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REGENERAÇÃO TECIDUAL GUIADA REGENERAÇÃO Cemento na superfície radicular Ligamento periodontal Tecido ósseo ❇ Reprodução ou reconstituição de uma parte perdida ou lesada, de tal forma que a arquitetura e função destes tecidos sejam completamente recuperados (de forma semelhante). Qual o objetivo do tratamento não cirúrgico? Redução dos sinais clínicos de inflamação Redução de bolsas (profundidade de sondagem) Restabelecer as características dos tecidos: devolver uma melhor condição tecidual Ausência de dor Comprometem o tratamento periodontal: Presença de bolsas residuais maiores que 6mm Presença de furca Defeitos infra-ósseas Qual o objetivo do tratamento cirúrgico? Permitir o acesso às estruturas que precisam ser debridadas, permitindo a limpeza da superfície radicular ou facilitar a limpeza pelo paciente. CIRURGIAS CONSERVADORAS CIRURGIAS RESSECTIVAS Retalhos de Widman Retalho de Neumann Retalho de Friedman Retalho de Kirkland Retalho de Widman modificado Posicionamento apical do retalho Gengivectomia Cirurgias ósseas Cirurgia de ressecção Amputação Hemi-secção CICATRIZAÇÃO DA FERIDA PERIODONTAL Migração apical da margem gengival (recessão gengival) é uma resposta da terapia periodontal. Reparo Cicatrização do tecido periodontal ou gengiva por tecidos que não restituem completamente arquitetura e função perdida. Não há nova inserção conjuntiva, mas sim epitélio juncional longo, sem fibras inseridas na superfície da raiz, mas um epitélio que se apoia sobre a superfície com o processo de selamento, sem a resistência da inserção conjuntiva. Reinserção Reunião dos tecidos epitelial e conjuntivo à superfície previamente separada por incisão ou injúria → reconexão dos ligamentos (fibras) na superfície. Nova inserção União de tecido conjuntivo e epitelial com a superfície radicular que tenha sido desprovida de seus aparelhos de inserção original. Essa nova inserção pode ser por adesão epitelial e/ou adaptação ou inserção conjuntiva e pode incluir novo cemento. Retorno do tecido na superfície de forma semelhante a original. Regeneração Formação de novo cemento, osso e ligamento periodontal sobre uma superfície radicular previamente contaminada, associada a um novo ligamento periodontal e osso neoformado. HISTÓRICO A natureza da inserção ou da cura a ser obtida vai ser determinada pelas células que repovoam a superfície radicular → Células do epitélio gengival: formam epitélio juncional → Células do tecido conjuntivo gengival → Células da medula óssea alveolar → Células do ligamento periodontal Fibras colágenas com inseridas em cemento: nova inserção Fibras Região em contato com fibras colágenas: fibras colágenas que corriam paralelas a superfície radicular e reabsorção radicular O tecido conjuntivo gengival não possui células com potencial de induzir uma nova inserção periodontal. A - Reestabelecimento da inserção B - Epitélio Juncional longo até o LP restabelecimento da inserção C- Nova inserção fibrosa em tecido conjuntivo e restabelecimento da inserção na parte apical D- Epitélio juncional longo até o LP a restabelecimento da inserção Conclusão: a nova inserção não está relacionada com o tecido ósseo e o epitélio juncional tende a migrar até o limite do ligamento periodontal presente na raiz. CONCLUSÃO: As células do ligamento periodontal são as responsáveis pela regeneração periodontal devido a presença de células mesenquimais indiferenciadas desde que estimuladas para se diferenciar. Velocidade celular: Células epiteliais: rápida migração apical impede o contato de outras células com a raiz formação do epitélio juncional longo ausência de regeneração Regeneração Instalação de uma barreira física para assegurar que a superfície radicular previamente afetada pela periodontite possa ser repovoada por células oriundas do ligamento periodontal. OBJETIVOS Ganho de inserção Diminuição da profundidade de bolsas Redução da extensão vertical e horizontal em defeitos de furca INDICAÇÃO Correção de defeitos infra-ósseos Retrações gengivais Dentes com envolvimento de furca Defeitos verticais extensos com mobilidade aumentada CLASSIFICAÇÃO DOS DEFEITOS INFRA-ÓSSEOS Paredes restantes para classificação. 3 paredes: presença de 3 paredes intactas → favorável por ter um arcabouço para regeneração tecidual. Deve ser feita a proteção para não ser preenchida por tecido de granulação. 2 paredes: 1 parede cratera: completa perda da crista óssea entre 2 dentes. deiscência PROCEDIMENTOS REGENERATIVOS Curetagem gengival Formação de nova inserção com a remoção de epitélio de bolsa → remover o tecido doente. RAR e remoção de bolsa não promovem regeneração tecidual → reparo → células de tecido conjuntivo não tem capacidade de induzir a regeneração tecidual. Biomodificação da superfície radicular Acido citrico e EDTA Desmineralização radicular → exposição de fibras colágenas → adesão do coágulo → migração das células do ligamento periodontal. Na verdade, causava anquilose e reabsorção. EDTA ainda é usado para descontaminação da superfície. Preenchimento ósseo Preenchimento do defeito periodontal → cobrir até a crista óssea do dente vizinho. Classificação quanto à origem: → Autógeno (do hospedeiro + osteogênese) → Homógeno (mesma espécie) → Alógeno (descaracterização do osso geneticamente) → Xenógeno (entre espécies diferentes) → Aloplástico (sintéticos) Classificação quanto à propriedade biológica Osteogênica: induzir as células presentes no defeito a se transformarem em células osteoblásticas. → Presença de osteoblastos viáveis incorporados ao enxerto com capacidade de produção de matriz óssea, são transplantados na região. Osteoindução: Induz indiretamente a formação de osso. → Diferenciação de células mesenquimais indiferenciadas da região em osteoblastos, na presença de BMPs. Osteocondução (todos): manutenção de arcabouço físico das partículas que facilitam a angiogênese e penetração das células (interconectividade). Os materiais para enxerto apresentam poucas evidências de que possam favorecer a regeneração ou a formação de nova inserção. Esses materiais atuam principalmente como preenchedores de defeitos. Membranas: Exclusão das células do conjuntivo e epitélio da ferida periodontal. Requisitos: → Biocompatibilidade: ausência de (1) resposta imune, (2) sensibilidade e (3) inflamação crônica. → Exclusão celular: (1) impede o trânsito de células indesejáveis em direção ao defeito/superfície radicular (2) permite a passagem de fluidos, nutrientes e gases. → Manutenção do espaço: (1) criar e manter um espaço adjacente à superfície radicular (2) repovoamento da região por células do LP. → Integração tecidual: (1) permitir o crescimento tecidual da porção interna do retalho, sem atravessar a barreira (2) previne a epitelização da interface e o encapsulamento → estabilidade do retalho para não expor a membrana. → Facilidade de uso: (1) desenho da barreira (2) configurações de fácil recorte e adaptação. Dificuldades com a RTG: → Dificuldade técnica → Exposição e contaminação → Alto custo. Pontos importantes pro sucesso: → Fechamento primário → Angiogênese: sem pressão → Criação e manutenção do espaço → Estabilidade da ferida e sutura No tratamento de defeitos infra-ósseos, o uso de RTG promove mais ganho de inserção e redução da PS que o retalho para acesso. O uso de material de preenchimento melhoraos resultados da RTG. Em defeitos de bifurcação o uso da RTG promove mais ganhos de inserção (vertical e horizontal). O uso de material de preenchimento melhora os resultados da RTG. Fatores de crescimento Peptídeos que estimulam diversos eventos celulares (proliferação, migração, diferenciação celular e síntese de matriz tecidual). Agentes bioativos Proteínas derivadas do esmalte são liberadas pela bainha de Hertwig que contém amelogenina → induz as células da região a produzirem o cemento e mimetizar os eventos da formação do periodonto durante a odontogênese → regeneração periodontal. (+) Taxa de adesão (+) Migração e proliferação (+) Produção de fatores de crescimento (+) Formação de nódulos de mineralização (+) Angiogênese (-) Proliferação epitelial (-) Atividade inflamatória AVALIAR O SUCESSO 1. Sondagem 2. Radiográfica 3. Histológica Considerar os fatores que interferem com os procedimentos regenerativos: Paciente: → Controle de placa: IPs 10% → Tabagismo → Infecção periodontal residual Técnica/Período de cicatrização → Exposição da membrana e contaminação: ↓NIC → Cobertura do tecido regenerado após a remoção da membrana → Técnicas minimamente invasivas Defeito → Morfologia: ↑PS ↑NIC - ↑largura ↓ NIC - ↑n°de paredes Defeitos amplos são mais difíceis. CONCLUSÃO Existem evidências de que as células responsáveis pela regeneração estão no ligamento periodontal As técnicas regenerativas devem estimular o repovoamento da superfície radicular por essas células A RIG e o EMD são os procedimentos com maior plausibilidade biológica e os mais bem documentados