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Aula 1 – Interpretação dos testes laboratoriais na gastroenterologia PATOLOGIAS NA GASTROENTEROLOGIA • DIARREIA Diarreia aguda bacteriana: ▪ Teste de Acridina Orange para visualizar leucócitos nas fezes ▪ Coprocultura (exame de fezes): pesquisa dos principais agentes → salmonella, Shigella, E. coli 157 e Staphylococus Outras diarreias agudas ▪ Fungos, rotavirus, chlostridium dificile, entamoeba, giárdia, ascaris • DOENÇA CELÍACA Primeiros exames solicitados: 1) Anticorpo antitransglutaminase IgA e anticorpo antiendomísio IgA 2) Anticorpo antigliadina IgA 3) Anticorpo antigliadina IgG: é a última opção pois está elevado em várias doenças. Indivíduos com deficiência de IgA tem risco elevado para doença celíaca. Nesses casos, todos os anticorpos IgA são negativos, necessitando a dosagem do antigliadina IgG Deve-se dosar os níveis de IgA em todos doentes celíacos sintomáticos Exame secundário: exames genéticos que funcionam com alto valor preditivo negativo. Realizados através de biologia molecular. Valor de HLA DQ2 e DQ8 negativos excluem diagnostico de doença celíaca (99% de confiança) o HLA dq2 o HLA dq8 • PANCREATITE AGUDA Amilase: padrão ouro para o diagnostico de pancreatite aguda. Pode aumentar rapidamente nas 3 a 6h após os primeiros sintomas e permanece até 5 dias. No entanto tem uma meia vida de 12h e a concentração pode normalizar com 24h → 81 a 95% de especificidade Lipase: aumenta de 3 a 6h após o início da pancreatite aguda e geralmente atinge seu pico às 24h. Ao contrario da amilase, existe uma reabsorção significativa da lipase nos túbulos renais, fazendo com que as concentrações permaneçam elevadas de 8 a 14 dias • HEPATITES AGUDAS As aminotransferases sao marcadores sensíveis de lesão do parênquima hepático, porém não são específicas para nenhum tipo de hepatite e não são produzidas no fígado Níveis mais elevados, quando presentes não guardam correlação direta com a gravidade da doença. As aminotrasnferases podem se elevar até 10x A TGO e TGP (aspartato) ▪ Exames para verificar a função hepática ▪ TGO: transaminase glutâmico oxalacética ▪ TGP: transaminase glutâmico-pirúvica ▪ Tanto a TGO como a TGP são enzimas hepáticas que servem como marcadoras de lesão e inflamação ▪ Em hepatites, por exemplo, haverá aumento dessas enzimas no sangue • HEPATITES CRÔNICAS A hepatite crônica é assintomática na grande maioria dos casos. De modo geral, as manifestações clínicas aparecem apenas em fases adiantadas de acometimento hepático. Muitas vezes o diagnostico é feito ao acaso, a partir de alterações esporádicas de exames de sangue Passo 1: identificar a infecção crônica pelo VHB: ▪ AgHBS: antígeno do vírus → se positivo > 6 meses indica que a doença já está na fase crônica ▪ Anti-Hbc: marcador de exposição/contato com o vírus ▪ Anti-Hbs: marcador de imunidade/resolução do vírus • CÂNCER GÁSTRICO Antígeno carcinoembrionário (CEA): produzia normalmente no feto e no adulto, mas quando em dosagem elevada pode indicar câncer colorretal Alfafetoproteína: está aumentada em 90% dos pacientes com câncer de fígado CA 72-4: câncer gástrico • Doenças inflamatórias intestinais Calprotectina fecal: marcador de inflamação intestinal. Classifica a doença em ativa ou inativa. A quantidade de calprotectina nas fezes depende da migração de neutrófilos da parede intestinal para a mucosa. • OUTROS EXAMES Bilirrubinas ▪ São pigmentos biliares ▪ Estarão aumentados no sangue em caso de obstrução dos ductos biliares (tumor ou cálculo) ou de excesso de produção ▪ Bilirrubina direta/conjugada: está em excesso quando há obstrução extra-hepatica ▪ Bilirrubina indireta/não conjugada: está em excesso quando há produção exagerada ▪ Causas de hiperbilirrubinemia indireta: • Hemólise • Distúrbios tromboembólicos de hematopoese repetitiva • Metabolismo anormal de bilirrubina • Hiperbilirrubinemia neonatal (doença congênita) • Síndrome de Gilbert (doença congênita alteração no transporte da bilirrubina → Se encontrar paciente com transaminase, fosfatase e gama GT normais e bilirrubina aumentada duas vezes mais do que o normal, suspeitar de Síndrome de Gilbert. • Síndrome de Crigler- Naijar • Medicamentosa ▪ Causas de hiperbilirrubinemia direta: Metabolismo: destruição de hemácias no plasma→ hemoglobina → globina + heme → heme → bilirrubina indireta → vai para o fígado → enzima UDP (glicuronil transferase) → conjuga a bilirrubina ao ácido glicurônico → bilirrubina conjungada → vai para o canalículo biliar → excreção pelo TGI • Colestase • Icterícia pós-operatória • Obstrução dos ductos hepáticos por cálculos ou tumor • Síndrome de Caroli: estenose do colédoco • Síndrome de Dubin-Johnson: É uma síndrome autossômica recessiva na qual o transporte da bilirrubina do fígado para o sistema biliar é anormal. • Síndrome de Rotor: Autossômica recessiva, falha no processamento e armazenamento da bilirrubina. Albumina: ▪ Principal proteína circulante no organismo humano. ▪ É produzida pelo fígado, então quando a pessoa tem alguma alteração da função do fígado essa proteína estará diminuída. ▪ Importante na análise do paciente cirrótico. Fosfatase alcalina e Gama GT: ▪ Indicadoras de problemas hepáticos (colestase ou doença hepática) quando aumentadas Plaquetas: ▪ Importantes do diagnóstico de cirrose ▪ Cirrose → inflamação → ativação do sistema de coagulação → formação de depósitos de fibrina → coagulação intravascular disseminada →consumo de plaquetas e fatores de coagulação → hemorragia → paciente apresenta patéquias no corpo ▪ A diminuição das plaquetas pode ocorrer tambem em casos de: • Baixa produção na medula óssea • Deficiência de ácido fólico • Hiperesplenismo: o baço é responsável por destruir as plaquetas
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