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Utilização do BI na tomada de decisão

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Utilização do BI na tomada de decisão
APRESENTAÇÃO
O processo decisório é algo que está intrinsecamente ligado à gestão de empresas. Um executivo 
toma inúmeras decisões por dia, nos mais diferentes níveis de complexidade, e são essas 
decisões que definem os rumos que a organização irá tomar, impactando na vida de muitas 
pessoas e envolvendo uma série de fatores.
Trata-se, portanto, de um processo fundamental para as organizações, podendo ser a diferença 
entre uma empresa de sucesso e uma que foi engolida pelo mercado. A diferença, na maioria das 
vezes, está na fundamentação da tomada de decisão, a qual necessita de informação de 
qualidade para que o gestor saiba que caminho tomar.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá melhor o processo decisório e o que o 
constitui e compreenderá a importância da informação para esse processo e o impacto das 
ferramentas de BI (Business Intelligence) para a tomada de decisão organizacional.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os elementos constitutivos de um processo 
de tomada de decisão.
•
Ilustrar o processo de tomada de decisão empregando 
ferramentas de BI.
•
Comparar processos de decisão tradicionais com os 
baseados em ferramentas analíticas.
•
INFOGRÁFICO
O processo decisório é algo complexo e que precisa ser bem compreendido pelo gestor 
organizacional. Dessa forma, ele terá um controle maior da situação e saberá gerenciar melhor 
as suas decisões, o que permitirá obter melhores resultados.
No Infográfico, você verá de modo detalhado as etapas do processo de tomada de decisão 
organizacional e a importância de cada uma delas para a obtenção de resultados satisfatórios.
CONTEÚDO DO LIVRO
O processo de tomada de decisão organizacional é fundamental para o sucesso de uma empresa. 
Quanto mais preparado estiver o gestor para as decisões relacionadas aos rumos da sua empresa, 
melhores tendem a ser os resultados dela no mercado.
Um elemento fundamental para que o gestor esteja preparado e tome as melhores decisões é a 
informação. Informação sobre a empresa, o mercado, os clientes, o fornecedor e tudo mais que 
impacte de alguma forma na empresa deve ser considerado nas decisões organizacionais. Sendo 
assim, é preciso gerenciar essa quantidade tão grande de informação. Isso pode ser definitivo no 
momento de obter a informação correta acerca de determinado tema que impacte no futuro da 
empresa.
Leia o capítulo Utilização do BI na tomada de decisão, da obra Introdução à Inteligência de 
Negócios para aprender mais sobre o assunto.
Boa leitura!
INTRODUÇÃO À
INTELIGÊNCIA DE
NEGÓCIOS
Cristiane Kessler de Oliveira
Utilização de business 
intelligence na 
tomada de decisão
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Identificar os elementos constitutivos de um processo de tomada 
de decisão. 
 Ilustrar o processo de tomada de decisão empregando ferramentas 
de business intelligence.
 Comparar processos de decisão tradicionais com os baseados em 
ferramentas analíticas.
Introdução
A tomada de decisão acompanha o indivíduo ao longo de toda a vida. 
A todo momento, é preciso decidir algo que será determinante para o 
futuro, seja no âmbito pessoal ou profissional. No entanto, enquanto, 
na esfera pessoal, uma decisão equivocada poderá impactar apenas a 
vida de pessoas próximas, em uma empresa, as consequências podem 
envolver muitas pessoas. Por isso, especialmente nos negócios, é funda-
mental que o processo decisório seja bem fundamentado. Para que isso 
ocorra, é preciso saber coletar e utilizar a maior quantidade possível de 
informações de qualidade. Nesse sentido, a contribuição da inteligência 
de negócios — ou business intelligence (BI) — pode ser definitiva.
Neste capítulo, você vai estudar o processo de tomada de decisão 
e os elementos que o constituem. Você também vai compreender o 
papel da informação ao longo do processo decisório e de que forma as 
ferramentas de BI podem impactar na tomada de decisão organizacional.
Processo de tomada de decisão
A tomada de decisão representa um dos principais elementos da gestão 
organizacional. Trata-se de um dos principais papéis desempenhados pelos 
executivos, uma vez que é por meio de decisões — sejam elas mais simples 
e rotineiras ou mais complexas e demoradas — que o gestor condiciona a 
empresa por um determinado caminho. É o conjunto dessas decisões, tomadas 
nas diversas esferas da organização, que vai fazer com que ela tenha sucesso 
e atinja os seus objetivos, ou mesmo que enfrente problemas que precisem ser 
geridos por meio de novas decisões.
A tomada de decisão organizacional é, portanto, determinante desde a 
concepção da empresa e das suas definições estratégicas, passando pelo 
planejamento estratégico, até chegar às decisões rotineiras — como quais 
insumos precisam ser comprados em que época do mês ou de que fornecedor. 
Para Sobral e Peci (2013, p. 98), “[...] uma decisão pode ser descrita, de forma 
simplista, como uma escolha entre alternativas ou possibilidades com o objetivo 
de resolver um problema ou aproveitar uma oportunidade”. No entanto, decisões 
também são tomadas para direcionar os caminhos e os próprios objetivos da 
organização. Para Paganotti (2015, p. 3):
É possível, então, considerar que o processo decisório permite escolher o 
caminho correto para a organização de acordo com o momento que ela vive, 
pois mercado, concorrência, política, economia e os fatos que ocorrem no 
decorrer do tempo influenciam sobremaneira a formação das alternativas 
que se podem conceber.
Em uma empresa, portanto, são tomadas inúmeras decisões diárias, nos 
mais diferentes níveis e graus de complexidade. Esse processo de tomada de 
decisão envolve uma série de etapas a serem cumpridas para que o resultado 
seja efetivo, reduzindo o risco de decisões equivocadas ou malsucedidas. 
Porém, não há um consenso entre os estudiosos sobre as etapas que compõem 
esse processo. Young (1977 apud MOTTA; VASCONCELLOS, 2002), por 
exemplo, estipula 10 passos para a tomada de decisão, enquanto Uris (1989 
apud MOTTA; VASCONCELLOS, 2002) define seis etapas, conforme ilus-
trado no Quadro 1.
Utilização de business intelligence na tomada de decisão2
 Fonte: Adaptado de Motta e Vasconcellos (2002). 
Processo decisório 
segundo Young (1977)
Processo decisório 
segundo Uris (1989)
1. Definição dos problemas organizacionais
2. Levantamento dos problemas que en-
volvem o alcance dos objetivos
3. Investigação da natureza dos problemas
4. Busca por soluções alternativas
5. Avaliação e seleção da melhor alternativa
6. Alcance de um consenso organizacional
7. Autorização da solução
8. Implantação da solução
9. Instrução do uso da decisão para os não 
tomadores de decisão
10. Condução de auditoria para avaliar a 
eficácia da decisão
1. Análise e identificação da situação
2. Desenvolvimento de alternativas
3. Comparação de alternativas
4. Classificação dos riscos de cada 
alternativa
5. Avaliação e seleção da melhor 
alternativa
6. Execução e avaliação
 Quadro 1. Etapas do processo decisório 
Por sua vez, Montana e Charnov (1999 apud PAGANOTTI, 2015) consi-
deram as seguintes etapas para o mesmo processo decisório: 
1. Análise situacional.
2. Estabelecimento de padrões de desempenho.
3. Geração de alternativas.
4. Avaliação das consequências.
5. Teste-piloto.
6. Implementação total.
Os autores ainda acrescentam que, após a etapa de implementação total, é 
possível realizar uma avaliação para verificar as contribuições dessas decisões 
para os objetivos organizacionais, de modo a possibilitar a realização de ajustes 
futuros, se necessário.
3Utilização de business intelligence na tomada de decisão
Por fim, as etapas definidas por Sobral e Peci (2013), as quais você verá 
detalhadamente a seguir, aproximam-se daquelas determinadas por Uris (1989 
apud MOTTA; VASCONCELLOS, 2002), com alguma variação:1. Identificação da situação.
2. Análise e diagnóstico da situação.
3. Desenvolvimento de alternativas.
4. Avaliação das alternativas.
5. Seleção e implementação das melhores alternativas.
6. Monitoramento e feedback.
Identificação da situação
Quase todo o processo de tomada de decisão se dá a partir da identifi cação, 
por parte da empresa, de uma oportunidade ou um problema. No caso de uma 
oportunidade, trata-se de algum acontecimento positivo que, se a empresa 
tomar alguma atitude no sentido de aproveitá-lo, poderá trazer bons resultados 
para ela. No caso de um problema, trata-se de algo negativo, que traz ou poderá 
trazer futuramente consequências negativas para a empresa e com o qual é 
preciso lidar o quanto antes, tomando decisões para encerrar o problema e 
minimizar as suas consequências.
Identificar bem o problema (ou a oportunidade, se for o caso) e compreendê-
-lo a fundo é fundamental para que se possa tomar as melhores decisões em 
relação a ele. Algumas vezes, se a situação não for bem interpretada, ou se 
for interpretada de modo equivocado, o que era considerado uma boa decisão 
pode gerar um resultado bem diferente do previsto. Para Paganotti (2015, p. 
16), “[...] o administrador só terá boas alternativas de escolhas se conseguir 
monitorar as tendências do ambiente ao seu redor”. Isso significa conhecer a 
situação sob diferentes óticas, de modo a conseguir obter soluções alternativas, 
especialmente em decisões de maior grau de complexidade.
Análise e diagnóstico da situação
Após conhecer profundamente a situação a ser enfrentada, é necessário ela-
borar um diagnóstico a seu respeito. Com ele, o gestor poderá defi nir os 
objetivos da tomada de decisão. “Sem objetivos claros e uma análise correta 
da situação, é impossível pensar em boas alternativas para uma decisão”, 
segundo Paganotti (2015, p. 16). São os objetivos que vão guiar a análise das 
alternativas, auxiliando na escolha daquela que melhor contribui para que sejam 
Utilização de business intelligence na tomada de decisão4
alcançados. Paganotti (2015) sugere algumas questões a serem respondidas, 
as quais auxiliam na compreensão da situação e na elaboração do diagnóstico, 
conforme apontadas a seguir.
 Quais fatos demonstram a existência de um problema ou de uma 
oportunidade? 
 O que pode ter contribuído para o surgimento do problema ou da 
oportunidade? 
 Quando, onde e como ocorreu o problema? 
 Quais pessoas estão envolvidas? 
 De que maneira elas podem contribuir para solucionar a situação? 
 Como é possível medir a magnitude do problema ou da oportunidade? 
 Qual é a urgência da decisão? 
 A situação está isolada ou tem interconexões com outros eventos?
É importante que as perguntas sejam respondidas por pessoas de diversos 
setores da organização. Dessa forma, será possível ter diferentes percepções 
sobre a situação, o que enriquece a tomada de decisão.
Desenvolvimento de alternativas
A partir da compreensão efetiva da situação, o que se dá por meio da análise e 
do diagnóstico, é possível elaborar alternativas de ações e caminhos que auxi-
liem na solução do problema ou no aproveitamento da oportunidade. Algumas 
decisões mais simples, como a compra de determinado item do estoque, podem 
necessitar de menos alternativas — talvez o levantamento de algumas opções 
de fornecedores, com preços e prazos diferenciados. Por outro lado, situações 
mais complexas demandam um bom levantamento de alternativas, como no 
caso da identifi cação da razão da queda nas vendas de determinado produto. 
Nesses casos, pode ser necessário um estudo mais apurado das alternativas, o 
que amplia a possibilidade de encontrar soluções efi cientes e criativas.
Sobral e Peci (2013) sugerem algumas ferramentas que auxiliam os gestores 
no desenvolvimento de alternativas. Uma delas é o brainstorming, ou tempes-
tade de ideias. Nessas situações, as pessoas envolvidas vão mencionando as 
soluções e providências que lhes vêm à cabeça, sem julgamentos ou críticas. 
Essas sugestões vão sendo anotadas para, posteriormente, serem analisadas 
de forma mais profunda, verificando-se a sua viabilidade efetiva. A outra 
ferramenta mencionada pelos autores é o chamado conflito construtivo. Nesse 
caso, as pessoas vão sendo provocadas para trazerem soluções criativas e 
5Utilização de business intelligence na tomada de decisão
eficientes para a situação. No entanto, é preciso conduzir o trabalho com muito 
cuidado, caso contrário, pode se tornar um conflito efetivo, o que acabaria 
prejudicando a tomada de decisão.
Avaliação das alternativas
Após a defi nição das alternativas possíveis para a solução da situação, é neces-
sário analisar cada uma delas. Isso signifi ca medir as consequências que cada 
uma das alternativas propostas traria para a organização. Pode ser necessário 
fazer uma simulação, passo a passo, de cada uma das possibilidades levantadas, 
de modo a imaginar o que ocorreria se ela fosse colocada em prática.
Uma forma bastante utilizada de se fazer essa simulação é a chamada 
árvore da decisão. Trata-se de uma ferramenta que auxilia o gestor a visu-
alizar as ramificações, em forma de árvore, das consequências de cada uma 
das possibilidades de decisão. A Figura 1 ilustra a árvore da decisão de uma 
empresa que precisava definir se expandiria ou não as suas instalações. As 
fórmulas ilustram os cálculos realizados pelos gestores em cada uma das 
situações simuladas.
Figura 1. Árvore da decisão.
Fonte: Adaptada de Paganotti (2015).
Utilização de business intelligence na tomada de decisão6
É necessário que seja analisado o impacto de cada uma das decisões sob 
diversos aspectos relacionados à organização. Tempo, impacto financeiro, 
impacto diante dos clientes e concorrentes são alguns dos critérios que os 
gestores precisam ter em mente ao realizar essa análise.
Seleção e implementação das melhores alternativas
Após analisar os impactos de cada uma das alternativas, é preciso escolher 
a mais adequada para a situação. Isso signifi ca optar pela alternativa que 
esteja mais alinhada aos valores da empresa e que contribua de modo mais 
efetivo para os objetivos predefi nidos. Em seguida, é necessário comunicar 
os envolvidos acerca da escolha realizada, além de informar a cada um qual 
será o seu papel na implementação da decisão.
Monitoramento e feedback
Decidir e implementar aquilo que foi escolhido não é o sufi ciente. É necessário 
monitorar o que está sendo realizado, coletando informações e fazendo obser-
vações para identifi car se tudo está correndo conforme o planejado. Da mesma 
forma, é importante comunicar aos envolvidos acerca do seu desempenho no 
trabalho que está sendo realizado, seja ele positivo ou negativo. Isso auxilia na 
compreensão do seu papel e na orientação do que se pretende com a ação, além 
de permitir ajustar o que está errado ao longo do percurso. É possível identifi car, 
durante o monitoramento, que a implementação não está tendo os resultados 
esperados. Se isso ocorrer, o gestor terá tempo para fazer os ajustes ou, em 
casos mais extremos, optar por uma alternativa que traga melhores resultados.
O papel da informação no processo decisório
Atualmente, vivemos na chamada era da informação, em que tudo gera 
números e toda ação é acompanhada e se transforma em um dado a ser 
coletado por alguém em algum momento. Todos os dias, as pessoas se 
deparam com uma infi nidade de dados disponíveis em todos os lugares, seja 
no campo pessoal ou profi ssional, relacionados aos mais diferentes temas. 
No entanto, o simples fato de ter muitos dados disponíveis não signifi ca, 
necessariamente, uma vantagem ou mesmo uma facilidade para a gestão 
de um empreendimento ou para a tomada de decisão organizacional. Beal 
(2012, p. 11) afi rma que “[...] um conjunto de dados não produz necessa-
7Utilização de business intelligence na tomada de decisão
riamente uma informação, nem um conjunto de informações representa 
necessariamente um conhecimento”.
Para obter informação,é preciso agregar valor aos dados, realizando cruza-
mentos ou fazendo relações entre eles. Se um empreendedor do ramo de sorve-
tes souber, por exemplo, a quantidade de sorvetes vendida em um dia em uma 
determinada região, isso é um dado, mas não se pode fazer muita coisa com ele. 
No entanto, se esse dado for cruzado com outros, como a quantidade vendida em 
outras regiões, por exemplo, ou em outros dias do mês, é possível ter uma ideia 
de relação acerca da demanda, se essa região está com vendas acima ou abaixo da 
média, por exemplo, ou se há um período do mês em que se vende mais sorvetes. 
Trata-se, assim, de uma informação, que já pode ser utilizada para uma ação.
Quanto melhor for a informação, mais o gestor terá condições de tomar uma 
boa decisão. É preciso conhecer uma situação por todos os lados, de modo a 
estar preparado para enfrentá-la, inclusive pensando em meios alternativos, 
o que pode garantir um diferencial competitivo à organização. No entanto, 
gestores de instituições diferentes, que atuam em mercados distintos, possuem 
necessidades diversas de informações. Nesse sentido, organizar as informações 
em um sistema dinâmico permite integrar seus vários componentes. Moresi 
(2000) afirma que a arquitetura de informação de uma empresa está estru-
turada da seguinte forma: institucional, intermediária e operacional.
Informação institucional
É a informação voltada à direção da empresa. Esse tipo de informação tem como 
característica possibilitar a observação das variáveis relacionadas à empresa, tanto 
no ambiente interno quanto no externo à organização. Geralmente, a fi nalidade da 
informação institucional é monitorar e avaliar o desempenho da empresa junto 
ao mercado e em relação a concorrentes e clientes, por exemplo. Além disso, é 
utilizada para instrumentalizar o planejamento e as decisões de alto nível.
Informação intermediária
Esse tipo de informação normalmente é voltado ao corpo gerencial da orga-
nização. Trata-se da combinação de dados que permite observar as variáveis 
presentes também nos ambientes externo e interno, como a informação insti-
tucional. No entanto, a informação intermediária é utilizada para monitorar 
e avaliar os processos da empresa e todos os fatores relacionados à tomada 
de decisão em nível gerencial. Também fundamenta o planejamento, mas 
relacionado a esse nível de gestão. 
Utilização de business intelligence na tomada de decisão8
Informação operacional
É voltada à chefi a de setores e seções dentro da organização. Esse tipo de 
informação permite aos gestores executar as suas atividades e tarefas da 
melhor forma, realizando, por exemplo, a identifi cação de gargalos e pro-
blemas que estejam comprometendo a produtividade do setor. É também por 
meio dessa informação que o gestor pode monitorar o espaço geográfi co sob 
sua responsabilidade, bem como elaborar o planejamento no nível de gestão 
operacional e tomar decisões relacionadas a ele.
A direção da empresa, por exemplo, precisa de informações que permitam a defi-
nição de metas e de estratégias de posicionamento, além da formulação da missão 
ou das políticas da organização e de outras decisões relacionadas ao seu futuro. 
Para isso, a informação precisa vir de diferentes fontes e ser de natureza ampla e 
estratégica. No entanto, para um gerente, por exemplo, esse nível de informação 
nem sempre é necessário. Ele pode utilizar uma gama menos ampla de informações, 
trazendo mais diretamente o que ele precisa para a decisão intermediária. Da mesma 
forma, um coordenador tem necessidades específicas. Geralmente, ele precisa 
de informações detalhadas sobre as operações do dia a dia, e não da informação 
ampla e estratégica que fundamenta a tomada de decisão do presidente ou dos 
diretores da organização.
A informação, mesmo sendo muito valiosa para uma organização, precisa 
ser trabalhada para que se torne conhecimento, podendo, assim, contribuir 
de modo efetivo para a tomada de decisão. O conhecimento, por sua vez, 
é uma combinação de informações e experiências que incluem reflexão e 
contexto. Trata-se de algo que é difícil estruturar, capturar em um dispositivo 
ou transferir a alguém. É preciso ser construído por cada indivíduo ou grupo, 
conforme aponta Beal (2012). 
Sendo assim, é preciso compreender melhor o sistema por meio do qual as 
informações são tratadas nas organizações para que se tornem, efetivamente, 
conhecimento. A Figura 2 ilustra um sistema de informação básico dentro 
de uma organização.
9Utilização de business intelligence na tomada de decisão
Figura 2. Sistema de informação.
Fonte: Adaptada de Paganotti (2015).
A entrada do sistema de informação são os dados, os quais podem ser 
obtidos por meio das fontes mais diversas. Normalmente, quanto mais fontes 
uma organização dispuser para a coleta de dados, maiores as chances de 
obter diversidade de perspectiva e, consequentemente, de encontrar soluções 
diferentes dos concorrentes. Por sua vez, a saída do sistema corresponde à 
formação de informação útil, que possa ser utilizada para a tomada de decisão. 
“Normalmente essas informações úteis são geradas em forma de relatórios 
gerenciais, ou apenas relatórios que podem ser de um processo, de uma área, 
de pessoas ou até mesmo maquinários”, segundo Paganotti (2015, p. 29). 
O processamento é visto como a forma por meio da qual os dados coletados 
são transformados em informações úteis. Por fim, o feedback é visto nas 
correções de erro feitas nos dados de entrada e saída. Dessa forma, é por meio 
dele que são realizados os ajustes necessários ao longo do processo.
O impacto das ferramentas de business 
intelligence na tomada de decisão
Sabe-se que um dos elementos defi nidores de um gestor organizacional é 
a tomada de decisão. Em um dia de trabalho, um executivo toma inúmeras 
decisões, nos mais diferentes níveis de complexidade, as quais têm impacto 
direto no futuro da organização e dos seus colaboradores. Da mesma forma, 
conforme visto, a informação é de suma importância para essa tomada de 
decisão. A informação é determinante para o sucesso de uma organização e, 
nos dias atuais, com a quantidade de fontes disponível e sua atualização quase 
Utilização de business intelligence na tomada de decisão10
instantânea, não se trata mais de um diferencial. Hoje, obter informação em 
grande quantidade e das mais diferentes fontes é quase uma obrigação para 
uma empresa que deseja competir no mercado.
No entanto, somente uma grande quantidade de dados não garante resul-
tados positivos para a tomada de decisão organizacional. Pelo contrário, se 
a empresa não souber gerenciar esses dados, é possível que eles favoreçam 
uma decisão equivocada, pois podem ser interpretados de forma errônea ou 
mesmo fornecer uma informação equivocada. Existem diferentes categorias 
de informação que influenciam nas decisões e nos objetivos de uma organi-
zação: informações sobre clientes, concorrentes e fornecedores; informações 
relacionadas a aspectos legais que impactam no ramo de atuação da empresa; 
informações sobre crescimento demográfico, resultados econômicos, inovações 
tecnológicas e questões políticas, sociais e ecológicas; entre outras. Todos esses 
aspectos impactam em questões positivas ou negativas, ou seja, representam 
problemas ou oportunidades e necessitam de decisões dos gestores.
Para gerenciar essas informações e fornecer instrumentos que favoreçam 
o processo decisório, muitas empresas estão optando pela implementação 
do BI. Leme Filho (2006) entende o BI com sendo um conjunto de serviços, 
ferramentas e tecnologias, as quais são combinadas para agregar valor à 
empresa, por meio da coleta, organização, análise, compartilhamento e mo-
nitoramento das informações relacionadas à organização. Para isso, é preciso 
que um ambiente de BI seja capaz de extrair e integrar dados de diferentes 
fontes, analisar informações contextualizadas, em um nível de totalização e 
agrupamento maior, identificar relações de causa e efeito nessas informações,desenhar cenários, criar simulações e estudar tendências, oferecendo o máximo 
de eficiência para que a gestão tome as melhores decisões.
O BI surgiu para funcionar justamente como uma ferramenta para facilitar os negócios, 
agilizando o acesso à informação e tornando-o mais eficiente. Com as suas ferramentas, 
o gestor pode recolher dados de sistemas da organização, como o enterprise resource 
planning (ERP) e o costumer relationship management (CRM), extraindo e, se for neces-
sário, transformando os dados e inserindo para dentro de um data warehouse (DW), 
que funciona como um armazém de dados.
11Utilização de business intelligence na tomada de decisão
A ferramenta de BI mais utilizada pelas empresas é o DW. Trata-se de um 
banco de dados com grande potencial de armazenamento, em que são arquiva-
das as informações mais diversas, sejam históricos de transações da empresa 
ou mesmo dados externos. Quando necessário, o gestor pode acessar o DW 
e, por meio de ferramentas de interação, realizar consultas e gerar relatórios 
que fundamentem a tomada de decisão de modo bastante eficiente. A Figura 
3 ilustra como o DW é constituido, utilizando fontes variadas, como bancos 
de dados e planilhas exportadas por sistemas de informação (ERP e CRM, 
por exemplo). Também mostra as formas como o DW pode ser acessado pela 
organização: visualização de dados, mineração de dados e relatórios, entre 
outros, usando a intranet, a internet ou aplicativos próprios. 
Figura 3. Data warehouse.
Fonte: Adaptada de Leme Filho (2006).
O DW contribui, portanto, para os mais diferentes níveis organizacionais. 
Ele fornece informações para a tomada de decisão estratégica, identificando o 
público-alvo mais adequado para o produto ou serviço que a empresa pretende 
comercializar ou o posicionamento que possui mais aceitação e potencial de 
crescimento no mercado de atuação. Auxilia também na identificação de ten-
dências de negócios de longo prazo, analisando padrões de comportamento que 
possam identificar a queda ou o crescimento de alguma categoria de produto.
Utilização de business intelligence na tomada de decisão12
No entanto, após a implementação de um DW e a construção de um ambiente 
de BI, é fundamental que a empresa seja comprometida com a retroalimen-
tação do sistema de informações. Esse feedback é fundamental para a criação 
do conhecimento dentro da organização. Segundo Penna (2003 apud LEME 
FILHO, 2006, p. 128):
O feedback e aprendizado obtidos na conclusão do projeto de cada data mart
contribui para uma revisão periódica dos objetivos do projeto do Data Warehouse
corporativo e, ainda mais importante, apoia a própria revisão dos objetivos da 
organização no plano estratégico e tático, visto que, ao se fazer um mapeamento 
de relevância dos indicadores disponíveis, na verdade, se questiona se a informa-
ção ainda é relevante. Muitos sistemas são construídos para áreas de negócios 
que acabam ou são redefinidas pouco depois e, claro, o sistema já nasce inútil.
Enquanto um data warehouse combina bases de dados espalhadas por toda a empresa, 
um data mart geralmente é menor e se concentra em um tema ou departamento. 
Um data mart é um subconjunto de um data warehouse, tipicamente abarcando uma 
única área temática (SHARDA et al, 2019).
Uma das ferramentas mais utilizadas em conjunto com o DW é o sistema 
chamado on-line analytical processing (OLAP), também conhecido como 
processamento analítico de dados on-line. Essa ferramenta tem o objetivo 
de auxiliar na conversão dos dados armazenados em informações úteis para 
a organização. É por meio do sistema OLAP que os gestores obtêm os rela-
tórios com informações cruzadas, para que a direção possa tomar decisões 
relacionadas ao rumo dos negócios, por exemplo. 
Outra ferramenta muito utilizada e que contribui de modo efetivo para a 
tomada de decisão é o data mining. Também conhecido como mineração de 
dados, trata-se de um sistema de análise de informações, baseado em banco de 
dados, que é capaz de procurar padrões ocultos em coleções de dados e prever 
comportamentos futuros, conforme define Turban (2009). O autor afirma que 
“[...] o verdadeiro software de data mining não muda apenas a apresentação: ele 
de fato descobre relações antes desconhecidas entre os dados e este conhecimento 
é aplicado para se alcançar metas de negócios específicas” (TURBAN, 2009, p. 
31). Muitas empresas o utilizam como auxílio para a definição da segmentação 
de mercado, por exemplo, porque ele é capaz de encontrar, em um vasto universo, 
pessoas com interesses comuns relacionados a determinado assunto.
13Utilização de business intelligence na tomada de decisão
Essas são apenas algumas das ferramentas mais utilizadas pelos gestores 
na tomada de decisão empresarial. Existem ainda diversos outros programas 
de software, aplicativos e outros elementos que fazem parte da inteligência 
de negócios e instrumentalizam os gestores para reduzir a chance de erro. 
Percebe-se, portanto, que o processo decisório tradicional, sem a utilização 
de ferramentas de BI, é muito mais sujeito a erros e interpretações equivocadas. 
Isso porque a grande quantidade de dados disponíveis, das mais diversas fontes, 
se não for bem gerenciada, pode atrapalhar mais do que ajudar. Ao utilizar 
uma ferramenta que foi projetada para fazer essa gestão de dados, o gestor 
tem a segurança de estar amparado e obtendo as melhores informações para 
fundamentar a sua decisão.
De qualquer forma, para que o processo decisório tenha realmente bons 
resultados, não basta somente a utilização de boas ferramentas de análise e 
processamento de dados. Também é fundamental estar cercado de pessoas 
que conheçam o negócio e saibam utilizar a informação da melhor forma. 
A tecnologia contribui para o melhor desempenho das pessoas no ambiente 
de negócios, mas é necessário saber utilizá-la para esse fim.
BEAL, A. Gestão estratégica da informação. São Paulo: Editora Atlas, 2012.
LEME FILHO, T. Business intelligence no Microsoft Excel. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2006.
MORESI, E. A. D. Delineando o valor do sistema de informação de uma organização. 
Ciência da Informação, v. 29, n. 1, p. 14-24, 2000. Disponível em: http://www.scielo.
br/scielo.php?pid=S0100-19652000000100002&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso 
em: 30 out. 2019.
MOTTA, F. P.; VASCONCELOS, I. G. Teoria geral da administração. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2002.
PAGANOTTI, J. Processos decisórios. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
SHARDA, R.; DELEN, D.; TURBAN, E. Business Intelligence e análise de dados para gestão 
do negócio. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2019
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São 
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
TURBAN, E. Business intelligence: um enfoque gerencial para a inteligência do negócio. 
Porto Alegre: Bookman, 2009.
Utilização de business intelligence na tomada de decisão14
 
DICA DO PROFESSOR
As ferramentas de Business Intelligence podem contribuir de modo efetivo para a tomada de 
decisão organizacional. Isso, porque os dados sozinhos, sem análise, cruzamentos ou relação 
com outros dados, muito pouco contribuem para que o gestor tenha um bom panorama da 
situação e possa optar por ou outro caminho.
A Dica do Professor vai aprofundar um pouco mais esse assunto. Você vai compreender melhor 
a importância das ferramentas de BI e da gestão da informação para uma tomada de decisão 
assertiva.
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SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Business Intelligence: O que é e como ele irá ajudar sua empresa?
Seu principal objetivo é tratar, por meio de ferramentas específicas, todas essas informações 
obtidas nesses bancos de dados para que o gestor possa realizar ações efetivas de melhorias em 
processos e políticas, trazendo bons resultados para a empresa. Leia mais no link abaixo:
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Filme: Doze Homens e uma sentença
O filme Doze Homens e uma sentença auxilia a compreender um pouco mais acerca da tomada 
de decisão e os fatores que precisam ser considerados, como a previsão do impacto de se 
escolher cada uma das opções. É um filme que encena uma sala de júri onde 12 homens são 
convocados para decidir o caso de um assassinato, cujo veredito precisa ser unânime. Ao longo 
da trama, pode-se observar a construção da decisão em cada um dos jurados, impactados por 
seus valores, vivências, conceitos e preconceitos. Clique aqui para assistir ao trailer do filme.
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O uso do Business Intelligence (BI) em sistema de apoio à tomada de decisão estratégica
Neste artigo, role o cursor e veja que autores problematizam acerca da necessidade do 
processamento de informações corretas e alinhadas aos objetivos estratégicos, pois a qualidade 
dessas informações tem um papel fundamental para a determinação de cenários que possam 
auxiliar o processo de tomada de decisão e, consequentemente, promover inteligência e 
vantagem competitiva, agregando valor ao negócio e à organização.
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