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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – ESTEFFANE SEITZ Sangramentos do 2°trimestre Principal causa de sangramento segunda trimestre: placenta prévia e descolamento precoce de placenta Principal causa de descolamento de placenta: hipertensão gestacional DPP Fatores de risco: hipertensão, uso de misoprostol Fatores predisponentes: uso de cocaína (primeira causa em pcts que não tem hipertensão), abortamento provocado anterior, DPP prévia, descompressão súbita uterina, idade avançada, multiparidade, tabagismo, eclampsia QUADRO CLÍNICO 1. Dor abdominal súbita e continua 2. Sangramento genital (hemorragia externa e coagulo retroplacentário) 3. Hipertonia uterina 4. AU maior que a esperada 5. Sofrimento e óbito fetal Sinais e sintomas de choque hipovolêmico: pulso fino, sudorese, extremidades frias, pele e mucosas descoradas, hipotensão arterial, parada cardíaca Sinais e sintomas de coagulopatia: epistaxe, sangue incoagulável, equimoses Quando clinico grave: útero infiltrado (Couvelaire), coagulopatia de consumo, hipotonia uterina FORMAS DE SANGRAMENTO CLASSIFICAÇÃO 1. Grau I- Leve: sangramento discreto, sem dor, aumento da atv uterina 9faz parto vaginal) 2. Grau II- Intermediario: QC clássico com feto vivo 3. Grau III- Grave: óbito fetal IIIA: sem coagulopatia IIIB: com coagulopatia TRATAMENTO Estabilização materna: correção da hipovolemia, correção da anemia aguda, correção de distúrbios de coagulação Tto obstétrico: internação 1. Grau I: corticoides para maturidade pulmonar fetal, avaliação de vitalidade fetal, resolver maturidade 2. Grau II: resolução da gestação 3. Grau III: parto vaginal/amniotomia, parto cesárea, útero de Couvelaire (histerectomia, ligadura de hipogástricas) PLACENTA PRÉVIA Implantação da placenta no segmento uterino inferior, posicionando-se à frente do polo fetal que se apresenta a pelve Fatores de risco: multiparidade (principal), extremos etários, trauma anterior do endométrio ou miométrio, curetagem, placenta prévia em gesta anterior (8x mais) Diferença de PP parcial e de inserção baixa: É a inserção da placenta no local errado, onde a placenta prévia parcial está inserida parcialmente no óstio do colo uterino e a placenta de inserção baixa está a 2cm do óstio do colo uterino. GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – ESTEFFANE SEITZ QUADRO CLÍNICO Principal diferença do DPP: placenta previa não tem dor QC: Dor ausente, sangramento genital episódico, útero normotenso, AU normal, BCF inalterado, situações fetais anômalas comprometimento materno infrequente, complicações puerperais Diagnóstico: USG após 26 semanas TRATAMENTO Gestações pré-termo: Vitalidade fetal e materna preservada: internação/corticoide, resolver na maturidade Comprometimento materno ou fetal: resolução da gestação Gestação à termo: Parto vaginal/amniotomia na placenta marginal Cesárea na oclusiva total Diferença de uma placenta parcial e uma de inserção baixa: É a inserção da placenta no local errado, onde a placenta prévia parcial está inserida parcialmente no óstio do colo uterino e a placenta de inserção baixa está a 2cm do óstio do colo uterino. PP X DPP DPP: sangramento agudo, hipertonia uterina PP: sangramento insidioso Rotura prematura de membranas ovulares Saída de liquido amniótico pela vagina, na ausência do trabalho de parto (IG 20-22s) Fatores causais: aumento da pressão uterina, processo infeccioso e fraqueza do colo uterino Fatores de risco: a inserção baixa de placenta, infecções do trato urinário, tabagismo, excesso de movimentação fetal, fatores nutricionais e baixo nível socioeconômico RPM Pré-termo >20 a <37s Pré-viável <24s Viável >24s viável limitrofe 32 a 36s viavel remota 24 a 31s6d À termo >37s Independent e da IG a RPM causa: risco de infecção (ciorioamnio nite) compressão do cordão umbilical por oligodramnio aumento da morbidade perinatal GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – ESTEFFANE SEITZ Complicações: infecção da cavidade amniótica, descolamento prematuro de placenta, prolapso de cordão Oligodramnio severo: deformidades na face, hipoplasia pulmonar DIAGNÓSTICO 85% clínico Anamnese: relato de perda contínua de líquido em quantidade variada EF: visível saída de liquido pela vagina, sensação de pouco líquido na palpação obstetríca – pode ser usada a manobra de valsava e mobilização cefálica Em caso de dúvida: testes Testes diagnósticos: 1. Teste da fita de nitrazina: mais utilizado, PH LA 7,1-7,3, ph da vagina 4,5-6 = fita fica azul quando exposta a ph acima de 7 - falso positivo: sêmen, sangue, vaginose bac, antisséptico alcalino 2. Teste da cristalização: arborização da lâmina - falso positivo: muco muito estrogênico (>34s), ruptura prolongada de membrana 3. Testes imunocromáticos: melhor método, mas é caro Diagnósticos diferenciais: perda de urina, corrimentos vaginais e a saída do tampão mucoso CONDUTA 1. Avaliação clínica +laboratorial + estreptococo tipo B 2. Conduta depende da IG 3. Gestantes com vitalidade fetal assegurada que vão ter conduta expectante: não realiza toque porque facilita infecção RPM antes da viabilidade fetal ou 24 semanas Prognóstico ruim Persistência do oligodramnio: deformidade fetal, escara, maior risco de infecção, hipoplasia pulmonar Concepto não tem possibilidade de desenvolvimento pós natal Conversa com os pais e explica os riscos fetais e maternos Se quiserem indução: eles e mais dois profissionais assinam termo de anuência, indução com misoprostol ou ocitocina Se quiserem continuar gestação: continua os cuidados e eles assinam um documento dizendo que receberam as informações RPM entre 24 e 34 semanas Conduta expectante + monitorização da vitalidade Recomendações: hidratação, repouso, observar tônus uterino e BCF, controle de PA, temperatura e pulso, hemograma e PCR a cada 2d, USG doppler 2x por semana, corticoterapia antenatal (ciclo único de betametasona 12 mg intramusculares a cada 24 horas, por 2 dias), ATB (ampicilina endovenosa) Motivos pra interromper conduta expectante: sinais de infecção, maturidade fetal, comprometimento da vitalidade fetal, atingida 34s Sinais de infecção intrauterina: taquicardia materna ou fetal, febre materna, leucócitos >20.000 RPM após 34 semanas Resolução da gestação Se ainda tiver boa quantidade de liquido, pode manter até 36s Parto Preferência via vaginal, se não tiver complicações Sulfato de magnésio está recomendado como neuroprotetor conceptual se o parto for ocorrer antes de 32 semanas de gestação. Profilaxia para EGB deve seguir protocolo específico GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – ESTEFFANE SEITZ
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