longo das faixas de dutos. 
Tipos e funcionamentos de PIG 
Um dos grandes problemas enfrentados durante o transporte em dutos é a 
deposição deparafinas ao longo da parede interna da tubulação, a 
depender da intensidade pode vir a causar total obstrução no fluxo 
(DEMETINO, 2018). Uma das formas de solução do problema é o uso de 
PIGs (Pipeline Inspection Gauge), estes são ferramentas que trafegam pela 
tubulação, devido a diferença de pressão sobre ele, realizando a raspagem 
da sujidade nas paredes internas da tubulação. Segundo Curvelo (2016,) 
existem vários tipos de PIGs, mas basicamente eles estão classificados 
como sendo de limpeza e instrumentado. A partir de sua utilização pode-se 
prolongar a vida útil da tubulação, sem a necessidade de uma parada total 
na produção. 
Para o deslocamento dentro dos dutos, inicialmente o PIG é colocando em 
uma câmara lançadora acima do solo (PIG launcher) que possui diâmetro 
interno maior que o diâmetro da tubulação e movimentado pelo próprio 
fluido da linha de produção até chegar na câmara recebedora (PIG 
receiver) (CURVELO, 2016) 
⮚ PIGs de Limpeza 
Os PIGs de limpeza ou utility PIGs são ferramentas utilizadas para a 
limpeza de particulados sólidos, resíduos e parafina que podem se originar 
a partir do processo de montagem dos dutos ou como resultado da 
deposição de substratos do produto que percorre a tubulação (CURVELO, 
2016). Geralmente os PIGs de limpeza não possuem sistemas de aquisição 
de dados. 
⮚ PIG de Espuma 
O PIG de espuma é o disposto mais versátil e leve dentre os PIGs. Por 
possuir custo barato de produção, em comparação a outros PIGs, é 
bastante flexível e comumente utilizado em tubulações onde a geometria é 
desconhecida ou de difícil acesso (CURVELO, 2016). Seu material é 
composto predominantemente por espuma de poliuretano, pois não se 
comprime quando em contato com a pressão da tubulação. Tanto sua 
densidade quanto seu tamanho podem variar, fornecendo assim, uma 
ótima vedação e baixa possibilidade de ficar preso em alguma parte do 
trajeto (CORDELL e VANZART, 2003). Os principais usos para o PIG 
espuma são em operações de secagem da tubulação para testes 
hidrostáticos, limpeza e remoção de produtos, a Figura 1 mostra um 
exemplo de um PIG de espuma (PEN INC., 2018). 
⮚ PIG de Esfera 
Segundo Cordell e Vanzart (2003), o PIG de esfera é um instrumento muito 
utilizado em tubulações onde tem uma geometria não convencional, por 
exemplo, muitas curvas e há alta taxa de formação de condensados, visto 
que seu uso pode ser feito repetidas vezes em um curto intervalo de tempo 
ou em composição com outros PIGs espuma de diferentes diâmetros. Seu 
material é geralmente composto de elastômeros de poliuretano, podendo 
variar em decorrência do material da tubulação e do fluido. São esferas 
ocas, preenchidas com água ou glicol, podendo ser preenchido até 
alcançar certa porcentagem do diâmetro externo sobre o diâmetro interno, 
para compensar o desgaste dentro da tubulação (CORDELL e VANZART, 
2003). 
⮚ PIGs Instrumentados ou Inteligentes 
Os PIGs instrumentados, também conhecidos como smart PIGs ou 
inteligente PIGs, diferentemente dos PIGs de limpeza, são dispositivos que 
além de verificar a integridade interna da tubulação, registram dados que 
tem como objetivo fornecer informações das condições de linha, tal qual 
sua extensão e localização de algum defeito. 
Segundo Sarti, Araújo e Pinto (2011), geralmente as informações 
analisadas nesses PIGs são a respeito da geometria da tubulação. Mas a 
quantidade de informações fornecidas são váriadas. Algumas delas são: 
• Curvatura da tubulação; 
• Perfil da tubulação; 
• Temperatura e pressão; 
• Perda de metal perda e detecção de corrosão; 
• Inspeção fotográfica; 
• Detecção de trincas; 
• Mensuração da deposição de resíduos; 
• Detecção de vazamentos; 
• Amostragem do produto; 
• Mapeamento. 
 
Os principais PIGs de instrumentados são, o PIG geométrico, magnéticos, 
perfilométrico e ultrassônico. 
❖ PIG Geométrico: Como o próprio no nome remete, o PIG geométrico, é 
capaz de identificar problemas relacionados a geometria da tubulação. 
Possui em sua estrutura uma grande quantidade de sensores, em 
diferentes ângulos (SARTI, ARAÚJO e PINTO, 2011). Curvelo (2016), 
mostra que geralmente este tipo de PIG é utilizado em três momentos: o 
primeiro é durante a construção da tubulação para saber a qualidade da 
montagem; o segundo é quando ocorre a necessidade de saber se houve 
redução do diâmetro da tubulação, por conta de alguma anomalia 
geométrica; e o terceiro é antecipando a passagem do PIG magnético de 
corrosão pelo mesmo possuir pouca tolerância em relação ao diâmetro da 
tubulação. 
 
❖ PIG Magnético de Corrosão: Os PIG de inspeção de corrosão utilizam a 
tecnologia MFL – Magnetic Flux Leakage (Fuga de Fluxo Magnético) que 
consiste em um sistema composto por imãs na estrutura do PIG onde é 
inserido um grande fluxo magnético uniforme na parede da tubulação. A 
partir daí, sempre que houver uma descontinuidade desse fluxo, é inferido 
que naquele local houve perda de metal, mas sem ser possível afirmar se 
foi interna ou externa. Para isso, usa-se sensores discriminadores do tipo 
Hall (CURVELO, 2016). A partir dos dados adquiridos e do tratamento 
necessário do PIG MFL, é possível criar um padrão de assinaturas e 
estabelecer tendências que ajudam nas manutenções preditivas 
(TIRATSOO, 1992). 
 
❖ PIG Ultrassônico: Segundo Curvelo (2016), o PIG ultrassônico utiliza a 
técnica EMAT – Electromagnetic Acoustic Transducer (Transdutor Acústico 
Eletromagnético) que é um método em que há a propagação de uma onda 
acústica no meio líquido, gerando um eco ao colidir na parede do interna e 
na parede externa do duto, após esse procedimento o sistema calcula a 
distância percorrida e por fim, faz a medição da espessura da tubulação. 
Um exemplo de PIG ultrassônico pode ser visto na Figura 6. Imãs, 
Sensores. Além disso, para que se possa alcançar maior grau de eficiência 
esse PIG tem se algumas premissas, sendo elas, o uso somente em fluídos 
líquidos, não podem ser usados em linhas de gás sem acoplagem líquida; 
a distância entre o transdutor e a parede interna do duto deve ser mantida 
constante; e o líquido no interior do duto deve ser homogêneo e possuir 
velocidade acústica constante e uniforme (CORDELL e VANZART, 2003). 
Os PIGs são amplamente utilizados, mas o planejamento para seu uso é 
determinado utilizando a experiência prévia de campo de profissionais ou 
empresas, mas com pouco embasamento físico/teórico. (SOUZA, 2005). 
Uma das deposições mais recorrentes em tubulações industriais de 
petróleo é a parafina, onde diversos fatores influenciam seu processo de 
deposição e cristalização, fazendo com que haja variação na dureza da 
parafina incrustada, dificultando ainda mais quando é analisado tubulações 
em águas profundas. 
Os Projetos lineares são aqueles projetos longitudinais e localizados em 
corredores nos quais são impostas restrições parciais ou totais para uso do 
solo. Normalmente os Projetos lineares conferem grande complexidade à 
gestão ambiental, podendo atravessar áreas de alta diversidade natural e 
elevado grau de antropização, dentro da gama de projetos lineares estão 
os dutos, estações de energia e ferrovias. 
Os dutos devem ser projetados considerando um eficiente planejamento 
ambiental, pois a utilização dos corredores situados nas áreas próximas e 
adjacentes, resulta na fragmentação da paisagem e na perda direta dos 
habitats. Devido à diversidade de paisagens e questões socioambientais 
envolvidas na implantação das dutovias, há a necessidade de um amplo 
planejamento a ser realizado com base no conhecimento de uma equipe 
multidisciplinar, especializada no planejamento ambiental e na resolução 
de conflitos. Com a condução eficaz do planejamento e da seleção dos 
corredores preferenciais, os efeitos ambientais e socioeconômicos 
adversos podem ser frequentemente atenuados. 
A seleção de corredores deve levar em consideração o projeto deengenharia e os potenciais impactos ambientais e sociais, tais como a 
estabilidade de encostas, cruzamento de rios, conservação de solo e 
vegetação, habitats importantes para a vida silvestre, bem como os 
diferentes usos da terra. Com base neste conhecimento preliminar, 
diversas rotas preferenciais podem ser identificadas para uma avaliação 
comparativa. A seleção das rotas preferenciais é determinada através de 
comparações sistemáticas entre as diferentes opções de rotas, utilizando 
critérios como as dificuldades da construção, acesso de veículos, risco à 
estabilidade das estruturas, compatibilidade com o uso da terra, impacto 
ambiental, interesses socioeconômicos e efeitos cumulativos regionais. 
Dentro do contexto de planejamento ambiental deve-se trabalhar em 
conjunto com a Legislação, que formará os subsídios necessários para que 
os empreendimentos sejam elaborados de acordo com os procedimentos 
legais. 
Na manutenção do controle e domínio sobre as condições da faixa de 
servidão, utiliza-se três nodais para a realização das inspeções, que são: 
• Inspeções aéreas. 
• Inspeções terrestres. 
• Inspeções aquáticas. 
Essas inspeções têm como objetivo controlar o crescimento da vegetação 
na área de passagem, evitar invasões que possam pôr em risco o sistema 
de transporte, localizar uma falha transitória causada por objetos levados 
pelo vento, como por exemplo, galhos de árvores próximas às faixas, que 
podem danificar as ERP`s e PE`s e áreas de válvulas. 
 
Faixa de Servidão 
A faixa de servidão é uma faixa de terreno com largura de 20 metros, que 
acompanha na superfície o percurso subterrâneo dos dutos. Essa área é 
um direito de passagem instituído pelo Decreto Federal de 28/08/1996 e é 
fundamental para a segurança e a proteção da tubulação. 
Os tubos ficam enterrados a uma profundidade média de 1 metro. Para 
protegê-los de possíveis danos, a faixa de servidão deve estar sempre 
sinalizada e com os acessos livres de obstáculos em toda a sua extensão. 
A faixa de servidão: 
● Delimita e protege o traçado do Gasoduto; 
● Identifica os locais de instalação de equipamentos; 
● Sinaliza os locais onde não se podem fazer escavações, construções, 
ocupações, queimadas e obras em geral. 
Na faixa de servidão, toda sinalização é planejada para que a comunidade 
vizinha conheça a localização do Gasoduto da TBG. 
1. Marcos delimitadores: mostram os limites da faixa de servidão; 
2. Marcos Quilométricos: marcam a quilometragem do trajeto do Gasoduto; 
3. Placas de Sinalização: chamam a atenção para a existência do Gasoduto 
enterrado, com alertas de segurança e de cruzamento com rodovias e 
ferrovias, linhas de transmissão, travessias de rios, lagos e lagoas. 
Os marcos e as placas de sinalização são de propriedade da empresa que 
gerência a dutovia e devem ser preservados. Se removidos ou danificados, 
prejudicam a orientação dos técnicos da companhia de operação em caso 
de necessidade de intervenções de rotina ou emergenciais e impedem que 
terceiros identifiquem onde o Gasoduto está enterrado. 
 
Inspeções na faixa de servidão 
Há três tipos de inspeção da faixa: 
● Aérea, por helicóptero; 
● Fluvial, realizada por mergulhadores nos trechos de travessia de rios e 
lagos; 
● Terrestre, realizada ao longo dos dutos por técnicos de inspeção da faixa. 
 
 
Produtos Transportados nos Dutos 
As dutovias transportam gases, líquidos e misturas semifluidas. E são 
mais adequados ao transporte de mercadorias produzidas em processos 
de fluxo contínuo e que mantenham sua demanda restrita a pontos fixos. 
Por exemplo: 
• Derivados de Petróleo (gasolina, diesel) 
• Gases (nafta, gás natural, GLP) 
• Álcool 
• Produtos químicos 
• Minérios (bauxita, níquel, minério de ferro, calcário, salgema, carvão) 
Sendo assim, a dutovia pode transportar uma limitada variedade de 
mercadorias, mas, por ser um modal extremamente especializado, tem a 
opção de ser classificado segundo o tipo de carga que transporta, que 
podem ser divididas em quatro grupos: 
• Oleodutos: transportam petróleo cru e seus derivados como, óleo 
combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta, e outros. 
• Gasodutos: formam as redes de abastecimento de gás das cidades, 
além de serem usados na distribuição e transporte de gás natural. 
• Dutovias (neste grupo estão incluídos vários tipos de aplicações): 
1. Produtos químicos como amônia, etileno e propileno; 
2. Graneis sólidos diluídos como minério de ferro, salgema, cobre etc. São 
conhecidos como minerodutos ou salmourodutos; 
3. Produtos encapsulados, que são transportados por outros produtos em 
estado líquido ao serem bombeados pelo duto; 
4. Para produtos em pó, como cimento ou farinha, que são bombeados por 
sucção ou através de um gás inerte. 
 
• Dutovias para carvão diluído: este é um tipo específico de dutovia, 
bastante comum nos EUA, que transporta unicamente uma mistura de 
carvão em pó (moinha) com água. 
Esta dutovia tem três partes: a primeira é a planta de preparação da 
mistura, onde o carvão é moído para que seja adicionado à água na 
proporção certa. A segunda são os tanques de armazenagem e a própria 
dutovia, por onde a mistura é bombeada. A terceira é a planta de 
separação onde a mistura é centrifugada filtrada e secada para que se 
retire toda a água do carvão. 
 
Abaixo segue uma tabela para exemplificar quais produtos a dutovia 
possibilita o transporte, e qual o tipo de duto (e sistema) utilizado para 
cada tipo de produto. 
 
 
 
Modal Dutoviário Tipo de material
Petróleo e seus Derivados
Este tipo de carga é transportado por 
oleodutos. Seu uso em escala 
industrial iniciou-se com o transporte 
de petróleo no século XIV.
Não Derivados de Petróleo
Algumas cargas não derivadas do 
petróleo, como álcool, CO2 (dióxido de 
carbono) e CO3 (trióxido de carbono), 
são transportadas por polidutos ou 
alcooldutos, assim como podem ser 
transportadas por oleodutos
Gás Natural
O gás natural é transportado pelos 
gasodutos, semelhantes aos 
oleodutos, porém com suas 
particularidades, principalmente no 
sistema de propulsão da carga. 
Minério, Cimento e Cereais
Minério, cimento e cereais: O 
transporte destes materiais é feito por 
minerodutos que são tubulações que 
possuem bombas especiais, capazes 
impulsionar cargas sólidas ou em pó. 
Também se dá por meio de um fluido 
portador, como a água para o 
transporte do minério a média e longas 
distâncias ou o ar para o transporte de 
cimento e cereais a curtas distâncias.
Água Potável
Após a água ser coletada em 
mananciais ou fontes, a mesma é 
conduzida por meio de tubulações até 
estações onde é tratada e depois 
distribuída para a população, também 
por meio de tubulações. As tubulações 
envolvidas na coleta e distribuição são 
denominadas adutoras. 
Esgoto
Águas Servidas – esgoto: as águas 
servidas ou esgotos produzidos pelo 
homem devem ser conduzidos por 
canalizações próprias até um destino 
final adequado.
Carvão e Resíduos Sólidos
Para o transporte deste tipo de carga 
utiliza-se os minerodutos, sendo um 
duto encapsulado que faz uso de uma 
cápsula para transportar a carga por 
meio da tubulação impulsionada por 
um fluido portador, água ou ar.
Produtos Transportáveis por Dutos
Gasodutos 
Gás natural 
O gás natural (GN) é uma substância composta por hidrocarbonetos que 
permanecem em estado gasoso nas condições atmosféricas normais. É 
essencialmente composta pelos hidrocarbonetos metano (CH4), com 
teores acima de 70%, seguida de etano (C2H6) e, em menores 
proporções, o propano (C3H8), usualmente com teores abaixo de 2%. 
Gás natural associado e não associado 
O gás natural pode ser classificado em duas categorias: associado e não 
associado. O gás associado é aquele que, no reservatório geológico, se 
encontra dissolvido no petróleo ou sob a forma de uma capa de gás. 
Neste caso, normalmente privilegia-sea produção inicial do óleo, 
utilizando-se o gás para manter a pressão do reservatório. O gás não-
associado é aquele que está livre do óleo e da água no reservatório; sua 
concentração é predominante na camada rochosa, permitindo a produção 
basicamente de gás natural. 
O gás natural produzido no Brasil é predominantemente de origem 
associada ao petróleo e se destina a diversos mercados de consumo, 
sendo os principais, a geração de energia termelétrica e os segmentos 
industriais. Além disso, uma vez produzido, o gás natural se distribui entre 
diversos setores de consumo, com fins energéticos e não-energéticos: 
utilizado como matéria-prima nas indústrias petroquímica (plásticos, tintas, 
fibras sintéticas e borracha) e de fertilizantes (ureia, amônia e seus 
derivados), veicular, comércio, serviços, domicílios etc. 
 
Transporte do gás natural 
No Brasil, o gás natural é levado aos distribuidores através dos 
gasodutos, essas redes movimentam o gás desde os poços produtores 
até o último ponto onde o gás é consumido (como combustível ou 
matéria-prima) são classificados em cinco categorias, estando quatro 
delas sujeitas à regulação federal e uma à regulação estadual. São elas: 
i) gasodutos de transferência; ii) gasodutos de escoamento da produção; 
iii) gasodutos integrantes de terminais de GNL; iv) gasodutos de 
transporte; e v) gasodutos de distribuição (LEÃO, 2016) 
A capacidade de transporte de gás natural por um gasoduto é função do 
diâmetro das tubulações e da pressão. Quanto maior o diâmetro da 
tubulação, maior a capacidade de transporte. Da mesma forma, quanto 
maior a pressão, maior será o volume de gás transportado por diâmetro 
de tubulação. O sistema de transporte pode ser formado por um único 
duto ligando o ponto de entrega a um ponto de consumo, por um duto 
com diversos pontos de entrega ao longo do caminho, ou por uma rede 
de dutos interconectados, ligando diversas áreas produtoras a diversos 
centros consumidores. Sendo assim, as instalações desses gasodutos 
englobam os pontos de recebimento e entrega, estações de interconexão 
e de compressão (Antes de iniciar viagem, o gás natural ainda tem que 
ser comprimido para uma pressão entre 80 e 100 kgf/cm2, sendo 80 a 
100 vezes maior que a da atmosfera ao nível do mar. Ao longo do 
gasoduto, estações de compressão ajudam a recuperar a pressão perdida 
pelo caminho) entre outras estruturas necessárias para o processamento 
e transporte do gás. 
O Brasil possui 110 gasodutos, com extensão de 11,7 km de malha 
dutoviária para movimentação de gás natural. Desse total, 48 (9.486 Km) 
são utilizados para transporte e 62 (2.246 Km) são para transferência. O 
país tem umas das piores relações do mundo no que diz respeito ao 
transporte interno de gás natural. Por lei, empresas que negociam gás 
não podem transportá-lo, sendo assim, atualmente há 5 empresas de 
transporte de gás natural: 
• Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG) 
Atua nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, dispondo de uma 
capacidade de movimentação de gás natural de 74,67 milhões m³/dia. 
• Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. (TBG) 
 Atua através do gasoduto de transporte Bolívia-Brasil as regiões Centro-
Oeste, Sudeste e Sul. A empresa entrega até 30 milhões de m³/dia de gás 
natural para sete distribuidoras locais que, juntas, atendem 1.2 milhões de 
consumidores finais. 
• Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB) 
Atua na região sul e seu principal objetivo é suprir a necessidade de gás 
natural do Estado do Rio Grande do Sul e interligar os sistemas de 
gasoduto do Brasil, Argentina e Bolívia, beneficiando também as regiões 
Sul e Sudeste do território nacional. 
• GasOcidente do Mato Grosso Ltda. (GOM) 
É proprietária do trecho brasileiro do gasoduto que traz gás natural da 
Bolívia para o estado de Mato Grosso. O Gasoduto Bolívia – Mato 
Grosso, no seu trecho brasileiro, inicia na fronteira com a Bolívia, no 
município de Cáceres – MT, e tem 645 km de extensão, sendo 362 km 
em território boliviano e 283 km em território brasileiro. 
• Nova Transportadora do Sudeste S/A (NTS) 
Os gasodutos da NTS ligam os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e 
São Paulo (responsáveis por cerca de 50% do consumo de gás no Brasil) 
ao gasoduto Bolívia-Brasil, aos terminais de GNL e às plantas de 
processamento de gás. 
 
 
 
Gasoduto Urucu-Coari-Manaus 
O gasoduto Urucu-Coari-Manaus iniciou as operações em 2009 e tem 
capacidade de transportar 5,5 milhões de metros cúbicos/dia. O gasoduto 
liga as unidades de produção localizadas no pólo Arara, em Urucu, até a 
cidade de Manaus (AM). A extensão deste caminho é de 663,2 km (trecho 
Urucu - Manaus), além de um total de 139,3 km em nove ramais para 
Coari. A tabela a seguir apresenta as informações dos trechos do 
gasoduto Urucu-Coari-Manaus. 
 
O gás natural transportado, neste gasoduto, chega às usinas Manauara, 
Tambaqui, Jaraqui, Aparecida, Mauá, Cristiano Rocha e Ponta Negra - 
Urucu-Coari-Manaus. Nelas ele gera 760 MW de energia elétrica 
(PETROBRAS, 2018). 
 
 
Gasoduto Bolívia-Brasil 
O Gasoduto Bolívia-Brasil teve seu projeto efetivado em 1993, através de 
acordo firmado entre os governos brasileiro e boliviano, para a 
exploração, compra e venda do gás natural boliviano o projeto completou 
20 anos no final do ano de 2019 
E nestes mais de 20 anos de parceria, o GN importado da Bolívia teve 
uma grande importância para o Brasil. Entre 2006 e 2008, por exemplo, o 
GN transportado por meio desse gasoduto foi responsável por mais de 
50% da média do consumo brasileiro de GN (MME, 2009). 
Mais especificamente, o duto do gasoduto instalado em Rio Grande, na 
Bolívia, tem 32 polegadas de diâmetro (81 cm) e alcança a fronteira com 
o Brasil em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Segue com o mesmo 
Trecho Localização Diâmetro (in)
A Urucu-Coari 10
B1 Coari-Anamã 20
B2 Anamã-Manaus 20
 Trechos do gasoduto Urucu-Coari-Manaus.
diâmetro até Campinas-SP, onde bifurca-se em outros dois dutos com 
diâmetro de 24 polegadas. O primeiro segue até Guararema-SP, onde se 
interliga com o sistema de dutos da Petrobrás (São Paulo, Rio de Janeiro 
e Belo Horizonte) e o segundo vai até Porto Alegre- RS, na refinaria 
Alberto Pasqualine. 
 
Oleodutos e Polidutos 
O petróleo necessita ser transportado em quantidades muito grandes por 
longas distâncias e somente uma combinação da utilização do modal 
marítimo, através de navios petroleiros, com os oleodutos é que se torna 
possível o transporte de óleo cru em grandes quantidades, de forma 
otimizada. 
Oleodutos transportam também derivados de petróleo de refinarias aos 
terminais, incluindo terminais de distribuição, destinados ao mercado 
consumidor. Dentre esses produtos estão os vários tipos de gasolina, 
diesel, nafta e querosene de aviação. 
Atualmente, os principais derivados que são transportados por polidutos 
no Brasil são: 
1. Gasolina Comum A – é a gasolina produzida pelas refinarias de petróleo e 
entregue diretamente às companhias distribuidoras. Essas gasolinas 
constituem-se basicamente em uma mistura de hidrocarbonetos 
parafínicos, normais e ramificados, olefínicos normais e ramificados, 
aromáticos e naftênicos contendo, entre 5 a 10 átomos de carbono. A 
proporção dessa mistura é tal que especifique o produto como gasolina C, 
após a mistura com etanol. O etanol adicionado à gasolina, na forma 
anidra, no Brasil, tem a faixa porcentual fixado por lei federal que varia 
entre 22 a 25% em volume, a depender da disponibilidade do álcool e da 
política econômica (Farah, 2012); 
2. Óleo diesel - é o derivado de petróleo constituído por hidrocarbonetos de 
10 a 25 átomos de carbono, com faixa de destilação comumente situada 
entre 150oC e 400oC, representando um conjunto de propriedades que 
permita a sua adequada utilização em motores que funcionam segundo o 
ciclo diesel. Esse combustível é o maisutilizado no Brasil, principalmente 
no setor rodoviário, em função da matriz de transporte brasileira. O óleo 
diesel comercializado no Brasil recebe adição de biodiesel por força de lei 
federal, em porcentagem definida e regulamentada pela ANP (Resolução 
ANP n.o 14, 15.5, 2012, Farah,2012); 
3. Óleo combustível para Bunker – óleos destinados à produção de energia 
para movimentar navios. São produzidos a partir de frações destiladas ou 
do resíduo de vácuo da destilação do petróleo (Farah, 2012); 
4. Nafta petroquímica – Frações de petróleo obtidas a partir de naftas de 
destilação dos tipos leve, média ou pesada, e, também do líquido de gás 
natural – LGN (Farah, 2012); 
5. GLP (Gás Liquefeito do Petróleo) – Mistura formada, em sua quase 
totalidade, por hidrocarbonetos de três e quatro átomos de carbono, que, 
embora gasosa nas condições ambientais, pode ser liquefeita por 
pressurização (Farah, 2012); 
6. QAV (Querosene de Aviação) -1 - é definido como um derivado de 
petróleo de faixa de ebulição compreendida entre 150oC e 300oC, com 
predominância de hidrocarbonetos parafínicos de 9 a 15 átomos de 
carbono, utilizado em turbinas aeronáuticas. A classificação QAV-1 
significa que o combustível será utilizado para aviação civil (Farah, 2012); 
7. AEAC (Álcool Etílico Anidro Combustível) - é uma substância orgânica 
obtida a partir da fermentação de açúcares, hidratação do etileno ou 
redução do acetaldeído. O álcool anidro é usado como aditivo em 
combustíveis, sendo composto de 99,5% de álcool puro e 0,5% de água. 
Desde julho de 2007, a partir da publicação da Portaria nº143 do 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, toda gasolina 
vendida no Brasil deve conter até 25% de etanol combustível anidro 
(Portaria ANP nº 2, 16.01. 2002). 
 
 
 
Minerodutos 
Mineroduto pode ser definido como o modo de transporte de sólidos 
granulares misturado com um líquido, que funciona como o veículo de 
transporte. Este líquido normalmente é a água, mas pode ser qualquer 
outro líquido conveniente, por exemplo, álcool etílico, metanol, salmoura 
etc. O sólido granulado pode ser constituído também pelos mais diversos 
materiais: carvão, minério de ferro, minério de cobre, concentrados de 
cobre, ferro ou fosfato, calcário, rejeitos de beneficiamento, lascas de 
madeira, bagaço de cana etc. (Chaves, 2002) 
Na área de minerodutos algumas empresas se destacam: a Samarco 
(minério de ferro, em Minas Gerais), a Trikem (salgema em Alagoas e 
Bahia), a Alunorte (bauxita, em Paragominas), a Cadam (caulim no 
Amapá), a Pará Pigmentos (caulim, no Pará), a Fosfértil (concentrado 
fosfático em Itapira, MG). Em salmourodutos (dutos para sais diluídos), 
destacam-se a Dow Nordeste, em Vera Cruz (BA), e a Braskem, em 
Maceió (AL): ambos movimentam salgema para plantas de soda-cloro. 
 
 
 
As linhas de dutos mais antigas foram construídas pela COMGÁS no 
início do século XX e pela PETROBRAS, nos anos cinquenta, mas foi no 
ano de 1990 que estas empresas construíram o maior número de dutos. 
Além dos que são operados pela PETROBRAS, a qual transporta petróleo 
e derivados além do gás natural, há também os de outras empresas como 
a GÁS BRASILIANO, transportando exclusivamente gás natural. 
 
Dutos estaduais 
➢ OBATI: Oleoduto Barueri / Utinga. Duas linhas. Transporta produtos 
claros e escuros, em operação desde 1984. Extensão 50,4 km e 49,6 km; 
➢ OPASA: Oleoduto Paulínea / São Paulo. Três linhas, sendo duas de 
claros (OPASA 10′ e 14′) em operação desde 1972, com 98,8 km e 98,8 
km de extensão respectivamente e uma de óleo combustível (OPASA 16′) 
em operação desde 1974, com 98,2 km de extensão. 
➢ OSBAT: Oleoduto São Sebastião/Cubatão. Duas linhas de petróleo de 
24′, em operação desde 1968, sendo uma linha entre São Sebastião e 
Guaratuba com 70,5 km de extensão e outra entre Guaratuba e a 
Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, com 50,5 km de 
extensão. 
➢ OSPLAN I: Oleoduto do Planalto, de 24′: Três linhas, todas em operação 
desde 1973, sendo duas de produtos claros entre o terminal de São 
Sebastião e base intermediária de Rio Pardo, com 32,5 km e 49,7 km de 
extensão respectivamente, e uma de óleo combustível, entre Rio Pardo e 
Guararema, com 152,7 km de extensão. 
➢ OSPLAN II: Oleoduto São Sebastião/Refinaria do Planalto (REPLAN) de 
18′, que transporta produtos claros, em operação desde 1991, com 153,5 
km de extensão. 
➢ OSSP:Oleoduto Santos/São Paulo, de 10′ B, com uma linha que 
transporta tanto Gás Liqüefeito do Petróleo (GLP) como produtos claros, 
com 37,8 km de extensão, em operação desde 1969. 
➢ OSSP de 14′ A: Oleoduto Santos / São Paulo. Duas linhas que 
transportam tanto GLP (Gás Liqüefeito do Petróleo) como produtos claros 
e, outra entre Cubatão e São Caetano, com 46,2 km de extensão, em 
operação desde 1989. 
➢ OSSP: Oleoduto Santos / São Paulo, de 18′, com duas linhas, entre 
Cubatão e São Caetano, sendo uma de produtos claros com 37,8 km de 
extensão, em operação desde 1952 e outra de óleo combustível, com 
37,9 km de extensão, em operação desde 1980. 
A: Alemoa – Santos/Cubatão, com cinco linhas: 
• A-2 de 14′: Alemoa-Santos/Cubatão de Nafta e GLP, 9,6 km de extensão, 
em operação desde 1988; 
• A-4 de 18′: Santos/Cubatão, de gasolina, com 9,6 km de extensão, em 
operação desde 1988; 
• A-6: de 14′, de diesel, com 9,6 km de extensão, em operação desde 1988;. 
• A-8: 18 de óleo combustível, com 9,7 km de extensão, em operação desde 
1980 e, 
• A-9 10 Alemoa – Santos/Cubatão, de GLP, com 9,7 km, em operação 
desde 1957.– Ramal Especial (RE): 4 linhas entre Refinaria de Capuava 
(RECAP) e São Caetano: duas de claros/GLP (9,7 km); uma terceira de 
óleo combustível com também 9,7 km de extensão, em operação desde 
1951 e a quarta, de petróleo, com 34,4 km, em operação desde 1953.– 
OSVAT: Oleoduto São Sebastião/Vale do Paraíba de 16′. Três linhas: 
uma de claros, entre Refinaria Vale do Paraíba e Guararema, com 36,1 
km de extensão, em operação desde 1988; uma segunda também de 
claros, entre Guararema e Guarulhos, com 58,7 km de extensão, em 
operação desde 1988 e uma terceira de diesel, entre Suzano e São 
Caetano, com 37,7 km de extensão, em operação desde 1988. 
➢ OSVAT: Oleoduto São Sebastião/Vale do Paraíba de 22′. Duas linhas: 
uma de claros, entre Refinaria Vale do Paraíba (REVAP) e Guararema, 
com 36,2 km de extensão, em operação desde 1978 e outra de 24′, de 
óleo combustível, entre REVAP e Guarulhos, com 95,6 km de extensão, 
em operação desde 1978. 
➢ OSVAT: Oleoduto São Sebastião/Vale do Paraíba: quatro linhas: sendo 
de 22’de claros e de 24′ de escuros; entre Guararema e Guarulhos de 
58,7 km de extensão, em operação desde 1978. As outras duas são de 
22′ de claros e de 24′ de óleo combustível, com 24,7 km de extensão 
ambas, situadas entre São Caetano e Guarulhos, em operação desde 
1978. 
➢ OSVAT I: Oleoduto São Sebastião/Vale do Paraíba: quatro linhas, todas 
de petróleo, sendo uma de 30′ entre Guararema e Refinaria de Paulínea 
(REPLAN) com 152,7 km de extensão, em operação desde 1978; uma 
segunda de 34′ entre Guararema e Refinaria do Vale do Paraíba 
(REVAP), com 35,1 km de extensão, uma terceira de 38′, entre Rio Pardo 
e Guararema com 48,6 km e a quarta de 42′, entre São Sebastião e Rio 
Pardo, com 34,4 km de extensão. 
➢ Ramal (R): Sete ramais entre a Refinaria Presidente Bernardes em 
Cubatão (RPBC) e a EBC, assim distribuídos: de claros (1/2,0 km de 
extensão); de petróleo (4/3, 6 km); de claros (5/ 20 km); de claros (6/2,0 
km); de escuro (7/2,0 km); de escuros (8/2,0 km); de GLP (9/2,2 km) / 
EBC/RPBC, todos de 1993. 
➢ GASAN: Gasoduto Santos-SP de 12′ de gás natural entre a Refinaria 
Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC) e a Refinaria de Capuava 
(RECAP), com 37,0 km de extensão, em operação desde 1993. 
 
 
 Dutos interestaduais 
➢ GASPAL: Gasoduto Rio de Janeiro /São Paulo de gás natural, de 22′entre Guarararema e Refinaria de Capuava (RECAP), com 60,5 km, em 
operação desde 1988. 
➢ OSBRA: Oleoduto São Paulo / Brasília que transporta produtos claros, 
álcool e GLP, de 20′ entre a REPLAN até divisa entre São Paulo e Minas 
Gerais, com 970 km de extensão, em operação desde 1996. 
➢ OSRIO: Oleoduto Rio de Janeiro/São Paulo. Duas linhas, de 16′ ambas 
de claros, sendo uma vindo do Rio de Janeiro por Lorena (SP) até a 
Refinaria do Vale do Paraíba (REVAP), com 94,1 km de extensão e outra 
entre a REVAP e Guararema, com 36,6 km de extensão, em operação 
desde 1990. 
➢ GASBOL: Gasoduto Brasil – Bolívia. Duas linhas: (1): REPLAN, com 153 
km de extensão e (2) Brasil/Bolívia, com 3.150 km de extensão, sendo 
2.593 km no Brasil e 557 km na Bolívia. 
 
 
Dutos marítimos 
➢ MERLUZA: de gás natural, entre Praia Grande (SP) e a Refinaria 
Presidente Bernardes em Cubatão (RPBC), com 29,0 km de extensão, 
em operação desde 1993. 
➢ SÃO SEBASTIÃO: Linhas Submarinas: N/34 Píer Sul/GLEBA D; LS -S/34 
Píer Sul/GLEBA D, com 2,5 km de extensão, ambos de petróleo, em 
operação desde 1984. 
O gás natural chega de forma canalizada, pela rede de distribuição de 
gasodutos da COMGAS para São Paulo proveniente de três origens 
distintas: Bacia de Campos (RJ), pelo GASPAL – gasoduto Rio de Janeiro 
/São Paulo, da Bacia de Santos (SP) pelo GASAN – gasoduto Santos-SP, 
e também da Bolívia, vindo pelo GASBOL – gasoduto Brasil-Bolívia, 
gerenciados pela TRANSPETRO. 
 
Dutos operados pela Petrobrás 
Criada em 12 de junho de 1998, a TRANSPETRO - Petrobrás Transporte 
S. A. atua nas áreas de transporte marítimo, dutoviário e na operação de 
terminais de petróleo e derivados. Entre as atividades previstas estão os 
serviços de transporte e armazenamento de combustíveis através de 
dutos, terminais e embarcações, bem como a construção e operação 
destas instalações. Opera mais de 9.789 km de oleodutos e gasodutos. 
(Onde em oleodutos, a Petrobrás conta com um monopólio garantido por 
lei). 
 
Dutos operados pela Comgás 
A COMGAS – Companhia de Gás de São Paulo completou 130 anos de 
existência e transporta gás por meio de dutos, há mais de setenta anos. 
Conta com uma malha de mais de 3.000 km de gasodutos distribuídos 
pela região metropolitana de São Paulo, Baixada Santista, Vale do 
Paraíba e Campinas principalmente. É uma empresa estatal, atualmente 
formada por um consórcio com participação de duas companhias 
estrangeiras, a Shell e a British Gas. 
 
Dutos operados pela companhia Gás Natural 
Seus dutos estão em operação desde fevereiro de 2002, abrangendo as 
cidades de Itu, Salto, Sorocaba e Votorantim, formando uma rede com 
extensão de 100 km de aço, em alta pressão (5 a 35 bar), e 70 km de 
dutos de polietileno em média pressão (1 a 4 bar). Em construção estão 
mais 50 km de rede de aço, em alta pressão, junto às cidades de 
Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Tatuí e Cesário Lange. Alguns dos 
municípios mencionados pertencem às áreas de preservação 
permanente. 
A rede de dutos de polietileno atende principalmente às residências e 
estabelecimentos comerciais, sendo de característica predominantemente 
urbana. O traçado da rede de aço passa paralelamente junto às rodovias 
(Castelo Branco e Raposo Tavares), ferrovias e principais avenidas das 
citadas cidades, englobando áreas urbanas e rurais, incluindo travessias 
sob cursos d’água. 
 
 
Projeto: Gasbol 
Finalidade: Transportar o gás vindo da Bolívia, gerenciado pela 
Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) empresa que tem 
em sua composição a Petrobras (51%), a BBPP (29%), a YFPB (12%) e a 
GTB-TBG Holding (8%). 
Bolivia 
Trecho Boliviano 
O Gasoduto começa na localidade boliviana de Rio Grande, 40 
quilômetros ao sul de Santa Cruz de la Sierra, um povoado com apenas 
400 habitantes de origem indígena, e se estende por 557 km até Porto 
Suarez, na fronteira com o Brasil. 
Brasil 
Trecho Brasileiro 
Ao cruzar a fronteira, o Gasoduto entra em solo brasileiro por Corumbá 
(MS). A partir daí, o transporte do gás natural é de responsabilidade da 
TBG. 
 
O Gasoduto atravessa cerca de cinco mil propriedades em 136 
municípios distribuídos pelos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, 
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
Mato Grosso do Sul 
• Corumbá 
• Miranda 
• Aquidauana 
• Anastácio 
• Dois Irmãos do Buriti 
• Terenos 
• Campo Grande 
• Ribas do Rio Pardo 
• Santa Rita do Pardo 
• Brasilândia 
• Três Lagoas 
São Paulo 
• Castilho 
• Nova Independência 
• Andradina 
• Murutinga do Sul 
• Guaraçaí 
• Mirandópolis 
• Lavínia 
• Valparaíso 
• Bento de Abreu 
• Rubiácea 
• Guararapes 
• Araçatuba 
• Bilac 
• Birigui 
• Coroados 
• Glicério 
• Penápolis 
• Avanhandava 
• Promissão 
• Guaiçara 
• Lins 
• Cafelândia 
• Pongaí 
• Uru 
• Pirajuí 
• Reginópolis 
• Iacanga 
• Ibitinga 
• Boa Esperança do Sul 
• Ribeirão Bonito 
• Araraquara 
• Ibaté 
• São Carlos 
• Itirapina 
• Rio Claro 
• Santa Gertrudes 
• Iracemápolis 
• Limeira 
• Americana 
• Cosmópolis 
• Paulínia 
• Campinas 
• Jaguariúna 
• Valinhos 
• Itatiba 
• Morungaba 
• Jarinu 
• Bragança Paulista 
• Atibaia 
• Bom Jesus dos Perdões 
• Nazaré Paulista 
• Santa Isabel 
• Moji das Cruzes 
• Guararema 
• Monte Mor 
• Indaiatuba 
• Salto 
• Itu 
• Porto Feliz 
• Sorocaba 
• Iperó 
• Araçoiaba da Serra 
• Capela do Alto 
• Sarapuí 
• Itapetininga 
• Capão Bonito 
• Itapeva 
• Ribeirão Branco 
• Apiaí 
• Barra do Chapéu 
• Itapirapuã Paulista 
Paraná 
• Doutor Ulysses 
• Cerro Azul 
• Rio Branco do Sul 
• Itaperuçu 
• Campo Magro 
• Almirante Tamandaré 
• Campo Largo 
• Araucária 
• Curitiba 
• Fazenda Rio Grande 
• São José dos Pinhais 
• Tijucas do Sul 
• Guaratuba 
Santa Catarina 
• Garuva 
• Joinville 
• Guaramirim 
• Massaranduba 
• Luiz Alves 
• Gaspar 
• Brusque 
• Canelinha 
• Tijucas 
• Biguaçu 
• Antônio Carlos 
• São Pedro de Alcântara 
• Santo Amaro da Imperatriz 
• Águas Mornas 
• São Bonifácio 
• São Martinho 
• Armazém 
• Gravatal 
• Tubarão 
• Pedras Grandes 
• Treze de Maio 
• Urussanga 
• Cocal do Sul 
• Siderópolis 
• Nova Veneza 
• Morro Grande 
• Timbé do Sul 
Rio Grande do Sul 
• São José dos Ausentes 
• Cambará do Sul 
• Jaquirana 
• São Francisco de Paula 
• Taquara 
• Igrejinha 
• Parobé 
• Nova Hartz 
• Araricá 
• Sapiranga 
• Novo Hamburgo 
• Gravataí 
• Cachoeirinha 
• Canoas 
Como funciona: 
O gás natural importado pelo Gasbol é produzido na Bolívia e 
transportado até o Brasil. A estrutura compreende, ao longo do trajeto: 15 
estações de compressão (que mantêm a pressão para o transporte); 47 
pontos de entrega, ou city-gate (que reduzem a pressão para entregar o 
gás à distribuidora local); e quatro estações de medição, sendo três no 
Brasil (que controlam pressão e variáveis operacionais). 
Histórico: 
O Gasbol começou a sair do papel em 1991, quando foi firmada uma 
Carta de Intenção sobre o Processo de Integração Energética, entre 
Petrobras, YfPB (estatal boliviana de petróleo) e o Ministério de Energia e 
Hidrocarburetos, da Bolívia. 
Em março de 1992, foi definido o traçado do gasoduto, No ano seguinte, 
os dois governos firmaram tratado para a importação do gás natural, e o 
acordo definitivo de compra e venda de gás foi assinado entre a Petrobras 
e a YPFB em agosto de 1996. No mesmo ano, foi firmado o Tratado de La 
Paz, que regeu a construção, o funcionamento e o comércio do insumo. 
O acordo previu a comercialização de até 30 milhões de metros cúbicos 
diários de gás natural, por um prazo de 20 anos, com cláusula de take or 
pay, que significava pagamento por um volume mínimo de gás, 
independente da produção ser escoada ou não para o lado brasileiro. 
O primeiro trecho do Gasbol (trecho Norte, passando por Corumbá-MS, 
Paulínia-SP e Guararema-SP) começou a operar em 1999.O 
funcionamento pleno só ocorreu em 2010, com inauguração do trecho 
Paulínia (SP) – Araucária (PR). 
Curiosidade: 
O Gasbol é o maior gasoduto da América Latina em extensão, com um 
total de 3.150 km, sendo 557 km na Bolívia e 2.593 km no Brasil. 
 
 
Notícia 
Matéria: Lei que libera recursos para gasoduto Bolívia-Brasil é sancionada 
Data: 29/12/2021 
Horário: 16h40 
“O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou nesta quarta-feira 
(29) a Lei 14.281, de 2021, que abre crédito especial no valor de R$ 38 
milhões em favor da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil 
S.A. (TBG) e da refinaria Mataripe S.A., na Bahia. O valor será usado em 
ações de transportes especiais e manejo de combustíveis e energia. A lei 
decorre do PLN 29/2021, aprovado no Congresso Nacional no dia 17 de 
dezembro.” 
“Em relação ao gasoduto, o objetivo é ampliar a capacidade do Trecho 
Sul para atender a demanda adicional por gás natural.” 
(Trechos retirados do site: www12.senado.leg.br) 
 
Notícia 
Matéria: Sulgás e SCGÁS vencem CP da TBG 
Data: 17/06/22 
Assunto: 
Sulgás (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul) e SCGÁS 
(Companhia de Gás de Santa Catarina) vencem a chamada pública de 
contratação da capacidade firme disponível no Gasoduto Bolívia- Brasil 
(Gasbol). As duas assinaram contratos de transporte de gás para o 
período de 2022-2026, no modelo de entrada e saída. 
 A Sulgás garantiu capacidade de 4 milhões de m³/dia na zona de saída 
RS1 (zona que atende à área de concessão da distribuidora gaúcha), 
enquanto a SCGás saiu com 3,7 milhões de m³/dia na zona de saída SC2 
(abrange as estações de recebimento catarinenses, de Biguaçu até Nova 
Veneza). 
O resultado da chamada pública do Gasbol pode ser resumido assim: 
• A Petrobras foi a única empresa a alocar capacidade de entrada. 
• A Petrobras também conseguiu 16,667 milhões de m³/dia de capacidade 
de saída em cinco zonas em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do 
Sul para 2022. 
 
A SCGás e a Sulgás, por sua vez, ampliaram as respectivas capacidades 
contratadas: 
A distribuidora catarinense conseguiu contratar 60 mil m³/dia para 2023; 
1,06 milhão de m³/dia para 2024; 1,13 milhão de m³/dia para 2025; e 
1,469 milhão de m³/dia para 2026 nas zonas SC1 e SC2; 
Já no Rio Grande do Sul, a Sulgás alocou 220 mil m³/dia em 2023; 1,094 
milhão de m³/dia em 2024; 1,097 milhão de m³/dia em 2025; e 1,656 
milhão de m³/dia em 2026. 
 
 
 
 
 
Distribuição de Gás no Brasil 
• A partir da construção do gasoduto Bolívia-Brasil, no final dos anos 1990, 
observou-se uma significativa expansão do setor de gás natural brasileiro. 
A Importância Do Gás Natural No Brasil 
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e 
Biocombustível (ANP), o Brasil produz mais de 110 milhões de metros 
cúbicos de gás por dia, chegando a mais de 40 bilhões de metros cúbicos 
anuais. (A indústria é responsável por mais de 50% do gás usado em 
nossas terras, com a geração de energia responsável por 1/3 do 
consumo). 
Como Funciona o Sistema de Distribuição de Gás Natural 
Antes de ser distribuído, o gás passa por diversos processos que se 
interligam até chegar ao consumidor final. Os processos são: 
• Exploração; 
• Processamento; 
• Liquefação para o estado gasoso; 
• Transporte do processamento para distribuição; 
• Regaseificação; 
• Estocagem; 
• E distribuição; 
 
Na parte de distribuição a Petrobrás comanda a maior parcela no território 
nacional, junto com ela existem outras 27 distribuidoras de gás natural 
credenciadas (19 são geridas com participação da Petrobrás). 
 
 
 
Fonte: Elaboração FGV CERI com base em Abegás 
 
Projetos Recentes/Futuro 
A recente aprovação da Nova Lei do Gás (LEI Nº 14.134, DE 8 DE ABRIL 
DE 2021) 
Dispõe sobre as atividades relativas ao transporte de gás natural, de que trata o art. 177 
da Constituição Federal, e sobre as atividades de escoamento, tratamento, 
processamento, estocagem subterrânea, acondicionamento, liquefação, regaseificação e 
comercialização de gás natural; altera as Leis nºs 9.478, de 6 de agosto de 1997, e 
9.847, de 26 de outubro de 1999; e revoga a Lei nº 11.909, de 4 de março de 2009, e 
dispositivo da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002 
• Possibilitará um novo ciclo de investimentos e de expansão do setor no 
país. 
A infraestrutura de gás natural no Brasil é modesta, com apenas 9.409 km 
de gasodutos de transporte (extensão que se mantém praticamente 
constante desde 2010) atendendo a uma área de 8,5 milhões km2 e uma 
população de mais de 210 milhões de habitantes. 
Existem oportunidades de investimento na infraestrutura de estocagem 
(armazenamento de gás natural em reservatórios naturais ou artificiais) e 
acondicionamento (confinamento de gás natural na forma gasosa, líquida 
ou sólida para o seu transporte ou consumo). 
Ao longo da última década, a discussão sobre o marco regulatório do gás 
evoluiu, materializada no Projeto de Lei 6.407/2013, renumerado como PL 
4.476/2020 no Senado Federal, aprovado em 17 de março de 2021 na 
Câmara dos Deputados e sancionado em 08 de abril de 2021 pelo 
presidente da República. Chamada de Nova Lei do Gás, a Lei 14.134 
constitui o atual marco regulatório para o mercado de gás natural no 
Brasil. 
O objetivo manifesto da Nova Lei do Gás é promover a concorrência por 
meio do favorecimento da entrada de novos agentes no setor, buscando 
um mercado de gás natural aberto à competição. 
Com a Nova Lei do Gás, o regime de concessão é substituído pelo de 
autorização da ANP para o exercício das atividades de construção, 
ampliação de capacidade e operação de unidades de processamento ou 
tratamento de gás natural, de gasodutos de escoamento da produção. 
 
Ocorrendo outras mudanças: 
A desverticalização do setor, de modo a assegurar a independência entre 
transportador e comercializador; a figura do consumidor livre, que poderá 
adquirir gás natural de qualquer agente comercializador; e a garantia do 
direito do consumidor livre, autoprodutor ou autoimportador poder 
construir dutos para o atendimento de suas necessidades específicas, 
desde que a distribuidora estadual não o possa fazer. 
 
 
Projeto Gasene 
O projeto Gasene (Gasoduto da Integração Sudeste-Nordeste) foi a 
construção do maior gasoduto brasileiro, cujo objetivo era integrar a 
malha nordeste à malha sudeste do país, conectando gasodutos isolados 
e aumentando assim a capilaridade de distribuição nacional. O gasoduto 
liga o terminal de Cabiúnas (RJ) ao Catu (BA) e tem uma extensão total 
de aproximadamente 1.400 km, perpassando cerca de 50 municípios em 
três diferentes estados (Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia). 
Gasoduto Cabiúnas-Vitória (GASCAV) - construído entre abril/2006 e 
fevereiro/2008; 
Gasoduto Cacimbas-Vitória - trecho construído pela Petrobras, entre 
fevereiro/2005 e novembro/2007; 
Gasoduto Cacimbas-Catu (GASCAC) - construído entre março/2008 e 
março/2010; 
 
Fonte: PETROBRAS (2005) 
 
Como projetos de gasodutos apresentam baixa margem de retorno, se 
comparados a outros projetos de Exploração e Produção de Petróleo, 
muitas vezes, projetos como do Gasene não são priorizados na carteira 
da Petrobras. Assim, para viabilizar projetos como esse, lançou-se mão 
de uma estruturação financeira, de forma que a própria receita 
proveniente do projeto garantisse o pagamento de seus credores. Para 
tanto, foi constituída uma sociedade de propósito específico (SPE) 
chamada Transportadora Gasene S.A., sem a participação acionária da 
Petrobras. 
O processo de estruturação do Gasene foi iniciado em 2004 por meio de 
negociações junto a diversos 
financiadores. O BNDES 
(Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e 
Social) era o principal contato 
no Brasil, enquanto o CDB 
(China Development Bank) no 
exterior. O banco chinês queria 
a contratação da SINOPEC 
como a empresa responsável

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